Juntos Por Ela escrita por Little Flower
Notas iniciais do capítulo
Finalmente um capítulo novo, é isso mesmo???
Sim, amadas, a fic saiu do HIATUS graças aos céus!!! Estou morrendo de saudades e vocês Divergentes!!!
Espero que gostem do capítulo que não mate, pf pf. Postei e saí correndo!
Ah, lembram que eu fiz aquela enquete da rede social? Então, criei um insta chamado: pontofinal_._ para interação e tudo mais, estejam a vontade para seguir!
[Tris]
Dois dias.
Seria possível apenas dois dias bastar para tudo se transformar em uma gigante interrogação?
Solto o ar que eu não tinha ideia estar segurando. O que eu sinto naquele instante parece uma espécie de balde de água fria, lavando toda a euforia que transbordava de mim segundos atrás. O destino da minha carta de aprovação para a U.C ainda era uma incógnita, porém o conselho havia entrado em contato há dois dias pela falta de resposta. O que deu a chance à Chris e aos meus amigos darem uma festa para comemorar.
Mas aquilo não tinha importância por enquanto. Não naquele cômodo.
Pelo menos Tobias não está me traindo... Definitivamente essa é a coisa mais absurda que posso ousar pensar naquele momento. Embora eu confie nele, as palavras de Jeanine sempre pairam por minha mente de tempos em tempos, me tornando — o que eu detesto — um pouco insegura. Eu não sabia do que ela era capaz.
Foi um pouco difícil de lidar quando as ligações misteriosas surgiram durante esses últimos dias. Ele dizia:
“É do trabalho, amor”. “Zeke, me enchendo a paciência”. “Com o retorno de Marcus os outros sócios solicitaram uma reunião extra o mais rápido possível”. “Mais uma ligação sobre negócios”.
Eu estava engolindo suas desculpas, até mesmo me preocupava o fato de Marcus reivindicar seu lugar na empresa e enxotar Tobias e o que isso causaria a ele. O patriota Eaton não mediria esforços para iniciar seu rastro de catástrofes em breve e devíamos nos preparar... Porém, havia um “quê” ao encerrar aqueles telefonemas.
E é o que eu acabo de descobrir com essa última ligação. Ainda que eu sinta alivio por não estar enganada a respeito de sua fidelidade, eu não posso evitar o aperto ardente em meu peito.
— Eu não entendo... — balanço a cabeça, pesarosa finalmente encontrando minha voz. Estou brava, magoada, perdida, confusa.
— Havia um olheiro de Albuquerque atrás de novos talentos no último jogo de basquete. Tris, eu juro que eu gostaria de ter dito tudo no mesmo instante em que recebi a proposta... — diz Tobias dando um passo vacilante em minha direção. Então era isso, alguém tinha enxergado o talento de Tobias havia feito uma oferta incrível.
— Mas você não fez isso. Quando pretendia me dizer? Quando Aninha completasse 20 anos?
Recuei dois passos.
— Não. Você sabe o porquê. — ele diz soltando um suspiro profundo.
Sim, eu sei. Tudo seria diferente, isso mudaria os planos que tínhamos.
Ele e eu em faculdades diferentes durante anos, embora eu tenha certeza que nenhum dos dois se importaria em sustentar um relacionamento a distância. Pela minha parte não. Mas ainda assim eu disparo:
— Não, eu não sei.
Eu não estou conseguindo pensar direito no que falo. Eu preferia que aquilo acabasse logo antes que um de nós dois saíssemos com feridas desnecessárias. E eu sei que não estou cooperando muito para que seja diferente. Ou termine de forma diferente.
Sua testa se enruga com minha recusa.
— Tris, amor, me entenda...
Eu rio sem humor. Já sentindo o choro engatado na garganta. Passo por um conflito interno entre acertar seu nariz em cheio ao mesmo tempo em que quero abraça-lo com toda a força que possuo e não largar tão cedo. Meu coração bate forte e fora do ritmo durante o embolado de pensamentos, sinto uma dor de cabeça terrível se aproximando. E não consigo controlar minhas emoções com o calor do momento.
— Você continua sendo tão egoísta! — acuso e eu sei que estou sendo injusta. Ele não é mais o Quatro arrogante e idiota, ele é o Tobias doce e romântico. Meu namorado. No momento em que eu falo aquela injuria eu desejo a todo custo retirar. Minha raiva não devia ser desculpa para machucá-lo. Ele precisa de tudo menos o meu desprezo.
E a bomba emociona explodiu.
Seus olhos se dilatam em total surpresa e de repente ele enruga a testa, arrumando sua postura.
— Eu sou egoísta? Quem é que está fazendo uma festa e arrumando as malas? — rebateu afetado cruzando os braços.
Ali ele não está parecendo em nada com o Tobias doce.
— Isso não justo! — eu cuspo entre dentes, engolindo a culpa que me corrói por inflamar aquela situação. — E eu não pretendo deixar ninguém, embora eu não possa dizer o mesmo de você. — também cruzo meus braços na defensiva.
— Você ouviu o que eu disse? Eu recusei a oferta, por você, por Clara, por nós!
— Sim, eu ouvi, mas eu não posso simplesmente esquecer que você escondeu isso de mim, que mal tivemos a chance de conversar a respeito e decidir algo juntos!
— Brilhante, vindo de alguém que fez o mesmo quando ligaram dois dias atrás, não pensou duas vezes antes de aceitar, não é mesmo?
— É diferente! Você sempre me apoiou em relação a faculdade, não aja como se nunca tivesse dito nada! — minhas mãos estão trêmulas.
— Tris! — Christina grita animada e quando eu espio na direção ela mexe as mãos chamando-me para fora. Mas ela enruga a testa, talvez percebendo o contraste entre o clima ameno do lado de fora e o pesado que se instalou na cozinha, que mais está parecendo um duelo de quem magoa mais.
— Estou já estou indo! — gritei de volta e ela assentiu demorando um pouco em tirar os olhos observadores de nós.
— Aproveite sua festa. — antes que eu possa retrucar ele caminha para o lado oposto e me deixa sozinha com meus pensamentos fervilhando meu cérebro e a dor esmagadora em meu peito. Tento me lembrar como se respira e apoio-me na mesa de jantar para manter o equilíbrio.
Não percebo que estou chorando até sentir as lágrimas rolarem quentes pelas minhas bochechas. Meu corpo treme e eu não consigo mais recordar o motivo de estar comemorando ou me sentir feliz. Eu podia ter alterado o percurso das coisas, ao invés de gritar com Tobias ou dizer aquelas coisas horríveis eu poderia ter sido a namorada compreensiva que ele evidentemente precisava.
Continuo lá, imóvel encarando o fantasma dele e passando em minha mente sua partida como um replay. Não acreditando que realmente tinha ocorrido uma discussão entre nós, depois de tanto tempo. E a culpada de tudo era eu.
Eu o afastei para longe de mim, não íamos estar juntos para compartilhar esse dia que prometia ser perfeito, especial.
Com um esforço sobre humano obrigo meus pés a me obedecerem e encho a tigela em minhas mãos de salgadinhos — o que tinha sido meu proposito antes que confrontar Tobias — e caminho pesadamente até o quintal, onde meus amigos me esperam com Aninha, a mesma é o centro dos olhares encantados enquanto realiza suas gracinhas, como agora em bater palminhas e piscar.
Ao chegar lá, pego-a do colo de Urih, adorável com seu vestido de bolinhas e babados, e ela se aconchega em meus braços. Somente o meu bebê para me tranquilizar nesses momentos em que pareço que vou enlouquecer. Relaxo quase instantaneamente.
— Papa? — pergunta minha menina notando sua ausência e é um eco das indagações dos outros presentes.
Suspiro.
— Logo estará de volta, querida. — digo firmemente ainda que não tivesse tanta certeza disso.
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E Então? Qual vossas opiniões?
Infelizmente esse capítulo foi pequeno, acho que o menor que já escrevi dessa fic, mil perdões, o próximo acredito que vai ser bem maiorrr!!!
Beijossss. Não esqueçam de seguir o insta: pontofinal_._