TayNip O Amor de Uma Nova Geração escrita por Bru Semitribrugente


Capítulo 38
Para o futuro! Epilogo!


Notas iniciais do capítulo

Dizer obrigado é pouco, mas por falta de palavras eu digo essa mesmo. Muito obrigado.
sem cada comentario, por menor que ele fosse, essa fic não seria possivel, e se fosse teria acabado no capitulo 15 como eu planejei no ano passado, sim ano passado, confesso durou tanto por conta dos meus atrasos para postar, mas eles valeram apena, porque cada dia que eu me atrasava era uma ideia a mais para essa fic, que cresceu 13 capitulos a mais do que o esperado, eu leio os primeiros capitulo de novo e sinto, que eu não pretendia ir longe com essa fic, mas ela veio. 38 capitulos. sete bonus com uma outra historia, sete casais formados, 530 paginas. e mais de 100 leitores! pode ser pouco para alguns mas para mim é o céu. obrigado por tudo.
aproveitem o ultimo capitulo de Taynip. O amor de uma novo geração.
espero que gostem.



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Capitulo 38 E... FIM!

P.O.V. Taylor

Olhar para o passado é algo surpreendente. Pensar nos meus sonhos, desejos, medos, planos, e ver como tudo está agora. O quão diferente foi de tudo o que eu achava a pouco tempo que seria, e mesmo assim, o quanto eu fiquei feliz por isso. Tantas coisas que não estavam nos meus planos, mas que aconteceram, umas boas e outras ruins, mas no fundo, as dos dois tipos foram importantes para me trazer para onde eu estou.

À apenas doze meses dizer o que eu sinto pela Nip era impossível, hoje, eu digo cada dia, tê-la como minha namorada, era um sonho de garoto apaixonado e hoje é realidade, ter meus amigos felizes e realizados é incrível, ver o quanto crescemos e amadurecemos em apenas alguns meses.

Ver o quanto minha relação com minha irmã mudou, das palavras rápidas para conversas longas, trocas de informações e conselhos, principalmente depois, de como diz Nick, eu ter salvado o namoro deles.

Hoje é o primeiro dia de férias. As férias que eu nunca pensei em ter, onde eu teria uma namorada para passar meu tempo, onde eu talvez não ficasse o tempo todo com meus amigos, porque assim como eu eles também tem suas respectivas atividades e relacionamentos, férias sem o Rick, que entrará em um trem com a Jani amanha de manha e só voltarão no penúltimo dia das férias, as primeiras férias de todas as próximas e que depois de nosso formaturas, provavelmente as férias permanentes deles lá. Férias onde Enzo não estará se agarrando com Carol, onde Avalon irá nos ensinar todas as técnicas lógicas de jogos. Onde eu farei viagens com minha família para o 4 visitar Liam e tia Annie, para o 7 visitar tia Johanna, e para 9 para a nossa chácara. Onde provavelmente Avalon, Arthur e Nip estarão junto. Férias que eu planejo que sejam incríveis. Mas não planejo tanto. Desde o pedido de namoro furado de Nip, eu simplesmente tento não planejar muito as coisas.

Adoro como a campina fica nessa época do ano. É relaxante, principalmente quando tem o barulho de conversas paralelas dos meus amigos junto com a conversa geral, e principalmente com Nip deitada em meu colo. Eu brinco com uma mecha de seu cabelo enquanto ela ri das historias que meus amigos estão contando.

— Foi hilário eu não acredito que você teve coragem!

— Foi o ultimo dia de aula, o que eles poderiam fazer me suspender?—diz Arthur ironicamente.

— Passou pela sua mente que eles podem te suspender no inicio do ano que vem?

— Jani minha querida, não acabe com a minha alegria de uma saída triunfal do primeiro ano do ensino médio! — nós rimos, Jani revira os olhos.

— A que horas sai o trem de vocês amanha? — Avalon pergunta.

— As oito! Estou ansiosa!

— Não vê a hora de se livrar de nós não é? — pergunta Enzo.

— Não é isso! É que... é uma oportunidade única, não achei que fosse ser mandada para lá.

— Eu achei! Eu tinha certeza que ia, e tive medo de não ir! — diz Rick— eles seriam muito estúpidos de não aceitar você. — ela sorri para o namorado, e Enzo faz mímica de vômito.—Vai ser realmente incrível não ter que ver Enzo se agarrando com a Tyff pelo distrito as férias inteiras.

— você é tão dramático.

— Sou realista!

— Tudo bem! tenho uma novidade! — diz Arthur se ajeitando e tirando a cabeça das pernas de Avalon. — Essa semana no contra turno, eu dei uma ajudinha para o Sebastian e ele disse que eu faço um bom trabalho, e me contratou em período integral. — Avalon sorri e o abraça.

— Uau! Parabéns!

— Obrigado. Ele disse que podemos discutir os horários, para não acabar com toda as minhas férias, e para bater com os horários do colégio no ano que vem. E o salário é realmente bom! Posso manter o Franfla sozinho agora e mostrar para meus pais que eu sou responsável! — ela diz esfregando a barriga de seu filhote que está deitado dormindo meio do nosso circulo.

— Muito bom!

— Tudo bem, também tenho uma novidade. Minha mãe me inscreveu de novo no médico como voluntário. — diz Enzo.

— Já sabemos disso!

— Eu sei, essa não é a novidade. A novidade é que um dos médicos disse que eu estou bem avançado com os cuidados gerais, e ele me perguntou se eu iria seguir a carreira, e eu disse que achava que sim,e que foi o que deu em meu teste, então ele me perguntou qual seria a minha área, e eu disse que todas se for possível, e ai ele sorriu para mim me levou até a sala dele, digitou um pouco em seu computador, e depois imprimiu uma folha e colocou em minha frente e me perguntou o que eu achava de ser o aprendiz assistente dele. E no documento, dizia que com esse treinamento eu teria capacidade, para terminá-lo e ter as habilidades necessárias para ser um médico da área de clinicas gerais! E ai eu aceitei, assinei o papel, levei para minha mãe, que teve um pequeno surto de emoção e ela assinou, e agora, eu sou um aprendiz assistente de clinicas gerais!

— Uau! Quem diria!

— Acho que essa é uma boa hora para contar a eles! Já que estão todos falando sobre novidades. — diz Nip olhando para mim.

— Não é uma novidade exatamente, não tem nada de concreto.

— Fala Taylor! — eles insistem

— Eu levei minha carta do teste até a fabrica ontem para eles me dizerem como funciona as coisas por lá, e ai eles marcaram um tipo de tour para me explicar, pelo que a secretária disse, parece que eles precisam de pessoas com as minhas habilidades. Então não é exatamente uma noticia, eu só terei a noticia em si, amanha!

— E você ligará para o trem assim que tiver essa noticia! — diz Rick.

— E para o hospital.

— E para o prego.

— Para mim você pode gritar da janela! — diz Avalon, e nós rimos.

— Sim eu vou, par todo mundo.

— A gente tem que ir. Terminar de arrumar as malas! — diz Rick ajudando Jani a se levantar, todos fazemos o mesmo. Olho para Rick e lembro de menino que era feito de cesta de basquete humana, que usava óculos do tamanho do mundo, que manteve uma paixão secreta muito bem escondida por muito tempo, o menino que foi meu irmão e ainda é. — Não nos olhem com essas caras, não vamos para os jogos vorazes! Nós voltaremos vivos no fim das férias!

— E daqui a dois anos?

— Vamos deixar para pensar nesse ano quando ele chegar! Agora, nós iremos voltar no final das férias! E mesmo que daqui a dois anos nós não estejamos mais aqui. Nossa vida toda ainda estará aqui, vocês estarão aqui, com toda a certeza nós vamos voltar, essa não é a ultima vez que nos vemos, e daqui a dois anos também não será. Agora podem tirando essas caras tristes! E venham aqui me dá um abraço! — um a um nós os abraçamos dizemos palavras toscas e os abraçamos de novo. — Vê se não magoa minha prima tudo bem? — ele diz a Enzo.

— Eu prometo que não irei!

— Vê se faz alguma coisa bem legal e tecnológica para trazer para a gente! — eu digo o abraçando. — Vamos sentir sua falta! — Me viro para Jani e a abraço. — Cuida bem do nosso garoto, e não o deixe fazer nenhuma bobagem!

— Pode deixar!

— Se quiser criar um jogo ou algo do tipo, pode mandar para a gente que nós o avaliamos! — Diz Arthur.

— Farei isso! Agora chega não é, se vocês me fizerem chorar eu juro que surto! — eles dão as mãos e sobem a campina.

— Nossas férias não serão as mesmas sem eles!

— Não, não serão!

— Minha mãe está fazendo bolinhos! Querem ir? — pergunta Arthur.

— Obrigado, mas eu tenho que entregar uns laudos para o doutor e depois eu tenho alguns planos. Vejo vocês amanha! Não esquece de ligar Taylor! — ele se despede e sobe.

— E vocês dois?

— Prometi que levaria Nip de volta antes do por do sol e depois vou ajudar meu pai e minha irmã na padaria.

— Tudo bem! e você? Eu te trago de volta mais tarde, sabe que se você for agora minha mãe a fará ficar para o jantar!

— Claro, adoro bolinhos e jantar! Vamos Franfla! — o filhote se levanta preguiçoso e anda ao redor de Arthur e Avalon depois vem até nós.

— Até depois garotão! — eu esfrego sua orelhas e Nip se abaixa e faz o mesmo. — A gente se vê amanha então! — os despedimos e eu e Nip subimos.

— Ansioso para amanha?

— Um pouco, quando entrei naquela fábrica eu senti um misto de coisas, não sei dizer se boas ou ruins, mas foi bem sinistro. É enorme de fora, a recepção é gigantesca, imagino como deve ser o resto.

— Mas você acha que se dará bem lá?

— Não sei! Estou certo de que quero fazer isso, mas se irei bem, eu já não sei!

— e você era bom com plantas e panelas, imagine o que você não pode fazer em um laboratório.

— Espero que esteja certa!

— Eu sempre estou!

— quando você vão pra o 2?

— Infelizmente no sábado! —ela suspira — Não acredito que mesmo depois daquele escândalo da ultima vez nós ainda vamos visita-los.

— Mas ainda tem outras pessoas lá que seus pais gostam além de suas tias.

— Sim, mas é terrível estar no mesmo país que elas, quanto mais no mesmo distrito. Já consigo ouvir os discursos de como fui irresponsável em largar o colégio da capital pelo meu namorado! Meu pai disse que não fica na casa delas nem morto. Então vamos ficar na nossa antiga casa, parece que a família que estava lá está de viagem também e eles deixaram a gente ficar lá.

— Pelo menos não terá que dormir no mesmo teto que elas.

— Pelo menos. Vocês vão ao 4?

— Domingo! Não vemos Annie e Liam desde o aniversário de Prim.

— Uma semana longe! — ela diz passando o braço pela minha cintura.

— Pois é, mas para compensar, teremos uma semana na chácara do nove. Avalon e Arthur irão junto, mas Avalon vai mostrar absolutamente tudo a ele, então quase não ficarão conosco. Nick e Prim também tem muita facilidade em sumir. Então seremos eu e você!

— E seus pais!

—É, e eles também! Mas vai ser divertido.

— Sem os meus pais por perto para controlar é, será incrível. Estou ansiosa! — chegamos ao portão da vila dela e ela se vira para mim, eu me inclino e a beijo. — Virá aqui depois do tour, não virá?

— Com toda a certeza.

— Então a gente se vê amanha!

— Até amanha! — dou-lhe um beijo rápido, ela sorri e se vira indo em direção a sua casa. Lembro-me perfeitamente do dia em que descobri que estava apaixonado por ela. Eu a estava trazendo de volta para casa, no fim de uma tarde, nos despedimos com ela passando a mão em meu cabelo, e depois eu a fiquei observando ir para casa, exatamente como está acontecendo agora. Naquele dia eu tive certeza do que sentia, e hoje eu estou mais certo disso do que nunca. Antes de entrar em casa ela se vira e me dá um aceno, seus olhos brilham, nós evoluímos, mas ainda somos os mesmos por dentro.

(...)

Não sabia como me vestir. Tirei e coloquei diversas roupas, diversas vezes. Desci as escadas e perguntei com estava todas as vezes que mudava algo minúsculo como as meias. Se qualquer um fizesse um simples gesto de reprovação eu subia e trocava de roupa. Mas agora se eu trocar de roupa mais uma vez irei me atrasar, então fico com a roupa que estou uma blusa social vermelha com uma calça preta e sapatos sociais. Desço as escadas novamente mas dessa vez me proíbo de subir de volta.

— Como estou? — eu pergunto pela milionésima vez.

— Perfeito Taylor, assim como das ultimas 26 vezes! — diz minha mãe.

— Eu estou um pouco ansioso!

— Deu para perceber! Relaxe! É só um tour e uma pequena entrevista!—diz Prim.

— Eu sei! Mas não deixa de ser importante.

— Se você não se acalmar, vai acabar fazendo alguma bobagem! Então só deixa acontecer.

— Não o assuste Prim! Vai dar tudo certo! — meu pai diz e aperta meu ombro. — Tem certeza que não quer que eu vá?

— Tenho, eu quero fazer isso sozinho. Mas obrigado por se oferecer!

— você se sairá bem! — diz minha mãe ajeitando a gola da minha camisa e me dando um beijo na testa. — Vai! Antes que se atrase!

— Tudo bem! Me desejem sorte!

— você não precisa de sorte.

Eu sorrio para minha família e saio. A fabrica fica ao lado do prego, apesar de ocupar cinco vezes o espoco dele. Não é longe, mas mesmo assim, eu quase voo pela distrito. Quando chego a mesma secretária que me atendeu antes diz para que eu me sente que o meu guia já viria. A sala de recepção é gigantesca, um balcão de vidro dois metros depois da enorme porta de vidro da entrada, cada uma das extremidades losangulares do balcão possui uma secretaria. Ao lado esquerdo fileiras de cadeiras extremamente confortáveis para esperar, com televisões pregadas em todos os cantos, ligadas no canal nacional de Panem. Ao lado esquerdo um self-service de tudo o que puder imaginar de lanches rápidos, e atrás das secretarias elevadores de vidro que levam para os andares superiores e inferiores, pelo menos, é o que eu acho que acontece quando o elevador desce e não se explode no chão. Muitas paredes são de vidro, e posso observar pessoas de jalecos trabalhando em maquinas, andando de uma sala a outra, é uma verdadeira maratona. O lugar é aconchegante, a proximidade com a floresta faz me sentir em casa.

Meus joelhos não conseguem ficar parados olho para eles e me concentro tentando fazê-los parar então ouço barulho de salto, quando olho para cima uma mulher morena de meia idade se aproxima de mim, eu me levanto.

— Ola meu Nome é Eleanor Tavaris, eu sou diretora geral e serei sua guia hoje! — ela me estende a mão e eu a aperto.

— Taylor Everdeen Mellark! É um prazer conhecê-la.

— Digo o mesmo. Bom podemos começar?

— Claro.

— A recepção você já conhece! É bem acolhedor, eu sei! Tenho vontade de trazer minha mesa para cá e tomar essa lugar como meu escritório.

— Seria uma ótima ideia!

— Seria sim! Bom vamos para o elevador! — o elevador vidro me dá clara visão de tudo. Os botões vão de -2 até o 5. — Como pode notar temos dois andares no subsolo, onde guardamos as aéreas que tratam de doenças mais delicadas, muitos remédios, antídotos, e vacinas são feitos dos próprios vírus, e seria um tremendo caos se algum desses vírus vazasse, o isolamento dos dois últimos andares fariam com que esse vazamento não fosse tão além. Mas não se preocupe, isso nunca aconteceu, nossos profissionais são treinados para que jamais algo do tipo aconteça, mas acidentes acontecem temos que prevenir, portanto, a menos que se junte a nós e escolha essa área, nós não desceremos lá.—fico curioso. Ela aperta o botão do primeiro andar e de cima a recepção é ainda mais receptiva.

Eleanor explica que o primeiro e o segundo andar são compostos por salas isoladas, que servem como escritórios pessoais. No terceiro e no quarto estão localizados os laboratórios, apesar dela ter dito que em cada escritório há um micro laboratório, ela disse que aqueles são usados para os funcionários em geral, e que muitos deles não tem cargos que lhes deem um escritório particular. O quinto e ultimo andar Eleanor diz ser o espaço de experimentos. Ela me afirma que nenhum experimento é danoso às cobaias, e que graças a tecnologia dos distritos, a maioria dos experimentos não são feitos em seres vivos. Ela me explica uma porção de coisas sobre como funcionam os experimentos, os cargos e as áreas, e quando nosso passeio no elevador acaba ela me leva até a área de medicina natural, no quarto andar ala par laboratório 6B. E assim que entro fico boquiaberto, ele tem três vezes o tamanho da minha sala, em um espaço de vidro há plantas cultivadas, reconheço a maioria e chego perto, há pessoas de jaleco trabalhando por toda a parte, e um deles está coletando folhas de uma planta que não reconheço. Paro de ouvir o que Eleanor está falando e vou até ele, pergunto que tipo de planta é aquela, primeiro ele olha para Eleanor, e ela faz sinal afirmativo, então ele me conta de um projeto, eles modificaram o DNA de três plantas diferente e injetaram em uma raiz, ela brotou e deu origem aquela planta. Faço milhares de perguntas, como por que eles fizeram isso, ou o que ela poderia fazer e curar com o DNA das três plantas misturadas. Quando ele não sabia me responder outras pessoas apareciam, me mostravam tudo o que Eleanor permitia, e eu fiquei encantado.

— Será que se fizessem o que fizeram com aquela raiz em um planta medicinal já adulta, ela aceitaria o DNA e passaria a ter os efeitos das outras e ficando mais eficaz?

— Na verdade é no que estamos trabalhando. — diz uma mulher loira, que ainda não tinha se manifestado. Ela faz sinal apara que eu a siga e me lava até o outro canto da sala, onde há uma grade muda lilás me parece familiar, mas não completamente. — A chamamos de Loreapus, e se ela vingar, passará a se chamar Loreapus Maximes! Ela é o nosso xodó do laboratório 6B. E... Eleanor, como ele se saiu na entrevista?

— Ainda não fizemos a entrevista! — eu respondo.

— Na verdade. Essa foi a sua entrevista! Sua reação no local que escolheu. E respondendo a sua pergunta Tamires, ele tirou um lindo 9,5.

— O que fiz de errado?

— Eleanor nunca deu um 10! — Sammy, o primeiro homem com quem conversei diz. — Eu ganhei um 9,6. E o nosso melhor, o Cabeça ali atrás no microscópio, tirou 9,9. Mas na verdade, se você consegue ficar no laboratório com Eleanor por mais de 20 minutos, você automaticamente ganhou um dez ao estilo dela. Se ela disser que precisa terminar o tour por conta de uma reunião de ultima hora, ai você ganhou um belíssimo zero.

— Não tire suas próprias conclusões Sammy! Eu realmente preciso ir a uma reunião, mas ela já estava marcada, então Tamires pode dar a noticia?

— Claro! Estamos com vaga para assistente no projeto Loreapus! E já que se interessou tanto... e sua nota foi aceitável, você está convidado.

— Jura? Mas, eu não sou um pouco novo?

— Quanto mais cedo começar melhor! E seria um assistente, não um membro, então só tomaria algumas horas dos seus dias! — explica Sammy. — se você se sair bem, e principalmente se Loreapus Maximes Der certo, você terá um emprego garantido quando terminar o colegial!

— Uau! Isso é incrível!

—Então você aceita?

— Claro! Eu aceito.

— Maravilha! — diz Eleanor! Pegando seu telefone. — Lorena, cancele o próximo tour, encontramos o assistente para o laboratório 6B. Obrigado! Taylor! Seja bem vindo, trate na recepção do seu contrato e com o pessoal do laboratório seus horários.— ela aperta minha mão uma ultima vez e sai. Eu sorrio como um bobo.

— Está de férias?

— Estou!

— Planos para viagens?

— Vou passar o final de semana no 4 e uma semana no 9. Mas eu posso cancelar ou...

— Tudo bem! estamos no inicio do experimento. Precisamos apenas de tiragens de nota. Cabeça criou sondas e câmeras vinte e quatro horas nesse aquário aqui. Enquanto estiver fora, você só terá que tirar alguns minutos por hora para dar uma olhada virtualmente e tomar notas e nos enviar! Quando e se o experimento vingar ai sim precisaremos mais de sua atenção. Sammy será seu supervisor! Qualquer coisa errada que fizer a culpa será dele, e ele poderá definir seu castigo. — eu o encaro, ele faz uma cara de mal e depois sorri.

— Relaxa! Você deu sorte. Cabeça foi o meu supervisor! Isso sim foi azar!

— Por que o chamam de Cabeça? — ele ainda estava enfurnado em seu microscópios, tomando notas de alguma coisa sem tirar os olhos da lente. Ele tem a cabeça raspada.

— Um experimento que ele fez quando era assistente deu errado e meio que explodiu, algumas gotas voaram nele e corroeram os fios de cabelo, ele ficou com alguns buracos e neles o cabelo não cresceu mais, ele resolveu raspar tudo, e o supervisor dele passou a chamá-lo assim, o nome pegou. Ele ficou meio rígido depois disso, não tolera erros, por isso passa o dia todo assim! — Sammy aponta para ele, ainda curvado sobre o microscópio.

— Mas ele é uma pessoa incrível, e o melhor do laboratório 6B. então se precisar de algum conselho peça a ele! Eu tenho que voltar ao trabalho. Sammy, auxilie seu novo afilhado! Seja bem vindo Taylor.

Depois de resolver tudo Sammy me apresenta a todos do laboratório. São muitos nomes, mas tento guardar todos. Cabeça não pareceu gostar muito de ser interrompido, mas foi educado comigo. Quando Sammy disse que eu estava dispensado e que me esperava de manha cedo no dia seguinte, eu mal conseguia me conter, assim que entrei no laboratório, soube que aquele era o meu lugar.

Contar tudo a Nip foi mais emocionante do que viver, ela sorria e seus olhos brilhavam, a cada palavra que eu dizia ela sorria mais, e quando eu disse que fui contratado, ela simplesmente parou de ouvir e me beijou.

— Eu sabia eu sabia! Parabéns! Isso é fantástico.

— Eu sei! Eu não acredito que levei tanto tempo para perceber! É isso que eu quero fazer. Claro que eu vou seguir com a padaria junto com a Prim, vai ser incrível, mas isso com toda a certeza, vai ser perfeito.

— Estou tão feliz por você!

— E eu ficarei mais feliz ainda quando você conseguir abrir a sua loja!

— Ah, que assim seja Taylor! Ah eu não acredito! — ela me abraça de novo e ficamos ali por muitos minutos, eu contando todos os detalhes, cada nome e sei que ela não vai me deixar esquecer de nenhum deles de tanto que irá me perguntar.

(...)

Quando chego a casa está tudo silencioso, subo e vejo que o quarto de Prim está aceso vou até lá e paro na porta que está aberta, ela está de costas para mim lendo alguma coisa, o quadro que meu pai fez do futuro filho dela está pendurado em sua parede agora, com uma assinatura em baixo feita por Nick dizendo “ um futuro próximo”. Imagino se um dia meu pai pintará o meu filho também. Ela percebe minha presença e se vira.

— Onde estão todos.

— Casa de Haymitch. Quer dizer,de Sam!

— Não quis ir?

— Soph está com Jake! — ela diz revirando os olhos.

— E o Nick?

— Ainda não terminou o turno dele no hospital. Como foi lá? — eu entro e me sento em sua cama.

— Eu fui contratado!

— Não brinca! Eu falei que ia dar tudo certo, parabéns! — ela me abraça rapidamente. — Como é lá?

— Enorme. E incrível. Eu vou poder viajar de férias e continuar meu trabalho virtualmente e meu supervisor é hilário e disse que a menos que eu faça algo errado, não tenho com que me preocupar com ele. Mas não se preocupe eu vou te ajudar na padaria sempre.

— Não estou preocupada. — minha atenção volta para o quadro. — Ás vezes antes de dormir eu o fico observando e imagino como será.

— Como é?

— Assustador! — eu rio. — Mas ao mesmo tempo, é emocionante.

— Foi exatamente o que a mamãe disse sobre a nossa gravidez. — ela afirma. Ouvimos barulho lá em baixo e eu me levanto. — hora de espalhar a novidade! — eu saio do quarto e ela me segue. Meus pais ficam tão felizes com a noticia que sinto vontade de apagar tudo e contar de novo. Aquela noite, tivemos um jantar muito especial de comemoração.

(...)

O que eu mais amo no 4 é o cheiro de mar! É o único distrito que tem acesso ao mar, então quando venho para cá, a primeira coisa que faço é ir direto para a praia, afundar meus pés na areia me arrastar até o mar e cair de cabeça dentro dele até que meus pulmões clamem por ar.

— Virou peixe baixinho?— ouço alguém gritar e volto um pouco antes. Quando saio da água vejo Liam parado a uma distancia segura da água.

— E ai cara! Faz tempo já! — nos cumprimentamos e ele se senta na areia, eu me sento ao seu lado.

— É, vocês vivem sumindo, e meu trabalho me impede de ficar viajando o tempo todo.

— Pois é, a gente vem para cá menos do que eu gostaria.

— Sabe que pode aparecer por ai mesmo sem seus pais né?

— Fale isso para eles! — ele ri. Liam Cresta Odair é o tipo de cara que tem tudo para ser um grande babaca, mas ele resolveu não ser, e eu o admiro muito por isso. — Como sua mãe está?

— Ela tem melhorado bastante. Mas desde que minha avo e meu avó se foram... é complicado.

— Eu imagino, vocês já pensaram em se mudar, para o 7 com a Johanna, ou para o 12 com a gente?

— E deixar esse distrito? Não isso está fora de cogitação, tanto para mim quanto para ela.

— Pelo menos vocês não ficariam sozinhos!

— Para minha mãe nós estamos com o meu pai aqui, e para mim, bem, eu posso não ver meu pai, mas eu tenho pessoas aqui com quem eu me importo.

— Isso cheira a garota. Estou certo?

— É... mas... é complicado!

— Acredite, eu entendo! É complicado foi a minha resposta durante muito tempo. — ele ri.

— Tem certeza que você tem 16?

— Em alguns meses é eu tenho sim!

— Prim disse que você estava namorando!

— É! Estou! E ela está quase casada. — ele ri e começa a desenhar um par de olhos na areia, meu pai o ensinou a desenhar, e ele é realmente muito bom, ele praticamente não olha para o desenho enquanto o faz, e sinto que é pelo costume de desenhar esses mesmo olhos mais outras muitas vezes. Mudo de assunto para mudar o clima. — arrumei um emprego, agora não sou mais um confuso.

— É mesmo? Uau! O que você escolheu?

— Estou trabalhando na fabrica de medicamentos, área de medicina natural! Está sendo bem divertido. E tenho trabalhado na padaria sempre que dá também. Estou aliviado por não ser mais o Taylor que não sabe o que quer! Você ficou assim na sua época?

— Me sinto um idoso com você falando assim! — ele ri, ele é bem mais velho que eu, mas ainda assim é novo. — Na verdade, acho que essa é a única coisa que eu sempre tive certeza, o que eu queria fazer da vida. Sempre foi o meu objetivo o que eu faço agora.

— Que sorte!

— É, mas só nisso também! Todo o resto é bem complicado.

— Sei exatamente como é! — isso não foi nem a muito tempo, posso dizer claramente que tudo para mim era uma grande bagunça a poucos meses atrás. Mas fico feliz que agora, tudo esteja perfeito.

(...)

Hoje o dia foi uma amostra de como será o resto da minha vida. A viagem para o nove foi maravilhosa, curtimos cada segundo, andar de mãos dadas com a Nip pelas trilhas até chegar a cachoeira, fazer um Tour extremamente detalhado, tendo Avalon como guia, fazer um acampamento do lado de fora da casa. Foi incrível, mas uma coisa mais incrível ainda aconteceu e eu tive que voltar. Loreapus, começou a apresentar resultados positivos, e eu teria que começar a trabalhar um pouco além de tomar notas virtualmente. Nick pegou uma virose, então resolvemos suspender o restante da viagem. Avalon ficou um pouco chateada, mas não chorou nem se agarrou a uma arvore e se recusou a voltar como eu achei que aconteceria. Ela está aceitando muito bem, ela realmente adotou o 12 como sua segunda casa.

O laboratório estava agitado, quando cheguei Sammy disse : Ajude com o que quer que seja, quem quer que precise, então voltou a examinar Loreapus, eu ia de um em um perguntando o que precisavam, e eu achei que diriam, muito obrigado, eu estou bem, se precisar te chamo. Mas não foi o que aconteceu, cada um que eu perguntava me dava uma lista imaginaria de coisas a fazer, pegar isso e colocar naquilo levar para aquele lugar e entregar a tal pessoa, que me dava um resultado que eu tinha que levar para outro lugar para outra pessoa avaliar, que me entregaria uma nota que eu deveria entregar a outra pessoa que agradeceria e me faria repetir o processo com outra coisa, descobri lugares que Eleanor não me mostrou no Tour. Conheci cada canto do laboratório 6B e fui obrigado a decorar todos os nomes graças a : leve para Sabrina, devolva para Amanda, Jorge vai querer ver isso, Lucas não assinou, mande Cabeça dizer a Sammy que Tamires está com dificuldades em avaliar o resultado que Theo mandou Jonas fazer. Esse é o mundo que eu viverei, e apesar de confuso eu me dei muito bem, e gostei. Antes do fim da tarde fui liberado, e fui até a padaria, meus pais podem ter voltado, mas ainda estão de férias, e eu e Prim estávamos cuidando de tudo. Fiz uma encomenda e Prim fez outra. E quando fechamos já estava escurecendo. Mas não podia passar o dia todo sem ver e falar com Nip, então antes do jantar passei em sua casa, contei tudo sobre o dia e como sempre seus ouvidos atentos me ajudaram. Quando estava voltando para a casa percebo que há um novo canteiro de morangos na entrada da campina perto do portão da minha vila. Vou até lá examinar, como não vi isso acontecer?

Bom eu não vi muita coisa acontecer, mas elas aconteceram, muita coisa mudou, coisas que eu nem sonhava aconteceram, e coisas que eu sonhava demais também aconteceram. Agora eu tenho uma vida surpresa! Completamente nova e diferente do que eu imaginava algum tempo atrás que seria.

Nas duas gerações, minha irmã e eu, sempre quiseram saber apenas uma coisa, a quem iríamos seguir, se seriamos caçadores amantes da natureza como minha mãe, ou se seriamos padeiros e cozinheiros amantes das artes como meu pai. Mas o que ninguém nunca supôs que talvez não seguíssemos um ou outro, mas que escolhêssemos seguir os dois.

Estamos aqui, a nova geração de Panem, com seus amores confusos, relações inesperadas, relações mais que esperadas, conflitos, intrigas, mas acima de tudo amor. O amor que a geração antes de nós não pode ter, mas que agora nós demos continuidade. O amor de uma nova geração.

Então eu sorrio pego um morango e enfio na boca. Essa agora é minha nova fruta favorita, uma coisa nova e inesperada assim como tudo que aconteceu na minha vida, e tudo o que irá acontecer daqui para frente!

Epilogo: 10 anos depois...

Geralmente mantenho minha sala limpa e arrumada, mas especificamente hoje ela está um caos! Há tubos de ensaio, com substâncias em todas as partes, experimentos que por alguma razão não deram certo estão amontoados em uma mesa no canto esquerdo. Há bolinhas de papel amassadas com anotações erradas ou que não me servem mais por todo o chão perto do cesto de lixo, exceto dentro dele. Meu jaleco está sujo, quando me perguntam eu digo que foi um extrato para um novo medicamento que borbulhou demais, estourou o tubo e voou pela sala, mas na verdade é apenas café. Meu cabelo há muito tempo não sabe o que é um pente, e tenho certeza que devo estar com olheiras realmente gigantes.

Corro de um lado a outro da sala, conferindo as reações, tomando nota, avaliando e reavaliando situações. A porta se abre e Enzo entra.

— Uau! Isso que dá ficar se metendo em projetos para salvar vidas com amigos! — ele diz pegando o lixo e juntando todas as bolinhas de papel que estão no chão. — Falando nisso como anda o nosso? — ele pergunta sorrindo.

Há três anos, eu e Enzo entramos com um projeto, depois que uma paciente dele morreu com sintomas de um novo tipo de câncer. Então eu disse que conhecia plantas que misturadas abatiam muitos dos sintomas dessa nova doença, então ele perguntou “ será que se modificarmos algumas coisas e pesquisarmos mais a respeito desse câncer, será que podemos criar uma cura para essa doença antes que ela evolua?” bom a resposta foi um grande talvez. Pesquisamos muito. Com muito afinco e determinação. E descobrimos teoricamente que sim é possível. Fizemos uma elaborada apresentação que mostramos para os medicos dos melhores hospitais e alguns patrocinadores, e ganhamos sinal positivo para o projeto. Então há dois anos estamos tentando colocar a teoria na prática. Estamos chegando perto de um resultado, mas até que elaboremos esse resultado para que ele seja posto em tratamento médico em pessoas, isso levará tempo, mas estamos certos de que isso funcionará.

Mostro a Enzo como estão as minhas confusas anotações que por algum motivo ele compreende.E Faz observações com sua letra terrível de médico, que eu sei que mais tarde ligarei a ele para perguntar o que está escrito.

— você está com os extratos principais? Os que retiramos para mostrar aos patrocinadores?

— Estão no freezer! Ainda não verifiquei se houve alterações essa semana! Não tive tempo.

— Tudo bem pode deixar! — ele vai até o freezer e retira um dos tubos levando até o microscópio. — Em quantos projetos você está Taylor?

— Seis! Mas são bons projetos, eu sei que eles darão certo! Misturar a natureza com a ciência química é a resolução de todas as doenças e eu vou provar isso!

— você ainda precisa fabricar os medicamentos naturais diários! Como você consegue?

— Nem eu sei! Acho que é por isso que está tudo assim!

— Seu microscópio está com café na lâmina!

— O quê? Impossível! Eu não tomo café perto dele! — eu vou até lá e verifico, com certeza aquilo é café. — Isso foi um extrato que ferveu demais e explodiu voando por toda a sala, eu tentei limpar, mas pelo visto não saiu tudo!

— Com certeza! Você é terrível! — ele pega o microscópio e vai limpar.

— Parece que invertemos os papeis depois de adultos!

— Eu ainda sou um eterno adolescente! — ele grita de dentro do laboratório de limpeza. A porta da minha sala se abre novamente e Carolyne entra.

— Taylor consegui os arquivos que me pediu, são extremamente antigos, levei horas! Essas doenças já estão praticamente extintas porque precisa dos arquivos delas? — ela diz procurando um lugar para colocar os arquivos, como não encontra ela continua os segurando.

— Tem algo em uma das substancias das vacinas delas que é semelhante a uma molécula que encontrei no projeto 2, se for a mesma posso usar a mesma base dessa vacina para projetar aquela!

— E se não for?

— Se não for eu agradecerei o seu trabalho extremo e te darei o fim de semana de folga como desculpas por ter jogado seu tempo no lixo.

Foi uma surpresa enorme quando os médicos patrocinadores do 5 mandaram uma assistente para auxiliar em meus projetos. E foi uma surpresa maior ainda quando a assistente chegou a fabrica e demos de cara com Carolyne. A Carolyne. A surpresa maior foi a de Enzo, com toda a certeza. Ela disse que se inscreveu para sair do distrito como assistente em outros projetos, e que foi uma surpresa adorável quando ela foi designada para vir ao 12, e que preferiu fazer uma surpresa, a avisar, para nos deixar de boca aberta quando chegasse com toda a certeza.

— Olha eu não acho que seja uma boa ideia colocar cafeína e açúcar em seus extratos, poderia atrair diabetes! — Enzo volta colocando o microscópio no lugar. Então ele olha para cima e a vê. — Senhorita Loboner! — Enzo a cumprimenta com um aceno de cabeça.

— Doutor Lorenzo! — ela retribui o aceno.

— Por favor! — eu digo pegando os documentos da mão dela. — quando eu disse: Sejam adequados para o ambiente, não quis dizer sejam cínicos, e ajam como completos inimigos sendo obrigados a conviver! Só sejam rápidos! Temos que encontrar com o pessoal na padaria. — eles sorriem então ele vai até ela e a beija profundamente do jeito antigo Enzolyne. Não demorou nem dois meses depois da chegada dela para alguns pedidos de desculpas e reatarem, mas dessa vez é para valer, dois anos juntos assumidos até mesmo para a família que reagiu muito bem. inclusive metade dela já sabia dos namoricos adolescentes dos dois! O namoro dele com Tyff foi até a formatura, quando ela se mudou para, como ironia do destino, o distrito 5.

Analiso alguns arquivos então olho para o relógio!

— Pessoal, querendo interromper essa demonstração de afeto, temos que ir. Eu ia arrumar isso tudo mas... a hora voa!

— Amanha eu dou uns trocados para a faxineira do laboratório de químicos e a faço dar uma arrumada aqui.

— Isso seria adorável, mas a ultima vez que ela vez isso, eu não conseguir achar mais nada, então pode deixar, eu vou trocar o turno de amanha na padaria com a Prim e vou dar uma geral nisso antes de viajar! Vamos, se eu me atrasar os Everdeen Mellark me matam!

— Sabe como é o aniversario da padaria da sua família, seria bem legal se você estivesse um pouco mais apresentável! — diz Carol. — tenho certeza de que eles não se importarão com o seu atraso se for para você não estar com essa aparência!

— Ela tem razão! — Enzo concorda. Eu me olho e até eu mesmo concordo.

— Tudo bem! vão indo e avisem que eu vou me atrasar.

Corro para casa tomo banho e troco de roupa em tempo Record. Estou louco para o fim de semana chegar logo. Corro até a padaria e quando chego percebo que eu realmente sou o ultimo. Estão todos lá. Meus pais com Gale, Cloe, Delly, Elliort, o velho Haymitch e Sam. Passo por eles e arranco o copo de bebida da mãe de Haymitch.

— Hey! — ele reclama e eu enfio o liquido amargo garganta abaixo.

— você não devia beber desse jeito na sua idade! — ele pragueja eu vou até minha mãe e lhe beijo a bochecha, e bato no ombro do meu pai.— Parabéns!

— A todos nós! — ele diz. Me viro e vou até a mesa ao lado onde Prim, Nick Kevin e Myt estão. Então as gêmeas passam correndo por entre as minhas pernas, e Bryan vem logo atrás, eu o seguro e o coloco em meus ombros.

— Hey garotão! Não dá mais oi para o tio?

— Oi tio! — ele diz rindo, sua risada de criança enche meus ouvidos e eu sorrio junto. As gêmeas também riem e agarram minhas pernas.

— Oi para vocês também meninas! — elas riem e volta a correr. — Quer descer? — eu pergunto a Bryan, ele nega com a cabeça. Ainda fico espantado quando olho para ele. O filho de Prim e Nick, exatamente idêntico ao quadro que meu pai pintou anos atrás, sem nenhuma diferença, quando ele nasceu, não vi isso, mas quando ele foi crescendo eu percebi, que não havia nenhuma diferença entre ele e o quadro. E assim como no sonho de meu pai, ele ama a padaria, passa mais tempo com meu pai, que o com próprio eu arrisco dizer, e ele tem apenas três anos.

— E ai gente. Como estão?

— Exaustos! Plantão crianças de dia, e maratona Bryan a noite! É maravilhoso, mas exaustivo! — diz Nick sorrindo para o filho.

— Isso porque você não tem gêmeas! — diz Kevin seguindo suas filhas com o olhar, Myt não tira os olhos delas nem por um minuto. — essas duas não param!

— Isso é para você ver como foi com a gente! — diz Delly.

— Admiro vocês mais que nunca agora mãe!

— Como estão as coisas aqui Prim?

— Estão indo bem! estou conseguindo conciliar a temporada de caça com as ultimas encomendas, papai está fazendo a maior parte. E como Bryan se recusa e ir comigo para a floresta ele tem ficado aqui.

— Sabe que pode deixá-lo no laboratório quando quiser né!

— Para ele comer alguma planta mágica de novo? não obrigado!

— Plantas mágicas são gostosas! Não são Bry?

— Hummm muito! — ele diz e sorri.

— Eu falei para você não contar para sua mãe seu fofoqueirinho! — eu faço cócegas nele e ele ri. — Falando nisso, eu preciso de um grande favor seu Prim! — ela revira os olhos — preciso que você troque de turno comigo na sexta!

— Nem pensar! Sexta é dia de ficar em casa, não vou nem a floresta! Dia de Mamãe e Bryan!

— Por favor Prim! Eu juro que pego dois dias seus mês que vem!

— você já vai tirar o fim de semana para viajar! Porque você precisa da sexta também?

— Porque meu laboratório está uma zona e eu preciso arrumar e se eu usar o tempo do final de semana eu não chegarei a tempo. Por favor!

— Eu prometi ao Bryan!

— você pode trazê-lo, ele ama ficar aqui não ama? — ele afirma. — Vai Prim. Por favor! Não precisa ser o dia todo, assim que eu acabar eu venho direto para cá! Por favor! Por favor! — ela nega com a cabeça.—me ajude Bry!

— Por favor mamãe! Por favor!

— Por favorzinho! — ela bufa.

— você me deve mais do que dois dias no próximo mês! E eu que escolho qual será! E você não vai poder dizer não!

— Tudo bem! Eu te amo! — lhe dou um beijo na bochecha ela bate em meu braço, desço Bryan dos meus ombros. — Bom trabalho garotão! — eu digo esfregando sua cabeça. Ele ri e abraça a perna de Prim, ela o pega no colo e o abraça, todo o lado Mellark de Prim fica por conta da sua relação com Bryan. Todo. Nick e ela fazem um ótimo trabalho, Bryan é a criança perfeita, espero que um dia eu faça um trabalho tão bom quanto eles.

Me viro e vou até a mesa onde Arthur, Avalon, Enzo e Carol estão sentados.

— Cheguei! — eu digo me sentando ao lado de Arthur.

— Aleluia, já estava achando que tinha se afogado no banho!

— Já estava indo te socorrer meu amor! — Arthur diz irônico e afaga meu rosto! Arthur será sempre Arthur, não importa quantos anos passem. Eu tiro sua mão e coloco no colo de Avalon.

— Sua namorada está aqui Arthur! Mais tarde! — Avalon revira os olhos mas sorri. — Como está os negócios do 9 Avalon?

— Voltei de lá ontem! Estão bem até, mas confesso que os daqui estão dando bem mais lucro!

— Graças a Deus! — Arthur murmura baixinho. Os dois mantiveram a relação, mas Avalon reabriu os negócios do pai no 9, e administra os daqui também. Então ela vive indo ao nove, mas passa muito mais tempo aqui, já que seus pais se recusam a voltar, e já que Arthur virou um dos donos do Prego depois que Sebastian se aposentou. Então a rotina dela é basicamente uma semana aqui, três dias no 9.

— Conseguiu trocar o turno de amanha? — Carol pergunta.

— Consegui! Com muita chantagem emocional, mas consegui. Não poderia deixar o laboratório naquela bagunça e ir.

— você está bem ansioso!

— Claro que estou, não a vejo desde o dia de visitas no mês passado. — Nip conseguiu uma vaga em uma super escola de moda na capital, no começo ela não queria aceitar, mas eu a fiz ir, era a oportunidade que ela precisava, e era só por um ano. Então ela foi, e todo o mês eu vou até lá, para visitá-la. E nesse final de semana, as aulas acabam! E ela virá para a casa, ela não sabe que eu irei buscá-la, por isso calculei o tempo exato, para chegar lá, alugar algum veículo e buscá-la na porta do prédio. Se qualquer coisa sair errado, ela vai para a estação de trem e enquanto ela estiver indo eu estarei chegando. Então nada pode dar errado. — Na volta vou passar no 3 e ver como a Jani e o Rick estão.

Os dois abriram uma empresa de computadores no 3, junto com alguns outros alunos que eles conheceram no curso que eles ganharam quando fizeram os testes no primeiro ano do ensino médio. Eles nos visitam sempre que possível. E o casamento deles, sim o casamento deles, é no próximo mês! Será aqui, já que a família dos dois vive aqui. E os dois se conheceram aqui, sempre soube que os dois seriam os primeiros a casar. Por mim eu teria sido o primeiro, mas resolvi esperar Nip terminar os estudos. O que quer dizer que a partir de agora, tudo pode acontecer.

— Mande lembranças da gente. E diga que ainda estou esperando meu computador cortesia! — diz Enzo.

— Taylor? — Prim me chama e faz sinal para que eu vá até lá. Está na hora do discurso.

— Com licença! — eu vou até lá.

— O microfone está no balcão. Não vá falar bobeira. Eu vou depois de você!

— Eu? Falar bobeira? Por favor! — ela me empurra e eu vou até o balcão, pego o microfone e bato para chamar atenção. Tem muita gente ali, a padaria cresceu muito, e os clientes aumentaram bastante também, e parece que todo o distrito resolveu vir hoje, tem pessoas em mesas do lado de fora também. — Ola? Está funcionando? Todo mundo está me ouvindo? — eles gritam concordando. — ótimo! Muito bem! vocês não sabem como é bom olhar daqui e ver tudo isso! Ver como cresceu. Quando eu nasci essa padaria já era grande. E agora ela é gigante, não pelo tamanho, continua do mesmo tamanho, mas de certa forma ela cresce cada vez mais. Eu vejo os anos passarem, as coisas mudarem, mas esse lugar continua aqui, presente na vida de todos nós, fazendo de cada grão de açúcar a risada de uma criança, cada pão uma café da manha em família, cada torta, uma bela reunião da tarde, cada momento, único e inexorável. Não imaginam o quanto eu fico feliz, em ver tudo isso, ver a marca registrada de duas gerações antes de mim se estenderem, e continuarem um dia com meu sobrinho, e talvez com meus futuros filhos. É mágico ver esse reinado continuando, crescendo e se expandindo. Quero uma salva de palmas bem longa para aquele homem loiro ali, sentado do lado daquela linda morena, porque foi aquele homem que escolheu dar continuidade a isso! — eu começo a bater palmas e todos me seguem, meu pai se levanta e agradece, então vem até mim e me abraça. — Esse homem, que eu me orgulho cada dia mais e mais de chamar de pai. Esse homem que foi sempre o meu exemplo. E mãe! Por favor, venha aqui também— ela nega com a cabeça. — Por favor mãe! — ela se levanta e caminha até nós. — sem você eu tenho certeza que nada disso seria possível também, e nem adianta vir dizendo que não fez nada porque você foi a gasolina para esse incêndio começar. Sem seu apoio, seu carinho, seu amor, nada disso seria possível não é pai? — ele afirma e a beija. Então todos aplaudem. — essa cena é a que eu quero ver para o resto da minha vida! A felicidade que esse lugar, que essas pessoas, trouxeram para nós. Quantos rostos já não passaram por aqui e hoje não estou mais conosco. Quantas noites eu passaria citando nomes de pessoas que nos ajudaram e já se foram, mas eu digo um que representará todos. Agenor, que esteve aqui mesmo antes de mim, antes de minha irmã, que deu seu sangue para fazer essa padaria junto com meus pais, que morreu amando esse lugar! Que foi como um segundo pai para mim! Desculpe Haymitch, mas é a verdade! — ele faz um sinal feio e todos riem. — eu toco meus três dedos médios e ergo alto em homenagem a Agenor! — eu o faço e todos repetem. — e que o legado desse lugar continue crescendo assim como quando ele estava aqui! Pai parabéns por mais um ano de dedicação a esse lugar maravilhoso! Parabéns a todos nós que fazemos desse lugar o que ele é! Um Brinde! — eu pego as taças que estavam prontas no balcão e entrego a minha mãe meu pai e Prim. — À padaria Mellark!

— À padaria Mellark!

(...)

É uma coisa extremamente entediante ficar sozinho em um trem que anda mais rápido que um foguete e não há nada para se fazer, nem mesmo olhar a paisagem da janela porque ela é apenas um borrão. Mas eu me sacrifico.

Chego a capital horas antes do fim da tarde, vou no lugar em que sempre alugo os veículos quando vou visitar Nip, mas dessa vez pego uma moto. Voo pelas ruas, tenho cinco minutos para chegar a ponta do prédio antes que ela saia. Estaciono muito mal a moto e tiro o capacete, olho em meu relógio, e ainda tenho um minuto. Estaciono a moto direito e me apoio nela enquanto espero, cinco minutos depois as pessoas começam a sair. Procuro-a na multidão e quando a vejo sinto meu coração dar um pulo, parar rapidamente e depois voltar mais acelerado. Ela está sorrindo para algo em sua mão, não consigo ver por conta do livro que ela segura junto, mas deve ser algo bom, pelo jeito que ela sorri. Então ela olha para cima e me vê, e o sorriso que ela abre, é mil vezes melhor que o que ela dava para o papel, e faz cada segundo da viagem valer apena. Ela começa a andar em minha direção. Seus cabelos loiros caramelos agora com uma franja lateral ao em vez de reta na testa sacolejam, ela está com um vestido vermelho com flores rosas, e reconheço de um dos esboços que ela desenhou da ultima vez em que nos vimos. Ela começa a andar mais rápido e quando estamos a dois metros de distancia eu começo a ir até ela então ela corre e pula em meu colo eu a abraço forte e giro, ela ri.

— Ai meu deus! Que surpresa maravilhosa! Achei que só nos veríamos quando eu chegasse no 12 amanha!

— Eu não aguentei! Eu precisava ir até aqui, e olhar para você sorrindo do jeito que você sorriu quando me viu! Inflou bastante o meu ego!

— Vou inflar mais um pouquinho então! — ela puxa meu pescoço e me beija profundamente, ela cresceu bastante nos últimos 10 anos, mas eu também cresci, então manteve a nossa diferença de altura, mesmo nós dois estando adultos e com corpos de adultos.

— Como estão as pesquisas?

— Dando resultados cada vez melhores! Como é estar formada em moda?

— Maravilhoso! E... o melhor de tudo, que deixa tudo mais maravilhoso ainda... — ela pega o papel que estava olhando quando saiu e me entrega eu o leio rapidamente e fico boquiaberto!

— É um terreno para uma loja! No 12! No 12! — eu sorrio e a encaro ela sorri mais ainda e pula.

— Sim!! — eu gargalho e a pego no colo e giro novamente.

— Catnip isso é maravilhoso! Como você conseguiu?

— Bom eu sou muito boa em fazer amigos, e eu fiz alguns que estavam interessados em montar uma loja. E como o 12 é um lugar de prestigio graças aos nossos pais e eles são do 8 e do 11 e tem dois do 12 também, eles toparam ser o 12. E eles irão se mudar para lá! E as obras começam no final do próximo mês quando todos estiveram instalados!—seus olhos lacrimejam e eu a abraço. — isso é perfeito Taylor! Eu não acredito que está acontecendo! Eu vou ter uma loja, de moda, no 12, no meu lar, perto de você, dos meus pais. Tudo o que eu mais amo! Isso é incrível!

— É mais que incrível! É um sonho! — nós nos encaramos e sorrimos um para o outro — isso exige uma comemoração! — eu subo na moto e entrego o capacete a ela.

— Uma moto? Uau! Inédito. Primeira vez que eu ando em uma. Parece combinar com o momento. — ela pega o capacete e sobe na garupa da moto, ela põem o capacete e enrosca os braços em minha cintura. Eu dou a partida.

— Para onde senhorita?

— Para o futuro! — eu sorrio e acelero, rumo ao futuro.


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Notas finais do capítulo

pela ultima vez na fic : Espero que tenham gostado! que de alguma forma, tenha feito diferença na vida de vocês ler as minhas fics.
espero que vocês continuem me acompanhando com O Herdeiro de Odair. que será lançado no dia 10 de abril de 2015. prometo, juro, que não importa o que aconteça. O Herdeiro de Odair, será lançado nesse dia.
postarei parte do capitulo aqui, com o link do resto do capitulo já na fanfic particular.
não sei se a historia irá crescer como essa cresceu, meu objetivo é uma fic curta, mas essa também era. vamos esperar o futuro decidir.
mais uma vez eu digo, amo vocês mais que a vida!
comentem. espero que muitos comentem, me contem como foi ler essa fic, se valeu apena e me confirmem que eu terei alguns de vocês na proxima fic!
beijos!
da escritora que ama vocês!