A Jovem Do Ar escrita por Cakeyloser


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oie, Peço desculpas por estar demorando tanto para postar, estou muito ocupada esses dias aí...
Quero divulgar com vocês uma outra fic que escrevo: http://fanfiction.com.br/historia/466072/Os_Tres_Fantasmas/
Espero que gostem! No último capítulo: "As luzes se apagam e começa a gritaria."



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POV Luca

Como combinado, Benjamin abriu a porta para nós assim que os alarmes soaram. Nós saímos as avessas de lá. Sinceramente ficar preso em um cubículo por três dias não é legal, principalmente quando tem outras três pessoas para dividi-lo contigo.

Nesse meio tempo, Annie e eu nos aproximamos mais do que lá no refúgio, mas nas condições em que estávamos, não era tão legal assim. Gostaria que nós pudéssemos ter um tempo a sós para a gente, mas nesse momento, não era possível.

Nós seis saímos correndo corredor à baixo, em direção a porta dos fundos onde encontraríamos Thomas com o caminhão.

Não sei como os guardas daqui não caem em depressão, tudo aqui é tão neutro demais que cansa. Luzes completam as paredes entre pequenos intervalos, algumas estão falhas devido ao tempo de uso.

Estamos tão concentrados em encontrar a porta dos fundos que mal escutamos o tiro que se sucede aos passos de vários pés. Um guarda todo de cinza cai no chão e rapidamente uma poça de sangue aparece ao redor dele. Vejo também que Benjamin porta uma arma do tamanho de seu braço, nunca usei ou vi uma arma antes, sabia como elas eram pelas histórias que meu pai contava quando eu era pequeno. Lembrar dele dói, fico com um aperto no peito. Megan não era tão próxima dele como eu era, deve ser por isso que falar da morte dele não a atingia muito. Tento afastar esse pensamento.

Estamos correndo por muito tempo. Dentro do complexo é um grande labirinto, estamos virando e correndo por corredores há bastante tempo. Estou tão concentrado no caminho a minha frente que não vejo quando tropeço em algo e caio no chão, porque isso sempre acontece em fugas? Annie olha para trás, me vê caído e volta para me ajudar. Meu pé dói muito e acho que posso tê-lo quebrado.

— Consegue andar? - Ela pergunta.

— Não, meu pé tá doendo muito, acho que posso tê-lo quebrado ou torcido. - Ela coloca um dos braços em volta do meu pescoço e o outro em minha cintura e me ajuda a levantar.

Estamos mais devagar que os outros, ela grita para que ele diminuam os passos e eles o fazem.

Agora os guardas sabem onde estamos e nos perseguem com suas grandes armas. Benjamin se mantém atrás de todos nós, porque ele tem a arma e assim pode atirar nos guardas. Eles atiram em nós e temos que ficar nos desviando delas para não sermos atingidos, a maioria delas atingiam as luzes e as paredes ao nosso lado.

Annie e eu somos parados por um guarda que agarra o braço dela e a puxa para longe de mim, fazendo com que eu caia novamente.

Annie se solta de seu aperto, mas o guarda aponta sua arma para ela. Estou longe de Annie para tirá-la do caminho. Me desespero só com a ideia de perdê-la e escuto o som do tiro. Minha visão se escurece e não vejo nada, mas quando ela volta, percebo que Annie não foi atingida, porque outro alguém entrou em sua frente.

Megan.

Corro em sua direção, apesar da dor insuportável em meu pé a adrenalina me impede de senti-la.

Megan está imóvel, pálida e sangue toma o lugar em sua camisa onde era branca, cada vez mais escuro.

Me abaixo perto de sua cabeça e a abraço tão forte que ela solta um barulho de dor.

— Luca... .

— Você vai ficar bem, eu sei que vai. - Annie se abaixa ao meu lado e acaricia os cabelos de Megan.

— Você vai ficar bem, Megan. - Ela diz também.

— Será que os dois podem voltar a realidade, por favor? Eu levei um tiro no abdômen, eu vou morrer e vocês sabem disso, idiotas. - Lágrimas começam a sair de seus olhos, mas em sua boca há um fraco sorriso.

— Você não vai morrer! - Grito a apertando mais forte. - Não VAI!— Lágrimas irrompem de meus olhos agora. Ela não fala mais nada e levanta sua mão trêmula, pálida e acaricia minha bochechas assim como ela fazia quando eu era pequeno e tinha pesadelos. Seus olhos estão nos meus, mas de repente sua mão escorrega e seus olhos se fixam em um lugar.

Ela está morta.

Annie passa suas mãos em seus olhos e eles se fecham, fazendo com que apenas pareça que ela está dormindo. - Ego tamen non obliviscar tui*— Sei o que ela disse. Annie havia contado a história de Aria para mim. - Vamos Luca, precisamos ir, os guardas estão voltando. - Ela coloca uma mão em meu ombro e o outro, ela estende em direção a Benjamin que está contendo o maior número de guardas que pode, quando eu o vejo. O guarda que ia matar Annie e acabou matando minha irmã, vou matá-lo!

Levanto-me, pego a primeira arma que vejo de um guarda morto no chão e vou em sua direção. Annie grita algo lá atrás mas eu não escuto, estou ocupado demais avançando no guarda. Eu miro e atiro em seu braço fazendo com a arma caia de suas mãos, mas isso não o para. Ele vem em minha direção e me soca no queixo, fico desnorteado por um tempo e ele aproveita para me bater mais no estômago. Sua cabeça está em baixo do meu braço enquanto ele soca meu estômago e isso me dá a oportunidade de soca-lo nas costas, ele cai e eu o chuto com o pé bom, despejando toda a raiva que estou sentindo, não só por ele ter matado minha irmã, mas pela morte de meu pai, a de George, por tudo. Até que Benjamin vem em minha direção e me puxa para longe dele e tento me soltar de seus braços, mas ele é mais forte.

— Me... Solta!

— Chega Luca, já foi o suficiente! Vamos! - Diz ele.

— Não! Ele a matou, matou! Ele merece!

— Não, assim você vai matá-lo e você não é assim, vamos! - Ele me empurra de volta em direção a porta. Annie está com uma cara esquisita e o peso de que eu fiz cai sobre mim. A adrenalina some e a dor insuportável em meu pé volta, fazendo com que eu precise de suporte. Ela vem em minha direção e me ajuda novamente. Ainda choro pelo choque.

Finalmente conseguimos achar a porta dos fundos e eu vejo Thomas com o caminhão nos esperando. Nós cinco entramos na carroceria do caminhão enquanto Benjamin entra ao lado de Thomas.

Ele liga o caminhão e nós partimos. Lá atrás a porta explode com os guardas atirando em nós, mas estamos longe demais para sermos atingidos, estamos longe demais daquele lugar onde ficamos presos, longe demais da minha irmã.


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Notas finais do capítulo

Se gostaram e ou não gostaram, comentem!
Leiam as notas inicias, é importante!
Próximo capítulo em alguns dias



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