12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 79
Capítulo 77




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Termina o seu jantar e resolve dispensar Sol e Diva. Começa ela mesma a lavar o que foi sujado, ainda chorando, como uma forma de se acalmar. Limpa a mesa, arruma as cadeiras e quando vai apagar a luz, Vitor entra pela porta da sala. A saudade que estava dele, faz seu corpo queimar... Mas também havia a raiva por ele ter escondido dela o ocorrido com Vitória.

– Meu amor! - se aproxima dela, segurando seu rosto e beijando. O que houve? - estranha quando ela não corresponde. É algo grave com Vitória? - se desespera.

– É algo grave com você! - sai rumo ao quarto.

– Paula! - a acompanha. Cadê ela?

– No quarto! - continua seguindo. E fale baixo porque ela está dormindo.

– O que a pediatra falou?

– Não sei! -ironiza. Não era você quem iria resolver o problema? - se vira para ele.

– Pulinha...- percebe o que ocorreu. Eu só não quis te preocupar!

– Só não vou brigar com você, porque estou com a cabeça doendo e o coração mais ainda! Não consigo pensar em nada...- fecha os olhos e respira fundo. Depois conversaremos! - entram no quarto. Pode ir mãe, o pai dela chegou. Ele se vira! - vai pro closet.

– Oi...- cumprimenta-a.

– Ela está muito chateada! - se levanta da poltrona.

– Eu sei Dulce! - vai até o berço. Faz tempo que ela dormiu?

– Não muito...

– Pode ir que eu cuido agora! - sorri.

– Se precisar de algo, me chame...- sai.

Vitor retira o celular do bolso e o joga na cama, indo ao encontro de Paula no closet.

– Eu sei que errei....- a observa desfazer a mala.

– E do que adianta?

– Não vai mais se repetir, dou minha palavra! - vai até ela e a acaricia as costas.

– Vitor...- fecha a mala e se afasta dele. Vá olhar Vitória...

– Ela está dormindo tranquila...- vai até ela novamente.

– Você está me estressando! - o encara. Me deixe sozinha!

– E o tal churrasco? - se senta, desconversando.

– Não vai ter churrasco nenhum!

– Levo Vitória... Pode receber seus amigos.

– Você pensa que sou que tipo de mãe? Ás vezes me sinto inútil para você... Inútil para Vitória com as atitudes que você toma por mim.

– Acalme-se... Não quis falar nada nesse sentido! - se levanta. Você é a melhor mãe que já vi! Sabia desde o início que você seria mãe dos meus filhos, porque acredito no seu amor, na sua entrega! - se aproxima dela, a tomando nos braços. Eu te amo... E estou morrendo de saudades!

– Você nunca mais fará isso!

– Já falei... Dou minha palavra! Me desculpa...- ouvem Vitória resmungar e saem para vê-la.

– Vivi...- Paula sussurra, se aproximando dela.

– Ela vai dormir de novo...- vira a filha, a balançando levemente. Pronto...

– Vê se ela está com febre!

– Não...- coloca a mão sobre ela. Está normal...

– Que alívio! Ela não pode ter febre...

– Não terá! - a abraça, olhando Vitória.

– Vitor... Tome seu banho enquanto ela dorme. - se desgruda dele.

– Você vai ficar assim comigo?

– Isso é pouco perto do que você realmente merece!

– Tudo bem...- vai para o banheiro chateado.

O observa sair, deitando-se pensativa. Quando Vitor sai do banho, Paula já está adormecida... Em silêncio se veste e vai para a cozinha.

– Diva não está?

– Já foi... Paula liberou ela, Sol e Lucy.

– Ah...

– Vou preparar seu jantar...- se levanta.

– Ok...- vão para cozinha. Como está tudo por aqui? - puxa uma cadeira e se senta.

– Cheguei hoje com Paula...- mexe nas panelas. Mas, está tudo bem! Essa semana eu não pude vir aqui, fui para Belo Horizonte no escritório, depois fui ver minha mãe...

– Como ela está? - sorri ao lembrar da avó de Paula.

– Bem! Falei que a trarei no batizado de Vitória.

– Que bom! Será ótimo ela aqui novamente...

Dulce e Vitor conversam enquanto ele janta. Assim que termina, se serve com doce de leite e vai para o quarto, onde Paula e Vitória ainda dormem. Acende o abajur do lado de sua cama e pega um livro para ler enquanto come seu doce. Paula logo acorda e o observa, ainda sonolenta.

– Vitória acordou? - se senta.

– Não... Está dormindo.

– Vou terminar meu banho e você a observa...- levanta.

– Pode ir...- continua ler.

Paula retorna para seu banho que teve que ser interrompido pela filha. Terminando, vai para o closet, coloca uma de suas camisolas e retorna para a cama penteando o cabelo.

– Ela resmungou?

– Não...- fecha o livro e guarda ao lado.

– Ela vai acordar logo... E vai demorar dormir novamente.

– Não se preocupe... Tente descansar e eu cuido dela.

– Não... Eu vou ficar acordada, já dormi o suficiente.

– Você precisa descansar... Ficará com ela pelos próximos dias. Será exaustivo!

– Sim... Mas, estou bem!

Por alguns minutos Vitor a observa se pentear em silêncio.

– Desde que cheguei você não sorriu para mim... Não me beijou. - ela não responde e mais uma vez o silêncio se instaura. Vou dormir...- Paula o olha incrédula.

– Está querendo chamar atenção? - ironiza.

– Realmente quero atenção... A sua!

– Não sei nem o que te falar!

– Poxa Paula... Eu sei que errei! Que te machuquei, magoei... Mas, em nenhum momento eu quis fazer isso. O que eu queria era o contrário... Mas, já aprendi e não farei mais. Você sempre saberá de tudo da nossa filha!

– Acho que tenho direito...- se levanta, colocando a escova de cabelo na bancada. Retira o robe e retorna para a cama, ligando a TV em volume baixo. O que quer assistir?

– Algo em que marido e mulher se beijam, fazem...

– Por favor...- o interrompe rindo.

– Pensa que é fácil? Já virei aranha.

– Hã?

– Subindo nas paredes.

– Nem vou te responder... - procura um canal. Busca um chá para Vitória... Está na cozinha, no fogão.

– Tem que ser agora?

– Para ontem! - ele levanta e sai.

Enquanto ele busca o chá da bebê, Paula passa a mão sobre o travesseiro dele e sorri, admitindo a saudade que também sente e não aguentaria por muito tempo fingir o contrário.

– Pronto...- coloca na bancada. Vou escovar meus dentes...

Vitor se arruma para se deitar novamente. Ao retornar para o quarto Paula está entretida na TV.

– Vai querer mais alguma coisa? - ela não responde. Paula?

– Oi? - presta atenção.

– Quer mais alguma coisa? Pois irei me deitar e não levanto mais...

– Não...

– Ok...- retira a camiseta e o shorts, deitando-se.

– Foi ver a adega?

– Não... Nem me lembrei. Amanhã vejo...

– Que horas você vai voltar pro Nordeste?

– Não sei ainda... Não sei que horário é o show... Depois ligo para Leo.

– Entendi...- se aproxima dele.

– Como foram seus shows?

– É a terceira vez que você me pergunta...

– Gosto de ouvir você falando sobre o que te faz bem...

– Foram ótimos! - sorri, lembrando. Público contagiante!

– Que ótimo! - sorri, colocando o pescoço dela sobre seu braço. Os meus também foram tranquilos...

– Vi algumas fotos...

– Sim... Gostou?

– É... O Leo é lindo.

– Ah... É... Ele é mesmo!

– Me desculpa...

– Imagina Paula... Sei que foi uma brincadeira.

– Vitor... Você é tão lento! Não estou falando disso...

– Está falando sobre não me beijar...?

– É, pode ser também!

– Não tem problema...- sussurra. Pode fazer isso agora...

– Quero um pouquinho mais...- desliza a mão pelo corpo dele.

– Hum...- fecha os olhos. Faça o que quiser...- segura a mão dela. Mas, agora...- se vira sobre ela. Quem fará algo sou eu! - a beija, deslizando suas mãos junto a camisola até os pés.

– Rápido...- retira a parte íntima dele. Antes que...- suspira. Vitória acorde...

– Calma! - beija seu corpo despido.

Trilha caminhos, desfaz os eixos das saudades. Corrompe tudo que separa e aproxima ainda mais o que já está intimamente entrelaçado. Navega por seu mar predileto, como se por hobby pescasse em oceanos contidos entre a pele macia e quente que implora por mais; onde o barulho das ondas se quebrando são os sussurros, suspiros e gemidos de um amor além do tempo.

– Vi...- fecha os olhos, cravando os dentes sobre o ombro dele.

Segura a dor, pelo amor. É impulsionado a ir além a cada gesto de carinho extremo e delicado. Suas costas queimam pelas mãos que se arrastam na mesma intensidade em que sente o interior dela, que o abriga tão bem. Paula se acomoda entre o desespero e a paz que ele a traz, a cada vez que a invade. Suas pernas vão perdendo as forças, seu sorriso se torna mais acentuado, seus olhos cerram-se mais fortemente e suas mãos seguram o rosto dele, como se podem tocar além dali... Como se pudessem acariciar a alma que também sorri. Segura o peso do corpo de Vitor caindo sobre o seu, quando não há forças para segurar nada mais... Ele havia a levado para longe dali e agora estava trazendo de volta, mais revigorada, mais feliz, mais amada, mais amante, mais dele. O riso baixo dela preenche os lençóis...

– Pulinha...- vira-se, saindo de cima dela.

– Hum...? - o abraça.

– Por que me mordeu? - ri baixo. Ai...- coloca a mão.

– Porque eu quis, uai! Precisava descontar em algo... Deixa eu ver...- olha. Desculpa...- vê que o feriu de verdade. Não imaginei que ia ficar assim...

– O que você imaginou na hora, né...

– É... Realmente não imaginei nada! - ri. Mordi com força!

– Não precisa dizer, estou sentindo!

– Deixe de ser frouxo! - tira a mão dele do ombro.

– Você me acha frouxo?

– Foi um modo de di...

– Você me acha me frouxo! - interrompe.

– Para com besteiras! Não posso falar nada a você... Essa sua crise de existencialismo mata!

– Você fala isso agora... Quero ver quando eu tiver 50, 60 anos...

– Vai estar tudo para cima ainda! - se olham e riem.

– Paula? - batem na porta.

– Alguém está chamando? - pergunta ao Vitor.

– Não sei...- olha para a porta.

– Paula? - batem novamente.

– Está! - se levanta com pressa.

– É sua mãe!?

– É! - puxa o robe e veste.

– Eita! - coloca a roupa íntima e se cobre, virando de lado.

– O que está fazendo? - arruma o cabelo.

– Fingindo que estou dormindo! Agora vai...

– Só você mesmo...- vai até a porta e abre. Oi...- sorri.

– Tudo bem?

– Tudo!

– Ouvi alguns barulhos aqui, pensei que fosse Vitória.

– Deve ser o ronco do Vitor! Ele já está dormindo...

– Que pena... Acabei de fazer um chocolate quente! Quer?

– Quero! - sorri. Vai indo para cozinha que eu já vou...

– Ok...- sai.

– Vitor! - ri, fechando a porta.

– Sacanagem! - se senta na cama.

– Dá próxima vez vou morder é outra coisa para ver se você faz menos barulho!

– Não estou falando disso... Estou falando do chocolate quente! Eu também quero!

– Por favor! - ri, tirando o robe e colocando a camisola. Você não quis inventar que estava dormindo? Agora durma...

– E não me venha dizer que sou eu quem faço barulho... Quem faz barulho é você! - se levanta.

– Onde pensa que vai? - observa.

– Tomar chocolate quente!

– Você acabou de comer!

– É...- riem.

– Não falei disso! Idiota...

– Nem eu! - coloca a camiseta e o shorts. Você quem está falando besteira...

– Você come demais! - termina de prender o cabelo. Fique aqui e olhe Vitória... E aproveite para arrumar essa cama. Odeio me deitar lençol desarrumado...

– Pense nisso na hora que desarruma...- corre para a porta. Já volto! - sai.

– Vitor! - fica brava por ele ir primeiro.

Paula arruma a cama e observa a filha. Confere que ela não está com febre e vai para a cozinha.

– Tem gente que acordou logo! - senta-se olhando para Vitor que já está tomando sua segunda caneca.

– Faz tanto tempo que não tomo chocolate quente! Fez bigode? - vira o rosto para ela ver.

– Fez! - riem. Deixa eu ver se faço...- toma. Fiz? - mostra para ele.

– Aham! - riem.

– Não sei quem é mais infantil! Se é você dois ou Vitória...- senta-se junto.

– Acho que nós dois!

– Vivi está dormindo bastante...- se preocupa.

– Normal, Paula... Carolina falou para mim que o remédio faria isso.

– Então está explicado!

– É bom que ela descansa... Que horário são os exames amanhã?

– Logo pela manhã! Sairemos daqui às 7.

– Ok... Sinto muito pelo churrasco de vocês. Ás vezes eu e Vitória destruímos seus planos...

– Nunca mais diga isso! - encara-o. Vocês nunca estragam meus planos... Vocês são meus planos!

– Vou ver como está Vitória...- levanta; deixa a caneca na pia. Boa noite...- beija Dulce e sai.

– Vitor está cheio de crises! Não posso falar nada e ele já pensa que é o problema...

– A diferença de idade entre vocês traz para ele uma insegurança! Querendo ou não...

– Isso é uma grande besteira! A idade dele nunca nos impediu de nada, nunca interferiu em nada. Vitor é melhor que qualquer homem de 20! Mas, essa crise de existencialismo dele acaba comigo. Fica se achando impotente, sempre menos... E não é nada disso.

– Então...- levanta. Vá lá cuidar do seu homem de crises e da sua filha que eu irei me deitar!

– Sim! - faz o mesmo. Boa noite...- a abraça. Mãezinha...- a olha. Ás vezes eu sinto falta...- olha para os lados. Sou feliz! Muito. Mas, ás vezes sinto falta do seu colo, de ser filha e não ter tanta responsabilidade! - sorri.

– Meu colo você sempre terá! - a traz para seus braços. E as responsabilidades, você tem Vitor... Ele vai te ajudar.

– Ele já me ajuda! Muito mais do que pensei...- sorri. Eu o amo tanto...

– Nem precisa dizer! - riem. Agora vai...- arruma o robe dela. Linda camisola...

– Obrigado! - sorri. Durma bem... Amanhã nos veremos no almoço! Saio bem cedo...

– Tudo bem! Algo especial que queira comer?

– Frango caipira... Vitor vai adorar.

– Olha aí... A gente casa e começa pensar na vontade dos maridos, dos filhos. Precisamos pensar na nossa também.

– Então... Acho que posso me dar ao luxo de querer macarronada? Quero enfiar o pé na jaca de uma vez...- ri.

– Ótimo! - riem.

– E quero um ovo frito na manteiga como da tia Neuza!

– Quando você voltar, terá tudo! Uma baita mesa mineira...

– Oba! - bate palmas.

– Pulinha! - Vitor chega correndo.

– O que foi? - se assusta. Vitória está passando mal? - vai até ele com pressa.

– Não! - sorri. Ela falou pai! - ri. Vem ver!

– Vitor...- ri. Mãe...- olha para Dulce rindo enquanto ele a puxa.

– Ela acordou, eu falei com ela e ela falou pai! Nossa... Devia ter gravado. - entra no quarto correndo. Vem, Paula! - puxa.

– Calma! - ri.

– Vivi, olha pro papai! Fala para mamãe ouvir...- pega a filha. Pai! Pa...i! Fala filha!

– Vi...- observa a aflição dele. Calma...- vai até eles.

– Fala Vitória! Pa...i...- olha para Paula triste. Paula ela falou! Eu juro que ela falou...

– Eu sei! - segura o riso. Você precisa ter calma... Ela... É um bebê, né!?

– Você está achando que por ela ser um bebê ela não falou pai?

– Não...

– Se ela tivesse falado mãe você aceitava! - vai para a cama.

Paula olha para Dulce que os acompanhou e não sabe o que fazer. Ela sinaliza dizendo para que ela fique tranquila e se despede rindo. Paula a acompanha até a porta e retorna para Vitor e Vitória.

– Vitor...

– Não quero conversar! - entrega um brinquedo para Vitória.

– O que!? - ri.

– Você não me leva a sério...

– Meu amor...- retira o robe e vai até ele, o acariciando. Não é isso... Eu te levo muito a sério! Sei que ela falou, acredito em você...

– Não acredita não!

– Vitor...- respira fundo em silêncio para que ele não ouça e nem veja que ela está perdendo a paciência. Quando Vitória quiser, ela vai falar novamente... E eu vou ouvir! - sorri.

– Ela não vai falar!

– Vai sim! - beija o pescoço dele. No tempinho dela...

– Por falar nisso...- levanta. O tempinho dela de encher as fraldas chegou... Vou buscar uma limpa.

– Você troca!

– Por que eu? Troco só de xixi.

– Mentira sua! Você sempre trocou. Traga a pomada também...

– Você troca, hein...- sai.

– Minha filha... O que mamãe te deu para comer? - ri, retirando a roupa dela. Vitória... Fala pai para esse seu pai ficar feliz e desfazer o bico!

– Voltei...- fecha a porta.

– Cadê o lenço umedecido?

– Aqui...- entrega. A pomada também...- senta na cama.

– Vamos abrir esse cheirinho bom...- abre a fralda.

– Nuss...- tapa o nariz. Minha filha, o que é isso?

– Acho que foi o remédio. - começa limpar. Toma...- finge que vai jogar o lenço sujo nele.

– PARA! - riem.

– Termine você... Mostre que é um bom pai!

– Eu sou um bom pai, sim!

– Então encara! - entrega o lenço para ele. Vou buscar o pijaminha dela...

– Vivi...- pega. O negócio aqui está... Tem que falar para Carolina.

– Vou falar! Limpa direitinho... Não pode ficar nada sujo, pega bactérias.

– Eu sei...

– Se você tivesse que limpar um menininho, você saberia?

– Eu sou um menininho... Sei das partes.

– Não falei nesse sentido! - ri. É que menina é tudo mais frágil...

– Espero que nenhum espertinho veja tão cedo a fragilidade dela...

– Você é... Engraçado. Você ainda vê a minha...

– E vou continuar vendo! São coisas bem diferentes...- passa a pomada.

– Um dia ela vai ter um namoradinho...

– Vá buscar o pijama!

– Não adianta querer fugir do assunto! Vamos ter que recebê-lo, nos acostumar ver nossa filha sendo beijada...

– Paula...- a encara. Sai daqui!

– Você vai me dar trabalho! Vai querer que ela seja freira?

– Se ela quiser... Ficarei feliz.

– Bem sua cara! Já volto...- sai.

– Vitória...- começa colocar a fralda. Fala pai... Por favor... Sua mãe não está acreditando no papai. E... Você não vai arrumar namoradinho tão cedo, né!? Não faz isso filha... Papai deixa quando você tiver seus 25, 26... Daí pode.

– Pode o que? - retorna.

– Nada...

– 25, 26 anos para arrumar um namorado? Por favor né Vitor... Assim ela vai namorar escondido.

– Meu Deus! Quer ficar quieta?

– Ela vai conhecer amiguinhos ainda na escolinha...- entrega a roupa para ele. Tomara que ela tenha um amor de infância... Desses que duram até o fim da vida. O nosso foi quase isso... Foi meu amor de adolescência...- sorri pensando.

– Não escuta, não...- sussurra para Vitória que ri dá careta dele dizendo. Prontinho, cheirosinha e pronta para dormir de novo.- levanta ela na cama.

– Faça ela dormir...- se deita. Vou dormir um pouco... Estou exausta!

– Vamos juntinhos! - coloca Vitória encima dela.

– Iupi...- brinca com ela, rindo. Ainda bem que acordou melhor...- sorri.

– Sim! Ela é forte....- acaricia a filha. Esses cabelinhos...

– São lindos! Pensei que ela ficaria loira... Nasceram tão clarinhos...

– Sim! Mas, também nasci assim... Depois ficaram castanhos.

– Eu vi mas suas fotos de bebê... Você era tão gordinho! - ri dele.

– Você era super magra! - ironiza. Sua mãe me deu uma foto sua... Uma bolotinha. - entra nas cobertas.

– Vem aqui Vivi...- coloca Vitória no meio deles.

– Será que ela não quer algo pra comer?

– Não... Amanhã de manhã preciso fazer um suquinho para ela.

– Ok...

Ficam brincando com Paula até que a bebê dorme novamente, dessa vez na cama deles. O despertador os assusta, ás 6:30h da manhã...

– Vi...? - observa que ele não está na cama.

– Bom dia! - aparece na porta sorrindo.

– Boa madrugada, né!? - se levanta, esfregando os olhos.

– Já tomei banho, já estou cheiroso! - beija ela. Vá se arrumar que preparo as coisas da Vitória... Daqui a pouco já temos que ir.

– Está bem...- sorri. Não esqueça do suco dela! Sem frutas críticas...

– Tudo bem! A olho enquanto você está no banho...

– Já volto...- vai para o banheiro.

Paula se arruma enquanto Vitor observa a filha que ainda dorme. Ao terminar, apronta o banho da filha e a acordam para ajeitá-la.

– Tadinha...

– Vitor... Vá fazer o suco dela!

– Paula, deixe ela dormir... Vamos levar ela assim mesmo!

– Não! Agora vá fazer o que peço e eu termino aqui...- ele sai reclamando.

– BOM DIA! - grita enquanto Diva bebe café.

– Filho de uma...- se assusta.

– Olhe! - ri. Preste atenção no que vai dizer!

– Não dormiu ainda?

– Estou acordando! Vamos levar Vitória para fazer exames às 7.

– Nossa! - levanta. Me esqueci! Vou fazer o suco de Vivi... Pegue a bolsa dela pra mim guardar umas frutinhas para ela comer no caminho.

– Me mandam para cá. Venho para cá, me mandam para lá!

– O que você está reclamando!? - chega na cozinha.

– Nada Pulinha...- desconversa. Vou buscar a bolsinha dela...- sai.

– Minha paciência está um pavio para Vitor! - coloca Vitória na cadeirinha. Estou estressada, Diva!

– Calma...- ri.

– Divinha...- senta-se. Faz um extra forte para mim?

– Aqui está...- traz a bolsa.

– Pegue as frutas na geladeira... Já estão separadas.

– Ok...- pega os potes.

– Coloque na bolsa certinho...- bate o suco de Vitória.

– O que você tem, Paula? Não acordou bem? - a olha, enquanto guarda as frutas.

– Nem dormi!

– Te falei que eu mesmo cuidaria da Vitória...

– Você fala umas coisas...

– E você reclama pelas coisas que faz! - vai até a filha, pegando da cadeirinha e saindo da cozinha.

– Reclamando? - o observa sair. Não tenho um tempo para mim já faz tempo...- se vira para Diva novamente. Se eu soubesse que seria assim...

– Não teria tido sua filha? - estranha.

– Não é isso, Diva! Jamais me arrependerei por isso... Vitória é a minha vida e eu enfrentaria tudo por ela novamente e quantas vezes mais fossem precisas.

– Então é o que? - ele retorna ao ouvir. Sou eu o problema? Se soubesse não se casaria comigo?

– Vitor...- respira fundo.

– Estou indo!

– Espera! - se levanta, pegando a bolsa.

– Não! - se vira para ela. Você não precisa ir! Eu vou cuidar da minha filha e você se quiser, vá para algum salão, convide seus amigos...- pega o suco da mão de Diva.

– VITOR! - grita com ele. Chega! Chega...- vai até ele. Me perdoa... Não quis dizer nada disso! Nunca me arrependi e nem irei me arrepender... Você e Vitória são as melhores coisas da minha vida. Me desculpe o estresse, tudo... Só estou nervosa, preocupada com ela!

– Vamos...- sai.

– Que...

– Calma Paula! Vai... Vocês se entendem no caminho.

Paula sai entristecida, ao mesmo tempo que preocuoada e nervosa. No caminho, Vitor não lhe dirige a palavra... Até que ela mesma resolve quebrar o silêncio.

– Desculpa...- olha para ele concentrado na estrada.

– Sinto muito por estragar seus planos... Por ter desfeito sua vida de antes. Por ter desfeito a sua felicidade!

– Não diga isso! Sou feliz com você, onde você estiver...

– Mentira! Você não está feliz.

– Vitor... Só estou nervosa por conta da nossa filha. Sabe... Foi tudo tão rápido! O susto ainda não passou. Dormi mal preocupada com esses exames... Não consigo relaxar!

– Não se preocupe tanto assim... Vitória está bem! E vai ficar muito mais...

– Eu sei!...- sorri, olhando para a filha que já dormiu. E você? - coloca a mão sobre a perna dele. Fique bem comigo... Só estou precisando de carinho, de um pouco de atenção para mim...

– Tudo bem...- segura a mão dela, levando até a boca e beijando. Perdão se falei algo... Tenho medo de não te fazer feliz! Isso seria minha morte, Paula...

– Não fale assim... Você vive muito, me faz muito feliz!

Alguns minutos depois, chegam ao laboratório que Carolina indicou. Colhem os exames da bebê, que chora muito pelas agulhas, o que faz Paula e Vitor sofrerem juntos. No carro novamente, vão ao consultório de Carolina que receita uma nova alimentação mais saudável para Vitória, além de vitaminas e exercícios funcionais para o desenvolvimento.

– Essa mocinha é muito esperta! - sorri. Tem reflexos rápidos, grava muito rápido... Com esses exercícios que passei, logo estará andando!

– Ela tem crescido muito depressa!

– Calma Vitor...- riem. Ela ainda é um bebê.

– Carolina, e os medicamentos?

– Continue... No mesmo esquema que passei lá. É uma semana, certinho...

– Ok!

– O resultado dos exames saem amanhã! E com eles em mãos, terei a confirmação do refluxo. Não se preocupem! É algo comum entre as crianças e resolve na medicação e nos cuidados básicos que disse a vocês.

– Está bem!

Conversam mais um pouco com Carolina sobre Vitória e logo depois se despedem e seguem para fazenda.

– Você tem vindo ao médico?

– Eu!? - olha para ele.

– Sim! - a encara. Feito seu acompanhamento com o ginecologista...

– Não...

– Que maravilha, não é mesmo Paula?

– Não tenho tido tempo!

– Marque para que ele vá lá! Paula... Saúde não se brinca. Não extrapole os limites novamente...

– Está tudo bem...

– Marque uma consulta para breve... Não quero você mal.

– Marcarei Vitor! - diz enquanto mexe no celular. Alguns fãs souberam que Vitória não estava bem...

– Como? - estranha.

– Alguém deve ter nos visto no laboratório ou na clínica.

– Não me conformo com isso!

– Já disse que está tudo bem e eram só consultas rotineiras...

– Ótimo...

Vão o resto do caminho conversando sobre a filha, os medicamentos e o que fariam no restante do dia. Chegam na fazenda e Vitor vai arrumar as coisas de pesca enquanto Paula leva as bolsas para dentro, junto dá filha.

– Olá...- joga no sofá de entrada. Lucy... Guarde para mim? - vai para a cozinha.

– Claro! - ela pega as bolsas e sai.

– Tudo certo pro almoço, Diva?

– Sim!

– Oi Sol!

– Oi Paula! - sorri. Como foi a consulta?

– Foi tudo bem! Agora é só cuidar...

– Sim!

– Onde está minha mãe?

– Está no quarto com Cintia!

– Vou até elas... Vamos pescar depois do almoço! - sai rindo.

Vitor retorna para casa, vai atrás de Paula no quarto e encontra ela se trocando conversando com Dulce e Cintia.

– Estou entrando...

– Grandes coisa!

– Haha...- ironiza. Vou me trocar também...- olha para Cintia e Dulce. Se quiserem...- insinua rindo.

– Pelo amor de Deus! - se levantam. Me poupe! - riem.

– Vitor... Só eu aguento a imagem! - riem.

– Não respeita ninguém! - joga um travesseiro nele.

– Que horas vamos pescar? Já arrumei tudo... Leo me enviou mensagem dizendo que o show é às 23h. Vou sair daqui às 19,20...

– Depois do almoço! Troque essa roupa para pescar... Vai querer levar mais alguma coisa para viagem?

– Não! Já tem tudo lá...

– Está bem... Vamos meninas! - se vira para Dulce e Cintia.

– Cadê Vitória?

– Lucy está a arrumando.

– Ok...- vai para o closet.

O almoço é servido alguns minutos depois. A macarronada que Paula pediu, o frango para Vitor e os ovos. Conversam enquanto comem e aquela paz de se estar em família os tomam por completo. Vitor serve-se com sua sobremesa predileta, o doce de leite feito por Dulce, enquanto Paula prepara Vitória para ir pescar com eles.

– Estamos prontas! - chega na sala.

– Que lindezas! - levanta-se. Vamos, então?

– Vamos! - sorri entusiasmada.

Os três vão para um lago que há na fazenda, sentam-se a beirada protegidos pelo sol por uma cabana que Vitor improvisou para que Vitória pudesse ir. Paula a coloca em um cercado que levou, junto com brinquedos e enquanto a filha se distrai, ela e Vitor aguardam os peixes.

– Vem bichinhos... Andem logo!

– Só você mesmo! - ri. A graça da pesca é essa, Paula: Esperar! Assim como a graça de ter filhos é fazer...- é encarado por ela nesse momento. Brincadeira... Né Vivi? - olha para a filha. Eita! - vira-se com pressa. Peguei um! - puxa com a vara. Vem bichinho...- repete o processo. Olha! - pega o peixe. Aqui não, nenem... Aqui é Minas Gerais! - comemora.

– Olha lá filha! - aponta para que Vitória veja. Olha o peixinho!

– Pega ela, para ela passar a mão... Já vou soltá-lo.

– Espera...- solta sua vara e vai até Vitória. Vem...- a pega, levando até Vitor. Olha aqui, amor...- pega a mãozinha e passa no peixe. O peixe! - a bebê ri da sensação.

– Vamos soltá-lo... Para ele voltar para a mãezinha dele...- se abaixam. Dá tchau pro peixinho...- solta. Tchau, Sr. peixinho...- Vitória dá tchau.

Permanecem algumas horas na pescaria, mas o sol logo esquenta mais e Vitor recolhe tudo, retornando para a casa.

– Queria tomar um banho de piscina... Faz tanto que não faço isso!

– Então vamos!

– Sério? - o olha incrédula.

– Vamos, Paula! Vá se trocar, eu te espero... Levamos Vitória?

– Acho melhor não... Muito sol por hoje!

– Está bem... A entregue para Lucy e eu te aguardo aqui.

– Mas, você não vai entrar na água?

– Vou! Entro de cueca mesmo...

– Você que sabe! - ri. Já volto...- corre com Vitória para dentro de casa.

Vitor guarda suas coisas de pesca e vai para a piscina da fazenda. Retira sua roupa e senta-se em uma das cadeiras, aguardando Paula. Enquanto isso, Paula entrega Vitória para Lucy banhá-la, limentá-la novamente e a fazer dormir; vai para seu quarto e coloca um biquíni. Ao ir para a piscina passa pela cozinha...

– Sol?

– Oi Paulinha...- aparece da dispensa.

– Prepare dois sucos para mim?

– Preparo...

– Do que quer?

– Frutas vermelhas!

– Está bem... Levo em algum lugar?

– Vou aguardar você fazer enquanto escolho algo para comer...- vai até a geladeira.

Monta uma bandeja com os sucos e alguns pães da tarde. Leva até a piscina onde vê Vitor já deitado.

– Demorei? - coloca em uma das mesinhas.

– Um pouco! - tapa os olhos pelo sol. Mas, valeu a pena...- sorri ao vê-la. Você está linda!

– Obrigado! - sorri. Esqueci de seus óculos!

– Não tem problema. - senta-se.

– Vamos entrar? - retira a saída de praia.

– Vamos! - levanta. Você quer uma entrada triunfal ou alguém simples?

– Lá vem...- ri, já sabendo que ele vai aprontar. O que você vai...- ele a interrompe, pegando-a no colo. AI! Vitor não! - ri. VITOR! - pula na piscina.

– Triunfal! - ri, chacoalhando o cabelo.

– Maluco! - riem. A água está uma delícia para esse dia!

– Tem tanto tempo que não faço isso! - joga água nela.

– Sim! Mal aproveitamos nossa casa...

– Devemos cavalgar juntos...- se aproxima dela, a abraçando. Faz tempo que não fazemos isso.

– Sei que você não ama cavalgar!

– Sei que você não ama pescar...

– É...- se beijam, vagarosamente.

– Eu te amo, Paula! Muito...- acaricia o rosto dela. E esses momentos para mim, são o que me dá forças para encarar os momentos que estou longe de você. Você não imagina o quanto você é a força dessa casa, da minha vida, da vida de Vitória... É força sendo frágil, sendo leoa, sendo Pulinha, Paula...

– Nunca imaginei viver tudo isso! Posso ter imaginado tudo...- olha ao redor. Mas, não imaginava isso... Que viveria tamanha felicidade do teu lado! Você sabe o quanto eu te amo, Vitor... Você sabe! - deita a cabeça no peito dele.

– "Eu era sonhador, mas nunca vi acontecer, foi assim que senti amor, era assim que era para ser..." - canta, enquanto tenta dançar com ela em seu peito.

– "Te fiz luar para enfeitar o meu céu, a musa de um sonhador..." - Paula o interrompe, levantando a cabeça e o olhando.

– É... Acho que você descobriu! - a beija sorrindo.

– Vamos ver se você está bom no mergulho! Me pega! - mergulha.

– Hum... Isso é legal! - faz o mesmo.

Embaixo d'água, Vitor alcança Paula e a puxa pelo pé, segurando fortemente e levando a superfície.

– Ah...- recupera o fôlego. Assim não vale, Vitor!

– Você falou para te pegar!

– Podia ser pegar de outro jeito...- se aproximam.

– Não fala assim... Posso não responder por mim mesmo! - a agarra.

– Ui! - riem.

– Paula...

– Oi...- passa a mão no rosto dele.

– Você me acha gostoso?

– Hã? - ri. Por que a pergunta?

– Você não sabe o quanto é complicado ter quarenta anos e namorar alguém mais jovem...

– Pensei que era confortável com a ideia! Que não tinha essas coisas...

– Eu sou! Sou estou perguntando... Não sei tenho pegada, se sou gostoso para você e coisas do... Eita! - dá pulo quando Paula aperta sua bunda. Boa mão! - riem.

– Você é incrível! Até quando faz pergunta idiota me excita...- beija-o.

– Não é tão idiota assim...

– É muito idiota! Você precisa se garantir...

– Eu amo muito você, dentro e fora de um quarto...

– Eu sei disso...

– Mas, é importante saber se você gosta, se sente bem dentro de um quarto... Você não imagina o quanto é complicado estar no meio de conversas com homens bem mais jovens que você! - mergulha até a outra ponta da piscina, enquanto Paula o observa.

– Pois eu queria falar com esses homens... Tem como?

– É maluca mesmo! - ri, se aproximando dela nadando.

– Maluca, por que? - o segura. Assim como você me diz para não dar confiança aos outros, te peço para não dar ouvidos! Se eu não estivesse satisfeita, certamente você sentiria... E nunca, nenhuma vez sequer, nos relacionamos sem que eu me sentisse bem. Pudesse eu estar mal o quanto for, ter estado sob tensão, estresse por tantas coisas, quando estou em uma cama com você tudo sai de mim... Acho que inclusive eu mesma. Deixem falar o que quiserem, só nós dois sabemos o que realmente nos acontece em um quarto! Ninguém está lá para nos ver... A não ser Vitória...- ri.

– Dormindo! - riem. Ela está lá, mas dormindo... Lembre-se disso! - ri.

– Sim! - riem.

– Você falou com Elias para me levar?

– Ainda não... Vou falar.

– Para buscar não precisa... Meu carro ficou lá! Não precisava nem ter ido buscar dessa vez...

– Vi... Vamos aproveitar, depois falamos dessas coisas!

– Ok...- a segura no colo. Vamos fazer uma acrobacia...- a solta. Sobe nas minhas costas e eu te jogo...

– Vamos...- vai até as costas dele.

Paula sobe já rindo, Vitor a segura e salta, jogando ela na água... Os dois riem da palhaçada que inventam.

– De novo? - ri.

– Vamos de outro jeito agora...- balança o cabelo, tirando do rosto.

– Como?

– Junta as mãos...- pega as mãos dele e junta. Vou subir na sua mão e vou saltar do outro lado de você.

– Tá...

Ela se apóia nele, subindo com um pé na mãos dele que fazem uma base. Ganha impulso e pula a cabeça de Vitor, caindo na água.

– Agora é você! - ri.

– Você não me aguenta! - se aproxima dela.

– Vai na beirada...

– Se afasta então... A baleia vai navegar! - sai da piscina.

– Vitor! - ri. Cuidado, hein...

– Calma aí...- arruma a cueca.

– Guarda essas coisas e anda logo! - riem.

– Vamos lá...- se arruma.

Vitor corre e pula na piscina, fazendo Paula rir.

– Isso aí é uma cambalhota? - se aproxima dele, rindo.

– Isso é uma manobra, "alá" Vitor! - passa a mão nos cabelos.

– Só Vitor faz mesmo! - o abraça.

Saem da piscina e Paula vai tomar sol, enquanto Vitor come. As horas passam e eles descansam, conversando, rindo e aproveitando um momento que tinham poucas vezes desde que a filha nasceu. Ao retornarem para a casa, Vitor tira foto da tarde, da Paula e envia para ela pelo whats.

– Vou postar, ok?

– Sim...- entram.

– Lucy, cadê a Vivi?

– Dormindo...- sorri.

– Vou tomar um banho...- entrega a bandeja para Paula. Avise Elias... Daqui a pouco já vou.

– Tá...- se beijam.

Vitor vai para o banho e Paula para a cozinha. Entrega a bandeja para Diva e a ajuda a arrumar um café da tarde, já que Vitor não terá tempo de jantar.

– Mãe... Me passa essa xícara...

– Aqui...- entrega. Pode ir... Eu arrumo aqui. Logo Vitória acorda e você estará assim ainda...

– Está bem...- sai.

Vitor termina seu banho e aguarda Paula terminar o dela. Passam pelo quarto da Vitória que já acordou e está com Lucy brincando. Pegam a filha e vão para a cozinha.

– Senta aqui...- coloca. E você...- vira para Vitor. Não vai tirar ela daqui!

– Tudo bem...- senta-se perto da filha.

Tomam café todos juntos, Dulce, Cintia, Diva, Sol, Lucy e eles, conversando sobre a fazenda, as tarefas diárias. Não demora muito e Elias chega na cozinha, avisando que está na hora de ir... Vitor se despede, com lágrimas novamente, e parte para terminar de cumprir a agenda. Paula está na sala com a família e resolve postar as fotos...

"

Oi meus amores!

Hoje meu dia foi bem bacana ❤ No almoço teve macarronada... Uhul! Pisei legal na jacaaaaaa hahahaha

#macarronadadamamae #almoçoemfamilia #Viviamoupapar #biavaimematar #dietafoiproralo "

"

– Olha que foto bonita...- mostra para Dulce e Cintia.

– Muito bonita mesmo!

– Vou postar também!

"

Eu de novo! ❤

Pesquei e tomei banho de piscina! A tarde foi linda ❤✳

#Vitóriaadorouosenhoropeixe #pesqueinadinha #osbichinhosnaomequiseram #foidivertido #queromais "

Continua...


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Notas finais do capítulo

Oi! Desculpem a demora... Pessoal essa última foto é da fazenda de Vitor, a fazenda que uso na história como casa deles. Ela realmente existe, fica em Uberlândia e se chama FAZENDA HORTENSE. Paula, quando solteira, ia para essa fazenda cavalgar com os meninos... O proprietário dela, antigamente, era Leo, mas em 2012 Vitor a comprou do irmão e é atualmente o proprietário dela. A fazenda é cenário do clipe NA LINHA DO TEMPO (foi gravado nela, quem quiser ver mais assista o clipe e ao making off do clipe), também tem algumas partes dela em uma entrevista com a Xuxa, em 2009, e Ana H., em 2011. Enfim... sempre que der estarei postando fotos para vocês verem. Beijos e até o próximo!



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