12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 25
Ela.




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SEMANAS DEPOIS, nova casa: Fazenda Hortense, Uberlândia.

Ouço mamãe me chamando e respondo do quarto:-Entre.

Ao entrar sorri com sacolas na mão:- Tenho presentes.

Rio:- Para nós?

Dulce:- SIM. A coisa mais gostosa que existe é sair para comprar coisas de bebê...

Ela abre e eu não resisto:- Tudo branquinho...

Dulce:- Temos que saber o sexo para comprar de outra cor.

Coisinhas tão...:- Marisa me telefonou hoje, assim que eu for para cidade vai me entregar o que ela comprou. A irmã do Vitor também.

Dulce:- Vou ficar com ciúmes...

Começo rir:- Não precisa. Se tivesse dado tempo de te avisar, você sairia hoje mais tarde pra comprar as roupinhas já de cor...

Dulce:- Que horas está marcada a consulta?

Olho no celular:- Para daqui meia hora. Só estou aguardando Vitor chegar.

Dulce:- Quando Cintia me avisou já estava voltando para casa.

Sorrio:- Espero que dessa vez dê para ver... Já estou na décima quinta semana, quase sexta. Posso te fazer uma pergunta?

Ela me dá permissão, continuo:- A senhora está gostando de viver aqui?

Dulce:- Estou mais que gostando. Uberlândia é mágica...

Sorrio:- Ainda não tive tempo para ir na cidade, acredita? Mas estou gostando que a senhora venha sempre aqui na fazenda conferir tudo.

Ela retribui:- Pedidos do Vitor... Enquanto vocês tiverem trabalhando eu venho conferir tudo aqui.

Olho pra ela:- Já fiquei sabendo que pegaram o Vitor na cozinha de samba canção...

Ela ri:- Ai que vergonha eu fiquei... E pra piorar você não veio naquela semana.

Começamos rir e conversar sobre a casa. Tudo saiu bem mais que eu imaginei, foi tudo que eu planejei, sonhei pra viver com ele. Pra viver perto de quem eu amo e das coisas que amo. Meus animais, tudo do meu jeitinho. Mamãe e Cintia mudaram de planos. Viveriam aqui na fazenda conosco, mas ao ganharem o apartamento que Vitor morava preferiram ir para lá. Um barulho nos interrompe:- É o Vitor!

Mamãe vai até a porta:- Como você sabe? É um carro.

Me levanto rindo:- É o carro dele.

Ela ri e passo em direção à entrada:- Vem flokinho...

Pego ele no colo e uma sensação me sobe a garganta. Faz duas semanas que não o vejo, não houve folga de entrevistas, rádios principalmente depois que anunciei a gravidez. Ele chega na porta e sorrio como se fosse a primeira vez que tivesse visto:- Oi...

Ele ri e se aproxima:- Minha pequena...

O abraço sem querer soltar. Durante essas duas semanas tive que me contentar somente com a voz se despedindo por um aparelho e me fazendo tremer de tanta saudade. Faltava-me algo. Faltava-me esse cheiro se alastrando pelo meu corpo:- Não quero ficar tanto tempo longe.

Ele acaricia meu rosto:- Não vamos.

Nos beijamos e me sinto em casa. Minha casa é o interior dele:- Como você está?

Vitor:- Descobri que estava péssimo. Você é meu melhor estado de espírito.

Começo rir e ele me beija de novo:- Vitor... Ainda temos que ir ao médico.

Ele se abaixa e começa a conversar com minha barriga. Na verdade com nosso filhotinho ou filhotinha (essa dúvida acabará logo):- Fala pro papai que você está bem...

Ele beija e se levanta:- Vamos...

O acaricio:- Se estiver cansado vou com a mamãe...

Vitor:- Vamos os quatro. Fico sem te ver duas semanas e quando vejo você já está diferente...

Sorrio:- Vou pegar minha bolsa.

Saio enquanto ele cumprimenta mamãe, Diva e Sol. Assim que retorno me despeço das meninas e saímos. Durante o caminho Vitor dirige, vou contando da semana das entrevistas:- É cansativo. Mas ao mesmo tempo é bom falar sobre o bebê.

Fico olhando para Vitor, ele parece não ouvir nada do que eu disse:- Vitor?

Vitor:- Oi?

Retoco o batom:- No que está pensando?

Vitor:- Nada demais...

O olho e ele sabe que é pra dizer:- Não é nada.

Fico em silêncio até o consultório. Ele percebe e volta ao assunto:- Eu só estava pensando sobre nosso casamento.

Sorrio:- Está tudo indo bem, ou para você não?

Vitor:- Está! Óbvio. O problema é que é muita coisa e eu fico tenso...

Desço do carro e mamãe me segue. Vitor segura minha mão e entramos:- Boa tarde.

A atendente nos encaminha direto ao consultório de Ricardo:- Ele já está aguardando.

Aguardo Vitor o cumprimentar e então faço o mesmo:- Desculpa o atraso Ricardo.

Ricardo:- Sem problema. Vamos ver esse bebezinho?

Rimos e me deito. Ele vai explicando mais procedimentos enquanto me prepara para a ultrassonografia:- Como te expliquei na semana passada, hoje faríamos só pra conferir o sexo e indicar os exames que você deve fazer. O bebê está bem, é perfeitinho sem problema algum. Para vocês, papais de primeira viagem, nessa semana o bebê caberia na palma da mão de vocês. Articulações formadas, dedinhos. Percebeu que sua barriga aumentou?

Rio:- Sim...

Ricardo ri:- Pergunta besta, né? E vai aumentar mais e de forma mais evidente a partir de agora. Acredito que daqui a pouquinho você já sentirá mexer. Vamos lá... Vamos ver se ele faz um careta como o pai para tirarmos uma fotinha legal. Observem...

Vitor vem ao meu lado e segura minha mão. A mão dele está fria e isso me faz rir.

Ricardo:- Sua placenta é de ótima Paula, principalmente para parto normal. Deixa eu ver...

Ele mexe sobre o gel com o aparelho, apertando, procurando. Volta e meia nos informando algo sobre nosso bichinho que está muito bem e forte.

Ricardo:- Oba. Já tem nome?

Pela alegria de Ricardo...:- Se for menino vamos colocar o nome do avô do Vitor também, três Antônio na família. E se for menina terá o nome do papai, Vitória.

Ricardo:- Então já podem começar a deixar a vida de vocês cor de rosa, é a Vitória.

Fico sem reação. Minhas lágrimas escorrem e um filme de tudo passa na cabeça. Vitor aperta a minha mão:- Uma menininha...

Mamãe está chorando:- Ai vovô...

Olho para Vitor e ele parece ainda não acreditar. Fica olhando emocionado para o monitor que passa nossa menininha, nossa filhotinha tão pequena:- Ela já é a coisa mais linda que já vi.

Ricardo:- Falo por experiência, tenho uma menininha e é minha princesa.

Quando ele se vira pra mim, sorri de uma forma que me emociona mais ainda:- Nós iremos ter uma princesinha. Uma menininha como você... Quebrando nosso violões, querendo passar suas maquiagens. Sendo a minha princesinha!

O abraço tão forte e até Ricardo se emociona:- Olhem...

Nos viramos para o monitor ainda entrelaçados:- As mãozinhas.

Ricardo ri:- Sim. Ela se moveu. Qualquer emoção que você tiver, seu bebê também sente...

Vitor ri:- Ela é linda, né?

Começamos rir:- Mas como é babão...

Terminamos a consulta, os exames e retornamos:- Você quer passar na sua mãe?

Vitor:- Não. Eu e você estamos cansados... Vou ligar pra ela quando chegarmos lá. Tenho certeza que ela vai querer ir lá com a Tati quando descobrirem que vamos ter uma princesinha. Então vamos descansar pra receber...

Rio e partimos.


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