Yin Yang escrita por Beatrice Ricci


Capítulo 33
Po vs Tigresa




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A escuridão funde a cada segundo, acompanhada do terror e o desespero de inúmeros felinos. As criaturas negras devoram alma por alma, sem nunca satisfazer a fome, os que sobrevivem são os doentes, cujo não possuem valor nenhum aos monstros e os que têm sorte.

A lua antes amiga e confidente desaparecera; como se guardasse sua luz para um momento preciso. Os gritos das vítimas agonizam a procura de qualquer vestígio de esperança, de salvação; crianças são arrancadas de suas mães, para serviram de sobremesa, se antes pensaram que a rainha não era tão perversa, esqueceram que o ser nem sempre transcende na aparência, é algo superficial, descobre-se o “real” camuflado em um lindo rosto.

Talvez tenha um motivo para a dor e sofrimento, embora nenhum deles entenda, a razão pode estar em suas próprias histórias, existe o causador, o que faz as escolhas, alimentando a segurança em um vicio de poder, nutre a ausência do bem com o mal.

Os monstros param de atacar os súditos da rainha, todos fixam a mirada num ponto especifico, vindo sobre um veiculo enorme, produzido de madeira, puxado por alguns soldados transformando em bestas horríveis, Mirume assume sua personificação de majestade perfeita.

Seu semblante traçado em um frio sorriso, e olhos tão negros, quanto à escuridão; iluminada apenas com quatro tochas em cada canto da sege. As criaturas tiveram alguns segundos antes de obedecer à ordem da felídea, desse modo a seguem, induzidos pelo colar do yang, cujo ela modificou com o chi de Tigresa.

De longe os mestres do palácio de jade observam seu exercito marchar em rumo à entrada do vale, Po distraído com o seu pai, pois respira ofegante, sorri, quando o mesmo diz que está tudo bem, desviando a mirada vê Mirume, imediatamente seu sorriso desaparece, uma faísca de raiva acende a chama apagada em seu ser, pôs-se a detê-la, embora escute o pedido de Li Shan para não enfrentá-la.

Caminha na direção da rainha, enquanto seus pensamentos misturam-se um a um, concentrando-se no seu objetivo, presencia umedecer os lábios, por seguinte escarnecer com um sorriso cínico, o gesto é repulsivo para o guerreiro preto branco, continua a marchar em rumo à responsável de seu sofrimento e de todos os animais do vale, quisera matá-la se fosse necessário, mas sabe que seu espírito é virtuoso, jamais deixaria fazer tal ato, talvez liberar a raiva, cujo é nítida em seus gestos, como as patas em punho fechando, apertando uma súbita explosão e a fisionomia firme, assim como acontecera com Lord Shen.

Com um salto seus pés tocam a madeira daquele veiculo, aproxima-se lentamente, uma das criaturas de Mirume avança em sua direção, todavia a rainha o coíbe, estando de frente com olhar perverso a poucos centímetros de sua face, um longo silencio paira entre eles, Po sente seu rosto se encher de um vermelho, escondida pelos pêlos, enquanto olha para o que agora considera um monstro, abaixa a mirada para conseguir algum controle, volta-se a ela, de algum modo uma parte de sua fúria que ainda ruge a sua mente hiberna.

— Poderias ser de outro modo panda.

Ele odiou o modo como “panda” saiu da boca da felina, rolando na língua como o mel mais doce.

No canto dos olhos presencia os seus amigos avançarem com cuidado, um riso alto, ironizando-o, chega a seus tímpanos, ele continua com a mesma postura, refletindo.

— Existem duas maravilhosas opções para vossemecê... — começa ela com um movimento lascivo no quadril. — Hei de ser benevolente... Se unir a mim...

— Nunca. —interrompe irritado.

— Bem, então ficará com a segunda opção, sucumbir aos meus pés, assim como seus amados amiguinhos... — Gira nos calcanhares. — Devo dizer que um deles já se rendeu.

— Quem? — questiona intrigado.

O silêncio que se segue à pergunta paira no ar. Po luta para manter a compostura.

As luzes das tochas acesas possibilitam sua visão, ele presencia-a dá três passos à frente, de repente uma silhueta surge entre a escuridão, a rainha volta-se a ele, mas sua atenção está na outra figura, um pressentimento ruim atinge seu ser, torturando-o, na ocasião que consegue visualizar, sua face possui o espanto, a poucos metros de distância está Tigresa, quis correr e abraçá-la, contudo algo em seu olhar, um vácuo no profundo de seus olhos, cujo o fez recuar.

Pergunta-lhe se está tudo bem, ela não o responde, corajosamente aproxima-se dela, mas Mirume inibe afirmando que é uma péssima ideia, roga sua atenção a rainha, ela gira o cajado nas patas, mirando-o, caminhado em volta de Tigresa.

— O que significa isso? — a indaga.

— Oh, não sabes? Ótimo, assim é mais fácil jogar com você. — deu um risinho de divertimento.

Portanto, a essas palavras, o panda gira a cabeça em direção a grão mestre, ele possui o mesmo semblante de confusão e receio.

Defronte novamente a ela, a cada minuto, sua tensão ia aumentando, acompanhado de um sentimento de medo, é como uma criança em uma caverna rodeada de monstros, tentando esvaziar todos os seus medos.

Por conseguinte, a felídea fez um gesto com o cajado, de repente cada criatura avança na direção da entrada do vale, os outros monstros retomam a empurrar o veiculo, Po teve alguns segundos para equilibrar-se no movimento de solavanco, antes que Tigresa o chute para fora; deserte a essa cena, mestre Shifu ordena a seus alunos que impeçam as bestas de saíram do vale, em seguida avança a felina, todavia outra criatura, esse um soldado transformado, obstruiu seu caminho, jogando-o para longe, cujo antes de cair de costas, posiciona as pernas e as pequenas garras no solo, um leve grunhido saí de sua boca, possui as sobrancelhas curvadas à testa, num misto de zanga; o panda vermelho presencia a besta pousar a sua frente, em seguida outros.

Os mestres de kung avançam até as criaturas negras.

Macaco chuta alguns, acertando outros com ajuda de um bambu, ele gira no próprio eixo golpeando com o objeto; Víbora a poucos metros de distância enrola-se no pescoço de um deles esganando-o, deste modo derrubando-o, repete esse golpe em mais quatros; Louva-a-deus a seu lado reforça o confronto, agarrando-os no calcanhar, para depois lançá-los para longe.

O primata usa uma das patas dianteiras para dar impulso, enquanto distribui golpes com suas pernas, com um mortal para trás atinge dois em um espaçaste, coloca o bambu na cauda, possibilitando o usa das patas e pernas, faz alguns giro no ar antes de derrubar três criaturas, nota que seus amigos necessitam de sua ajuda, avança rapidamente, nocauteando mais bestas, próximo ao inseto, bloqueia um possível empuxo em sua direção, o amigo verde agradece.

Em seguida aplica o ataque cata-vento, cujo consiste em redirecionar inúmeras pedras em 360°, com suas pinças, acertando inúmeros deles.

— Mandou bem Louva-a-deus. — aclama Víbora.

— De nada. — a responde.

Aplicando o ataque estrelas do destino, substituindo os objetos por pedras, com a ponta de sua cauda ela lança uma a uma, os sujeitos ainda no ar, são derrubados imediatamente.

Quando sentiu o súbito ataque de Tigresa alcançá-lo. O caminho diante dele perdeu rapidamente o verniz de lama e barro, como se alguém o empurrasse contra o solo.

O terror domina seu interior, inseguro, procura à figura da felina, todas as perguntas dolorosas acomodam-se na sua alma e lentamente transformam-se em medo atroz, enquanto tenta ter algum equilíbrio interno, um jorro de ar chega-lhe a face, percebe a silhueta dela.

Recua alguns centímetros por instinto. Com uma velocidade surpreendente, a felina atravessa a distância entre ambos, de punho fechado busca um soco em sua face, ele gira assemelhando-se a uma criança, ergue-se num movimento brusco, ela defere outro soco, que é parado pela pata do guerreiro, qual segura firmemente levando-a contra o solo, em seguida une os antebraços da felina atrás das costas, escuta-a proferir um rosnado de irritação, no mesmo tempo em que desvencilha de seu agarre e empunha as patas em seus ombros, por fim impulsionando um chute acima de seu peito.

Po cambaleia para trás, dantes a recuperar-se, um soco atinge sua maxilar, arremessando-o no terreno, ainda caindo presencia a felídea saltar, com a perna estendida, com seus braços bloqueia ação, com um impacto uma dor insuportável, contém o calcanhar dela oprimido, com um ponta pé a faz rodar no ar, rapidamente a pressiona contra a terra, dominando-a nos pulsos.

— Tigresa sou eu, seu amigo! — exclama ele, enquanto a mesma debata-se. — Não torne mais complicado, não quero feri-la. — acrescenta.


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