A Jovem Do Ar escrita por Cakeyloser


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Comentem, recomendem, favoritem e acompanhem isso ajuda muuuito! Espero que gostem! No último capítulo : "A última coisa que se passa por meus olhos é o garotinho gritando por seu pai enquanto o homem de terno o arrasta para o inferno."



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Quando acordo, meus olhos parecem ser feitos de chumbo de tão pesados. Estou deitada em minha cama dentro da cela. Minha cabeça dói e eu volto minhas mãos para ela massageando, como se isso fosse funcionar em alguma coisa. Levanto-me e olho ao redor.

Megan ainda não voltou de onde quer que ela esteja e Luca está sentado em uma das camas ao meu lado me olhando.

— O que foi? - Pergunto.

— Estávamos conversando e de repente você caiu dura no chão. O que aquele cara fez com você? - Seu olhar está preocupado. Agora que ele fala comigo me lembro do que havia visto, Luca nunca me contou sobre o pai dele.

— Já disse, nada. Apenas conversamos e ele disse algumas coisas sobre mim e me disse a verdade.

— Verdade? Verdade sobre o que?

— Sobre a clariciência, da qual eu não sabia que tinha. - Ele fica em silêncio esperando eu continuar. - O poder que os Metas tanto falam não é simplesmente parar um único objeto no ar, é muito mais do que isso. Ou seja, o poder é a clariciência e não é só um Meta que a possui e sim dois. Eu e o Benjamin, aquele que me levou há pouco tempo. - Ele não fala nada por um tempo, seu rosto está focado no chão.

— E o que é essa clariciência? - Ele pergunta finalmente.

— Sou capaz de ver o passado de uma pessoa só pelo toque, por isso desmaiei. Eu vi o seu passado.

— O que viu? - Ele pergunta. Sua cabeça ainda voltada ao seus pés.

— Eu vi o que aconteceu com o seu pai e que você viu tudo. Sei que isso é uma coisa pessoal e eu não devia ter visto, me desculpa.

— Não se desculpe, afinal a culpa não é sua, certo? Você não sabia que iria acontecer aquilo se me tocasse. Não quero falar sobre isso, me traz más lembranças. - Ele se levanta da cama e se senta ao meu lado. - Seus olhos voltaram ao normal agora. Essa mudança faz parte da clariciência?

— Acho que sim. - Respondo. Ele me deixa nervosa em certos termos. Ele continua me olhando.

— O que? - Pergunto rindo.

— Seus olhos, eu os prefiro desse jeito. São mais bonitos. - É nessa horas que eu odeio corar. Ele se inclina em minha direção pondo a mão em meu rosto e eu olho para seus olhos que estão fixados nos meus.

— Eu não gosto muito deles. - Eu digo. Seus olhos estão brilhando pela luz da cela, seu cabelo caído de forma boa como se eles os tivesse penteado.

— Pois devia, são lindos. - Seu hálito é doce, mas não enjoativo, o que me da arrepios.

Ele afasta uma mexa de cabelo do meu rosto e se inclina para mais perto de mim. Seus dedos acariciam minhas bochechas e ele me beija. Ele tem todo o cuidado como o nosso primeiro beijo lá no refúgio, é delicado, suave. Nunca havia sentido isso antes. Uma sensação boa, mas esquisita, passa por mim, algo que me faz querer ficar perto dele porque isso me conforta, me protege. Pensei que nunca me sentiria assim com alguém. Quando eu o vejo tudo desaparece. Quando ele me toca, que nem agora, meu corpo se arrepia e eu fico nervosa. Eu gosto muito dele.

Luca de afasta o suficiente para me olhar novamente. - Você é diferente de tudo o que eu conheci.

— E isso é bom? - Eu pergunto, um sorriso bobo se formando em meu rosto.

— Não, é a pior coisa do mundo. - Ele ri quando vê minha surpresa e me beija novamente. Ele é a melhor coisa que já aconteceu comigo, me faz esquecer das coisas ruins e me traz só as boas.

Ficamos assim, conversando e contando histórias, que acabo adormecendo em sua cama.

 

                                              '<>'

 

No dia seguinte, descubro que Luca dormiu ao meu lado e dou um sorriso. Megan já havia voltado para a cela e estava nos encarando com um sorriso de orelha a orelha. Meu rosto esquenta.

— Parece que eu perdi a festa. - Diz ela. Levanto uma sobrancelha em sua direção.

— Não teve festa, só ficamos conversando tanto que acabamos dormindo, Nada mais.

— A-hã. Nessas “conversas” houve toque labial? - Meu rosto esquenta mais e ela ri. Levo minhas mãos ao rosto e começo a rir também.

— Não houve nada disso. - Digo entre risos.

— Ah para! Ele gosta de você, se percebe isso pelo olhar dele e o mesmo eu digo de você. Luca nunca esteve tão feliz antes, bem você sabe... Meu pai e... - Sua voz falha, isso é um assunto particular e ruim para ela, principalmente para Luca. Decido mudar de assunto.

— Onde esteve ontem o dia inteiro?

— Fui conhecer sua irmã Aria. Ela me contou bastante coisa sobre A Origem e sobre os Metas e me contou mais sobre sua vida. Ela é bem legal.

— É, é sim.

Batidas na porta interrompem nossa conversa e acordam Luca. Um homem alto com roupas cinzas e óculos escuros entra no quarto.

— Levantem, hoje vocês receberão dois novos companheiros. - Ele se volta para fora da cela e depois de um instante volta com uma menina de minha idade e um menino mais velho que eu, diria que da idade de Zender. - Esses são Finnick e Libby, dêem boas vindas aos novos coleguinhas, garotos. - Ele solta os dois e sai rindo da cela.

Finnick é alto, com pele morena e cabelos castanhos caídos na testa. Seus olhos são escuros, quase pretos. Ele tem o ar de uma pessoa detalhista, e sua postura é rígida.

Libby é pequena, com pele morena assim como o seu irmão e cabelos castanhos longos amarrado em um rabo de cavalo com uma bandana. Seus olhos são azuis claros. Ele tem a postura rígida também, mas seu rosto está com um grande sorriso malicioso. Isso não me traz boas impressões.

— Não pense que eu sou uma “menina de bom coração”, pois não sou. - Diz Libby com uma careta. Ela olha para Luca e da uma piscadela, seu sorriso malicioso de volta ao rosto.

Luca desvia os olhos. Levanto uma sobrancelha, mas ela ignora.

Não gosto dela.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor! Espero que tenham gostado! Capítulo novo em alguns dias



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