TayNip O Amor de Uma Nova Geração escrita por Bru Semitribrugente


Capítulo 37
Bônus Final PriNick #7


Notas iniciais do capítulo

OLA coisinhas fofas da minha vida.
enrolei mas cheguei
sim eu enrolei bastante para esse capitulo, porque no proximo já é o ultimooooo buaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
ai senhor! mas eu postarei o Prologo de O Herdeiro de Odair exatamente uma semana depois do fim da Fic!
espero que todo mundo comente nessa reta final, porque comentarios são importantissemos nessas horas.
amo vocês de todo o coração e está ai o ultimo PriNick para vocês



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Bônus PriNick #7

Isso é incrível, completamente incrível. Cá estou eu com a cabeça enfiada na mesa enquanto meu irmão conta para o meu pai que me viu ficando com o Nick na floresta. Maravilhoso! Já faz uma semana desde a festa, uma semana desde que Nick me pediu em namoro, e uma semana que eu venho dizendo não, ele diz que eu estou me fazendo de difícil, e talvez eu esteja, mas eu não sei se eu quero um namorado agora, não está bom do jeito que está? Minha vida está andando bem, tenho conseguido me dar bem dividindo os horários entre a padaria e a floresta, tirando essa semana quando Nick me atrapalhou em ambas as coisas, um pouco menos na padaria por causa dos funcionários, mas ele tem me seguido bastante lá, o que me salva é a placa de apenas funcionários que tem na entrada da cozinha, já na floresta não há placa nenhuma então ele me segue o tempo todo e Simon está um tanto chateado por eu ter conseguido apenas um esquilo essa semana, um esquilo, minha mãe que está fazendo o trabalho todo, eu tentei ir com ela na quarta para ver se ele não ia, mas ele foi, ele disse a minha mãe que eu estava o ensinando a caçar e ela o deixou ir, e ele ficou sussurrando em minha orelha como fazíamos uma ótima equipe de caça. Ele está determinado a me fazer namorar com ele, então quem sabe ele não peça um emprego ao meu pai lá na padaria. E é capaz de meu pai aceitar, só porque ele é padrinho dos gêmeos!

Depois de todas as acusações na hora do almoço, Taylor falando de mim com o Nick e eu dele com a Nip, ele foi para a escola e eu fui para a padaria com o meu pai, em um silencio um tanto perturbador.

— Então... Nickolas?

— Pai por favor, nós não precisamos ter essa conversa! Não está acontecendo nada de mais.

— Eu bem que notei mesmo uns olhares diferentes esse tempos para cá, mas isso é realmente improvável.

— De acordo com a Soph é o destino!

— Destino?

— É aquela coisa das novas gerações que deram certo, por causa de você e da Delly, eu o Nick, por causa da mãe e do Gale, Taylor e Nip.

— Nunca teve nada entre mim e a Delly!

— Mas todos achavam que sim! Até a mamãe já achou ela me contou da crise de ciúmes que ela teve quando a Delly voltou para o 12.

— Sua mãe admitindo algo do tipo, que milagre, mas você está fugindo do assunto.

— Pai! Não tem assunto, não está acontecendo nada.

— Não foi o que o Taylor disse. Você costumava me contar tudo quando era menor.

— Eu ainda conto, mas só as coisas importantes e isso não é importante.

— Como não? é o seu primeiro namorado!

— Ele não é meu namorado!

— Ele é lento igual ao Taylor?

— Ele me pediu, mas eu não aceitei!

— O quê? Por quê? — nós chegamos a padaria e eu entro direto para a cozinha. — Prim!

— Pai quando acontecer alguma coisa eu juro que te conto! Mas agora não está acontecendo nada!

— Tudo bem! Vamos fazer essa encomenda então.

No final do dia, meu pai me liberou na cozinha e eu fiquei no balcão conversando com Agenor. A filha dele apareceu e ele foi embora com ela e eu fiquei arrumando uma fornada de cupcakes no mostruário, quando ouço passos entrando na padaria.

— Posso ajudar? — eu pergunto sem tirar os olhos dos cupcakes, a pessoa se aproxima do balcão e se apoia então eu sinto o cheiro, baunilha, canela e Nickolas!

— Tenho certeza de que pode, respondendo uma simples pergunta.

— Eu já respondi! Não.

— Por que não?

— Por que você está insistindo tanto?

— Porque eu acho que formaríamos um ótimo casal.

— Não está bom só o que nós temos?

— O que nós temos? — eu reviro os olhos e dou de ombros. Meu pai me chama lá dentro e Nick olha para lá e sorri, como se tivesse tido uma ideia, e seu sorriso malicioso me faz já odiar essa ideia. Ele pega um dos cupcakes na forme morde.

— você vai pagar por isso? — ele termina de mastigar sorri de seu jeitinho se inclina e me beija.

— Está pago! — ele diz então se vira e vai embora.

— Prim! — meu pai sai da cozinha no momento exato em que Nick faz a curva eu me viro e ele sorri, será que ele viu algo? — Tava bom?

— O quê? — eu pergunto espantada.

— O cupcake! Não precisa ficar assim, você sabe que pode comer o que quiser aqui dentro. — eu levanto a sobrancelha confusa, e ele faz sinal para o canto da minha boca, eu passo a mão, glacê! Sinto até a ponta dos meus cabelos corarem de vergonha. — Haymitch pediu algumas coisas parece que terá um jantar importante na casa dele hoje e Sam falou para ele fazer a sobremesa e ele obviamente não fez, então... — ele me entrega uma caixa. — você pode levar enquanto eu fecho tudo! Eu tenho certeza de que você vai ficar falando com a Sophia e perder o horário então vai pra casa direto, o expediente já acabou mesmo!

— Tudo bem! — eu passo a mão na boca de novo para garantir que não tem mais nenhum glacê e vou em direção a casa de Soph.

— Aqui está minha salvação! — diz tio Haymitch quando abre a porta. Ele abre a caixa e tira a torta de dentro dela. — Pode ficar com isso Samanta não pode nem sonhar que não fui eu quem fiz!

— Ah então tenho algo para te chantagear para ser educado com o Jake! — diz Soph aparecendo atrás da porta.

— você é uma menina oportunista! Com quem será que você aprendeu isso?

— Com você Papai! — ele revira os olhos mas beija a testa dela.

— Vou pensar no seu caso, e no daquele garoto! Como se eu não soubesse para o que é esse jantar! — ele vai para dentro resmungando.

— você está um arraso! — eu digo olhando seu vestido azul e o cabelo com cachos nada naturais!

— Obrigado! Tudo para o dia que eu ganharei uma aliança! — ela diz animada dando pulinhos então percebo que ela está de saltos.

— Se o Haymitch deixar!

— Ele vai deixar!

— Você chamou todo mundo da família?

— Todo mundo que está no 12! Mariliza , Alicia e Thomas não puderam vir, mas já era esperado então vai ficar basicamente Cody e Corry, meus tios, e minhas tias! Tem certeza de que você não quer vir?

— Não muito obrigado! Já vi o suficiente dos olhares de ódio de Haymitch para o Jake.

— Tudo bem então! Obrigado por salvar a sobremesa, tenho certeza de que se meu pai a fizesse ela ficaria terrível!

— Boa sorte! — eu digo a abarcando!

— Obrigado! — ela diz animada dando pulinho e fecha a porta.

Assim que chego próximo a minha casa vejo algo irreal! Nickolas saindo de lá! ,não da varanda, como se estivesse me esperando, mas de dentro. Ele me vê olha para mim da aquele sorrido pisca e vai em direção a casa dele.

— O que você estava fazendo aqui? — eu grito, mas ele continua andando. — Hay! — eu corro até ele e seguro em seu braço. — O que você estava fazendo na minha casa?

— Visitando meu padrinho!

— Nickolas o que você estava fazendo em minha casa? — ele apenas dá aquele sorrisinho tosco e lindo e malicioso dele. Eu disse isso? Nós paramos quando chegamos a frente da sua varanda.

— Sabia que Jake está indo a casa de Soph para pedir ao pai dela para namorar com ela? — eu o encaro.

— Obvio que sabia! Ela é minha melhor amiga o que isso tem a ver ... Não! — eu digo quando raciocino. Mas que droga! Ele sorri malicioso e começa a subir as escadas. — você não fez o que eu acho que você fez!por favor diga que você não fez! — ele começa a entrar, mas eu o sigo e puxo seu braço antes que ele comece a subir as escadas para o quarto. — Nickolas! — ele ri. — o que você falou para ele? Melhor o que ele te respondeu? — ele ri mais e se aproxima de mim então sussurra em um ouvido.

— O que eu esperava que dissesse! — ele se afasta sorrindo e começa subir a escada e eu subo alguns degraus e o puxo pela camisa.

— Isso não é a resposta que eu esperava!

— você ainda não deu a resposta que eu espero, porque eu devia dar a sua? — ele desce um degrau e fica na minha altura e se aproxima olhando para a minha boca, ele mal junta nossos lábios e eu o empurro.

— Não me beije! Me responda! — ele revira os olhos e sorri.

— Responda você a minha pergunta que eu respondo a sua!

— Não! Agora responda a minha!

— Não! Não enquanto você não responder o que eu quero que você responda!

— Eu vou perguntar ao meu pai! — eu me viro, mas nem chego a andar.

— Boa sorte com isso! Eu pedi para ele não te contar nada, e Peeta Mellark nunca quebra uma promessa!

— Argh!

— Por que você quer tanto saber? Foi só uma conversa de padrinho e afilhado normal!

— Disso eu duvido!

— Nunca falou com a minha mãe sobre um assunto normal de madrinha e afilhada?

— Não o assunto que vocês estavam falando!

— você nem sabe sobre o que estávamos falando! — ele se vira e começa a subir, mas eu corro e fico um degrau a sua frente. Ele sorri malicioso! — então se continuarmos com isso o dia todo vamos acabar no meu quarto, então você não quer terminar de subir de uma vez e ter uma conversa agradável lá? — ele pergunta sincero com aquele sorriso malicioso.

— Ai que se dane! — eu digo e começo a descer as escadas.

— Hey! — ele me chama eu o olho e ele não está mais com um sorriso malicioso, seu sorriso é sincero. — Pode parecer que eu estou levando na brincadeira, mas eu não estou! Eu estou falando bem sério! Foi o que eu disse a ele! Agora o que ele respondeu você só saberá se me der uma resposta séria também! — eu o encaro por alguns segundos e saio.

O jeito como ele falou, o jeito como ele mudou de atitude para que eu percebesse que era algo sério. Acho que nessa semana toda eu achei que isso fosse só uma capricho dele, mas agora, agora eu não sei mais o que é. Ele disse que falou para o meu pai que isso era sério, que ele realmente queria namorar comigo. Se isso for verdade...

Fico em silencio durante o jantar, sinto as olhadas de canto do olho do meu pai para mim, ele não parece bravo ou estressado, parece mais normal do que eu achei que ele estaria nesse momento.

— Prim lava a louça, Taylor seca! — diz minha mãe tirando os pratos da mesa.

— Não pode deixar, eu e Prim fazemos isso, amanha você e Taylor! — eles se encaram por uns segundos e é como se tivessem uma conversa silenciosa. Então ela concorda e ela e Taylor sobem. Começo a lavar a louça torcendo para que ele não fale nada, e por alguns segundos esse sonho se realiza. — Então...

— Pai, por favor, podemos não falar sobre isso?

— Ele falou com você? Depois que falou comigo?

— Eu o vi saindo, mas ele não quis me dizer nada.

— Ele me pediu para não contar, e eu não vou, mas ele disse que te pediu a uma semana e que você vem dizendo não.

— Exato!

— Por quê? — eu o encaro.

— Está o apoiando? Pensei que pais surtassem quando as filhas arrumam um namorado, não que apoiassem o cara.

— Ele é meu afilhado, eu o conheço desde quando ele ainda era apenas um sonho na mente da Delly adolescente. Ele é um bom rapaz, vocês sempre se deram bem, nunca pensei na possibilidade de você com um deles, mas se você quer, se você gosta dele, e se quem sabe o motivo de você não ter aceitado seja por achar que nós não vamos aceitar, não pense assim, como eu disse ele é um bom rapaz e eu quero te ver feliz! Sua mãe também, seria bom contar a ela. Quer dizer quando você se decidir.

— Quando eu me decidir! — ele afirma e continua secando a louça— não vai mesmo me contar o que ele disse? — ele nega — nem o que você respondeu?

— Ele sempre foi muito brincalhão os dois são, com essa coisa de se fazerem passar um pelo outro, ele me contou algumas historias, quer dizer, a historia e vocês, e enquanto ele contava eu podia ver nos olhos dele que... não era mais uma brincadeira. Então ele não precisou dizer muito, mas o que eu respondi! Ai você terá que perguntar a ele. — ele coloca o pano de prato na pia beija minha bochecha e vai se deitar, e eu fico lá olhando a água cair no ultimo prato.

Eu vou dormir pensando em tudo isso, nunca pensei que eu seria o tipo de garota que namora cedo, não que 21 anos seja cedo demais para namorar, alguns diriam que é tarde. Eu sempre imaginei a garotinha que eu era antes dos 10 namorando, mas não a garota que eu sou agora, não me vejo andando de mãos dadas com alguém ou mesmo dando presentes nos aniversários, não me vejo sofrendo por uma crise de ciúmes, ou pelo fim de um relacionamento, claro que não colocaria uma flecha na cabeça da pessoa, mas acho que Nick tinha razão no baile. Eu tenho medo de sofrer as consequências do amor, mas ele disse que nem todas são ruins, e que eu não saberia se não tentasse, e eu disse que não tinha medo, e eu menti. Quantas vezes eu não tive que enxugar lagrimas de Soph quando algum menino terminava com ela, ou mesmo quando o Nick terminou com a Lya, ela estava mal e eu nunca quis isso, mas quando eu vi a cara do Nick hoje, algo mudou.

De manha eu acordo mais cedo do que gostaria, queria dizer que estou doente e ficar na cama o dia todo. Mas eu acho que ar vai me ajudar, então eu levanto coloco uma roupa e as botas e saio para a floresta, pego Precioso e fico andando pela floresta, não sei se estou caçando eu levanto o arco quando ouço algum barulho, mas não acerto nada, mas me ajuda a não pensar, não vejo as horas passarem só vejo o sol se mexendo. Devem ser quase dez horas quando eu vejo algo que atiça meu lado caçadora, o maior peru selvagem que eu já vi na minha vida! Preparo uma flecha de mira especial e miro, então ele me vê e corre lanço a flecha mas ela acerta uma moita.

— Mas que droga! — eu grito frustrada e vou atrás da minha flecha, olho em volta, nenhum sinal do peru tenho certeza que ele faria as pazes com Simon pela falta de mercadoria essa semana.

— A moita estava te irritando?

— você não vai parar de me seguir? — eu me viro para encarar Nick.

— Provavelmente não! O que eu preciso fazer para você aceitar? — eu viro para minha flecha e sorrio internamente, durante a caminhada eu já havia tomado uma decisão, mas eu quero ver até onde ele vai com isso.

— Não tem nada que você possa fazer. Nada!

— Só me responda, por que não?

— Por que sim?

— Porque eu gosto de você, porque você parece ser a pessoa certa para mim, porque nós somos amigos e nos conhecemos, porque... você quer que eu me ajoelhe? Eu me ajoelho! — ele se aproxima de mim e se ajoelha na minha frente eu sorrio mas tento me conter para não gargalhar com e cena. — Pronto eu estou ajoelhado pedindo, que se você gosta de mim pelo menos um pouco, aceite, que eu posso fazer com que você goste de mim tanto quanto eu gosto de você! — ela fala serio, com a mesma expressão que usou no dia anterior, com os olhos preocupados e cheios de verdade, e isso me faz sentir borboletas no estomago.

— Levanta Nick! — eu digo e me afasto dele alguns passos.

— Eu não acredito que você não goste de mim, não acredito, você pode até não querer dizer, mas eu sei que você gosta, um pouco pelo menos, se não você não teria me beijado e me deixado beijá-la de volta, todas aquelas vezes, não teria cedido aos meus pedidos. Soph me contou como você é com garotos, se você não gostasse pelo menos um pouco, não teria deixado nem que eu me aproximasse! — tenho que ter um papo com Soph sobre sigilo de amizade. — e eu sei que o que eu sinto por você não é só um gostar normal, o que eu sinto é mais do que isso e eu posso te mostrar! Eu posso te ensinar a gostar de mim, se é isso que você quer eu grito para todo mundo ouvir que eu até acho que te...

— Não diga isso! — eu o corto e jogo o arco no chão. — Não agora, por favor. — eu me viro para ele e tento fazer o seu sorriso malicioso. — Tudo bem!

— O quê?

— Se você quer tanto assim, ta bom, vamos namorar então!

— você está brincando comigo!

— Eu não brinco! Vamos ver quanto tempo você dura— eu corro até ele e me jogo em seu colo ele me pega e eu entrelaço minhas pernas em sua cintura e o beijo, ele está surpreso mas me beija de volta com a mesma intensidade. Ele anda até encostar minhas costas em uma árvore então nos beijamos por mais alguns minutos e quando nos separamos ele olha bem no fundo dos meus olhos.

— É serio mesmo? — eu seguro seu rosto e olho bem no fundo dos seus olhos castanhos e sinto que posso ver a sua alma.

— Eu nunca falei tão sério em minha vida. — ele olha para mim e sorri bobo.

— você é muito imprevisível, do nada você... — eu sorrio maliciosamente para mim e ele percebe. — você já tinha decidido! você estava brincando comigo! Ótimo começo de namoro!

— Para de reclamar!! — eu sorrio e o puxo para outro beijo, abro meus olhos por um nono segundo durante o beijo e então eu o vejo. O peru, solto o beijo de Nick e começo bem devagar a mexer a mão até a aljava em minhas costas.

— O qu...

— Shhh! Não se mexa e me segure. — eu digo bem baixinho, pego uma flecha a primeira que vejo miro em seu pescoço despreocupado e atiro a flecha passa zunindo pela orelha de Nick e o acerta caindo no chão.

— Isso é muito sinistro, não é algo que se faça no primeiro encontro de namorados!

— Acostume-se. — eu digo e volto ao que estávamos fazendo o peru não vai mais sair de lá, então ele pode esperar um pouco.

(...)

(entre os capítulos 10 e 12 de TayNip- Capítulos sobre o baile)

Nesse momento meus pais devem estar pegando o trem para a Capital, para a estúpida festa de comemoração de 30 anos após a revolução, depois do que aconteceu da ultima vez em que nossos pais me levaram para a capital eles nunca mais deixaram que fossemos a essas festas, e desde aquela vez eu também não quero aparecer por lá, tem vezes que aparecemos, quando é realmente muito necessário. Mas de resto eu quero distancia daquele lugar.

Passo o dia com Soph, ela tem reclamado bastante que desde que nós duas começamos a namorar não passávamos muito tempo juntas, o que é claro que é exagero dela, não achei que o namoro dela com o Jake iria durar, mas eles estão firmes e fortes, assim como eu e Nick, pois é quem diria, ele tinha razão, não são todas as experiências ruins dentro de um relacionamento. Estávamos sentadas em um banco conversando animadamente na praça quando alguém se senta ao meu lado, eu me viro e dou de cara com Nick.

— Oi! — ele diz e me beija rapidamente!

— Oi! — eu digo surpresa quando ele nos separa.

— Foi difícil de te achar! Procurei na floresta e na campina e quando estava indo até a sua casa ficar esperando com o Taylor que está entediado jogando vídeo game eu vi os cabelos negros e reconheci na hora.

— você não sabia que ela estaria comigo? — Soph pergunta.

— você realmente acha que ela me dá satisfação de para onde vai? — ele pergunta, eu concordo com a cabeça, eu realmente não dou.

— O que houve Nick?

— Bom. Nós combinamos de não comemorar meses, tudo bem, eu aceitei, mas nós não combinamos de não comemorar anos! Então a gente precisa comemorar!

— O quê? — eu pergunto confusa.

— Eu acordei tarde hoje e não estava com a menor vontade de levantar, então eu fiquei na cama pensando, e ai me lembrei de que hoje é o aniversário do fim da revolução, e como nós começamos basicamente no baile de fim da revolução então hoje seria nosso aniversário de 1 ano!

— Owwn! — Soph suspira atrás de mim — é o meu também com o Jake! Que amor! Como assim vocês não comemoram meses? — eu e Nick a encaramos e ela nos encara por alguns segundos. — Ah entendi tudo bem! Eu tenho que me arrumar mesmo, eu vou sair com o meu namorado em exatas três horas! Tenho que ficar bonita! Beijos amo vocês! — ela diz e sai.

— Então...

— Então o quê?

— Comemorar Prim!

— Sério? Nós não começamos a namorar exatamente na noite do baile!

— Mas nós ficamos pela primeira vez lá! É importante! — eu nego com a cabeça. — Para mim é! Às vezes eu acho que você não está animada com esse namoro! Comemorar de vez em quando iria ajudar a não passar essa informação.

— Ei, eu estou animada! Pergunte ao Taylor, de acordo com ele o meu humor melhorou depois que começamos a namorar! E guarde bem essas palavras porque eu nunca mais as direi na vida! — ele me encara com a carinha que ele sempre usa quando quer me convencer de algo.—é serio eu estou animada, só não vejo necessidade em comemorar, quer dizer o que nós iríamos fazer? Piquenique na floresta? Já fizemos, cinema, já fizemos, nós já fizemos de tudo! Iríamos repetir algo e colocar um rotulo de comemoração, se você simplesmente me chamasse para sair sem dizer que é em comemoração ao 1 ano, daria no mesmo!

— Então vamos fazer algo que nós nunca fizemos! Eu só não posso deixar essa data passar em branco! — eu o encaro enquanto ele me encara de volta com aqueles grandes olhos castanhos lindos, é verdade que Nick faz de tudo pelo nosso namoro, sempre concordou, obvio que com algumas barganhas, com os termos que eu colocava, como não ficar se agarrando em lugares públicos, nem de ficar dando presentes por nada, ou de comemorar aniversário de meses. Mas eu também tive que abrir algumas exceções, como o deixar ir a algumas das minhas caçadas, ou de sairmos juntos pelo menos três vezes por semana, o que acabou não acontecendo porque nós nos vemos basicamente todos os dias,ou ele está em minha casa ou eu na dele já que moramos a 64 passos, confesso que fui eu quem os contou, eu sei que eu posso não demonstrar muito meu afeto por ele, mas não quer dizer que eu não o sinta, eu realmente gosto dele, de verdade, eu me sinto melhor desde que começamos a namorar, todos dizem que eu estou melhor e isso me dá medo, e se um dia a gente acabar? O que restará de mim? Eu chego a achar que o que eu sinto por ele, vai além de apenas gostar...

— Tudo bem! então eu tenho uma ideia, eu cacei hoje de manha e meus pais não estão em casa, então eu vou cozinhar e você está sendo convidado! Meu irmão vai ao baile então não teremos problemas com velas! — ele sorri tão grande que me faz me sentir incrível!

— Perfeito! Então eu te vejo... que horas?

— Humm umas sete?

— Maravilhoso! — ele se levanta e se inclina sobre mim — estou prestes a quebrar uma de suas regras! Me desculpe! — eu sorrio então ele preenche o espaço entre nós me beijando calidamente. — Te vejo mais tarde!

Ele vai e eu fico sozinha no banco da praça sorrindo para mim mesmo o vendo sair de vista, sim eu realmente mais que gosto dele, então eu me levanto e vou até o Prego comprar as coisas que eu precisarei para mais tarde.

Quando chego a casa ela está vazia, Taylor já deve ter ido para a casa dos amigos se arrumar, ele disse que dormiria fora, então eu e Nick estaríamos completamente sozinhos, sinto as borboletas em meu estomago se agitarem, arrumo as coisas que estão espalhadas e começo a cozinhas o peru que eu havia caçado, faço mais algumas coisas e agradeço mentalmente ao meu pai por ter me ensinado a cozinhar.

Quando termino já são seis horas. Subo e tomo banho, não sei eu roupa colocar, não sei se ponho uma roupa que eu normalmente usaria para jantar ou uma roupa de encontro, então eu olho para o meu armário e encontro o vestido azul que eu usei no baile e parece perfeito, prendo meu cabelo em um rabo de cavalo mas não ponho sapatos, uma dos coisas que mais gosto de fazer é andar descalça, então eu ouço uma batida na porta e desço, quando eu abro lá está ele, com a calça jeans e o blazer que ele usou no baile! Ele sorri.

— Parece que tivemos a mesma ideia. Já que você ia fazer o jantar!—ele mostra um pote de sorvete.

— Sobremesa perfeita!

— você está perfeita! Como sempre! — ele entra me puxa pela cintura e me beija intenso e lentamente.

— O jantar vai esfriar! — eu digo arfando me afastando dele.

O jantar foi incrível nós comemos na mesa de centro da sala sentados no chão lado a lado, conversamos e rimos, nos beijamos e nos divertimos, depois ele me ajuda a lavar a louça e acaba me molhando mais do que os pratos.

— Olha só o meu estado Nickolas! — eu digo quando ele finalmente desliga a torneira.

— Eu disse que eu era melhor em secar.

— Eu não achei que fosse sério, quer dizer, quem não sabe lavar louça.

— Eu não disse que não sabia, só que não era bom! Eu também não estou muito seco.

— você fez de propósito! Me molhou mais do que a si mesmo! — ele apenas ri. — eu vou colocar uma roupa seca, quer uma camisa do meu pai?

— Não precisa! — eu subo e fecho a porto do meu quarto, coloco uma roupa que eu geralmente uso para ficar em casa, um shorts e uma blusa mais cumprida que o shorts e solto meu cabelo. Quando eu desço Nick esta sentado no sofá da sala, sinto seus olhos em minhas pernas por alguns segundos, mas logo ele desvia, o que me deixa mais confortável, eu me sento ao seu lado e ele passa os braços por cima dos meus ombros, eu aproveito e me encosto sob seu peito. Então esse é o famoso livro? — ele se estica e pega o livro que geralmente fica em cima da mesa de centro.

— Exatamente. O guia de sobrevivência Everdeen Mellark! — ele passeia pelas folhas e me pergunta coisas.

— Para que serve essa planta estranha?

— Taylor tem mais facilidade com a parte medicinal do que eu, eu sou mais a pratica.

— Falando nele, ele falou que horas chegaria?

— Ele vai dormir na casa do Enzo! — ele apenas afirma com a cabeça.—então, o que você quer fazer.

— Eu não sei, talvez ver algum filme, ou algo do gênero.

— Eu tenho alguns filmes legais no meu quarto, eu vou pegar!

— eu vou ao banheiro! — nós dois subimos e cada um vai para o seu lado, é muito normal saber se mexer nas casas da vila, já que todos foram construídas com a mesma planta das antigas casas dos vitoriosos. Procuro entre os meus filmes algum que ele vá querer ver.

— Pensei que seu quarto seria preto! — Diz Nick entrando em meu quarto, sinto meu rosto corar, Soph foi a única outra pessoa que já viu meu quarto além dos meus familiares, esse cômodo é uma coisa bem intima de cada um.

— Por quê? — eu pergunto olhando para meus pés. Meu quarto é basicamente branco, tenho um tapete felpudo azul do lado que eu durmo da cama e minha colcha também é azul, tirando isso todo o resto é branco. Ele meche nos enfeites do minha cômoda e da penteadeira e olha o quarto como se estivesse em um museu.

— Não sei, simplesmente achei que ele seria preto com flechas penduradas na parede.

— Basicamente todas as minhas armas estão na floresta, por que eu as penduraria na parede?

— Não sei, foi uma conclusão precipitada. — ele se senta em minha cama e me encara. — nem acredito que já faz um ano, parece que foi ontem que você disse que veria quanto tempo eu durava! Então como eu estou indo?

— Para o primeiro até que bem! — eu digo sorrindo e sento ao seu lado, ele segura minha mão.

— Eu sabia que você mudaria tudo em minha vida. Foi só a gente começar a namorar que eu decidi o que iria fazer do resto da minha vida.

— Como vai a preparação do doutor Nickolas? — ele sorri, ele sempre sorri quando eu o chamo assim, no dia seguinte que começamos a namorar eu fui almoçar na casa dele e Delly pediu que fossemos levar a marmita de Elliort, e quando chegamos lá um pediatra estava fazendo exame em algumas crianças com sinais de catapora e ele estava fazendo palhaçada para elas rirem e se sentirem melhores e esquecerem da ardência e da coceira, e não só as crianças, mas como os pacientes em espera e os funcionários estavam adorando, então Nick se virou para mim e disse “ eu acho que eu já sei o que eu farei quando me formar” então ele pegou um formulário e se inscreveu no curso preparatório de médicos, na área pediátrica, Elliort ficou mais feliz que qualquer pessoa no mundo.

— Puxado, mas as crianças me adoram modéstia parte, tem uma menininha que disse que vai casar comigo quando crescer. — nós rimos.

— Tenho uma candidata forte então.

— Não, amo aquelas crianças, mas você é única! — ele me diz sorrindo, eu reviro os olhos para ele. — nesse ultimo ano eu sempre pensei em como eu queria que você tivesse sido minha primeira namorada! — ele me encara e eu me sinto corar, eu olho para nossas mãos unidas, então com a outra mão ele puxa meu queixo para que eu olhe em seus olhos. — De verdade, eu queria esquecer que um dia a Lya existiu! Eu gosto muito de você, muito mesmo, mais do que eu gostava dela, e mais do que eu achei que fosse possível gostar de alguém. — normalmente eu tenho vergonha de falar o que eu sinto. Mas com ele, parece que isso some.

— Eu fico feliz por ter esperado por você!

— Eu queria poder dizer o mesmo!

— Nós estamos aqui agora, isso que importa! — ele puxa meu queixo e me beija profundamente. Então ele tira a mão do meu rosto e pega alguma coisa em seu bolso, eu abro meu olhos e ele está com uma pequena caixinha de presente embrulhada com papel de caderno, eu sorrio.

— Desculpe pelo embrulho, eu tive que improvisar.

— Achei que tivéssemos combinado de não dar presentes por nada.

— É nosso aniversário, não nada! E abra a caixa, é meio que para nós dois! — eu sorrio e solto sua mão para desembrulhar a caixinha, quando a abro, tem uma caixinha de camurça dentro, eu olho para ele, e ele indica com a cabeça, eu a abro, dentro eu vejo duas alianças prateadas uma com duas pedrinhas, e outra com duas concavidades, para uma completar a outra. Eu fico boquiaberta. — essa foi a aliança que meu pai deu a minha mãe quando eles começaram a namorar! Como você sabe Kevin ficou com a de casamento, mas o que eu não disse é que eu tinha ficado com a de namoro. — Kevin foi bem radical, ele se inscreveu para ser soldado, e os soldados tem que passar um tempo no 2 para o treinamento, mas ele não queria deixar a Mytii, mas ele queria muito proteger o país então ele a pediu em casamento, e foi para o 2 com a promessa de voltar em um ano para o casamento deles! Eu não sei o que dizer, ainda estou boquiaberta, eu não esperava por essa. — eu já as tinha quando eu estava namorando com a Lya, mas eu não achava que ela fosse a pessoa certa para usar essa aliança, mas quando nós começamos, eu queria te dar isso quando fizemos um mês de namoro, mas isso iria completamente contra a sua regra e, talvez você achasse cedo demais, bom agora nós estamos com um ano, e você ainda pode dizer que é cedo demais, e não aceitar, eu só queria que você soubesse, que não importa que você não tenha sido a minha primeira, eu estou disposto a fazer de você a minha ultima! — eu o encaro, sinto meus olhos lacrimejarem, essa é a minha parte Mellark gritando. Eu pego a aliança maior a com os dois buracos e pego sua mão e a coloco em seu dedo, sua mão está tremendo, ou é a minha? Não sei dizer, talvez sejam as duas. Ele sorri tanto enquanto eu coloco sua aliança que me dá vontade de sorrir também e dizer tudo o que eu sinto.

— Quando você disse que eu tinha medo, você estava certo, mas desde que começamos a namorar eu não tenho mais, eu tenho medo de gostar tanto de você que se algo acabar nos separando, não sobre mais um eu para contar historia, mas eu não me importo, eu vou correr o risco, para você ser o meu primeiro e único! — seu sorriso aumenta e ele pega minha aliança na caixa e coloca em meu dedo, ela se encaixa perfeitamente, é leve, mas consigo sentir sua presença, ela se prende a mim e tenho certeza que não importa quando flechas eu atire, ela ainda estará ali. Eu sorrio para minha mão. — Coube direitinho.

— Pois é, tive uma ajudinha com isso! Não mate se irmão quando descobrir que ele pegou um dos únicas anéis que você usa. — ele diz tirando outro anel do bolso, um que meu pai me deu quando fiz 16 anos de prata com uma flecha desenhada. Eu sorrio e ponho o anel no dedo da outra mão, tenho vontade de abraçar meu irmão não de matá-lo. — Agora é uma boa hora para finalmente falar aquilo que você não me deixou dizer quando você aceitou namorar comigo? — eu sorrio.

— Talvez!

— Primrose. Eu te amo!

— Talvez eu te ame também! — ele ri e revira os olhos.

— você é inacreditável! — ele diz cutucando minha barriga. Eu rio seguro seu rosto com as duas mãos e olho profundamente em seus olhos.

— Nickolas. Eu te amo! — e eu tenho certeza que essa foi a coisa mais sincera que eu já disse em minha vida.

Vejo um brilho em seus olhos que chega a dar orgulho saber que eu que o causei, ele me empurra de leve e eu caio deitada na cama e ele me beija, e sinto cada gota de verdade no que acabamos de dizer, nos beijamos por muitos minutos e quando não conseguimos mais respirar ele beija meu queixo e meu pescoço até chegar no inicio do decote na minha blusa, ele olho no fundo dos meus olhos e vejo o desejo neles, pego a barra de sua camisa e a puxo por sua cabeça, ele me ajuda e eu taco sua camisa no chão, passo a mão por seu peito e abdômen, e sei que há desejo em meus olhos também, com certa relutância ele passa a mão por dentro de minha blusa segurando minha cintura, então eu me levanto um pouco e a puxo pela cabeça de uma vez. Não é como se eu tivesse esperado por isso e colocado uma lingerie bonita, mas ele me olha com tanta ternura que me sinto a mulher mais bonita do mundo, e agora eu tenho mais certeza ainda do que eu estou fazendo.

— você tem cer...

— Sim! — eu o interrompo e puxo seu pescoço para mais um beijo.

O resto da noite e seguido de muitos toques sentimentos e comprovações do que acabamos de dizer um para o outro. E quando tudo acaba, ficamos conversando deitados na cama, de lado um olhando para o outro até adormecermos. E no meio do sono eu ouço um barulho da cozinha, eu vou lá ver, mas não importa o que seja, nada vai acabar com o magia dessa noite.

(...)

(Junto com a atualidade de TayNip no capitulo 36)

Depois da conversa que tive com Taylor tudo parecia claro em minha mente e me sinto uma idiota por ter surtado. Mas quando eu vi aquele bebê desenhado, quando eu percebi minhas características com as do Nick imaginei como seria ser mãe, e eu surtei por achar que talvez eu fosse, e que eu não estava pronta, e eu fiz um teste, eu não acredito que eu fiz um teste porque meu pai pintou um quadro. Eu me apavorei, todos vieram falar comigo, mas foi só quando o meu irmão me disse que pareceu mais... normal, eu não queria contar porque farão dois anos que estamos namorando, já dissemos que queríamos ser um casal por um longo tempo, mas isso pareceu ser longo demais, eu nunca imaginei terminar com ele, mas ter um filo seria bem... diferente, e na hora eu achei que seria agora então eu tenho meu motivos, sento no primeiro degrau da varanda de sua casa, não toco a campainha porque sei que ele não está lá, ele chegará do hospital a qualquer momento com o pai dele. Fico pensando em como contar isso, é só uma historia, mas eu tenho o evitado a semana toda, ele vai pensar o mesmo que eu e Taylor. Penso em mil maneiras de começar a falar para que ele não pense isso. Penso até em começar já dizendo “ eu não estou grávida” mas contando que ele chegará com o pai, não seria uma boa. Então eu os ouço se aproximando,ouço o som da risada dele e só então percebo o quanto eu estava com saudades desse som. Ele só percebe minha presença quando chega próximo a casa, ele está com o jaleco por cima da roupa , onde se vê escrito ao lado do peito esquerdo “APRENDIZ DE PEDIATRIA” . Ele para de andar e me encara. Eu me levanto.

— Oi! — eu digo encabulada.

— Oi! — ele responde.

— Eu vou deixar vocês conversarem! — diz Elliort que passo por nós e entra, ele deve ter percebido que não temos nos falado muito. Nick se aproxima de mim devagar.

— Nós... eu tenho que te falar uma coi...

— você quer terminar não é? — ele diz com a voz falhando e com tristeza estampada em seus olhos.

— O quê? Não! eu... — ele suspira aliviado e anda rápido até mim e me abraça, eu o abraço de volta.

— Desculpe, eu... a gente não...você...

— Nick desculpa ter sumido, é que...

— Aconteceu alguma coisa! Me conta. Pode falar de uma vez! — ele se senta no mesmo degrau em que eu estava e eu me sento ao lado dele, ele pega minha mão e eu entrelaço meus dedos nos dele.

— você lembra a historia do quadro da campina? O que está na sala da minha casa? — ele afirma. — Bem, meu pai desenhou algo semana passada, algo não, alguém, um bebê, minha mãe viu e percebeu feições dela no bebê e achou que fosse meu pai prevendo outro filho, mas ai eu vi o quadro, e percebi que não eram as feições da minha mãe e do meu pai! Eram as nossas! — ele começa a se manifestar, vejo em seus olhos que está pensando aquilo, então eu já o corto. — Não, eu não estou grávida. — ele não suspira aliviado, como eu achei que faria, ele permanece neutro, como se não gostasse da ideia, mas também não a odiasse. — eu também achei, mas eu não estou, eu tive uma pequena crise, eu achei que pudesse estar acontecendo ou acontecer em breve e eu não estar preparada, ou você não estar. Quando eu vi aquele rosto eu pensei tanto coisa que alguma coisa dentro de mim desmoronou, e eu te evitei porque eu não sei dizer que está tudo bem quando não está, e eu não sabia o que estava acontecendo comigo eu não sabia se eu devia te contar ou não, nem o que você ia pensar, ou o que iria acontecer, eu tive medo, e eu não queria que você achasse que eu estou olhando demais para o futuro.

— O que te fez mudar de ideia e me contar?

— Meu irmão, nós tivemos uma conversa produtiva!

— você dando ouvidos a um garoto de 15 anos! Quem diria! — eu rio e o empurro com os ombros ele sorri. — o que você achou que eu faria.

— Eu não fazia a menor ideia por isso que eu não te contei.

— Prim, quando eu te dei isso — ele diz apontando para nossas alianças, que eu não tirei nenhuma vez desde quando ele me deu, mesmo nesses dias. — eu te disse que eu queria que você fosse minha ultima. Obvio que eu imaginei o futuro, quando nós casaríamos e formaríamos a nossa família, não te acharia boba ou adiantada por pensar nisso, e se você estivesse grávida, talvez fosse cedo, mas ainda assim seria parte disso. Eu te amo! Continuaria te amando. E continuarei te amando, não importa que seu pai tenha previsto nosso futuro filho. — eu rio. E o puxo para um beijo, Taylor tinha razão, e essa é a primeira e única vez que eu direi isso.

— Eu te amo! — eu digo quando o solto.

— Quando você não deu noticias e sumiu, eu pensei que tivesse alguma coisa errada, que talvez você tivesse conhecido alguém e estivesse me evitando para ver se gostava dessa pessoa, então eu te dei espaço. Me doeu o coração, a próxima vez que seu pai desenhar nosso futuro, me conta, para eu não pensar que você irá me trocar! — eu rio com a sua versão. — Como ele era? O bebê?

— Cabelos negros, olhos castanhos, meu nariz, seu formato de rosto, um menino, que ama a padaria. — ele sorri olhando para o vazio, provavelmente o imaginando.

— Será que seu pai irá acertar de novo?

— você quer?

— Na hora certa sim! você quer? — Eu penso por alguns segundos.

— Depois de tudo o que aconteceu essa semana...Na hora certa sim! — ele me encara e sorri, e me beija de leve. — você quer ver?

— O quadro? — eu afirmo — Eu posso?

— É o seu futuro filho! — ele ri, eu me levanto e lhe estendo a mão, ele a segura e se levanta.

— O seu também! — eu sorrio e nós vamos até o porão de minha casa, Nick pede ao meu pai uma copia do quadro, e eu fico feliz em ver sua reação com tudo isso. Agora mais do antes eu me sinto estúpida pela minha primeira reação, e desejo que um dia, meu pai esteja certo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e não se preocupem, vocês ainda terão uma palinha desse casal no epilogo!
que é o proximo buaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
vai saber o quanto eu não vou enrolar para escrever o capitulo final que já está pronto em minha cabeça, mas eu não quero escrever pq se eu escrever vai acabar, mas eu vou, talvez não hoje nem amanha, nem semana que vem ou na proxima, mas eu escreverei! e espero não desapontar vocês
beijos até em breve