Entre Mundos escrita por MakaSama


Capítulo 5
Uma Noite de Sangue


Notas iniciais do capítulo

Passei um loooongo tempo sem postar, mas estou de volta õ/. Eu voltarei a postar normalmente, espero que gostem do capítulo *o* favoritem e comentem u3u.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/464996/chapter/5

De repente seus pensamentos são interrompidos por um telefonema, é a mãe de Layla, já eram 4:00 da tarde,estava na hora de seus parentes aparecerem..

— Oi —

— Você está pronta? Mudança de planos, nós não vamos mais buscá-los eles vão até aí, já estou chegando, eles provavelmente chegarão antes de mim, sirva aquele mousse de chocolate que tem na geladeira, e espere que eu chegue caso você for sair, certo? —

— Tá certo —

— Obrigada, já chego por aí, tchau —

— Tá, tchau —

Dessa vez Layla ficou realmente preocupada, “Se isso for acontecer mesmo eu tenho que estar preparada... já sei, eles estão me procurando, se eu não ficar em casa ele não precisarão matar ninguém..."

Não demora muito e a sua família chega, ela vai até a porta e os recebe, estão sua tia e o tio de Layla, sua avó, sua prima preferida, e a irmã adotiva dela que voltava das férias na casa dos tios, Ela se surpreendeu e lá no fundo, mesmo não querendo acreditar, sentia medo pois aquelas eram as pessoas mais importantes para ela, e estavam todas juntas ali, justo naquele dia, no dia em que Layla sabia que uma coisa muito ruim poderia acontecer, eram 50 % de chances: vida ou morte.

— Layla!!!!!!!!!!!! — a irmã dela se joga em seus braços

— Laraaaaa!!!!!!!!— Layla abraça sua irmã com força, e um calafrio percorre todo seu corpo trazendo os piores pensamentos possíveis, Layla vê fogo e gritos enquanto a abraça, mas felizmente seus pensamentos são interrompidos pela voz de Lara.

— Senti saudades, aconteceram muitas coisas por aqui? —

— Não, não chato como sempre —.

Layla solta riso como se escondesse alguma coisa, e sim ela escondia.

— Entrem podem ficar a vontade —

— Cadê a sua mãe? Ela ainda não chegou? — A tia de Layla pergunta

— Ela está chegando —

Enquanto eles se acomodam Layla olha para sua avó e a cumprimenta como não fazia a muito tempo, pois talvez aquela fosse a última vez.

— Ah Oi vó! — Ela estende a mão para que sua avó a beije e depois Layla beija de volta.

— A benção minha neta, então como estão as coisas você está se comportando e estudando? —

— Sim, sim, ah gente sentem-se aí, vou trazer um musse de chocolate pra vocês —

— Huumm...foi você que fez Layla? — A prima dela finalmente se manifesta.

— Não, acho que se isso tivesse acontecido essa casa estaria em chamas agora — Layla solta um riso descontraído e todos riem também.

— Sobrinha... — O Tio de Layla fala meio que cantarolando, enquanto está no pé da escada

— Hum? —

— Você sabe que seu tio ama jogar vídeo game né? —

— Sei sim...pera aí, come o mousse e depois eu te desafio a jogar comigo, apesar de já saber que eu vou ganhar não custa tentar não é? — Layla dá uma gargalhada

— Os tempos mudaram tá QUERIDA !!!deixei de ser “noob” no vídeo game, me aguarde... — Ele faz um olhar misterioso e depois começa a rir — Mas enquanto isso não acontece, vou comer meu mousse —

Layla os leva para a sala de visitas,onde ficava o sofá e a TV,eles se aconchegaram e ela serviu o aperitivo.

— Aqui é bem grande né? — a tia de Layla comenta

— Mas acho que faz tanto tempo que não venho aqui que me esqueci como era... —

— Gente ? —

A mãe de Layla chega

— Oi mãe! — Layla fala

— Mãããããeeeeeeeeeeeeee!!!!!!!!!!!! — Lara corre e se joga nos braços de sua mãe,como ela era apenas uma garota de 12 anos,sua mãe pôde segura–la bem.

— Oi minha filha como foram as férias? —

— Foram ótimas! —

— Oi Karine,como você está? — A mãe de Layla se dirige a sua irmã e lhe abraça. — A Lara deu muito trabalho? —

— Oi Alycia,to ótima,e não,não!ela me ajudou muito nas tarefas de casa,mas a única parte ruim é que o boletim dela tá com algumas notas vermelhas,mas quando ela voltar as aulas vai recuperar —

— Hum...espero que sim,vou cobrar depois... - Alycia faz um olhar sério para Lara — Mas então vocês já comeram o musse? — Ela fala enquanto sobe as escadas em direção ao seu quarto.

— Nós iríamos comer agora —

Diz o tio de Layla,tirando a bandeja de musse das mãos dela,e soltando um riso.

— Nossa tio,calma aí! —

Layla vai até a cozinha serve o musse e leva para os convidados.

— Pronto...aproveitem — Ela sente seu celular vibrar no seu bolso,uma nova mensagem.

“ Por favor saia rápido daí,eles já estão indo...vá para bem longe daí com sua família..”

Layla estremece,mas ela já tem uma ideia do que deve fazer,ela espera alguns minutos,continua agindo normalmente,até que chega a hora,ela toma banho,e troca de roupa,a incerteza ainda cerca sua cabeça,mas ela tem que fazer aquilo ao menos por precaução.

Ela chega à sala e fala com sua mãe.

— Ahn.. mãe eu posso sair?É que eu tenho umas coisas pra resolver, do colégio —

— Pode, pode —

— Gente quando eu voltar falo com vocês é que tenho umas coisas pra resolver, ah e Tio pode ir lá ao meu quarto, vai treinando que quando eu chegar, vai ser derrota na certa — Layla faz um sorriso maléfico, e depois dá um sorriso de quem estivesse brincando.

— Hum, me aguarde! — Ele diz com a boca cheia de mousse.

Layla dá um suspiro, se despede deles e sai.

Ela estava totalmente sem rumo, anda várias ruas, até que já está bem longe de sua casa. Ela está no começo de uma rua totalmente vazia, de repente ela vê no final desta mesma rua, duas motos saindo em alta velocidade e um carro logo atrás, “Será? São eles?” passa o rápido pensamento pela cabeça de Layla.

Layla continua andando, só que agora ela está indo na parte mais isolada da cidade, era um vilarejo próximo, era conhecido como a “Estrada Dos Atormentados”,o nome oficial era Estrada Monte Negro,mas só lembravam daquele lugar pelo seu outro nome. Era uma estrada, que era antes usada como travessia principal de carros, mas houve uma época em que muitos fugitivos da polícia, viciados, mendigos, macumbeiros, e até satanistas que eram procurados pela polícia pela prática ilegal em seus rituais foram para lá, pois mal era habitado, e havia um bom espaço para construir casas bem discretas, o governo no começo até se preocupava com a infra-estrutura do lugar, devido aos veículos que atravessavam, e que ali ficava o principal cemitério da cidade, mas depois que essas pessoas começaram a ir pra lá, e o lugar começou a ter fama de perigoso, ele foi totalmente esquecido e agora carros mal passam por lá.

O lugar era sinistro, não havia mais iluminação de postes, apenas a lua e a fraca luz de dois postes, um no começo da estrada e outro perto do cemitério que ainda estava longe, havia algumas casas simples, outras caindo aos pedaços, e por incrível que parece havia muitos carros luxuosos em frente a algumas casas, Layla olha no relógio as horas, eram 18:30, ela tinha saído de casa ás 17:00 da tarde.

“Espero que nada tenha acontecido...”, Layla tem um mau pressentimento, ela sente calafrios por todo seu corpo,e que parecem não ter fim, o celular vibra no seu bolso, uma ligação de sua mãe, “Será que alguma coisa aconteceu?.....não, não ela só deve estar preocupada....”

— Oi mãe! —

— Onde você está?... — Essa não era a voz de Alycia...

— Maldição... — Um sussurro de Layla... sim, eles estavam lá com a família dela, aquela voz a assustou, pois junto com ela vieram os piores pensamentos possíveis, o que eles já teriam feito com a família dela? Já teriam matado todos? Ainda havia alguma chance de vida? As hipóteses de que tudo aquilo era mentira, ou haviam confundido Layla com alguém, não existiam mais, aquilo estava realmente acontecendo, e ela tinha que encarar, acreditando ou não.

— O que você fez com eles? —

— Calma.. Minha pequena criança... Você ao menos sabe quem eu sou e o que quero com você? —

— Não me importa quem você é, responda o que EU PERGUNTEI! —

— Não grite comigo...Te darei o que tenho, e você terá que me retribuir — A voz do outro lado não tão era misteriosa... e sim sádica...com toques de sarcasmo

— Como assim? —

— Depois que algumas coisinhas forem feitas você terá que me obedecer... Estou tão feliz!! hahaha....mas de qualquer modo ......argh..AAAA... — Silêncio, Layla ouve o celular cair do outro lado da linha, “Desgraçado!! O que aconteceu será que alguém chegou para impedi–lo? .....o pai dele talvez...”.

Enquanto Layla espera retornar a ligação, ela vai andando em direção a sua casa, mas inesperadamente ela ouve a voz dele...

— AAAAHHHHH! ­— Ele está gritando e parece estar desesperado.

— Nãoo! É ele... ele está tentando me controlar !! — Assim que Layla ouviu isso, lembrou logo do homem da cicatriz que já havia a ajudado várias vezes, mas ela não acreditava que quando Jonh tentou sufocá-la, era por que seu pai estava controlando ele, era mentira, ele queria colocar Layla contra o pai dele. Mas dessa vez o pai de Jonh estava sufocando-o para salvar a família dela.

— Senhor!! — Havia outras vozes por perto, e não eram os parentes dela.

— Pare!! Jonh!! PARE! — A voz dele ecoou a casa, e nos ouvidos de Layla.

— Mestre!! A garota está ouvindo!! —

”O nome do pai de Jonh, era....Jonh?” Tudo estava totalmente confuso para ela agora, “Quem era o pai de Jonh? Quem era o homem do outro lado da linha?”

De repente ela ouve o homem pegar o celular e retornar a ligação, sua respiração estava ofegante.

— A propósito você já deve estar chegando aqui, não é? Não chame aqueles guardas, pois a chance de sua família só vai diminuir — Ele desliga

Layla já estava em frente a sua casa. Ela entra logo na sala há dois homens com um tipo de túnica estranha, sentados em cadeiras, eles a encaram, trocam olhares, e a deixam passar... Layla vai em direção as escadas, de repente ela ouve um grito, era a voz do tio dela.

— NÃÃÃOOOO!!!!!!! —

Layla começa a correr, sobe as escadas e vai ao quarto na qual os gritos estão vindo...

Ela abre a porta e se depara com um homem, ele está segurando o tio dela pelos cabelos, que está de joelhos quase sem vida, de frente para o homem...que é...

— Jonh? — As palavras mal saem da boca dela.

— AHAHAHAHA, você não pode me impedir.... HUMANO!!!! VOCÊ NÃO MERECE VIVER... SEU LIXO INÚTIL!!! AHAHAHA.... MORRA!!!! —

É Jonh, ou pelo menos alguém idêntico a ele, o mesmo cabelo, o mesmo rosto, o mesmo corpo, mas há alguma coisa estranha no jeito de agir.

Em um movimento súbito, Jonh puxa o tio de Layla pelos cabelos, retira uma espada de sua bainha e em um ato de crueldade, corta a garganta do inocente que está ali de joelhos, que apenas tentava defender aqueles que amavam, mas ele falhou na tentativa, pois seu inimigo era mais forte.

Layla fica imóvel e em choque por aquilo que acabara de ver.

— Como você pôde?? — Alicia e Karina se desesperavam e sabiam que nada podiam fazer, pois sabiam que também não tinham força

— Diga o que você quer! Por favor, qualquer coisa... Nós daremos... Mas por favor! Não nos mate! — Karina suplicava e junto de Alycia, mãe de Layla e mantinham-se no canto da parede, encolhidas, tremendo de medo

Layla em um ato de loucura e desespero corre até Jonh que nessa hora admirava a cabeça do homem em sua mão, ela tenta tirar a espada de sua mão, mas ele defende, tomada pela ira e medo, ela segura a espada, cortando as mãos... “Jonh” se assusta com tal coisa, e vacila soltando um pouco a arma, deixando cair cabeça do tio dela. Layla puxa a arma dele e o chuta, com o inesperado ele cai, e sem perder mais tempo ela enfia a espada no peito de Jonh ou, seja lá quem for ele.

— aaarrrgh.... — Ele grunhe de dor.

Layla continua e vai tentando acertar o homem por todo o seu corpo, ela esquece completamente do corpo decapitado que está caído ao chão, o sangue descia lentamente do “buraco” onde o crânio do tio dela deveria estar, algumas vezes ela quase pisou no corpo, enquanto inutilmente tentava se vingar. Ele grunhia de dor e se defendia, sorte de Layla, o primeiro ataque havia o debilitado muito, ou talvez ela nem tivesse tido uma chance. Quando ele aparentemente estava sem forças, em uma velocidade incrível, segura a mão de Layla, e toma a arma dela, e sem muito esforço, ele segura as duas mãos dela com uma mão só, atravessando a espada no estômago da garota...

A dor que ela sente é inimaginável, seu corpo contrai e se contorce involuntariamente, ela sente seu coração palpitar forte, e sua pressão cair.

— Por...q....quê?....eu...não...fiz....nada....pra...você... — Os olhos de Layla vão escurecendo lentamente, lentamente....até que ela desmaia....o choque havia sido grande.

De repente, alguém fala como se tivesse invadido sua mente.

— Layla...Layla,por favor me escute, não confie no meu pai, nem no meu....... —

Ela sente uma dor de cabeça horrível... e pouco a pouco vai abrindo os olhos.. Mas a voz quer continuar falando.

— Layla não faça isso! Eu preciso falar com você!! Não confie no meu pai....nem no meu.... —

Ela não ouve mais nada, mas agora única coisa que está incomodando sua cabeça é uma forte dor, que a faz abrir os olhos de uma vez e se dar conta que aquela era a voz de Jonh, daquele Jonh que ela achava que podia confiar, aquele Jonh de olhos azuis....olhos misteriosos, diferente daqueles olhos verdes que ela acabara de conhecer, que não havia mistério.. apenas transpareciam egoísmo, perturbações,e uma pessoa frágil por dentro, que era facilmente manipulada.

Layla mesmo com a vista escura, podia ver um pouco o que estava acontecendo, mas não podia se mexer, ela se sentia inútil diante daquilo que estava vendo,

— Pare!!! — Era sua mãe, sendo levantada pelo pescoço por Jonh, ela tentava em vão se soltar, e ele sem muito esforço a segurava apenas com uma mão.

— Você não pode me impedir, não costumo a ouvir o que os outros dizem, mas terem me dito para matar todos vocês está me divertindo bastante ... —

— O quê.... O quê nos te fizemos? Por quê....você...argh....está fazendo isso?.. Deixe-nos em paz.... —

— Isso tudo é culpa de sua filha... Ela tem uma coisa que eu e muitas pessoas da corporação queremos, e como vocês estão no caminho, tentando impedir que EU consiga o que quero, nós vamos te eliminar. É o que nós fazemos com coisas inúteis.... — Layla podia ver um pouco do sorriso no rosto dele... Exalava loucura.. Ela nunca havia visto nada parecido... Seu tio foi o primeiro morto que viu..bem ali na sua frente, e ainda teria que aguentar ver toda sua família morrer ?

— Chefe? Você realmente precisa matá-la? — Um de seus homens se aproxima...

Com a mão livre, Jonh lança uma lâmina negra, e sem hesitar o corta ao meio e o homem cai no chão sem vida, quando a parte de cima de seu corpo cai, suas pernas ainda se mantêm em pé por alguns segundos.

— Aaaaah !!!! — O grito é tão agudo que faz “Jonh” tampar um de seus ouvidos, Karina grita de forma louca e repetida, ela ofega e contorce o rosto em uma feição de desespero.

Alycia olha para Layla com olhos tristes, na qual Layla nunca havia visto antes, ela faz algum ultimo esforço para parecer forte frente aquela situação, só que é inevitável, logo, sem mais esperanças, fala...

— Filha, Adeus....pense sempre antes de fazer suas escolhas....mas de vez em quando siga sua intuição.....o que seu coração diz....e o mais importante...nunca se arrependa... —

E em um golpe final, Jonh quebra o pescoço de Alycia e a joga indiferentemente, a garota está ali sem poder fazer nada, imóvel no chão, suas lágrimas escorrem pelo rosto, mas ela não consegue chorar, se expressar, apenas assistir a morte de sua mãe e em seguida a morte dos outros.

Finalmente Jonh percebe que Layla estava ali presenciando tudo...

— Ah,você acordou —Ele se aproxima, e Layla com muito esforço tenta se afastar, mas é inútil — Em breve, você terá parte de mim, então agradeça —

Ele retira a espada do estômago dela, e pega um pequeno cálice prateado do casaco, depois corta o pulso e coloca um pouco do sangue, coloca o cálice no chão e ao redor desenha símbolos estranhos, fala algumas palavras estranhas.

— Eu invoco os poderes a mim concedidos, pelos guardiões das Luas Caídas e Pelo Poderoso Ghyes! –

Depois pega um pouco do sangue de Layla e coloca no mesmo cálice, rapidamente uma luz azul escura envolve o símbolo no chão, um ser transparente sai do cálice, é um homem com uma longa túnica com capuz. Ele fala com uma voz rouca e tenebrosa.

— Por que me traz aqui? — O ser estranho fala com Jonh.

— Sei que você não tem tanto tempo, liberte o poder dos guardiões nela, por favor. —Jonh fala de cabeça baixa, em menção de medo.

− Que assim seja – O homem põe a mão sobre o cálice e o caem algumas gotas de água dentro, ele recita algumas palavras e desaparece.

Ela tenta entender o que está acontecendo, mas mal consegue ficar em pé. Jonh põe a mão sobre o recipiente, sombras começam a envolver o sangue, ele pega novamente o cálice, e pega pelo queixo e faz com que Layla abra a boca, ele empurra todo o liquido pela boca dela, de uma vez só, em seguida ele a beija calmamente, um ato totalmente inesperado da parte dele.

— E o guardião deve ser selado com o bem e o mal, a vida e a morte, a magia negra e pura. Selada com o sangue e com um beijo. — Jonh fala.

No momento em que o sangue passa por sua garganta ,Layla sente uma sensação estranha, ela sente como se seu sangue estivesse se diluindo e se renovando, uma sensação de poder invade todo o seu corpo, todos os seus órgãos estão mudando, como se aquele sangue estivesse transformando – a, até que ela sente todo seu corpo estranho, como se em alguns segundos tudo houvesse mudado.

Jonh se afasta, vai até o corpo de Karine e sua filha, elas choram, gritam e se contorcem para tentar fugir.

— A culpa disso tudo é sua,Layla.. É SUA!! Se não fosse você EU NÃO IRIA MORRER! — Os gritos da filha de Karina ecoam o local e os ouvidos de Layla...que pulsam a cada ruído, Layla já consegue se mexer, mas ela tenta levantar e acaba caindo de joelhos.

— CALE A BOCA! — Um flash de luz negra passa rápido pelos olhos de Layla...sangue espirrando nas paredes....grito...o barulho de algo oco caindo no chão...a cabeça de mais um parente rolou até Layla.

— O quê...por quê?..por quê você fez isso? — Ela quase sussurrava enquanto, lágrimas caiam de seus olhos, ela estava em estado de choque.

— Hum..? Não se importe com isso...você não precisa dela... — Pausa — Você está sentindo não é? O poder.... Eu acordei seu verdadeiro sangue, agora além de estar com seus poderes, você está mais forte do que deveria ser...e tudo graças a mim hahahaha graças a mim — Jonh olha no fundo dos olhos de Layla.

— Não! Tira isso de mim... Você está me transformando em um monstro também?! Eu não quero! — ela grita e sente que vai enlouquecer... a força é maior do que ela, e está tentando controlá-la, sua cabeça está pulsante e as suas costas doem...era como se algo quisesse sair.

— EU NÃO QUERO!! Por favor, eu não quero, por favor...faça parar — A voz de Layla está vacilante, ela nem sequer consegue gritar e explodir o que está sentindo, está tudo preso, os acontecimentos estão cravando cada vez mais fundo em sua mente “O que vai ser de mim?” Um flash de luz traz esse pensamento á cabeça dela.

Ela está no chão de joelhos, mas mal consegue se segurar, então se apoia com as mãos, de repente ela sente algo rasgando suas costas, e sente que isso está querendo sair Jonh olha e dá um sorriso.

— E agora o que eu esperava — Ele pega Karina pelo pescoço, que permanece imóvel, em choque, sua expressão é de imenso horror... Seus olhos estão arregalados, seu rosto tem manchas de sangue e ela está mordendo os próprios dedos com força, por não conseguir mais gritar de medo, por estar louca e em choque, Jonh vai até a cabeça da filha dela e pega pelos cabelos, o sangue escorre e pinta o chão de escarlate mais uma vez, ele mostra á Karina, a cabeça da garota que antes de morrer contorceu o rosto de tal forma, que faria qualquer um saber o que ela sentiu antes de ser morta. Ele para em frente de Karina e age como se esperasse alguma coisa, ele fecha os olhos e de repente um de seus homens de túnica negra aparece.

— Você está pronto? — Jonh o pergunta, o homem não responde

Ele se concentra, e Jonh solta a mulher, o homem levanta as mãos e respira fundo por alguns segundos, no chão um fenda negra aparece, e dela uma grande serpente sai, os dois se afastam e a serpente vai até Karina, que olha desesperada, o animal envolve Karina em um abraço de morte, estrangulando-a lentamente.

O homem olha aquela terrível cena, e não aguenta.

− Pare! – Ele ordena a cobra, mas a mulher cai morta no chão.

Layla se move e solta outro urro de dor, ela se move desconfortavelmente e solta outro grito, desta vez muito alto.

“Onde estão os vizinhos? Ninguém está ouvindo?”, era como se sua garganta fosse rasgar.

— Está acontecendo... ahaha..está acontecendo! Você finalmente acordou. — Jonh responde transparecendo sua loucura.

Layla sente que há algo rasgando as suas costas, há algo saindo dela, enquanto ela cospe sangue, e se contorce de dor...

Um grito.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Entre Mundos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.