12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 139
Capítulo 139




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/465962/chapter/139

DOIS MESES DEPOIS...

 

— Filha, vem...- a chama.

— Papai - segura na mão dele - ela já vai chegar?

— Já! - sorri. Olha lá...- pega Vitória no colo.

— Uhul! - ergue as mãos.

— Uhul, mamãe está chegando! - riem. 

 

 

Aguardam no desembarque por alguns minutos até a verem cruzar a porta. 

 

— Quanta saudade! - beija Vitória.

— Eu também mamãe!! - abraça Paula.

— E você? - olha o marido.

— Morrendo de saudades! - sorri, beijando-a. 

 

A ajuda com as malas e seguem para o apartamento. 

 

— Vitor e Antônia acabaram dormindo..

— Imaginei! Meu voo atrasou no Brasil...

— Acredito que foi uma excelente ideia virmos passar um tempo aqui...

— Concordo! - beija-o. 

 

Chegam ao prédio e logo entram carregando todas as bagagens. Na sala de entrada, Dulce e Marisa separam algumas roupas das crianças. 

 

— Oi! - entram com as malas.

— Chegou! - sorri.

— Sim! - ri, as abraçando. Atrasou um pouco!

— Mas o importante é que está aqui!

m- Que lugar lindo... - observa da sacada. Pegamos um lugar perfeito!

— Sim! - diz animada. Serão tempos incríveis!

— Não tenho dúvidas! Cadê meus filhos?

— Dormindo ainda!

— Ok!

— Lucy está descansando...

— Vitor me falou que não tinha passado muito bem! E Diva?

— Está em algum lugar! - riem.

— Vou descansar um pouco...

— Faz bem! A viagem foi longa...

— Mamãe, vem vê meu quarto! - pega na mão dela.

— Vamos! 

 

Vítor as acompanha. Vitória mostra seu quarto feliz, pega os livros na parede e mostra a Paula as ilustrações. 

 

— É lindo, filha! - acaricia-a.

—Papai leu esse! - mostra.

—Que legal! Essa história é muito linda.

— Tem dois miau!

— É!? - riem.

—Quero Toti...- olha para o pai.

— A Diva ia fazer filha...

— Vou lá! - sai correndo.

— Você está gostando de ficar um tempo aqui?

— Não sei Paulinha, talvez... - deita-se no colo dela. Você não estava aqui!

— Vai ser bom para nós ficar longe de tudo um pouco, respirar outros ares, podem sair sem tanta responsabilidade, andar com nossos filhos sem tanta preocupação. Ao menos um tempo, meu amor...- o acaricia.

— Sim! - sorri, beijando a mão dela. Por falar em sair, vamos jantar fora hoje?

— Vamos! - pisca. Podíamos inclusive ir um pouco mais cedo e andar pela cidade.

— Ótimo! Mas, vai descansar um pouco.

— Tudo bem! - se levanta. 

 

 

Vitor a leva até o quarto deles. Arruma a cama para ela enquanto ela toma um banho. 

As horas de passam e ele junto da mãe e da sogra olham os filhos para que ela possa descansar. Há 15 dias havia chegado em Nova York, se instalado em um apartamento que resolveram comprar para que pudessem respirar um pouco e descansarem depois de tudo que houve. 

 

— Oi, meus pequenininhos! - se abaixa para beijar os filhos.

— Aqui Antônia...- entrega um copo com água para filha. Não, Vítor... - se abaixa. Não pode tirar a touca filho, está frio!

— O aquecedor está ligado, branquinho!?

— Sim! Ele não para com a touca, a Antônia não para com a luva e Vitória não para de calçado! Foram 15 dias complicados por aqui sem você...- riem.

— Vocês irão sair hoje? Uai...- vai até a Paula. Já acordou!? - ri. 

 

 

Paula cumprimenta Diva que ainda não havia visto. Pegam as crianças no chão e seguem para a sala de jantar, onde tomam café da tarde todos juntos. 

 

— Vitória, pare de brincar com o pãozinho... É para comer!

—Eu não quelo mais!

— Você não comeu nada filha... Por favor!

— Papai, comi duas uvinhas.

— Não é suficiente! Come seu pão.

— Ela está de sapato, amor? - bebe seu chá.

— Deixa eu ver...- olha embaixo da mesa. Não! - olha pra filha. Cadê seu tênis?

— Não sei!

—  Vai pegar seu tênis e traga aqui para mim colocar! Está muito frio e você não vai ficar sem calçado. 

 

Ela sai da mesa para ir buscar o tênis, mas não volta. 

 

— VITÓRIA? - a chama. Calma, Antônia! - a filha se irrita com a mãe colocando as luvas. Vai ver onde ela está Vítor!

— Eu vou! Pode continuar dando pão ao Vitor... - Marisa se levanta. 

 

Procura pela neta e a encontra na sala de tv, brincando. 

 

— Cadê seu tênis, vivi?  Sua mãe está te chamando, meu amor. - senta-se no sofá. Deixa a vovó colocar em você?

— Não! - corre até o outro sofá.

— Vitória, por favor... A mamãe ficará brava!

— Olha essa Bubu, vovó! - mostra.

— Não mude de assunto! - ri. Venha, deixa eu colocar! - vai até ela.

— Não! - sai correndo pela casa.

 

Vitória passa pela sala de jantar correndo descalça. 

 

— Hei, Vitória! - a chama. Vem colocar o calçado!

— Deixa ela Paula! Depois colocamos.

— Não; mãe... Ela vai pegar um resfriado! Está muito frio.

— Vocês não me responderam! Vão sair hoje à noite? Preciso saber o que fazer pro jantar. E vocês precisam ir ao mercado.

 

— Vá você!

— Eu sei falar alguma merda em inglês? Não!

— Diva! - riem. Amanhã faço o mercado com Vitor!

— Tudo bem!

— Eu e Paula vamos sair para jantar...

— Ok!

— Lucy está melhor?

— Sim! Foi uma queda de pressão.

m- Qualquer coisa nos avise que a levaremos ao pronto atendimento.

— Está tudo bem! Ela foi tomar um banho e vira ficar com as crianças.

— Tudo bem! - se levanta. Mãe, você fica com eles enquanto converso com Vitor sobre alguns trabalhos? Até Lucy chegar...

— Podem ir! 

 

Vítor entrega o filho a sogra enquanto Marisa chega e pega Antônia. No quarto, ele e Paula se deitam. 

 

— O que quer falar?

— Você brigaria comigo ou me acharia uma péssima mãe se eu mentisse só para e deitar um pouquinho?

— Sério que você fez isso? - riem.

— Estou cansada! - ri. Não me julga! Mas já vou ficar com eles... Porque amo meus filhotes.

— Sei! - ri dela.

— Vi, estive pensando durante o voo... Por que não vamos só eu e você passar uns dias em Miami?

— Hum... - a encara. Quer ir pro calor?

— Sim! - ri. Ficar mais a vontade... - coloca a mão sobre o peito dele. Estou com saudades da gente, dos nossos momentos...

— Eu sei! - beija a mão dela, a afastando. Preciso resolver algumas coisas com o Léo por telefone! - se levanta. No jantar conversamos sobre isso, tudo bem?

— Vitor...- o vê sair.

— Oi? - para na porta.

— Nada! - se levanta. 

 

Paula retorna para a sala, brinca com os filhos  enquanto Dulce e Marisa andam por Nova Iorque. 

— Quer um chá?

— Não! Obrigada Diva...

— Onde Vitor está?

— No escritório...

— Ta tristinha... É o cansaço?

— Deve ser! - mente. Estou um pouco cansada.

— Se quiser eu fico com eles e ajudo Lucy, pode ir descansar...

— Não, imagina...- sorri. Está tudo bem! 

 

Vitor sai do escritório algumas horas mais tarde. Toma seu banho e fica com os filhos para que Paula possa fazer o mesmo. 

 

— Tudo bem não irmos jantar?

— Por que Pulinha!? - a olha.

— Só estou um pouco cansada!

— Está sentindo algo?

— Não! Só cansaço.

— Tudo bem então... Outro dia iremos!

 

 

Ela entra no quarto e liga para Cíntia que ficou no Brasil. 

 

— Oi!! Tudo bem por aí?

— Oi Cíntia, tudo! Quero dizer, nem tudo..

— Por que?

— Vítor...

— Ainda te evitando?

— Sim! Já fazem dois meses. O que tenho? Será que está em mim o problema? Ele não se sente mais atraído por mim?

— Pare de pensar isso, Paula... Vítor passou por um trauma, tente conversar com ele.

— Não sei se é isso... Cíntia, nos estávamos separados... Não é possível que em nenhum momento ele não me quis.

— Se você colocar essas coisas na cabeça será pior! Falou pra ele sobre Miami?

— Sim, mas ele desconversou.

— Tente novamente em outro momento...

— É, é você tem razão! É que fico com tanto medo dele não me querer mais...

m- Paula, pare com isso... Pelo amor de Deus!

— Tá! Preciso desligar e tomar um banho, mais tarde nos falamos! Beijos.

— Beijos! 

 

Entra na ducha e não percebe que Vitor chegou. Ele senta-se na bancada e fica em silêncio mexendo no celular.  

— Uai! - o vê.

—Oi...

—O que está fazendo?

—Nada! Lucy levou as crianças pro banho...

— Me passa o roupão...

—Aqui! - entrega. Estava vendo aqui no celular o tanto de especulação sobre a gente...

— Nem perca tempo lendo isso!

m- É...- guarda o celular. Por que está assim?

m- Assim? - fecha o roupão.

— Paula, sei quando está mentindo. Você não está cansada, está chateada com algo.

— Não, não estou!

—Vamos pular essa parte e fale logo...

— Vítor! Não tem nada...

— Foi você quem quis vir para cá, se não está gostando porque nós viemos?

— Não é nada disso!

m- E o que é então? 

 

Ela respira fundo e senta-se na cama penando se deveria conversar com ele a respeito. 

— Olha, está tudo bem...

— Não, não está! E mereço saber o que está havendo.

— Na verdade eu mereço saber o que está havendo! Eu mereço saber o porquê você tem me evitado tanto...

— Eu não tenho te...

— Tem sim! Você não me toca, não me deixa tocar em você; muda de assunto, arruma desculpa! Poxa... Quando foi que me tornei desinteressante? Passamos por tantas coisas nos últimos meses, ficamos longe um do outro tanto tempo e agora você mal olha para mim como sua esposa. Começo pensar se não resolveu voltar comigo porque te doei um rim... Não quero ser sua amiga, quero ser sua mulher e se você não quer isso precisa me dizer, preciso encontrar alguém que me queira, que me deseje! Você não me deve nada, não precisa se obrigar a estar comigo.

m- Jamais faria isso!

— Não sei!

— Pulinha, não é nada disso... É claro que te desejo, que quero estar com você como antes... Mas nada na nossa vida é como antes! Preciso digerir o que houve, ás vezes minha ficha não caiu ainda..

— Você ganhou uma nova chance de viver e em vez de aproveitar isso me diz que está tentando digerir o que houve? Por favor né Vitor!

— Você está com a cabeça quente! Não adianta conversarmos agora...

 

 

Vitor se retira do quarto. Paula se arruma e deita-se na cama, olhando o celular. Resolve fazer stories respondendo algumas perguntas dos fãs. 

 

 

 

STORIES •

 

Oi amores, vou abrir aqui o perguntas e respostas para vocês poderem me perguntar o que quiser, perguntem bastante!! - ri. 

 

“PAULA, ONDE VOCÊ ESTÁ?”

 

Vou selecionar algumas, porque tem várias repetidas... Bom, estou em Nova Iorque, vim para cá passar um tempo com Vítor e as crianças, mas logo retornamos. 

 

“VITÓRIA JÁ FOI NA DISNEY?”

 

Boa pergunta! - ri. Vitória não foi na Disney ainda. Eu e Vitor até conversamos sobre levar ela e tal... Mas é que Vitória não conhece muito os personagens da Disney, ela não é muito ligada em princesas, no Mikey, etc. É até engraçado isso porque eu mesma sou louca pela Disney e lá em casa tem varias coisas que eu trouxe de lá... E ela nunca perguntou, nunca se interessou... 

 

“VITOR ESTÁ BEM?”

 

Vitor está bem sim, obrigada!! - sorri. 

 

“ELA E ANTÔNIA NÃO CONHECEM AS PRINCESAS? Socorro!!!”

 

Não conhecem! - ri. Na verdade a única princesa que Vitória conhece é Branca de Neve, mas ela não liga muito... Ela só gosta que Vitor leia a história pra ela, mas também não tem muito interesse. O único personagem infantil que Vitória gosta é a Poppy de Trolls... Ela tem bonequinhas. 

 

“VITOR (seu filho) É PARECIDO COM QUEM?”

 

Vitor é parecido com o pai...- ri. Antônia que se parece comigo! - sorri. 

 

“VAI TER FESTINHA DE 1 ANO DOS GÊMEOS?”

 

Acho que faremos só um bolinho para eles. Nos últimos tempos eu e Vitor resolvemos não focar muito em grandes festas para as crianças... Eles ainda são bebês para entender! Então talvez a gente faça um bolinho para tirar umas fotos para eles verem quando crescerem. 

 

“PAULA, ELES CHUPAM CHUPETA?”

 

Vivi só para dormir e os gêmeos não chupam! 

 

“POR QUE VOCÊS NÃO MOSTRAM ELES?”

 

Está chovendo essa pergunta! - ri. Aiai... Vamos lá: Amores, volta e meia tem fotos da Vitória por aí. E assim... Não é que não mostramos, a questão é que eles são pequenos e não queremos que eles cresçam com o peso da mídia, de ser uma figura pública sendo que não são. Além do mais, zelamos pela segurança do eles! Cabe a mim e a Vitor protegermos eles de tudo que pudermos e garantir a eles uma vida saudável... Nós dois sabemos o quanto é difícil ter uma imagem pública, estar à mercê de tantos comentários ruins, da maldade das pessoas e não queremos isso para eles. Quando crescerem e quiserem ter um perfil aberto, ótimo... Porque dai já é escolha deles! Mas assim... Volta e meia vamos postar o que acharmos prudente e necessário para aquele momento. 

 

“HÁ QUANTOS ANOS VOCÊS ESTÃO CASADOS? Você nunca fala sobre o casamento de vocês kkkkk”

 

A gente brinca que está casado desde o dia que se conheceu! — ri. Mas casados mesmo fazem 03 anos... 

O que querem saber? - riem. Me casei em 16 de dezembro de 2014... Estava grávida de Vitória, 04 meses! - sorri. Depois vou procurar uma foto para postar!

 

“TEM DVD ESSE ANO?”

 

Surpresa ainda! Mas tem o EP vindo aí...

 

“TEM COMPOSIÇÕES NOVAS COM VÍTOR?”

 

Tem! - sorri. Aguardem!!! 

 

“VÍTOR NÃO VAI VOLTAR CANTAR?”

 

Ele nunca parou, galerinha! Estão apenas em um período de descanso. Não é o fim da dupla. 

 

“VOCÊS JÁ ESTÃO BEM DA CIRURGIA?”

 

Estamos sim! Logo falarei disso com vocês... Foi tudo muito depressa. 

 

“A MARIA NÃO FOI COM VOCÊS?”

 

Não veio, infelizmente... A escola dela é nesse período... Então, não deu! Mas não faltarão oportunidades. 

 

“VOCÊ TEM AJUDA DE BABÁS?”

 

A Lucy e a Diva nos ajuda desde que Vivi nasceu! Os gêmeos não tem babás, Lucy nos ajuda com eles também, mas quem fica com eles é minha mãe e a Marisa, mamãe do Vitor... Inclusive estão aqui! - ri. 

 

“VÍTOR AJUDA COM AS CRIANÇAS?”

 

MUITOOOOO... - ri. Ele é pai, uai! - ri. 

Quando estava grávida dos gêmeos, ele que cuidava de Vitória por ser uma gestação de risco. Os gêmeos nasceram e nós nos dividimos... Nossas mães só vão na nossa casa na Segunda, Quinta e Sexta e final de semana se não estamos, o resto dos dias Vítor cuida enquanto trabalho, depois eu cuido e por aí vai... Mas pretendo ter mais uma babá sim para ajudar com os gêmeos porque temos trabalhado muito! 

 

“PAULA VOCÊ NÃO TEVE LUA DE MEL?”

 

Não! - ri. Ainda não tivemos uma lua de mel... Acreditam? Foi tudo muito rápido. Me casei e aí focamos na minha gestação... Vivi nasceu e focamos nela. Quando ela tinha 06 meses eu engravidei novamente, como vocês já sabem e aí passamos por toda aquela situação terrível e tempos depois veio os gêmeos! Então não tivemos tempo! - ri. Mas teremos, vamos esperar os bebês estarem mais grandinhos...

 

 

“O QUE MAIS TE IRRITA NO VÍTOR?”

 

 

Nossa! - ri. Se ele ler isso, vai me matar! - ri. Brincadeira... Ah...- pensa nas inúmeras coisas que se irrita com ele, mas não pode dizer. Não sei dizer! Sério... A gente sempre vai se ajudando para evoluir, então não tem algo que seja tãoooo... Mas, acho que a bagunça que ele faz no closet dele e roupão molhado jogado pelo quarto! - ri. Não tem jeito! O marido de vocês faz isso? - ri. 

 

“QUAL SERIA O LUGAR PARA LUA DE MEL? JÁ VIAJARAM A SÓS?”

 

Não pensei nisso ainda... Mas queria conhecer um lugar novo... Quem sabe a Índia! - sorri. 

Já viajamos sim. No meu aniversário no ano retrasado fomos para Serra do Cipó e foi incrível... Passamos só um dia porque Vivi era bebezinha e tínhamos compromissos. Foi uma surpresa dele para mim e foi lindo! E teve uma viagem que foi onde ele me pediu em casamento... - sorri. Estávamos em Cancún! Passamos uns dias no Texas, Cidade do México e depois Cancún... Foi maravilhoso!!! Eu já estava grávida, mas não sabia! - ri. 

 

“PAULA, VOCÊS ESTÃO EM HOTEL?? COMO É COM TRÊS CRIANÇAS?”

 

Não estamos em hotel! - sorri. 

 

“CUNHAAAAAA ME TRAZ UM CHOCOLATE!”

 

 

Pode deixar! - ri. Cuida dos meus cachorrinhos Tati!!!! 

 

“OS BEBÊS AINDA MAMAM PEITO?”

 

Só na madrugada, acreditam!? Mas agora que já comem comida, pegam mais o suplemento. Só que na madrugada tenho que dar um pouco de peito... Acho que eles acostumaram! 

 

“VITÓRIA É CIUMENTA?”

 

Um pouquinho! Principalmente se Vitor estiver com os bebês. Ela tem muito ciúmes dele. 

Vou deixar as perguntinhas no destaque, ok!? Preciso sair agora, mais tarde eu tento aparecer para responder mais! Beijos!

 

STORIES OFF •

 

Levanta-se e vai em direção a sala de jantar, onde Vitor a espera. 

 

— Cadê as crianças?

— Já foram dormir...

— E nossas mães? - senta-se, pegando o prato para se servir.

m- Também!

— E...

— Diva e Lucy também! Já foram todos se deitar...

— Certo! - se serve. Você já comeu?

— Não! Estava te aguardando...

— Eu te sirvo...- pega o prato dele e coloca a massa.

— O vinho... - serve a ela.

— Obrigada! Aqui...- entrega o prato dele.

m- Sobre mais cedo... - pega os talheres. O fato deu estar receoso não quer dizer que eu te evite - come, limpando a boca em seguida - quando paro para pensar que você me doou um rim, que interrompeu suas atividades, tudo para me ajudar não consigo me convencer de que eu mereça isso.

— Você saiu com alguém enquanto estávamos separados?

— Estou aqui tentando explicar o quanto eu...

— É só uma pergunta Vítor!

— Sai! - bebe um pouco de vinho. Uma vez!

— Saiu como? Jantar, tomar um café...

—Transar Paula!

— Sei! - bebe todo o vinho da taça. Enquanto eu estava em casa cuidando dos seus filhos! 

Para que isso? 

— Para que isso, Vitor!? Para que isso!? Você está me santificando porque fiz o que pude para te salvar... Sabe o que isso significa em um casamento? Que acabou a paixão! Que acabou nossa conexão, nosso tesão e vai sobrar o que? Está sobrando só gratidão, só aquele seu maldito olhar para mim... Aquele maldito olhar que não me quer como mulher! Você não podia ter saído com alguém! - se levanta chorando. ESTÁVAMOS CASADOS AINDA! - grita furiosa enquanto ele a olha em silêncio. ME ARREPENDO DE TER TE DOADO MEU RIM! 

 

Sai pisando alto, mas antes que Vitor possa dizer qualquer coisa ou sequer se mover ela retorna.

 

— Não me arrependo do rim, porque não ia deixar você morrer... Infeliz! - sai. 

 

Vítor respira fundo e antes mesmo que se levante, ela volta novamente. 

 

— E ME DÁ MEU MACARRÃO! - pega o prato da mesa e sai. 

 

Ele permanece em silêncio. Levanta-se e espera ouvir o barulho dela batendo a porta do quarto. Recolhe as coisas da mesa e leva até a cozinha. Retorna a sala de jantar, pega o litro de vinho e as taças. Vai até a varanda e traga um charuto observando a cidade em movimento. Ao terminar, bebe um gole de vinho, vai até a cozinha, coloca um prato de macarrão e junto do vinho e das taças vai até a porta do quarto.  

 

— Paula? - bate e puxa o trinco, vendo que está aberta.

— Dorme em outro lugar...- enxuga as lágrimas. Por favor! - olha para ele.

— Tudo bem! Vou para outro quarto depois. Mas antes vamos conversar! - deita - se na cama.

— Não! - chora. Olha... Não me arrependo de ter feito o que fiz. Faria de novo. Doaria mais que um rim. Então...  Está tudo bem! - respira fundo. Te ajuda a me santificar mais!? — encara-o. Eu estava falando sobre a gente no Instagram agora pouco... Lembrei do nosso casamento... - chora. Que droga você foi fazer?

— Paula... - respira fundo. Pare de chorar, por favor...- tenta segurar a mão dela que se afasta dele.

— Nem chorar eu posso? Você diz que transou com outra pessoa depois de...- enxuga as lágrimas. Chega, sai...- afasta ele.

— Nunca falei que transei com outra pessoa...

— Você...

— Eu disse que sai com alguém para transar e não que transei! Você precisa compreender as coisas antes de se desesperar tanto.

— Se fosse eu dizendo isso... Você não estaria olhando para minha cara.

m- Estaria realmente muito triste, como você está... Mas eu teria razão?

m- Aí olha... Não começa com suas filosofias agora. - limpa o rosto.

— Já fazia dois meses que tínhamos nos separado. Fui na fazenda ver as crianças e você estava bem... Ao menos aparentemente bem sem mim. Eu queria te ver feliz, mas não imaginei que ia doer tanto ver que sua felicidade era eu não estar perto.

— Que...

m- Idiotice! Eu sei... Mas já não estava em mim. Toda vez que nos separamos nesses últimos 3 anos foi complicado de lidar,  até a cabeça entrar no eixo leva tempo! Enfim... Naquele dia, na minha cabeça, você já estava pronta pra viver sem mim! Havia recebido um convite para sair para jantar e jogar poker com uns amigos... Fui adiando, não estava com cabeça até que um dia resolvi ir, se você já estava bem, que sempre foi meu propósito, eu tinha que aprender tocar minha vida...

m-  Nada justifica!

m- Eu não estou justificando! Estou te dizendo o que houve!

— Não perca seu tempo! 

 

 

Ela se levanta da cama e ele a segue. Segura-a pelo braço e a sente na cama. 

 

— Eu te ouvi, me ouça também!

— Claro, sou sua Santa... - debocha.

— Sai com Roberto e alguns outros para a casa do JP... Lá haviam outros amigos dele.  Fomos todos apresentados. Jogamos. Bebemos. Bebemos muito! -  lembra. E então uma amiga dele se aproximou, começamos a falar de charuto...

— Ah que maravilha! Ela fuma charuto também...- ri de nervoso, ironicamente.

— Ela propôs sairmos para um local mais calmo e eu fui e não vou ficar mentindo que fui sem intenção de algo acontecer. Na minha cabeça ia rolar e tudo bem. Normal. Sem apego, sem sentimento.

— Fica cada vez mais nojento! - o encara.

— Quando estávamos descendo para o estacionamento e seguimos em direção ao carro eu parei de andar, me desculpei se dei a entender outra coisa, mas não ia acontecer nada... Ela perguntou se eu ainda era casado, que não havia problema, que não diria a ninguém, que íamos apenas conversar e se divertir sem compromisso. Eu sorri. Agradeci a proposta. Virei de costas, entrei no carro e fui para casa. Foi na madrugada que te liguei perguntando sobre Antônia, se...

m- Se ela havia tido febre... O que não entendi porque Antônia estava ótima!

m- Isso... - olha-a. Mas só queria falar com você. Era melhor do que ter que ligar o Spotify para te ouvir. Enquanto eu esperava você atender eu tinha certeza que sua primeira frase seria: “Aconteceu alguma coisa?” Não estou te santificando. Estou me questionando se mereço tanto você. Se mereço sua preocupação a todo tempo, tudo que você faz por mim! Estou me questionando se mereci ter outra chance... Se nossos filhos não seriam pessoas melhores se criados por você e outro alguém e quando penso que a resposta pode ser sim eu me machuco! Você não sofreria bem menos longe de mim!? E se eu estiver tirando a oportunidade de você conhecer alguém....

m- E se fosse eu? - ele olha sem entender. Se fosse eu ligando de madrugada, você não acharia que algo ocorreu? Seu coração não ia ficar acelerado de tanto medo?

m- Claro que sim! - responde sem dúvida.

— Se fosse eu precisando de um órgão, você ia pensar duas vezes? Na sua agenda, nos seus compromissos...

m- Não! Não ia pensar em nada disso... Se não desse o meu, eu comprava de alguém, eu acharia em qualquer lugar...

— Se fosse eu você está me dizendo que agiria da mesma forma que eu agi! - coloca a mão sobre o peito. Com o mesmo desespero que percorreu meu corpo, com o mesmo medo de te perder! - chora. Não quero outra pessoa, não escolhi outra pessoa! Se você não me merece, eu não te mereço. Nós não nos merecemos... E que bom que pensamos assim... Significa que estamos sendo o melhor que podemos ser um pro outro ao ponto de questionar! Temos 3 filhos, não importa a dor que eu sinta, preciso sorrir para eles, agir como se nada no mundo estivesse me matando... Nunca estive feliz longe de você. 

 

 

Ficam algum tempo se olhando, no silêncio que doía a alma. 

 

— O macarrão...- ela se levanta. É para mim? - pega o prato.

— Sim! - olha-a. Pensei que ia querer mais!

— Ótimo! - vai até a varanda e abre. Quero vinho...  

 

Ele a observa. Levanta-se, pega a taça e a serve. 

 

— Obrigada. 

 

Vítor senta-se na poltrona. Pega sua taça de vinho, bebe enquanto a observa comer e olhar a cidade.

 

— Não me comprou com o macarrão!

m- Não quis!

m- Bom saber! - termina de comer. 

 

Ao terminar, fecha a varanda. Deixa o prato e taça sobre a bancada e senta-se na outra poltrona, de frente ao Vítor. 

 

— Deixa eu ver seu charuto... - estende a mão.

— Para que? - entrega a ela.

— Quero entender o que tem de tão gostoso nisso...- observa. Acende! - pede.

m- Tem certeza?

— Sim! 

 

Vítor acende e devolve a ela.

m- Como faz?

— Coloca na boca e sente o gosto da superfície... Traga e espera... Mas tem que ser...

 

Antes dele terminar de falar ela se engasga. 

— Devagar! - pega dela. Tudo bem?

— Sim! - tosse. É ruim! Não gostei.

— Sim! - traga rindo. Charuto - solta a fumaça - é mistério... Dá a sensação de poder, de conquista,  de charme, de sedução!

— Sei... — o observa. Está frio...- olha pela janela. Vou preparar a banheira para me esquentar. Licença! - se levanta.

— Você quer que eu saia?

— Estou com frio. Pode ficar.

— Estou com frio também! - se levanta e apaga o charuto. Posso? - começa desabotoar a camiseta.

m- Você não tem que fazer isso... Só estava...

 

Ele se aproxima e a segura. Encosta sua cabeça na dela e sussurra. 

 

— Eu não tenho mesmo... Mas eu quero!

— Tudo bem...- olha-o. 

 

Se olham por alguns minutos. Paula aconchega-se mais ao corpo dele. 

— Com romantis...

m- Sem romantismo hoje! - ele a encara.

— É...? - respira ofegante.

— É...- vai a conduzindo até o banheiro.

— É... - sente a parede fria sobre suas costas. 

 

Entram e fecham a porta de uma vez só. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "12 anos em 12" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.