Entre Mundos escrita por MakaSama


Capítulo 8
Perdida


Notas iniciais do capítulo

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Não demora muito e ela desaparece entre as árvores, Ela anda bastante e ás vezes tem a impressão que está andando em círculos, Layla começa a lembrar que quando havia saído do incêndio era de noite, quando acordou na sala de Henrik, já era de manhã, quando encontrou Merlyn era de tarde, umas duas horas da tarde, e agora eram quase quatro horas, devido ao sol.

Ela encontra um pequeno espaço entre várias árvores, Layla decide parar ali já que ainda não tinha achado nada que pudesse ajudá-la a sair de lá.

Ela tinha em sua bolsa um kit de sobrevivência não muito bom, mas até ajudava, ela pega de sua bolsa um isqueiro, e depois sobe em uma árvore e quebra alguns galhos, depois ela junta todos os galhos e faz uma pequena fogueira, grande o bastante para aquecê-la e pequena o bastante para não chamar atenção, e para protegê-la dos bichos. Devido ao cansaço, Layla mal sentiu fome, só arrumou um pouco a bolsa, retirou alguns panos de dentro, colocou debaixo da cabeça e dormiu.

Depois de algumas horas de sono, já era quase de noite, mas ela percebe que era como se o sol não chegasse onde ela estava. Layla acorda com um uivo, um uivo que está bem distante, mas que não deixa de ser assustador. De repente outro barulho, alguém chama por Layla desesperadamente.

— LAYLAA!!! LAYLA!!! VOCÊ TEM QUE SAIR DAQUI!!! OS LOBOS ESTÃO VINDO E VOCÊ NÃO PODERÁ ENFRENTÁ-LOS SOZINHA!!—

—Posso sim — Layla sussurra

Os uivos e os gritos do homem estão ficando muito próximos e eles vêm em direção contrária, então ela rapidamente arruma sua bolsa e sai correndo em direção aos uivos, pois ela não podia ir em direção á voz do homem, que agora que ela para pra pensar, aquela voz era conhecida, parecia a voz de Merlyn, mas mesmo assim ela não poderia falar com ele ,por que ele iria ajudá-los a mandá-la de volta para aquela prisão. Os uivos cessam e os gritos também, com isso ela diminui o passo.

— O que será que aconteceu? — Ela sussurra, e não demora muito para ouvir um grito de aparente raiva de Merlyn e um cachorro grunhindo, com certeza eles deveriam estar lutando.

Um grito, as coisas pareciam ter ficado ruins para ele.

“Eu devo ajudá-lo? Ou não devo?.....Ta,Ta já estou indo!” Era isso que se passava pela cabeça de Layla.

Layla corre em direção aos gritos e uivos, quando ela já está bem próxima, encontra um lobo caído no chão sangrando muito, ele está se contorcendo, ela para um pouco pra olhá-lo, mas sai logo, alguns passos depois ela encontra Merlyn de pé, mas quase caindo, totalmente ensanguentado de frente para quatro lobos também cheio de cortes, e com os dentes sujos de sangue.

— Se eu não morrer agora, eu juro que te mato Layla, você mentiu pra mim não foi?—

— Deixa de reclamar e fica quieto, peraí! Como você sabe meu nome? — Layla olha estranho

— Você é conhecida querida, mas um aviso se você quiser mesmo fugir as pessoas não podem te ver ou então você não pode chamar atenção —

—Ah, deixa isso pra lá, mas a propósito como você fez para usar aquele poder? —

— Isso não é coisa pra você, precisa de muita concentração e treino, você precisa saber controlar seu poder não só tê-lo e ficar se mostrando por aí —

Layla perde a paciência ela tenta ir pra cima de um deles, ela desvia de um ataque e chuta a cabeça do animal que cai longe batendo numa árvore, os outros dois voam em cima dela, um ela esquiva novamente dá um chute alto fazendo-o levantar no ar, pula e o acerta com o cotovelo na cabeça dele, o outro consegue atacá-la, ele faz um ataque rápido para mordê-la no pescoço e rapidamente dilacerá-la, mas Layla coloca o braço na frente, para diminuir o risco.

“Por que será que estou tão forte?.. Eu nunca sequer peguei em uma arma?...será que isso tem haver com...? O irmão de Jonh?...o sangue dele fez isso comigo?...” Layla indagava-se enquanto lutava

O animal morde o braço dela com toda a sua força, fazendo - a sangrar bastante e acabou arrancando um belo pedaço da carne dela, mas Layla aproveitou a atenção do animal focada em arrancar seu braço e aproveitou para acertar a cabeça do lobo, ela apertou o pescoço do monstro de uma forma que não sabia que era capaz, alguns segundos depois a força dele no braço de Layla diminuía e ele cai para o lado,morto.

— Maldição!!! O desgraçado quase arrancou meu braço!! Ai,ai! droga isso ta doendo muito!! — Layla reclamava.

— Vai de novo, enfia teu braço na boca de um lobo, está achando pouco? Enfia a cabeça!! hahahaha — Merlyn falava em tom sarcástico

— Vaso ruim não quebra filho, não quebra!! — Layla rebate

Layla já estava quase se esquecendo do último lobo, que para seu azar era o mais forte, os olhos vermelhos do animal encaravam Layla cheios de fúria.

— Nós fomos vitimas de uma maldição... — O lobo fala em voz grave

— Ah! O que??!! Você fala?! Você não devia falar... Devia? — Ela muda totalmente de expressão, de dor e raiva, para surpresa e medo.

— Você é Layla? Você é realmente Layla? A portadora do poder dos guardiões? A nova guardiã? — Ele fala novamente e movimenta sua boca exagerada propositalmente, para mostrar seus dentes afiados.

— Sou Layla, mas não sei nada desses guardiões —

— Você tem asas não tem? — O animal e Merlyn perguntam ao mesmo tempo

— Não....Não tenho — Layla fala quase em um sussurro

— Você está mentindo... Ótimo é você mesmo que tenho que matar... — O animal corre a toda velocidade — PARA ME CURAR DA MALDIÇÃO!!!! — O lobo dá um salto e vai atacar Layla, ele cai em cima dela, mas dessa vez ela não é rápida o bastante para colocar seu braço para se defender, com isso ele vai direto ao pescoço dela, mas devido a sua última tentativa de desviar, ele cravou os dentes em seu ombro, a mordida foi muito forte, era como se a fúria de anos viessem á tona, Layla se contorce e faz muita força para tirar o lobo de cima dela.

Por um instante o animal diminui a força, são alguns segundos para Layla se sair, antes que o bicho dê a próxima mordida que pode ser fatal. Ela poderia ter usado suas últimas forças para empurrar o animal, mas em vez disso ela tenta estrangula-lo.

“Trick”

Seus ossos estralam ..era como se sua energia estivesse esgotado e seu corpo estivesse fraquejando.

“Me ferrei, Adeus mundo cruel, dessa vez eu já era!” Esses foram os confiantes pensamentos de Layla

— HAHA Eu sabia que uma hora essa força toda ia acabar — Pausa — Terei que ir mundo humano novamente... ­— Ele sussurra

Tentando esconder o desespero, Layla fala com cara séria — Reclame menos, aja mais —

Os segundos passam, o lobo vai dar sua última mordida, até que em um ato inesperado, Merlyn se joga em cima do animal e assim que ele o agarra, Layla rola um pouco para o lado, e desvia do próximo ataque, Merlyn cai sobre o animal.

Agora é uma questão de força e resistência, pois o bicho não estava nem um pouco machucado, mas Merlyn já estava bastante ferido. Então usando suas últimas forças, ele segura o pescoço do animal, e posiciona sua outra mão em frente a cara do bicho, que com medo ele começa a se contorcer, pois um poder negro começa a surgir envolvendo a mão de Merlyn, e vai crescendo e ficando mais intenso, até que uma grande esfera negra se forma em sua mão

— É melhor...urgh...você....se afastar, não quero que você morra assim, pois EU que vou te matar, Layla — Aquele poder estava consumindo-o, suas palavras mal saíam

No golpe final, Merlyn empurra a sua mão na boca do animal, o poder preenche aquela boca cheia de dentes ensanguentados.

—AAAAAA!!!!! — O animal grita, seu grito é grave e gutural, ensurdecem todos e ecoam por toda a floresta, alguns pássaros voam para longe dali, e o barulho acorda algumas criaturas da floresta.

Naquela hora parece que o tempo pára pra Layla, ela vê aquela cena, ela está de frente para um homem sinistro que tem poderes, poderes malignos, e que vai matar um lobo que fala, ele provavelmente era um humano, até ser vitima de uma maldição, só que foi dada a ordem de matar Layla para que ele se livrasse da maldição, mas por quê? Por que aquilo estava acontecendo com ela? Ela não havia machucado ninguém até conhecer Jonh, sua vida normal só continuou por três dias, e tudo foi destruído, o futuro que ela havia escolhido, e em tão pouco tempo foi quebrado, naquela hora a ficha de Layla caiu, pois no tempo que havia passado ela agia como se já estivesse entendido tudo, mas ela não havia realmente entendido, ainda não tinha acreditado, seu coração voltou a realidade, pois em todo aquele tempo ela agia mentalmente, sem pensar em sentimentos.

O tempo se move novamente para ela, o que estava acontecendo naquele momento voltava á tona, Merlyn está com a esfera de um negro poder na boca do animal, então em um último esforço ele explode o poder na boca do lobo, a explosão causa uma luz muito forte que estranhamente é branca, a luz continua por alguns segundos, e é intenso o bastante para fazer Layla fechar os olhos, um pouco de sangue respinga nela, mas já não faz tanta diferença, pois ela tinha um ferimento no braço, e no ombro, que a haviam banhado de sangue e doíam muito.

A luz vai diminuindo, diminuindo... Quando Layla finalmente abre os olhos, ela vê Merlyn caído em baixo de uma árvore e o Lobo com a cara esfacelada, há sangue por todos os lados, devido às feridas e aquela explosão que destruiu a cabeça do animal. Layla vai até Merlyn, ele está desacordado “O que eu devo fazer? Eu não posso voltar pra lá....droga..droga...mas se eu não voltar, ele e eu iremos morrer...nossa...acho que já perdi muito sangue...tenho que levá-lo a tempo, pois não vou aguentar muito” é isso que se passa na cabeça de Layla, então ela pega Merlyn com um pouco de dificuldade, e o coloca nas costas,

— Você é bem pesado para um cara magrinho — As palavras dela mal saem

Alguns minutos depois...

— Irmão!! —

— Merlyn!! —

Duas vozes muito longe, uma de criança e a outra de um rapaz, Layla reconhecia as vozes....Melissa e Lee estavam procurando por Merlyn, mas eles não sabiam que ele estava com Layla, “Ótimo!, mas por que logo Lee?”.

Layla anda mais um pouco e quando ela sabe que eles estão bem próximos, deixa o corpo perto de uma árvore e sai, sai correndo com todas as suas forças, e fazendo de tudo para não a ouvirem, quando já está longe o bastante, ela pára e senta embaixo de uma árvore, a sorte foi que perto do corpo de Merlyn e nos 20 metros seguintes não havia uma gota de sangue sequer, só depois que ela começou a deixar rastros com seu sangue, “Droga.....eu não aguento mais, até minha bolsa tá pesando... ”.

Seu ferimento agora sangrava muito, mais do que na hora da mordida, mesmo muito cansada, ela pega um pano em sua bolsa, rasga um pedaço e enrola no seu braço, ela limpa o sangue de seu ombro, e também o enfaixa, ela procura a árvore mais próxima e se senta.

Layla procura um chocolate que havia colocado na bolsa, estava com muita fome, agora seu corpo estava suado, mas totalmente frio, sim ela suava muito frio, e a dor só aumentava, sua visão estava começando a ficar contorcida novamente, ela já não aguentava mais, depois de um tempo sentindo dor, ela dorme.

Algumas horas depois, ela acorda com uma chuva forte e o barulho de trovões, ela rapidamente olha a sua bolsa, por sorte não havia se molhado, Layla estava embaixo de uma árvore muito grande, então ela também não estava se molhando muito, apenas alguns respingos caíam sobre ela. Está muito frio, nem seus cobertores conseguem aquecê-la, com isso ela demora a dormir, ela fica acordada, morrendo de frio e apreciando a chuva.[1]

Algum tempo passa, os trovões parecem ficar cada vez mais fortes, e aquela tempestade faz com que Layla tenha lembranças, ela pega seu notebook, e vai ouvir um pouco de música, ouvir rock sempre a ajudava a pensar e a relaxar, ela começa a lembrar, vários flashes passam pela sua cabeça, memórias boas e ruins, mas não deixavam de ser memórias, mas aquilo tudo, por obra do destino tinha sido deixado pra trás e com certeza ela nunca iria esquecer da sua “antiga vida”, mas isso era uma coisa pequena comparado ao fato de que Layla tinha perdido sua família, toda ela em uma única noite, ela não tinha mais sequer um lugar pra dormir, tanto que naquela hora, ela estava embaixo de uma árvore, que fica sabe-se lá em que país, cidade ou estado.

Seu pai era a única pessoa que lhe restava, e provavelmente a culpa daquilo tudo foi dele, levando em conta o que Jonh disse o que devido ás circunstâncias provavelmente era verdade, se fosse mentira ela não teria visto seus parentes morrerem, e ainda mais saírem asas de suas costas, ela estava mais forte, mais rápida, parece que tinha super-poderes, mas que no final não era nada parecido com os filmes, pois ela não entendia muito daquilo e também mal acreditava.

A chuva finalmente diminui, Layla desliga seu computador, guarda em sua bolsa, tenta voltar a dormir, antes ela olha à hora e acha estranha, o relógio e a data não param de mudar, onde ela estava para deixar aquela máquina super tecnológica tão maluca assim? Layla deixa as preocupações para depois e tenta voltar a dormir.

Depois de algumas horas de sono normal, Layla tem um sonho, ela está em uma floresta novamente, mas ela percebe que é outra pessoa, ela anda pela floresta e a conhece como a palma de sua mão, vários animais chegam perto e não a atacam, ela os acaricia e eles não fazem absolutamente nada.

Ela continua andando reto inclusive passa pelo lugar onde estava dormindo fora do sonho, ela continua reto em direção ao lugar onde Jonh e os outros ficam, mas quando chega lá não há nada do que havia antes, não existem os prédios, nem o laboratório, apenas o casarão de Merlyn, e o castelo ao longe, de repente uma criatura que Layla só tinha visto em filmes, e nos vitrais da mansão que ficava ao lado do casarão de Merlyn, aparece em sua frente,era um elfo, corpo bonito e visivelmente ágil, roupas de um guerreiro, mas um do tipo selvagem.

Ele tinha uma cor meio bege, não como a cor da pele de humanos, orelhas grandes e pontudas, com duas argolinhas em uma delas, ele vestia uma blusa verde por dentro, e um tipo de casaco marrom feito de um tecido muito fino que Layla nunca tinha visto antes, ele também vestia uma calça escura do mesmo tecido do “casaco”, mas parecia ser mais resistente, na sua calça havia uma pequena tira que segurava sua grande espada, que era muito brilhante e afiada e ainda havia algumas inscrições nela.

— Senhor, por favor, a situação piorou você tem que nos ajudar, o rei mandou vários de seus homens nos atacarem, eles quase incendiaram toda a vila e mataram muitos, por favor, nos ajude ou nós seremos aniquilados!!—

— Onde eles estão? — O corpo que Layla estava, agia sem seus comandos, era como se ela só estivesse assistindo.

— Na vila, vamos! —

— Espere! — O homem corre até a casa de Merlyn que ficava á alguns metros dali, ele bate na porta, rapidamente uma pessoa vem atender.

— Olá!! O que o traz até aqui? — Uma mulher aparece na porta e atrás dela está uma garotinha, Layla a reconhece, é Melissa, quando tinha 3 anos e provavelmente sua mãe, ela tem cabelos castanhos,volumosos e lisos,com algumas mechas brancas, ela é muito bonita, mas não parece com Merlyn e Melissa, pois seus olhos são castanhos muito claros, quase cor de mel, mas tem um tom avermelhado, sua boca é a única parte que seus filhos puxaram, o lábio superior pequeno, e o inferior carnudo, seu nariz é afilado e pequeno, ela usa um casaco cinza enorme, uma blusa branca que deixa um pouco de sua barriga á mostra, e uma calça meio apertada e rasgada que parece com uma calça jeans, mas o tecido é diferente, ela também usa luvas pretas, isso mostrava um pouco da personalidade dela, que aparentava muito maternal mas ao mesmo tempo de uma guerreira, que sempre está procurando uma aventura.

— Preciso de sua ajuda, o rei está atacando o clã dos elfos, acho que é um tipo de chantagem para que faça o que ele quer —

— Filha, vá chamar seu pai rápido! —

Alguns segundos depois, um adolescente e um homem vêm á porta, era Merlyn e seu pai, seu pai tinha longos cabelos negros e lisos, ele vestia uma blusa preta sem mangas, com botões, parecia a roupa de dentro que completava ternos de pessoas ricas da época de mais ou menos 1890, barões, homens de negócios. Por dentro havia outra blusa preta com mangas longas, ele também usava uma calça preta e um sapato social, ele definitivamente era um homem muito bonito, tinha uma postura séria, mas ele parecia ser muito forte física e mentalmente, Layla agora sabia a quem Melissa e Merlyn tinham puxado, pois eles eram muito parecidos. Merlyn estava ao seu lado, ele era loiro, isso era estranho, mas fora isso continuava o mesmo a não ser pelo fato de que estava muito magro, e parecia muito mais sorridente do que aquele cara mal humorado que Layla conheceu, ele aparentava uns 15 anos.

— O que aconteceu? —

— Aquele maldito está nos chantageando de novo, e dessa vez ele está usando o clã élfico. —

— Senhor, o que você pretende fazer? —

—Defender o clã é claro, por isso eu vim pedir a sua ajuda —

O pai de Merlyn deu um sorriso, isso foi estranho, pois Layla não esperava essa reação dele.

— Filho! Pegue minha melhor espada — A voz dele soou grave e ele parecia muito empolgado.

— Certo — Merlyn corre, enquanto isso a mãe dele coloca Melissa para dentro, e pela demora provavelmente a colocou em um lugar seguro, depois os três voltam.

O Pai de Merlyn com uma espada enorme, sua Mãe com vários frascos contendo líquidos de várias cores diferentes presos a um cinto, e Merlyn tinha um arco, e várias flechas, em um tipo de bolsa de couro, em formato cilíndrico em suas costas guardando as flechas, e ainda uma espada média dentro de uma bainha, pendurada em sua calça.

— Prontos? — O elfo que acompanhava o “corpo” de Layla fala.

Tudo fica escuro e Layla acorda de repente, ela sente uma dor terrível em suas costas, suas veias pulsam,pulsam, junto com as batidas aceleradas de seu coração,sua vista começa a girar, ela está tonta.

— Droga.....droga.... ­­— Ela tenta ficar calma, e se controlar, pois aquele poder que crescia intensamente em suas veias naquele momento, poderia tomar conta dela, e controlá-la, suas veias do braço começam a doer, elas ficam dilatadas e visivelmente pulsantes, Não demora muito e Layla começa a vomitar sangue, ela não sabia se era por que ela não tinha nada no estomago, ou se aquilo era culpa do sangue do “Jonh” que ela havia engolido, ela lembra de que Henrik falou algo sobre que “Jonh” havia misturado os genes, ou então aquilo era simplesmente o poder tentando controlá-la novamente.

Como se já fosse esperado, suas asas saem, dessa vez não estão cobertas de sangue

— Por quê?..que droga...se concentra, se concentra ­—

Em um ato repentino e com o poder transbordando, Layla perde o controle de seu corpo, logo, como se criasse vida própria, suas asas começam a erguê-la no ar, Layla começa a voar, e acaba se batendo em muitas árvores, pois ao mesmo tempo tenta tomar controle de seu corpo novamente.

Estava claro que suas asas a levavam a um lugar específico, provavelmente estava a procura de seu dono original, ou apenas aquela asa de demônio estava sendo controlada por Jonh.

Layla fecha os olhos por um tempo, quando os abre de novo, está de frente ao maior castelo da área em que fica os casarões, a maior mansão entre a mansão de Merlyn, a igreja, e os três outros casarões.

Suas asas param e a deixam de frente á porta do castelo, que de longe já era grande e é maior ainda de perto, ele tem detalhes em cinza, e têm várias torres, algumas altas outras baixas, ele era todo preto e tinha muitos detalhes em arquitetura gótica, como na porta.

Layla abre os dois grandes portões e logo se depara com dois guardas, eles vestem armaduras de prata e cada um tem uma grande espada, que usam assim que Layla chega ao castelo, apontando-a em sua garganta

— Quem é você? Você tem permissão para falar com o rei? —

— Me desculpe, mas acabei de chegar por aqui — Layla sempre foi muito esperta e mesmo nunca passado por um lugar dominado por reis, ela sabia que ser humilde e implorar por sua vida sempre dava certo, então ela faz reverência e se coloca com um dos joelhos no chão

— Mil perdões por incomoda–los, mas estou meio perdida, cheguei aqui agora — ela tenta agir humildemente.

— De onde você vem?— Um dos guardas fala, tentando intimidá-la

— Do clã élfico — “ahn? de onde essas palavras estão vindo?”

— Mas você não é uma elfa —

— Eu vim do mundo de fora quando era criança, e não lembro como cheguei, então fui acolhida por eles, mas as coisas estavam ruins, então decidi sair de lá e agora estou perdida — Aquelas palavras estavam sendo ditadas em sua cabeça e para o seu azar foram só aquelas.

— Você não sabia que aqui era o castelo do rei? Sua insolente você pagará por isso!! — Um dos guardas levanta a espada e Layla vê seu fim, ela estava com medo e não teria nenhuma reação, provavelmente ele iria cortar sua cabeça e tudo aquilo acabaria, na verdade ela até poderia revidar, usar seus “poderes” recém – descobertos, mas talvez só deixar acontecer seria melhor, se por obra do destino não fosse mesmo para ela morrer, ela não morreria.

Quando o homem está com a espada a alguns centímetros do pescoço dela, uma voz ecoa o salão.

— O que está acontecendo aqui? — [1]Um homem desce das escadas, ele é imponente, usa uma roupa pesada e típica de realeza, um casaco preto e longo o envolve, ele veste um tipo de espartilho, mas não é nada feminino, pois envolve seu tórax com várias correntes, que estão presas á sua veste azul marinho, dentro de sua blusa há uma camisa branca que fica á mostra na gola e nas mangas, sua gola branca é bem volumosa e nas mangas o tecido que fica para fora é diferente do resto da blusa, pois é mais fino e tem desenhos bordados, como manda a roupa, sua calça é preta e social, e seus sapatos são uma bota preta, com cadarços, ele usa luvas pretas, uma roupa típica de um Lorde.

Ele é extremamente branco, tem pequenos olhos azuis e cabelos lisos e negros que vão até um pouco depois do ombro, ele tem o nariz um pouco grande, E em seu rosto magro pode se ver perfeitamente as maçãs de seu rosto e sua boca larga de lábios finos.

— Ma...Majestade..— Eles abaixam a cabeça — Essa garota não conhecia sobre o senhor, nem o rei....então eu iria puni-la, me desculpe por tê-lo incomodado....mil perdões — O guarda quase treme a voz

— Você sabe que não pode agir por conta própria, mas deixe me vê-la.... — Ele chega próximo a Layla e coloca a mão em seu queixo

— Deixe me ver seu rosto, por favor — Ele fala como um cavaleiro, sua voz é suave e ao mesmo tempo grave

Layla levanta sua face lentamente, e quando os olhos dos dois se encontram, revelações são feitas em suas mentes, agora várias incertezas perturbavam suas cabeças.

— Você tem olhos castanhos....avermelhados? Qual seu nome? —

— Você vai me matar? Dependendo da minha resposta?— “Eu devo dizer? acho que posso confiar nele, já que Jonh é da corporação e não da realeza.”

— Não — O homem concorda com a cabeça

— Promete? — Ela indaga

— Promessa de um membro da Realeza — Ele dá um sorriso sincero, mas que para Layla aparenta meio hipócrita

— Meu nome é Layla —

— Não pode ser....você é a... — Os olhos dele transparecem medo e curiosidade.

Layla abaixa a cabeça novamente e uma voz que ela só consegue saber que vem das escadas, fala:

— Quem é esse lixo? Matem – na — a voz indiferente fala

— Sim, majestade — os guardas falam em coror

— Não! — O homem a frente de Layla sussurra.

O guarda posiciona sua espada no pescoço de Layla e sem hesitar, ele aplica o golpe final, a cabeça de Layla é jogada no chão, enquanto seu sangue escorre pelo chão, e seu corpo cai logo depois.


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