Estávamos na estação de Kings Cross. Minha mãe estava aos prantos, enquanto eu tentava acalmá-la. Era meu primeiro ano em Hogwarts e ela estava mais desesperada do que eu. Eu acariciava seus cabelos, enquanto ela olhava no fundo de meus olhos verdes. Eu sorria, tentando passar segurança.

– Eu tenho que ir, mas saiba que eu vou estar sempre com você. Eu volto para o Natal, prometo.– mamãe sorriu e me abraçou como se nunca mais fosse me ver.

Eu ainda a ouvi dizer "tchau", antes de entrar no trem. Fui andando devagar, e parei na última cabine. Por sorte estava vazia. Foi quando ouvi um barulho, e uma menina de cabelos armados entrou. Ela tinha um olhar e sorriso sabichão.

– Posso?– apontou para o lugar vago a minha frente, eu assenti e ela sentou-se.– Meu nome é Hermione. Hermione Granger.

– Meu nome é Fox Ginger.– ela estendeu a mão, e eu a apertei em sinal de educação. Hermione era definitivamente a garota mais inteligente que eu conhecera por toda a minha vida. Ela me explicava que haviam quatro casas: Grifinória, Corvinal, Lufa-Lufa e Sonserina.

– Não há nenhum bruxo da Sonserina que tenha ficado mau. Estou torcendo para ficar na Grifinória.– disse, sorrindo. Eu estava um pouco envergonhada, afinal, nos conhecíamos não tinha vinte minutos e ela já falava comigo como se fôssemos amigas de infância.

– Eu acho que chegamos.– eu disse, percebendo o trem parar, devagar. Hermione levantou-se com tudo, me puxando pela mão. Quando saímos do trem, avistei um homem alto, mas muito alto. Eu o vi cumprimentar um garoto, mas não vi quem era pois tinham muitas pessoas atrapalhando a minha visão.

– Vamos rápido.– dizia o homem que se chamava Hagrid. Entramos em pequenos barcos que só transportavam quatro pessoas por vez, então fomos eu, Hermione, um menino chamado Neville e uma garota que eu não conhecia.

– Olha só!– Neville apontou para o castelo, que era exageradamente grande. Eu fiquei boquiaberta.

Quando chegamos, a diretora da casa da Grifinória, que se chamava Minerva, nos explicou as regras e pediu para esperarmos alguns instantes. Foi quando vi um garoto loiro, que tinha um ar de maioridade implicar com um garoto de óculos, que tinha cabelos negros e que tampavam sua testa.

– Ai, meu Santo Deus. Aquele é Harry Potter?– perguntei a Hermione, que assentiu, sorrindo.– Eu ouvi falar dele por todo o lugar e não acredito que ele estudará conosco.– Hermione riu, assentindo.

Fomos andando em direção ao grande de salão, e quando entramos, eu estava novamente boquiaberta. Era enorme, e os alunos que estavam sentados em suas mesas pararam de cochichar para nos olhar. Paramos em frente a mesa dos professores, onde avistei o chapéu seletor. A primeira foi Hermione, Grifinória. Ronald Weasley, um garoto ruivo, amigo de Harry Potter, Grifinória.

– Harry Potter.– Minerva citou esse nome e todo o salão calou-se. Harry foi timidamente e sentou-se no banco.

O chapéu seletor ficou alguns minutos dizendo suas características, oque fez o garoto loiro revirar os olhos. E por fim, Grifinória.

– Fox Ginger.– Minerva chamou meu nome e eu fui, dando passos curtos, com um certo receio. Me assustei quando o chapéu seletor começou a falar.

– Hum, vejo que é corajosa, ah sim. Mas tem sangue frio, muito sangue frio. Vejo que é humilde, muito humilde e também é caridosa. Grifinória!– gritou, e a casa da Grifinória levantou-se para me aplaudir. Eu sorri e corri até eles, que me desejavam boas vindas. Eu me sentia em casa.