12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 140
Capítulo 140 - Nova Iorque // Brasil




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/465962/chapter/140

Na madrugada Paula segue para o quarto dos filhos, onde os amamenta e retorna a dormir. Na manhã acordam ao ouvir o choro dos bebês.

 

— O que será que houve? - puxa o lençol para se cobrir. 

— Paula! - a puxa novamente. Vão resolver! - beija-a.

— Não é assim! - ri. Vamos... Se levante também! Está frio, eles devem estar enjoados! - levanta. 

 

 

Se arrumam e descem para ver o que está havendo. Encontram Vitória de castigo e Antônia no colo de Lucy enquanto Vitor choraminga no colo da avó. 

 

— O que aconteceu aqui? — pergunta olhando para a filha. 

— Ele puxou meu cabelo! - diz brava. E eu bati nele... - balança os pés olhando para o pai. 

— É sério isso? - pega o filho do colo de Marisa. 

— Uma pequena confusão matinal... Por isso a coloquei de castigo. 

— Vitória, vamos ali comigo... - estende a mão para a filha. 

— Vitor...- indaga o marido - Não a tire do castigo, isso que aconteceu não pode se repetir... 

— Não é assim que vamos resolver! Vou conversar com ela. E você não deveria ir direto pegar o bebê... Também deveria ter vindo conversar com ela antes. 

— Mas ele estava chorando.

— Ele não entende! - pega a filha no colo. Ela sim! - se retira da sala. 

— Posso com isso? - olha para a sogra. Me explica como vou criar três crianças desse jeito? Não consigo entender. 

 

Ele sai com a filha para a cozinha e a senta na cadeira. 

 

— Você já tomou sua toti? 

— Sim. 

— Vivi, seu irmãozinho é bebezinho. Ele não entende o que faz! 

— Ele puxou meu cabelo! 

— Eu não acho que ele puxou... - se escora na mesa, olhando para ela. Ele só quis ver como seu cabelo é bonito... Você não acha seu cabelo bonito?

— Naum...

— Por que? - faz cara de espanto. Seu cabelo é lindo! - acaricia os cabelos dela. 

— Naum é igual da mamãe...

— Não, não é igual! Mas é lindo como o da mamãe. 

— Naum gosto do Vitu! 

— Filha... Ele é seu irmão! 

— Naum vou brincar com ele! 

— Vai sim! Vai brincar com ele, vai cuidar dele, vai ensinar para ele que não pode mexer no cabelo de vocês! 

— Naum! 

— Sim! 

— NAUM! 

— Ôh mocinha, sem grito! - a repreende. Você vai pedir desculpas por ter batido nele, vai sentar no sofá que a vovó te colocou e só vai sair de lá quando ela deixar! 

— Naum papai...- começa chorar. 

— Vitória, o que você fez não é legal! Papai do céu não gosta disso... Eu não gosto disso, a mamãe também não. A gente fica triste. Você é nossa bonequinha e não pode fazer isso, meu amor! 

— E ele? 

— Papai vai falar com ele também! 

— Vai ficar de castigo? 

— Filha...- não sabe o que dizer. Ele vai levar bronca também...

— Naum quelo castigo! 

— Mas vai ficar lá... 

— NAUM VÔ! - desde da cadeira e sai correndo.

— VITÓRIA! - vai atrás dela. 

— Naum! - segura no casaco da Marisa, chorando. 

— Senta no sofá! - ordena. 

— Hunhun... - balança a cabeça que não. 

— Senta ali agora! - pede mais uma vez. 

— Vai pro sofá Vitória! - Paula pede. 

— Vovó! - olha para Marisa chorando. 

— Meu benzinho...- se abaixa. 

— Não a pega mãe! 

 --Não vou! - olha pra ele. Vivi...- olha para neta - obedece o papai! 

— Vitória, vou pedir pela última vez... Senta ali a.go.ra! - indica o sofá. 

 

Vitor pede para mãe sair da sala. Vitória faz mais escândalo, assustando os irmãos. Paula respira fundo vendo a situação enquanto Vitor segura a filha no sofá, tentando falar com ela. 

 

— Chega de chorar! - a segura. Chega, chega de chorar... Você não vai sair enquanto não parar de chorar! 

 

Ele continua conversando com ela até que ela cede e para de fazer drama. Vítor a leva na sala de televisão e chama Lucy para cuidar dela. 

 

— Vem filha! - pega Antônia do colo da funcionária. Ela está sem doce hoje, Lucy! 

— Naum papai! - começa querer chorar. 

— Não chora! - diz bravo. 

 

Lucy vai até Vitória e começa entretê-la. Ele se retira, seguindo para cozinha. 

 

— Você não disse que não íamos resolver assim!? 

— Eu ao menos tentei resolver no diálogo! 

— Ela só vai fazer 03 anos! 

— Ela entende! 

— Não vou discutir! - volta dar fruta para o filho. 

— Bom dia! - Dulce se junta a eles. 

— Nem tão bom! - respondem. 

— Ué! - os olha. 

— Briga entre as crianças! - pega uma uva para Antônia. 

— Hum... Ouvi os berros! 

 

 

Conversam enquanto tomam o café da manhã. Se revezam durante o dia cuidando dos filhos, cortam as unhas das crianças, limpam seus dentes, conferem remédios, servem o almoço, banham e colocam-os para dormir um pouco pela tarde, quando aproveitam para ir no mercado. 

 

 

— Vai levar isso? - mostra o pacote de Sal Rosa. 

— Sim! Para temperar a comida de Vitória... 

— Certo! - coloca no carrinho. Os orgânicos estão ali, amor...- aponta. 

— Vamos lá! 

 

Enquanto Paula pega algumas verduras, ele lê a lista da Diva. 

 

— Você quer ter mais um filho? 

— Oi!? - olha para ele incrédula. 

— Perguntei se quer ter mais filhos... Mais um. 

—Hum...- fecha o saco plástico com batatas. Minha resposta agora é não. Não sei daqui algum tempo, quando os gêmeos estiverem maiores! - coloca no carrinho. 

— Entendi...

— Por que essa pergunta? - ri. 

— Nada! - pega gengibre. 

— Vai levar gengibre para que? 

— Bater com limão! 

— Só você mesmo! - segue com o carrinho até outra gôndola. Precisamos pegar o arroz negro de Vitória e seu macarrão integral! - lembra. 

— Vou ali nas bebidas! - avisa. 

 

Ela termina de pegar os alimentos e ele escolhe alguns uísques e vinhos. 

 

— Você vai beber tudo isso? - olha ele colocar no carrinho. 

— Você vai controlar tudo que compro? 

— Não, sem educação! 

— Vai querer chocolates? Tem uns bons ali...

— Pega... Quem sabe dê vontade depois! 

 

Terminam as compras e retornam ao apartamento. 

 

 

— Chegamos! - entram. Cadê todo mundo? - chama. 

— Mamãe! - Vitória surge. 

— Oi! Tudo bem, amor? 

— O que tem aí? 

— Comida! 

— Doce? 

— Você está sem doce hoje! 

— Papai...- choraminga. 

— Opa, sem choro! - seguem para a cozinha. 

— Cadê seus irmãos? 

— Naum sei! - sobe na cadeira, olhando a janela. NEVE! - bate palma rindo. 

— Uau! - riem. É lindo mesmo filha! - vai até ela. 

— Vamu lá! - desce da cadeira. 

— Tá tão frio...- olha para Vitor pensando se autoriza ou não ele a levar ela. 

— Só aqui na frente do prédio... Bem rápido! 

— Não demore! - avisa enquanto ele está saindo. 

 

Entram no elevador e seguem para ver a neve. Vitória corre pela calçada e ele ri da animação da filha que nunca havia visto o fenômeno. 

 

— Olha papai! - pega na mão. 

— Sim! - sorri. Vamos tirar uma foto? 

— Sim! 

— Faz uma pose bem bonita! - pega o celular. 

 

Vítor a fotografa e curte mais alguns minutos, chamando-a para ir embora. 

 

— Está frio, filha! Vamos... - pega-a no colo. 

— Vou levar para mamãe! - segura na mão. 

— Tá! - ri. 

 

Chegam no apartamento e ela corre mostrar para Paula. 

 

 

— Caramba, filha! - sorri. É linda, né!? - segura. 

— Mostra pra Antônia! 

— E pro Vitor? 

— Naum! - sai da cozinha. 

 

Paula olha para o marido e respira fundo. Coloca a neve que já estava derretendo dentro de um copo e vai para a sala onde sentam-se com as crianças para jogar alguns jogos que compraram. 

 

 

— Ele é careca, Vivi? - pergunta. 

— Hum...- coloca a mão no queixo. Naum! 

— Ok...- abaixa todos as figuras carecas. Agora sua vez! 

— Tem zuculus?

— Óculos, Vitória! - riem. Não tem! Abaixa aí todos que tiverem óculos. O seu é um senhor? 

— O que é isso? 

— Se é mais velho, Vivi... Tipo o vovô Ronald! - Vítor responde enquanto segura os gêmeos. 

— Que tem cabelo branco? - coloca a mão na cabeça. Igual papai! - aponta para o pai.

— Filha! - Vítor a encara. 

— Aiai... Essa foi boa! - Marisa e Dulce riem. 

— Isso Vivi...- Paula ri de Vítor.

— Não mamãe...

—Ok... Agora sua vez!! 

 

 

Vítor ajuda a filha brincar com a mãe e Paula vence a partida. 

 

 

— Vamos dormir? - olha no relógio. Está na hora de vocês estarem na cama! - pega Antônia. 

— Só mais um potinho! - pede Vitória.

— Nem mais um potinho e nem mais um potão! - responde Vitor. Mamãe e papai precisam brincar um pouquinho... - se levanta do chão. 

— Também quero brincar! - pula. 

— Não filha, você não pode brincar! Nem tão cedo. 

— Vitor! - o encara brava. Pelo amor de Deus, né!? Pega ela e traz para se arrumar para dormir. 

— Vamos! - a pega no colo. 

 

Ela troca os gêmeos e ele ajeita Vitória na cama. Conta uma história que a filha pediu e a aguarda adormecer. Sai vagarosamente do quarto dela e segue para onde está Paula com os gêmeos. Com a ajuda de Dulce ela consegue amamentar e fazer as crianças dormirem. 

 

— Dormiram? - sussurra. 

— Sim! - recolhe algumas roupas. 

— Vou me deitar também! Boa noite - sai. 

— Obrigada mãe! Boa noite. 

— Quer ajuda? 

— Não! Já peguei tudo... Vamos sair antes que eles acordem. 

— Sim! - abre a porta e aguarda ela passar, indo em seguida. Está tudo bem?

— Está, por que? 

— Por nada! - coloca a mão sobre o ombro dela. Vinho? 

— Sim! - sorri. E chocolate! 

— Certo! - ri, seguindo até a cozinha. 

— Você leva no quarto? 

— Levo sim!

 

 

Paula vai para o quarto e entra na ducha. Na cozinha Vítor pega o vinho com as taças e alguns chocolates, seguindo para o quarto. 

 

 

— Paula? - entra e não a encontra. Paula? - olha na varanda.

 

Coloca as coisas sobre a bancada e vai até o banheiro. Escuta ela conversando sozinha enquanto banha-se. Retira sua roupa e a acompanha. 

 

 - Que susto! - riem. 

— Não sou tão feio assim! 

— Não, você não é! - coloca seus braços sobre o pescoço dele. Você é maravilhoso... - sorri. 

— São seus olhos! - ri. 

— Não, não são! Você é meu branquinho, de cabelinhos lindos, sorriso sensual, olhar sexy...

— Continua! - riem. 

— Atributos fartos e deliciosos! 

— Sei! - ri, beijando-a. Você ainda quer ir para Miami? 

— Não! Não quero ficar longe dos bebês. 

  

Tomam banho conversando sobre a viagem. Ao saírem, se arrumam e deitam na cama tomando o vinho. Conversam sobre os filhos, a volta ao Brasil, os novos projetos etc. Vítor pega o violão e começa tocar algumas canções... Paula, com o celular, grava. 

 

 

•STORIES•

 

 

Ouçam! - sorri enquanto escuta ele tocar. Tenho show particular! - ri. 

 

 

STORIES• 

 

 

Começa olhar no celular dele e vê a foto da filha. Manda para si e resolve postar. 

 

 

 

 

 

 

 

Fui obrigada a compartilhar de tanto amor!  Olhem essa carinha feliz por conhecer a neve com o papai!!! Daqui uns dias será o primeiro dia de aula dela, estou com o coração na mão. #ViviSapeca #Conheceuaneve #Feriasemfamilia #FRIO #Amoraquece 

 

 

Ela coloca o celular de lado e deita sobre a perna de Vítor, observando-o arriscar algumas notas. 

 

 

— Faz isso de novo, amor...! - o observa atenta. 

— Essa? - faz. 

— Isso! - sorri. Vou gravar! - pega o celular e grava. Vou usar, ok? 

— Use! - ri.  

— Você é um marido incrível! 

— Eu sei que sou! - riem. 

E agora... - retira o violão dele. 

— Sim? 

— Vamos namorar um pouquinho? - senta no colo dele. Dar uns beijinhos...- beija-o. 

— Isso é bom! - coloca as mãos sobre o rosto dela. Muito bom! - beija-a, deitando sobre ela que ri. 

 

Enquanto aproveitam o momento a sós, no quarto ao lado Marisa acorda assustada. Vítor escuta e começa prestar atenção. 

 

 

— Parece sua mãe! - Paula olha para ele. 

— Vou ver o que houve! - se levanta, coloca a samba canção e vai até o quarto da mãe. Mãe? 

— Que bicho nojento! - joga o chinelo. 

— O que foi? 

— Uma barata! - diz nervosa. Odeio baratas! 

— Você está fazendo esse escândalo por causa de uma barata? - vai até o inseto. 

— Mata ela! 

— Ah mãe...- pega na mão.

— Que nojo Vitor! Você vai feder.

— O que houve? 

— Te acordei? 

— Estávamos acordados já... 

— Aqui! - mostra pra Paula. 

— Credo! Você vai ficar fedendo. 

— Meu Deus, que fedendo o que! - vai até a janela. 

— Mata essa barata Vítor! Ela vai voltar para cá. Ela voa. 

— Mãe... Por favor! - joga a barata para fora.  Pronto! - fecha a janela. Ela não vai mais encher o saco. 

— Ela vai voltar e se ela estava aqui tem mais dela nessa casa! Ela pulou em mim! - olha pra Paula. Estou assustada! - coloca a mão no coração.

— Está tudo bem agora! - Paula ri. 

— Que exagero! 

— Não é não exagero, não! 

— Vamos Paula! Se mais um monstro pular em você, me chame... - saem e ele fecha a porta do quarto. 

— Coitada Vitor! - ri. 

— Atrapalhou nossa brincadeira! - pega ela no colo. 

— Para! - ri. 

 

 

Antes de chegarem até a porta do quarto escutam Antônia resmungar. 

 

 

 

— É sério? - coloca Paula no chão. 

— Sim! - ri dele. E vamos lá porque Vitor vai acordar. 

— Minha mãe deveria ir, ela que os acordou! 

— Tudo bem! Mas vamos...— entram no quarto das crianças. Vem...- pega a bebê. O que foi meu amor? - a beija. Quer mama? - senta-se na poltrona. Vi...

— Oi!?

— Pega uma fraldinha aí para mim...

 

 

Paula amamenta as crianças e eles retornam ao quarto. Vinte dias se passam, incluindo dias que Paula trabalhou no novo disco, e voltam para o Brasil. Marisa e Dulce ficam na cidade e eles vão para a fazenda sozinhos com a crianças. 

 

— Vitória! - a chama. Não faz isso! 

— Mamãe, pur favor!

— PUR favor digo eu! 

— Vitor!? - bate na porta. Anda logo! Que demora nesse banheiro. 

— Filha, não! - tira Antônia da beirada do criado mudo. Você se machuca aqui. Vivi, ajuda a mamãe... 

— Tô ajudando! 

— Não, você está bagunçando mais ainda! Aí senhor... Ainda preciso desfazer a mala de vocês. - passa a mão no rosto. VITOR? 

— Estou saindo Paula! - abre a porta. Não posso nem usar o vaso em paz? 

— Ah, pelo amor de Deus... Olha a bagunça! - sai desviando das roupas no chão. Olha as crianças enquanto separo as roupas. 

— Tati vai trazer os cachorros amanhã... 

— Sim, ela avisou. - começa guardar umas peças limpas no closet. 

— Cadê a Diva? 

— Foi descansar né Vítor...

— Chegamos de manhã já deu tempo dela descansar! 

— Não vou nem te responder! 

— Hein...- se joga na cama olhando o celular. Amanhã vou sair para pescar, tudo bem? 

— O QUE? - encara. Você tá de brincadeira com minha cara né? 

— Por que? 

— Olha isso! - mostra. Você está achando que vou dar conta sozinha? Você vai me ajudar. Outro dia você pesca, Vitor. Nem inventa. 

— Até amanhã já arrumamos isso! 

— Não! Já está de noite e não consegui arrumar ainda e tem as malas das crianças. 

— Já são 9 horas da noite! - senta-se. Eles estão acordados ainda... Meu Deus! 

— Faça eles dormirem.

— Já tomaram banho? 

— Já! - puxa uma mala. 

— Vou fazer Vitória dormir primeiro! - se levanta. Vem Vivi... Vamos pro seu quarto! 

— A toti dela está na cozinha, Diva deixou pronta! 

 

 

Após longas duas horas, Vítor consegue fazer os três filhos dormirem. Retorna ao quarto e Paula está deitada na cama.

— Já terminou? - fecha a porta.

— Não! Mas estou cansada...

— Entendi! - retira a camiseta.

— Faz uma massagem em mim?

— Faço! - senta-se na cama. Vem aqui! - Paula se aproxima dele, sentando-se em sua frente. Se doer avisa... - começa massagea-la.

— Seu celular tocou agora pouco, esqueci de avisar! - fecha os olhos com a massagem. Aí branco, devagar... - reclama.

— Você não atendeu?

— Eu não! Mas vi que era o JP...

— Deve ser para jogar poker... avisei no grupo que havia chegado.

— Ainda bem que não atendi então!

— Você anda possessiva, né!? Me quer só para você, sei que sou gostoso, mas...

— Aiai... - ri. Quanto convencimento! - riem. Mas de fato você é gostoso mesmo!

— Hum!! - beija as costas dela.

— Não começa! - ri. Estou morrendo de cansaço!

— Só estou beijando... Que coisa! - beija o pescoço dela.

— Sei!! - sorri. Pode beijar mais... Não tem problema. - ri, encostando-se nele. 

 

O contato vai aquecendo entre eles até serem interrompidos pela babá eletrônica.

 

— Qual? - olha. Antônia! Meu Deus...- se levanta. Ela deu mais trabalho para dormir! Já venho... - vai ao quarto da filha. O que foi meu amor? - a pega. Está com dor, filha? - a acalma. 

 

Vítor leva a bebe até Paula. Ela pega a filha, tenta amamentar, mas é em vão.

 

— O que você tem, Antônia? — a beija, balançando. Cólica não é, não é fome, você está limpinha...

— Será que são os dentinhos?

— Verdade! - lembra. Bem provável que sim... Pegue no nosso closet, na caixa de medicamentos, aquele remédio da tampa vermelha. 

 

Dão o remédio a filha e tentam acalma-la no decorrer das horas que passam.

 

— Pulinha, vai descansar... Eu a faço dormir! - sussurra. Ela já está quase dormindo...

— Posso? - deita-se na cama. Estou mesmo muito cansada e Vitor acorda daqui a pouco para mamar.

— Sim, descanse! Estou sem sono...- mente. 

 

Ele abre a varanda e adentra com a filha observando o céu. A bebê finalmente dorme uma hora e meia depois. Ele a leva ao quarto, coloca-a no berço e aguarda por uns vinte minutos a balançando no móvel até ter certeza que havia pegado firme no sono. Passa no quarto do filho e o leva para mamar.

— Ela dormiu? - senta-se.

— Dormiu agora...- entrega o filho.

— Dá uma dózinha ver eles sem conseguir dormir! - coloca o filho no peito.

— Sim! — encosta na poltrona.

— Você está cansado, né? - sorri.

— Um pouco! - riem. Mas tudo bem... Dê mama a ele que eu o faço dormir novamente.

— Pode descansar que eu o coloco!

— Não! Você precisa descansar para produzir leitinho! - levanta e vai até a varanda.

— Só você mesmo! - riem. Já parou para pensar nisso? Sou uma vaca.

— Sim, uma vaca...

— Isso é engraçado!

— Mas não me faz um boi!

— Não! - riem. Não podia ser uma égua? Era mais bonito do que vaca...

— Verdade, amor... Você seria uma potranca!

— Hum...- riem. Doidinho para cavalgar em meu corpo!

— Esse papo a essa hora da madrugada...- riem. 

 

 

Vitor termina de mamar e o pai o leva até o quarto para dormir. Ao retornar ao seu Paula não está no quarto. A procura pela casa e a encontra na cozinha.

 

— Uai, o que teve?

— Vim beber água... Sinto uma sede depois de amamentar... E aí vi esse pudim. Quer? - oferece.

— Não! Obrigada...- escora-se na bancada.

— Tá...- joga a colher na pia e lava as mãos. Vamos dormir então...- seca as mãos e vai até ele.

— Vamos! - beija-a. Gostinho de pudim!

— Melhor que de charuto! - sorri.

— Não faz isso! - riem.

— Eu te amo! - acaricia o rosto dele.

— Também amo você, pequena...- sorri. To até com medo de encostar em você e aparecer alguém, o telefone tocar, as crianças surgirem no ar, uma barata voar na nossa cara... Porque ultimamente tem sido assim! - riem.

— São suas intenções carregadas de safadeza... Por isso!

 - As minhas...— a encara.

— As suas! - passa a mão sobre o corpo dele. Por que você tem que ser tão lindo?

— Só ser bonito não adianta! - a pega no colo. Tem que ser eficiente...- a coloca sobre a mesa.

— Aí que saudade dessa mesa! - joga a cabeça para trás rindo, enquanto ele retira sua camisola. 

 

 

 

Se amam sobre devaneios, se oferecem prazer por compartilhar dois corpos formando um, tornando um momento tão íntimo e tão deles o mais importante de qualquer outro que tenham vivido. Terminam o dia no início do dia seguinte sobre carícias.

Pela manhã Diva e Sol preparam a mesa de café. Lucy arruma os gêmeos que acordaram e segue para o quarto de Vitória, mas não a encontra.

 

— Mamãe! — abre a porta e entra. Mamãe! — vai até a cama e sobe em cima de Paula.

 

Ela acorda assustada com a filha sobre si.

— O que foi Vivi? - se espreguiça. Que horas são? - olha no relógio. Está cedo ainda...

— Vou pra escolinha.

— Sim, filha! - sorri. Seu primeiro dia de aula!  - a acaricia. Mas está cedo!

— Ô papai! - bate em Vitor. Acorda!! - dá beijo no rosto dele.

— Que amor por esse pai! - ri.

— Quero cobrir! - entra debaixo do edredom.

— Espera filha! - Vitor segura para que ela não entra. Pulinha...

— Vem aqui Vivi...- ri. Deita aqui do lado da mamãe. - coloca ela do outro lado. Coloque uma cueca, que coisa...- fala para ele. 

 

 

Ficam mais algum tempo com Vitória na cama e depois arrumam-se para levar a filha para o primeiro dia de aula. Tomam café e organizam as cadeirinhas no carro para que os gêmeos também possam ir acompanhar a irmã.

— Mais está parecendo uma princesa! - olha-a. Olha seu lanche! - entrega para ela.

— Brigada Didi... Vamu mamãe!

— Aí meu Deus! - enxuga as lágrimas.

— Vitor! - riem dele.

— Ela já está indo para escola, não dá para crer...-  chora.

— Papai,  tá chorando porque? Não chora papaizinho... - abraça ele.

— É de felicidade! - ri, abraçando ela. Você está crescendo e o papai fica feliz.

— Vamos... Senão nos atrasaremos!

— Ok... - pega ela no colo. 

 

 

Colocam todos nas cadeirinhas e saem rumo à cidade. Explicam para Vitória como ela deve falar com a professora e tratar os colegas de turma.

 

— E falar pur favor!

— Isso mesmo! - sorriem.

— Chegamos?

— Sim! - ri da ansiedade dela.

— Será que é seguro? - olha.

— Vitor, por favor...- retira o cinto. Vamos! 

 

 

Descem com os filhos. Paula segura Antônia no colo e Vítor segura o filho, enquanto anda de mãos dadas com Vitória.

 

— Bom dia! - cumprimentam o porteiro.

— Oi! - Vitória sorri.

— Oi pequenininha, seja bem vinda!

— Obrigada! - sorri.

 

Eles riem e entram no colégio. São guiados até a sala de Vitória, onde a acomodam em uma carteira.

 

— Pode ir mamãe! - fala pra Paula.

— Você vai ficar bem, meu anjo? Papai e mamãe vai voltar pra casa e vem te buscar depois, tudo bem!? Na hora do lanchinho você come o que Diva fez para você.

— Tá bom! Olha que bonitinha... Oi! - mostra a amiguinha para mãe.

— Sim! - ri. Pergunta o nome dela...

— Qual seu nome? O meu é Vitória Zapalá. 

 

Vitor se emociona ao vê-la interagindo com os coleguinhas. Ele e Paula saem da sala e vão para a coordenação, onde conversam com os responsáveis. Observam de longe a filha por algum tempo e decidem ir embora.

 

— Ficou rindo de mim, né!? - vê Paula chorar.

— Para! - chora. Aí que aperto no coração...

— Já não a quero deixar aí e você diz que está com um aperto no coração! - seca as lágrimas enquanto coloca o filho na cadeirinha.

— Precisamos deixar ela aí! - prende Antônia. Daqui uns anos são vocês! Aff..- chora pensando. 

 

 

Vão o caminho todo chorando e lembrando de quando a filha nasceu. Chegam á fazenda, retiram as crianças e entregam a Lucy enquanto se arrumam. Logo depois Paula vai para o escritório atender alguns produtores e Vitor pega os filhos para cuidar com a ajuda de Lucy. 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá!!!


Gostaria de corrigir uma coisa:

No Cap. passado foi colocado que o casamento deles teria sido em 2016, mas o correto seria dezembro de 2014. Peço que considerem de agora em diante as seguintes datas:

Vitória teria nascido em Abril de 2015.

Paula teria engravidado novamente em outubro de 2015 e perdido o bebê em março de 2016.

Agosto de 2017 Paula engravida dos gêmeos, dando a luz em Março de 2018!


LEMBRANDO: CONSIDEREM TAIS DATAS DE AGORA EM DIANTE!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "12 anos em 12" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.