Proud escrita por garotadeontem


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Olá, criaturinhas mais amadas desse mundo! Segue mais um capítulo da saga dos viados mais lindos e fofos e adoráveis desse país.



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Félix estava sentado em um lugar lindo, o mais belo que tinha visto, parecia o alto de uma montanha e o que ele enxergava ao longe só era verde, flores, uma água cristalina. Ele ficou observando a paisagem, tentando se lembrar de como foi parar ali, até que um menino se acomodou ao seu lado. Seus cabelos eram lisos e pretos, seus olhos tão escuros quanto os de Félix, chegou a pensar que era ele criança ali.

_ Oi, Félix. – o menino lhe sorriu. Félix se lembrou de quem era.

_ Cristiano!?

_ Oi, maninho.

_ Eu to sonhando? Ou eu morri? Pelas contas do Rosário! – ele colocou as mãos sobre si, tentando ver se estava vivo.

_ Nem um, nem outro, Félix. – o menino riu do jeito dele.

_ Então, o que é? O que eu to fazendo aqui? Por que eu to aqui?

_ Calma, calma. – Cristiano riu. – Eu quero que você vá em alguns lugares comigo, vamos?

O menino se levantou e estendeu a mão para Félix, que fez o mesmo e segurou na mão do pequeno. Félix sentiu um vento forte e gelado, fechou os olhos e quando viu estava em uma rua escura que ele já tinha passado. O seu antigo carro parou, e o antigo ele desceu do carro, carregando Paulinha nos braços. Cristiano puxou Félix até o beco mais próximo, onde havia uma caçamba e lá o seu ex-eu prepotente, ambicioso e de coração frio deixou o bebê recém-nascido e foi embora.

O Félix que estava de mãos dadas com o irmão sentiu o peito apertar, Cristiano lhe olhava com curiosidade.

_ Por que você fez isso, Félix? – ele suspirou, o choro preso na garganta, ele não sabia responder.

_ Eu não sei...

Ele sentiu o vento gelado de novo, e começou a ver a sua vida diante dos seus olhos, as maldades que causou as pessoas, o sofrimento que trouxe para a vida delas, da sua família. Mas também viu, seu pai te desprezando e te humilhando desde da infância, e quando ele pensou que não poderia mais reviver tudo aquilo, ele estava em um corredor de hospital. Cristiano corria e te chamava com as mãos, e ele o seguiu.

Sua mãe e Lutero estavam perto de seu pai, Cristiano parou do lado da mãe e Félix ficou mais longe.

_ César, o que aconteceu com o Félix foi uma fatalidade... – Lutero disse.

_ E agora o quê? – César estava sentado na cama, nervoso. – Meu filho vai morrer por causa de um vagabundo desse? – ele exclamou alto, e Pilar segurou sua mão tentando acalma-lo.

_ Não sabemos, estamos aguardando a recuperação dele. – Lutero disse. – Vamos ter que aguardar.

César não disse mais nada, mas Félix sabia que ele segurava o choro, conhecia aquela expressão. Ele nunca choraria na frente dos outros.

_ Eu vou... poder vê-lo? – ele disse com a voz embargada.

_ Vai, mais tarde, César, eu prometo. – Lutero assentiu.

Um Félix emocionado assistia enquanto os dois deixavam o quarto, e Cristiano se aproximou de César e tentou tocar a mão do pai. César começou a chorar e Félix chorou ainda mais. Não acreditava que seu pai chorava por você. Cristiano se aproximou dele de novo, com um sorriso e lhe puxou pela mão, os dois andaram pelo hospital e foram parar no quarto onde o corpo de Félix estava, era surreal demais.

_ Eu vou lembrar disso depois? – ele perguntou para o irmão.

_ Não.

_ Ah, que bom, porque eu ia achar que estava louco. – o menino riu pra ele, e ele também.

_ Félix, aquelas maldades que você fez me deixaram muito triste. Muito triste. Mas eu queria que você soubesse que a culpa não foi sua, não como o papai lhe disse a vida toda. Foi a minha hora. Hoje, você é um cara legal e tem gente que se importa mesmo com você.

Nesse mesmo momento, Niko entrou no quarto, Jaiminho correu na frente dele e parou do lado da maca de Félix.

_ Jaiminho! Jaiminho. Pelo amor de Deus, não mexe em nada, meu filho. – ele carregava Fabrício no colo.

Félix sentia o peito inflar, estava com vontade de chorar de novo.

_ Pai... – Jaiminho disse. – Pai? Acorda logo, vai. Óh, eu trouxe uma flor pra você. – ele pegou um vaso de orquídea branca que carregava e deixou sobre a mesa do lado dele. – E trouxe uma foto nossa também, pra quando você acordar você ver a gente, tá bom? – E colocou o quadro com uma foto selfie super engraçada que eles tinham tirado na festa de aniversário de Fabrício, todos fazendo uma careta. – Pai, eu te amo, tá? Muito.

Félix observava Niko agora que segurava o choro.

_ Filho, você pode ficar o tempo que quiser aí, por que você não vai pegar um lanche pra gente comer hein? A tia Paloma queria ver o pai também.

_ Tá... – o menino olhou triste para Félix e saiu.

_ Ah, Félix, se você soubesse a falta que você faz... – Niko suspirou. – Você ia voltar logo pra mim, pra sua família.

O Félix observava assentiu, enquanto uma Paloma aparentemente cansada entrava no quarto. Ela cumprimentou Niko e pegou na mão de Félix, ele sentiu um calor na sua mão.

_ Meu irmão. – ela disse com um suspiro. – Já tá na hora de acordar, você não acha? Eu prometo que faço um bolo de chocolate pra você igual aqueles que a gente adorava quando brincava de chá de bonecas. – ela sorriu com a lembrança e ele também.

_ Maninho. – Cristiano lhe puxou de novo. – Você consegue ver como é importante para todos eles? Você é. Mesmo com todo o seu jeito. – ele riu. – Tem uma vida te esperando lá, uma vida cheia de amor, de carinho dessa vez. Uma chance de recomeço. Tem uma família te aguardando. Você vai ser muito feliz. Muito. Isso, eu juro, juradinho.

Félix se abaixou perto do menino.

_ Eu sinto sua falta, Cristiano. É bom saber que está bem e olha por mim. Eu amo você. Sempre amarei. – ele abraçou o pequeno, o vento lhe atingiu de novo, mas agora era quente, quente até demais.

Niko tinha acabado de fazer Fabrício dormir no seu ombro, quando ouviu um barulho esquisito nos aparelhos ligados à Félix. Se aproximou, os analisando, mas nada entendia. O barulho foi ficando mais insistente. Será que ele estava morrendo?

_ Félix? Félix? – ele segurou em sua mão com a mão livre. – Félix, o que tá acontecendo? – ele soltou da mão dele por um momento para apertar o botão de chamada da enfermaria.

As enfermeiras chegaram acompanhadas de Dr. Lutero e Niko aflito acompanhava os procedimentos, rezava em silêncio, abraçando o filho mais novo.

_ Mariana... – Lutero chamou uma das enfermeiras. – Diminua a sedação, ele vai acordar logo.

_ O quê? – Niko disse, desacreditado. Lutero lhe sorriu.

_ Ele reagiu, Niko, logo estará acordado. É só esperar.

_ Ai minha Nossa Senhora, Mãe, muito obrigado. – Niko disse aliviado, com lágrimas de emoção lhe correndo o rosto.


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