12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12
Na madrugada Paula segue para o quarto dos filhos, onde os amamenta e retorna a dormir. Na manhã acordam ao ouvir o choro dos bebês.
— O que será que houve? - puxa o lençol para se cobrir.
— Paula! - a puxa novamente. Vão resolver! - beija-a.
— Não é assim! - ri. Vamos... Se levante também! Está frio, eles devem estar enjoados! - levanta.
Se arrumam e descem para ver o que está havendo. Encontram Vitória de castigo e Antônia no colo de Lucy enquanto Vitor choraminga no colo da avó.
— O que aconteceu aqui? — pergunta olhando para a filha.
— Ele puxou meu cabelo! - diz brava. E eu bati nele... - balança os pés olhando para o pai.
— É sério isso? - pega o filho do colo de Marisa.
— Uma pequena confusão matinal... Por isso a coloquei de castigo.
— Vitória, vamos ali comigo... - estende a mão para a filha.
— Vitor...- indaga o marido - Não a tire do castigo, isso que aconteceu não pode se repetir...
— Não é assim que vamos resolver! Vou conversar com ela. E você não deveria ir direto pegar o bebê... Também deveria ter vindo conversar com ela antes.
— Mas ele estava chorando.
— Ele não entende! - pega a filha no colo. Ela sim! - se retira da sala.
— Posso com isso? - olha para a sogra. Me explica como vou criar três crianças desse jeito? Não consigo entender.
Ele sai com a filha para a cozinha e a senta na cadeira.
— Você já tomou sua toti?
— Sim.
— Vivi, seu irmãozinho é bebezinho. Ele não entende o que faz!
— Ele puxou meu cabelo!
— Eu não acho que ele puxou... - se escora na mesa, olhando para ela. Ele só quis ver como seu cabelo é bonito... Você não acha seu cabelo bonito?
— Naum...
— Por que? - faz cara de espanto. Seu cabelo é lindo! - acaricia os cabelos dela.
— Naum é igual da mamãe...
— Não, não é igual! Mas é lindo como o da mamãe.
— Naum gosto do Vitu!
— Filha... Ele é seu irmão!
— Naum vou brincar com ele!
— Vai sim! Vai brincar com ele, vai cuidar dele, vai ensinar para ele que não pode mexer no cabelo de vocês!
— Naum!
— Sim!
— NAUM!
— Ôh mocinha, sem grito! - a repreende. Você vai pedir desculpas por ter batido nele, vai sentar no sofá que a vovó te colocou e só vai sair de lá quando ela deixar!
— Naum papai...- começa chorar.
— Vitória, o que você fez não é legal! Papai do céu não gosta disso... Eu não gosto disso, a mamãe também não. A gente fica triste. Você é nossa bonequinha e não pode fazer isso, meu amor!
— E ele?
— Papai vai falar com ele também!
— Vai ficar de castigo?
— Filha...- não sabe o que dizer. Ele vai levar bronca também...
— Naum quelo castigo!
— Mas vai ficar lá...
— NAUM VÔ! - desde da cadeira e sai correndo.
— VITÓRIA! - vai atrás dela.
— Naum! - segura no casaco da Marisa, chorando.
— Senta no sofá! - ordena.
— Hunhun... - balança a cabeça que não.
— Senta ali agora! - pede mais uma vez.
— Vai pro sofá Vitória! - Paula pede.
— Vovó! - olha para Marisa chorando.
— Meu benzinho...- se abaixa.
— Não a pega mãe!
--Não vou! - olha pra ele. Vivi...- olha para neta - obedece o papai!
— Vitória, vou pedir pela última vez... Senta ali a.go.ra! - indica o sofá.
Vitor pede para mãe sair da sala. Vitória faz mais escândalo, assustando os irmãos. Paula respira fundo vendo a situação enquanto Vitor segura a filha no sofá, tentando falar com ela.
— Chega de chorar! - a segura. Chega, chega de chorar... Você não vai sair enquanto não parar de chorar!
Ele continua conversando com ela até que ela cede e para de fazer drama. Vítor a leva na sala de televisão e chama Lucy para cuidar dela.
— Vem filha! - pega Antônia do colo da funcionária. Ela está sem doce hoje, Lucy!
— Naum papai! - começa querer chorar.
— Não chora! - diz bravo.
Lucy vai até Vitória e começa entretê-la. Ele se retira, seguindo para cozinha.
— Você não disse que não íamos resolver assim!?
— Eu ao menos tentei resolver no diálogo!
— Ela só vai fazer 03 anos!
— Ela entende!
— Não vou discutir! - volta dar fruta para o filho.
— Bom dia! - Dulce se junta a eles.
— Nem tão bom! - respondem.
— Ué! - os olha.
— Briga entre as crianças! - pega uma uva para Antônia.
— Hum... Ouvi os berros!
Conversam enquanto tomam o café da manhã. Se revezam durante o dia cuidando dos filhos, cortam as unhas das crianças, limpam seus dentes, conferem remédios, servem o almoço, banham e colocam-os para dormir um pouco pela tarde, quando aproveitam para ir no mercado.
— Vai levar isso? - mostra o pacote de Sal Rosa.
— Sim! Para temperar a comida de Vitória...
— Certo! - coloca no carrinho. Os orgânicos estão ali, amor...- aponta.
— Vamos lá!
Enquanto Paula pega algumas verduras, ele lê a lista da Diva.
— Você quer ter mais um filho?
— Oi!? - olha para ele incrédula.
— Perguntei se quer ter mais filhos... Mais um.
—Hum...- fecha o saco plástico com batatas. Minha resposta agora é não. Não sei daqui algum tempo, quando os gêmeos estiverem maiores! - coloca no carrinho.
— Entendi...
— Por que essa pergunta? - ri.
— Nada! - pega gengibre.
— Vai levar gengibre para que?
— Bater com limão!
— Só você mesmo! - segue com o carrinho até outra gôndola. Precisamos pegar o arroz negro de Vitória e seu macarrão integral! - lembra.
— Vou ali nas bebidas! - avisa.
Ela termina de pegar os alimentos e ele escolhe alguns uísques e vinhos.
— Você vai beber tudo isso? - olha ele colocar no carrinho.
— Você vai controlar tudo que compro?
— Não, sem educação!
— Vai querer chocolates? Tem uns bons ali...
— Pega... Quem sabe dê vontade depois!
Terminam as compras e retornam ao apartamento.
— Chegamos! - entram. Cadê todo mundo? - chama.
— Mamãe! - Vitória surge.
— Oi! Tudo bem, amor?
— O que tem aí?
— Comida!
— Doce?
— Você está sem doce hoje!
— Papai...- choraminga.
— Opa, sem choro! - seguem para a cozinha.
— Cadê seus irmãos?
— Naum sei! - sobe na cadeira, olhando a janela. NEVE! - bate palma rindo.
— Uau! - riem. É lindo mesmo filha! - vai até ela.
— Vamu lá! - desce da cadeira.
— Tá tão frio...- olha para Vitor pensando se autoriza ou não ele a levar ela.
— Só aqui na frente do prédio... Bem rápido!
— Não demore! - avisa enquanto ele está saindo.
Entram no elevador e seguem para ver a neve. Vitória corre pela calçada e ele ri da animação da filha que nunca havia visto o fenômeno.
— Olha papai! - pega na mão.
— Sim! - sorri. Vamos tirar uma foto?
— Sim!
— Faz uma pose bem bonita! - pega o celular.
Vítor a fotografa e curte mais alguns minutos, chamando-a para ir embora.
— Está frio, filha! Vamos... - pega-a no colo.
— Vou levar para mamãe! - segura na mão.
— Tá! - ri.
Chegam no apartamento e ela corre mostrar para Paula.
— Caramba, filha! - sorri. É linda, né!? - segura.
— Mostra pra Antônia!
— E pro Vitor?
— Naum! - sai da cozinha.
Paula olha para o marido e respira fundo. Coloca a neve que já estava derretendo dentro de um copo e vai para a sala onde sentam-se com as crianças para jogar alguns jogos que compraram.
— Ele é careca, Vivi? - pergunta.
— Hum...- coloca a mão no queixo. Naum!
— Ok...- abaixa todos as figuras carecas. Agora sua vez!
— Tem zuculus?
— Óculos, Vitória! - riem. Não tem! Abaixa aí todos que tiverem óculos. O seu é um senhor?
— O que é isso?
— Se é mais velho, Vivi... Tipo o vovô Ronald! - Vítor responde enquanto segura os gêmeos.
— Que tem cabelo branco? - coloca a mão na cabeça. Igual papai! - aponta para o pai.
— Filha! - Vítor a encara.
— Aiai... Essa foi boa! - Marisa e Dulce riem.
— Isso Vivi...- Paula ri de Vítor.
— Não mamãe...
—Ok... Agora sua vez!!
Vítor ajuda a filha brincar com a mãe e Paula vence a partida.
— Vamos dormir? - olha no relógio. Está na hora de vocês estarem na cama! - pega Antônia.
— Só mais um potinho! - pede Vitória.
— Nem mais um potinho e nem mais um potão! - responde Vitor. Mamãe e papai precisam brincar um pouquinho... - se levanta do chão.
— Também quero brincar! - pula.
— Não filha, você não pode brincar! Nem tão cedo.
— Vitor! - o encara brava. Pelo amor de Deus, né!? Pega ela e traz para se arrumar para dormir.
— Vamos! - a pega no colo.
Ela troca os gêmeos e ele ajeita Vitória na cama. Conta uma história que a filha pediu e a aguarda adormecer. Sai vagarosamente do quarto dela e segue para onde está Paula com os gêmeos. Com a ajuda de Dulce ela consegue amamentar e fazer as crianças dormirem.
— Dormiram? - sussurra.
— Sim! - recolhe algumas roupas.
— Vou me deitar também! Boa noite - sai.
— Obrigada mãe! Boa noite.
— Quer ajuda?
— Não! Já peguei tudo... Vamos sair antes que eles acordem.
— Sim! - abre a porta e aguarda ela passar, indo em seguida. Está tudo bem?
— Está, por que?
— Por nada! - coloca a mão sobre o ombro dela. Vinho?
— Sim! - sorri. E chocolate!
— Certo! - ri, seguindo até a cozinha.
— Você leva no quarto?
— Levo sim!
Paula vai para o quarto e entra na ducha. Na cozinha Vítor pega o vinho com as taças e alguns chocolates, seguindo para o quarto.
— Paula? - entra e não a encontra. Paula? - olha na varanda.
Coloca as coisas sobre a bancada e vai até o banheiro. Escuta ela conversando sozinha enquanto banha-se. Retira sua roupa e a acompanha.
- Que susto! - riem.
— Não sou tão feio assim!
— Não, você não é! - coloca seus braços sobre o pescoço dele. Você é maravilhoso... - sorri.
— São seus olhos! - ri.
— Não, não são! Você é meu branquinho, de cabelinhos lindos, sorriso sensual, olhar sexy...
— Continua! - riem.
— Atributos fartos e deliciosos!
— Sei! - ri, beijando-a. Você ainda quer ir para Miami?
— Não! Não quero ficar longe dos bebês.
Tomam banho conversando sobre a viagem. Ao saírem, se arrumam e deitam na cama tomando o vinho. Conversam sobre os filhos, a volta ao Brasil, os novos projetos etc. Vítor pega o violão e começa tocar algumas canções... Paula, com o celular, grava.
•STORIES•
Ouçam! - sorri enquanto escuta ele tocar. Tenho show particular! - ri.
STORIES•
Começa olhar no celular dele e vê a foto da filha. Manda para si e resolve postar.
Fui obrigada a compartilhar de tanto amor! Olhem essa carinha feliz por conhecer a neve com o papai!!! Daqui uns dias será o primeiro dia de aula dela, estou com o coração na mão. #ViviSapeca #Conheceuaneve #Feriasemfamilia #FRIO #Amoraquece
Ela coloca o celular de lado e deita sobre a perna de Vítor, observando-o arriscar algumas notas.
— Faz isso de novo, amor...! - o observa atenta.
— Essa? - faz.
— Isso! - sorri. Vou gravar! - pega o celular e grava. Vou usar, ok?
— Use! - ri.
— Você é um marido incrível!
— Eu sei que sou! - riem.
E agora... - retira o violão dele.
— Sim?
— Vamos namorar um pouquinho? - senta no colo dele. Dar uns beijinhos...- beija-o.
— Isso é bom! - coloca as mãos sobre o rosto dela. Muito bom! - beija-a, deitando sobre ela que ri.
Enquanto aproveitam o momento a sós, no quarto ao lado Marisa acorda assustada. Vítor escuta e começa prestar atenção.
— Parece sua mãe! - Paula olha para ele.
— Vou ver o que houve! - se levanta, coloca a samba canção e vai até o quarto da mãe. Mãe?
— Que bicho nojento! - joga o chinelo.
— O que foi?
— Uma barata! - diz nervosa. Odeio baratas!
— Você está fazendo esse escândalo por causa de uma barata? - vai até o inseto.
— Mata ela!
— Ah mãe...- pega na mão.
— Que nojo Vitor! Você vai feder.
— O que houve?
— Te acordei?
— Estávamos acordados já...
— Aqui! - mostra pra Paula.
— Credo! Você vai ficar fedendo.
— Meu Deus, que fedendo o que! - vai até a janela.
— Mata essa barata Vítor! Ela vai voltar para cá. Ela voa.
— Mãe... Por favor! - joga a barata para fora. Pronto! - fecha a janela. Ela não vai mais encher o saco.
— Ela vai voltar e se ela estava aqui tem mais dela nessa casa! Ela pulou em mim! - olha pra Paula. Estou assustada! - coloca a mão no coração.
— Está tudo bem agora! - Paula ri.
— Que exagero!
— Não é não exagero, não!
— Vamos Paula! Se mais um monstro pular em você, me chame... - saem e ele fecha a porta do quarto.
— Coitada Vitor! - ri.
— Atrapalhou nossa brincadeira! - pega ela no colo.
— Para! - ri.
Antes de chegarem até a porta do quarto escutam Antônia resmungar.
— É sério? - coloca Paula no chão.
— Sim! - ri dele. E vamos lá porque Vitor vai acordar.
— Minha mãe deveria ir, ela que os acordou!
— Tudo bem! Mas vamos...— entram no quarto das crianças. Vem...- pega a bebê. O que foi meu amor? - a beija. Quer mama? - senta-se na poltrona. Vi...
— Oi!?
— Pega uma fraldinha aí para mim...
Paula amamenta as crianças e eles retornam ao quarto. Vinte dias se passam, incluindo dias que Paula trabalhou no novo disco, e voltam para o Brasil. Marisa e Dulce ficam na cidade e eles vão para a fazenda sozinhos com a crianças.
— Vitória! - a chama. Não faz isso!
— Mamãe, pur favor!
— PUR favor digo eu!
— Vitor!? - bate na porta. Anda logo! Que demora nesse banheiro.
— Filha, não! - tira Antônia da beirada do criado mudo. Você se machuca aqui. Vivi, ajuda a mamãe...
— Tô ajudando!
— Não, você está bagunçando mais ainda! Aí senhor... Ainda preciso desfazer a mala de vocês. - passa a mão no rosto. VITOR?
— Estou saindo Paula! - abre a porta. Não posso nem usar o vaso em paz?
— Ah, pelo amor de Deus... Olha a bagunça! - sai desviando das roupas no chão. Olha as crianças enquanto separo as roupas.
— Tati vai trazer os cachorros amanhã...
— Sim, ela avisou. - começa guardar umas peças limpas no closet.
— Cadê a Diva?
— Foi descansar né Vítor...
— Chegamos de manhã já deu tempo dela descansar!
— Não vou nem te responder!
— Hein...- se joga na cama olhando o celular. Amanhã vou sair para pescar, tudo bem?
— O QUE? - encara. Você tá de brincadeira com minha cara né?
— Por que?
— Olha isso! - mostra. Você está achando que vou dar conta sozinha? Você vai me ajudar. Outro dia você pesca, Vitor. Nem inventa.
— Até amanhã já arrumamos isso!
— Não! Já está de noite e não consegui arrumar ainda e tem as malas das crianças.
— Já são 9 horas da noite! - senta-se. Eles estão acordados ainda... Meu Deus!
— Faça eles dormirem.
— Já tomaram banho?
— Já! - puxa uma mala.
— Vou fazer Vitória dormir primeiro! - se levanta. Vem Vivi... Vamos pro seu quarto!
— A toti dela está na cozinha, Diva deixou pronta!
Após longas duas horas, Vítor consegue fazer os três filhos dormirem. Retorna ao quarto e Paula está deitada na cama.
— Já terminou? - fecha a porta.
— Não! Mas estou cansada...
— Entendi! - retira a camiseta.
— Faz uma massagem em mim?
— Faço! - senta-se na cama. Vem aqui! - Paula se aproxima dele, sentando-se em sua frente. Se doer avisa... - começa massagea-la.
— Seu celular tocou agora pouco, esqueci de avisar! - fecha os olhos com a massagem. Aí branco, devagar... - reclama.
— Você não atendeu?
— Eu não! Mas vi que era o JP...
— Deve ser para jogar poker... avisei no grupo que havia chegado.
— Ainda bem que não atendi então!
— Você anda possessiva, né!? Me quer só para você, sei que sou gostoso, mas...
— Aiai... - ri. Quanto convencimento! - riem. Mas de fato você é gostoso mesmo!
— Hum!! - beija as costas dela.
— Não começa! - ri. Estou morrendo de cansaço!
— Só estou beijando... Que coisa! - beija o pescoço dela.
— Sei!! - sorri. Pode beijar mais... Não tem problema. - ri, encostando-se nele.
O contato vai aquecendo entre eles até serem interrompidos pela babá eletrônica.
— Qual? - olha. Antônia! Meu Deus...- se levanta. Ela deu mais trabalho para dormir! Já venho... - vai ao quarto da filha. O que foi meu amor? - a pega. Está com dor, filha? - a acalma.
Vítor leva a bebe até Paula. Ela pega a filha, tenta amamentar, mas é em vão.
— O que você tem, Antônia? — a beija, balançando. Cólica não é, não é fome, você está limpinha...
— Será que são os dentinhos?
— Verdade! - lembra. Bem provável que sim... Pegue no nosso closet, na caixa de medicamentos, aquele remédio da tampa vermelha.
Dão o remédio a filha e tentam acalma-la no decorrer das horas que passam.
— Pulinha, vai descansar... Eu a faço dormir! - sussurra. Ela já está quase dormindo...
— Posso? - deita-se na cama. Estou mesmo muito cansada e Vitor acorda daqui a pouco para mamar.
— Sim, descanse! Estou sem sono...- mente.
Ele abre a varanda e adentra com a filha observando o céu. A bebê finalmente dorme uma hora e meia depois. Ele a leva ao quarto, coloca-a no berço e aguarda por uns vinte minutos a balançando no móvel até ter certeza que havia pegado firme no sono. Passa no quarto do filho e o leva para mamar.
— Ela dormiu? - senta-se.
— Dormiu agora...- entrega o filho.
— Dá uma dózinha ver eles sem conseguir dormir! - coloca o filho no peito.
— Sim! — encosta na poltrona.
— Você está cansado, né? - sorri.
— Um pouco! - riem. Mas tudo bem... Dê mama a ele que eu o faço dormir novamente.
— Pode descansar que eu o coloco!
— Não! Você precisa descansar para produzir leitinho! - levanta e vai até a varanda.
— Só você mesmo! - riem. Já parou para pensar nisso? Sou uma vaca.
— Sim, uma vaca...
— Isso é engraçado!
— Mas não me faz um boi!
— Não! - riem. Não podia ser uma égua? Era mais bonito do que vaca...
— Verdade, amor... Você seria uma potranca!
— Hum...- riem. Doidinho para cavalgar em meu corpo!
— Esse papo a essa hora da madrugada...- riem.
Vitor termina de mamar e o pai o leva até o quarto para dormir. Ao retornar ao seu Paula não está no quarto. A procura pela casa e a encontra na cozinha.
— Uai, o que teve?
— Vim beber água... Sinto uma sede depois de amamentar... E aí vi esse pudim. Quer? - oferece.
— Não! Obrigada...- escora-se na bancada.
— Tá...- joga a colher na pia e lava as mãos. Vamos dormir então...- seca as mãos e vai até ele.
— Vamos! - beija-a. Gostinho de pudim!
— Melhor que de charuto! - sorri.
— Não faz isso! - riem.
— Eu te amo! - acaricia o rosto dele.
— Também amo você, pequena...- sorri. To até com medo de encostar em você e aparecer alguém, o telefone tocar, as crianças surgirem no ar, uma barata voar na nossa cara... Porque ultimamente tem sido assim! - riem.
— São suas intenções carregadas de safadeza... Por isso!
- As minhas...— a encara.
— As suas! - passa a mão sobre o corpo dele. Por que você tem que ser tão lindo?
— Só ser bonito não adianta! - a pega no colo. Tem que ser eficiente...- a coloca sobre a mesa.
— Aí que saudade dessa mesa! - joga a cabeça para trás rindo, enquanto ele retira sua camisola.
Se amam sobre devaneios, se oferecem prazer por compartilhar dois corpos formando um, tornando um momento tão íntimo e tão deles o mais importante de qualquer outro que tenham vivido. Terminam o dia no início do dia seguinte sobre carícias.
Pela manhã Diva e Sol preparam a mesa de café. Lucy arruma os gêmeos que acordaram e segue para o quarto de Vitória, mas não a encontra.
— Mamãe! — abre a porta e entra. Mamãe! — vai até a cama e sobe em cima de Paula.
Ela acorda assustada com a filha sobre si.
— O que foi Vivi? - se espreguiça. Que horas são? - olha no relógio. Está cedo ainda...
— Vou pra escolinha.
— Sim, filha! - sorri. Seu primeiro dia de aula! - a acaricia. Mas está cedo!
— Ô papai! - bate em Vitor. Acorda!! - dá beijo no rosto dele.
— Que amor por esse pai! - ri.
— Quero cobrir! - entra debaixo do edredom.
— Espera filha! - Vitor segura para que ela não entra. Pulinha...
— Vem aqui Vivi...- ri. Deita aqui do lado da mamãe. - coloca ela do outro lado. Coloque uma cueca, que coisa...- fala para ele.
Ficam mais algum tempo com Vitória na cama e depois arrumam-se para levar a filha para o primeiro dia de aula. Tomam café e organizam as cadeirinhas no carro para que os gêmeos também possam ir acompanhar a irmã.
— Mais está parecendo uma princesa! - olha-a. Olha seu lanche! - entrega para ela.
— Brigada Didi... Vamu mamãe!
— Aí meu Deus! - enxuga as lágrimas.
— Vitor! - riem dele.
— Ela já está indo para escola, não dá para crer...- chora.
— Papai, tá chorando porque? Não chora papaizinho... - abraça ele.
— É de felicidade! - ri, abraçando ela. Você está crescendo e o papai fica feliz.
— Vamos... Senão nos atrasaremos!
— Ok... - pega ela no colo.
Colocam todos nas cadeirinhas e saem rumo à cidade. Explicam para Vitória como ela deve falar com a professora e tratar os colegas de turma.
— E falar pur favor!
— Isso mesmo! - sorriem.
— Chegamos?
— Sim! - ri da ansiedade dela.
— Será que é seguro? - olha.
— Vitor, por favor...- retira o cinto. Vamos!
Descem com os filhos. Paula segura Antônia no colo e Vítor segura o filho, enquanto anda de mãos dadas com Vitória.
— Bom dia! - cumprimentam o porteiro.
— Oi! - Vitória sorri.
— Oi pequenininha, seja bem vinda!
— Obrigada! - sorri.
Eles riem e entram no colégio. São guiados até a sala de Vitória, onde a acomodam em uma carteira.
— Pode ir mamãe! - fala pra Paula.
— Você vai ficar bem, meu anjo? Papai e mamãe vai voltar pra casa e vem te buscar depois, tudo bem!? Na hora do lanchinho você come o que Diva fez para você.
— Tá bom! Olha que bonitinha... Oi! - mostra a amiguinha para mãe.
— Sim! - ri. Pergunta o nome dela...
— Qual seu nome? O meu é Vitória Zapalá.
Vitor se emociona ao vê-la interagindo com os coleguinhas. Ele e Paula saem da sala e vão para a coordenação, onde conversam com os responsáveis. Observam de longe a filha por algum tempo e decidem ir embora.
— Ficou rindo de mim, né!? - vê Paula chorar.
— Para! - chora. Aí que aperto no coração...
— Já não a quero deixar aí e você diz que está com um aperto no coração! - seca as lágrimas enquanto coloca o filho na cadeirinha.
— Precisamos deixar ela aí! - prende Antônia. Daqui uns anos são vocês! Aff..- chora pensando.
Vão o caminho todo chorando e lembrando de quando a filha nasceu. Chegam á fazenda, retiram as crianças e entregam a Lucy enquanto se arrumam. Logo depois Paula vai para o escritório atender alguns produtores e Vitor pega os filhos para cuidar com a ajuda de Lucy.
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Olá!!!
Gostaria de corrigir uma coisa:
No Cap. passado foi colocado que o casamento deles teria sido em 2016, mas o correto seria dezembro de 2014. Peço que considerem de agora em diante as seguintes datas:
Vitória teria nascido em Abril de 2015.
Paula teria engravidado novamente em outubro de 2015 e perdido o bebê em março de 2016.
Agosto de 2017 Paula engravida dos gêmeos, dando a luz em Março de 2018!
LEMBRANDO: CONSIDEREM TAIS DATAS DE AGORA EM DIANTE!