Pure Imagination escrita por Sweet Death, SaltedCaramel


Capítulo 1
Heroes don't exist and my friends don't either


Notas iniciais do capítulo

Yey! Olá, pessoas. Aqui estou eu com uma nova fic! Me senti inspirada esses dias.
É uma fic um pouco mais trágica do que estou acostumada. E ainda é um personagem narrando (1ª pessoa) algo que eu não tinha feito. Pensamentos mórbidos os aguardam. É meio depressivo, mas achei que seria legal tentar.
É uma história cheia de reviravoltas planejadas... por isso, não se preocupem. Tem um desenvolvimento lento e penso em postar de 15 em 15 dias por causa da outra fic que estou postando também.
Isso é um prólogo. Está apenas introduzindo o ambiente.
As coisas realmente começam a acontecer do 3º para o 4º capítulo, acho...
Bem, vamos lá. Uma nova experiência, estou aberta a críticas construtivas :)
Obrigada para você que leu as notas e para você que vai ler o capítulo.



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Eu nunca tive muitos amigos.

É algo bem triste. Com certeza que é.

Eu lanchava sozinho no canto da sala. Fazia uma “dupla sozinho”. Passava as tardes de sábados lendo livros, sozinho no meu quarto. Saía para andar sozinho. E o telefone que colocaram exclusivamente no meu quarto nunca tocava...porque eu estava sozinho.

Isso preocupava bastante meu pai. Toda vez que dava, ele invadia meu quarto com uma proposta de passeio ou programa para fazermos juntos. Eu agradeço, do fundo de meu coração, pelo esforço dele. Eu sinto pena dele por ter um filho que não corresponde às expectativas que ele impôs. Ele é um bom pai. Eu que não devo ser um bom filho.

Apesar de todos os pesares, aqui estou eu. Tentando sobreviver à mais um dia na escola sem matar ninguém...ou ser morto. Típico de qualquer adolescente normal.

Afundei meus olhos em um livro de terror do Stephen King que trouxe na mochila. Estava mais interessante que os momentos escolares que aconteciam a minha volta.

Eu havia aprendido a lição desde que era menor. Esconda-se, não se envolva e tudo fica bem. Pelo menos conseguia afastar alguns garotos chatos que teimavam em mexer comigo. Se eles não podem gostar de você, pode fazê-los te temer. Pelo menos eu achava isso, mas vamos dizer que isso não funcionou direito...

Parece que as pessoas não gostam de albinos. Muito menos de albinos doentes. E anti-sociais.

-Allen Walker- a professora gritou meu nome, só então percebi que estava fazendo a chamada.

Hm... mas eu não era exatamente anti-social por opção. Eu me acostumei a ficar sozinho depois de anos sendo o “esquisito”. Uma hora você cede.

-Aqui- respondi, apenas alto o bastante para que ela me ouvisse.

Os garotos mais ao fundo, encrenqueiros natos que qualquer escola tem, sussurraram algumas palavras, que eu acreditava com quase toda certeza, serem ofensivas. Apenas ajeitei o capuz por cima de meus cabelos brancos e abaixei a cabeça na mesa. Cicatrizes e marcas pelo corpo me lembravam do quanto é idiota tentar rebatê-los de qualquer jeito.

A professora continuou chamando os nomes de meus colegas enquanto eu me concentrava ao máximo nas letras à minha frente, me prendendo à história para ignorar os comentários maldosos que faziam. Com certeza piadinhas de mau gosto e sem graça.

A professora terminou de chamar e bateu uma régua com força na lousa. O estrondo do plástico batendo no quadro fez a conversa parar imediatamente. Baixei o livro na carteira apenas para não levar uma bronca, enquanto ela anunciava o assunto entediante da aula.

Ela pegou o giz enquanto todos abaixavam os corpos para trazer os livros de história à mesa. Quando eu levantei, ela me olhava com um típico sorriso penoso e encorajador.

Ah, tá aí outra coisa que às vezes irrita.

Os professores viviam me chamando para conversas repetitivas o tempo todo. Olhavam-me com aquele olhar de pena, falavam com aquela voz aveludada que usam com crianças idiotas. “Tudo vai ficar bem”. Não, não vai, acredite. “Nós podemos de ajudar”. Não, não podiam. Foi o que os médicos disseram. Não há solução.“Nós sabemos pelo quê você está passando”.

Sabem, é? Pelo que eu saiba, nenhum de vocês tem uma doença mortal incurável. Não sabem a sensação de saber que, apesar dos prazos estipulados pelos médicos, posso de repente cair e morrer agora mesmo.

E não terei feito nada na vida para que ela tenha valido a pena.

Depressivo, eu? Nããão...

Você entenderá quando ouvir os médicos falarem que a sua condição física ,que tanto foi odiada pelas pessoas a sua volta desde que nasceu e te fez ser excluído socialmente, também é culpada pela sua morte prematura que está por vir.

Yey! Agora vamos todos comer algodão doce e ser felizes...

Quer dizer, hm...nada contra a morte, exatamente, mas...hã... não posso leva meu Ipod e nem meus livros, então presumo que seja bem ruim.

Mas, enfim, a professora me acenou suave e afirmativamente com a cabeça, como se aprovasse o fato de eu ter sobrevivido mais um dia.

É... eu acho que eu também aprovo esse fato.

Ela voltou o corpo para o quadro bem rápido quando todos já tinham livros e cadernos em mãos. E logo já estava escrevendo.

Odeio aula de história... falamos basicamente de pessoas que já morreram e deixaram um marco na história. São pessoas importantes que fizeram coisas importantes. Lutaram, assinaram documentos, governaram, foram assassinadas e coisas do tipo.

Mas eu, você e praticamente todos os meus colegas. A maioria de nós vai morrer sem marcar nada na linha do tempo histórica. A única coisa marcada vai ser meu nome em uma pedra “Aqui jaz Allen Walker, já vai tarde” ou “Allen Walker, o albino antisocial...já vai tarde”.

Eu vou simplesmente morrer daqui pouco tempo e a minha existência vai ser apagada do mundo pouco a pouco.

Aí é aquela hora em que você vasculha na sua mente aquelas frases de efeito dos filmes e olha nos meus olhos quase incolores de tão claros e diz algo como :”Ah, não fale assim. As pessoas vão lembrar de você. Elas vão guardá-lo aqui *insira um dedo cutucando o lado do peito onde está o coração*, porque o amor deles por você é mais forte que a morte ou o tempo”.

E aí eu sou obrigado a dizer: Quem?

A professora que sente pena e vai me esquecer depois que chegar a correria dos tempos de prova ou os maloqueiros que vivem me pedindo pra morrer logo porque sou esquisito?

Hm... difícil escolha, são tantas opções que eu me perco em tanto amor incondicional com o qual eu convivo dia após dia...puxa...

Só o meu pai! Ele me ama, eu o amo de volta com toda a minha força. Ele sim é a razão de eu ainda estar aqui. E com “aqui”, me refiro tanto ao “mundo dos vivos” quanto “escola”. Ele não conseguiu completar o Ensino Médio quando tinha a minha idade por causa da falta de dinheiro, por isso eu estou me sujeitando a conviver com os animais (que eles me obrigam a chamar de “colegas”) quando eu podia...sei lá... pedir uma viagem pra Disney. Porque é isso que “crianças como eu” fazem (isso de acordo com o conselheiro escolar. CONSELHEIRO ESCOLAR.).

Prefiro livros, muito obrigado.

Além disso, eu tenho certeza que o motivo do meu pai querer que eu venha para a escola é para me relacionar com as pessoas. Ele trabalha por muito tempo, eu ficaria sozinho em casa (apesar dessa ideia me agradar mais do que ter que estar aqui). Consegue imaginar o que aconteceria caso eu tivesse um colapso? Não seria muito legal. Por isso talvez seja sensato estar perto de..hm...pessoas que poderiam me carregar até uma ambulância.

E não vou nem poder viver metade da vida que esses vagabundos que sentam no fundão e ficam fazendo porquices na carteira da escola vão viver.

Adoro como a vida é justa com as pessoas.

Obrigado, vida.

Adoro como você me ama.

Senti algo pinicar em minhas costas, por cima do casaco moletom velho. Como ele não é muito grosso, tinha certeza que tinham jogado alguma coisa em mim. De novo.

Levantei os olhos da carteira e senti outra pontada nas costas.

Estavam realmente jogando coisas em mim!

E eu tinha certeza de quem era... Risadas contidas, mas ainda estrondosas e esganiçadas soaram do fundo da classe e me irritaram profundamente.

A professora falou algo sobre Reino Franco e feudalismo e riscou o giz na lousa de novo. Eu aproveitei e virei meu pescoço o necessário para vislumbrar a brilhante pessoa que me provocava. E seus amigos tão brilhantes quanto, claro.

Paul Anderson. O corpulento moleque de três anos preso em um corpo de um elefante obeso. E ele dizia ter 16 anos. Pfff. Idade mental vale muito mais, meu caro.

Ele, e seus amigos tão nojentos quanto, amassando bolinhas de papel. Estavam se armando com a munição necessária para me atacarem a aula inteira.

Estavam em três, mas quando era hora do intervalo sempre estavam em maior número. O que não me ajudava muito e por isso eu lanchava na sala de aula que ficava trancada até um professor abrir quando terminava o horário do lanche.

Os três porquinhos, tinham os mesmos rostos redondos. Os cabelos encaracolados em diferentes tons de marrom e preto. Só que apenas Paul era gordo e parecia uma mortadela pesada e ambulante, os outros dois (Chris e James, acho, não decoro nome desse pessoal... Chamo de porquinho 1 e porquinho 2) eram altos e magros. Na verdade acredito que não eram tão magros, mas andar com um saco de batatas gigante os fazia parecer palitos de dente. Eram fortes, isso sim eu tenho certeza porque já senti na pele.

Mas tinha certeza de que eram os caras mais feios que já vi na minha vida.

Eu, por outro lado, era um magricela.

Pernas finas, braços finos. Minha condição de saúde não ajudava. Não tinha tanta vontade de comer como tinha antes (quando eu era criança comia mais que qualquer um), tinha metabolismo rápido por razões que acredito estarem nos meus genes e isso somado ao fato de que várias vezes em que como mais do que aguento eu acabo...hm...botando tudo para fora muito facilmente.

Eu tenho uma doença incrível. De um jeito ruim. Meu braço nasceu deformado, vermelho e esquisito por causa dela, algo que crianças normais não tem e por isso não gostam de mim. É como se sugasse minha vida pouco a pouco. Meu corpo não funciona direito. Os órgãos não trabalham direito. As células trabalham mais lentamente que o normal...e não trabalham direito. Meu coração tem sérios problemas para bater. Meu pulmão tem sérios problemas para respirar. Meu estômago tem sérios problemas para digerir.

E eu tenho sérios problemas para me relacionar com as pessoas.

Sou o combo completo dos sérios problemas.

Mas vai chegar uma hora em que meu corpo vai cansar de trabalhar, já que não trabalha direito. E eu vou quebrar.

Meu coração não vai mais bater. Meu pulmão não vai mais respirar. Meu estômago não vai mais digerir.

E eu não vou precisar mais me esforçar pra fingir que posso me relacionar com as pessoas.

DEAD END.

Fingi rabiscar qualquer coisa no meu caderno, só para a professora ficar feliz de eu estar me esforçando para algo. Mas eu apenas desenhei um rascunho de um Minion e puxei o livro debaixo da carteira, continuando da parte que havia parado momentos atrás antes de ser interrompido.

Continuaram tacando bolinhas de papel (agora molhadas e cheias de saliva), mas eu fiz o meu máximo para ignorar. PLAFT uma bolinha grudou nas costas do meu casaco escuro.

Okay, concentre-se no livro.

PLAFT

Na história do livro.

PLAFT

Hm... que interessante

PLAFT

Hm...

PLAFT

Okay, ele acabou de acertar O MEU LIVRO com essa bola de gosma nojenta.

Isso me custou quase 20 dólares, poxa.

Virei meu tronco para encará-los, mas eles apenas riam escandalosamente. Eu achei ridículo o fato deles roncarem em meio às gargalhadas, como os três porquinhos que são, mas não ri porque estava com raiva demais e com um livro de letras borradas e páginas molengas em mãos.

Fiz menção de me levantar, a cadeira raspou no chão e rangeu. Mas antes que eu pudesse fazer algo, a professora pigarreou, alto e claro.

Voltei meus olhos para ela. Sra. White (esse era o nome dela), baixou os óculos como um aviso, o rosto sério me encarando com uma certa impaciência. Meu corpo, que estava se levantando da cadeira, voltou a se sentar e arrumar-se na carteira. Agora, não só os três lá no fundo riam, mas todos os meus colegas abafavam risadinhas irritantes.

Ótimo, Sra. White. Cadê o sorriso piedoso que você me deu agora a pouco, hein?

Com um livro molhado, ajeitei-me na cadeira. Cruzei as pernas como índio em cima dela e guardei a ruína que um dia foi uma obra de Stephen King no bolso da minha mochila. Sabia que não podia fazer nada contra eles. Não tinha força, não tinha tanta coragem quanto queria.

Era nessas horas que eu tinha outro refúgio.

Eu podia sair desse mundo a qualquer hora. Despedir-me dos professores farsantes, dos colegas irritantes e da minha doença catastrófica.

Abri outro bolso da minha mochila e tirei de lá a minha arma secreta.

Capa colorida, desenhos magníficos, um pôster preso de brinde e várias folhas preto e branco repletas de figuras enquadradas.

Um mangá.

Isso mesmo, um mangá. Uma edição de colecionador. Capa mais resistente, um pôster com os principais personagens em suas poses descoladas, primeiras páginas e capas de capítulos coloridas e extras ao fim do volume. Meu tesouro, consegui com minha mesada.

E você me pergunta: um mangá é o se refúgio? Só podia ser um otaku antisocial.

Primeiro: otaku com orgulho. E eu já disse que não sou antisocial porque quero. Eu queria a sociedade. Ela que não me quer. Então eu não sou ANTI SOCIAL, a sociedade que é ANTI ALLEN.

Segundo: se você não me entende, você não teve infância.

Eu abri a primeira página, eu tinha comprado havia apenas alguns dias, quando havia criado coragem para sair de casa mais uma vez. Finalmente vislumbrei a contracapa, negra, com uma figura colorida do personagem principal estampado ele sorria com todos os dentes para mim. Sorride volta quase inconscientemente. Era um lindo volume.

Virei algumas páginas e parei nas páginas coloridas que iniciavam o capítulo. Iria continuar a ler a história.

Agora, sobre a questão do refúgio, caso você realmente não entenda, posso explicar.

As histórias tem poder.

Cada livro, cada HQ ou mangá. Tudo. Sabe por quê? O criador, com as próprias mãos, escreve e/ou desenha um mundo imaginário inteiro! Um mundo muito melhor, ou seja, mais legal.

Para que viver na monotonia do cotidiano, na tristeza, na incapacidade quando poderíamos estar voando, combatendo criaturas do mal, tendo um romance criativo, etc?

Eu digo o porquê.

Porque nosso mundo é tedioso e cruel.

Por isso, meu refúgio está nesses desenhos e palavras do mangaká que tenho em mãos.

Eles me proporcionam um mundo onde eu não preciso sofrer. Onde eu sou importante. Eles me proporcionam poderes, sentimentos que eu não vivo aqui.

Eles me proporcionam a vida.

Minha única chance de viver está em imaginar como seria estar vivo.

Assim, nesses momentos em que a minha vida se aperta, em meio ás explicações chatas de história e ao ataque de bolinhas de papel babadas, por exemplo, eu fujo para esse mundo diferente.

Na imaginação, claro. Eu combatia os monstros do dia a dia que me atormentavam assim como no mangá que estou lendo o protagonista combatia akumas.

Vai me dizer que nunca se imaginou como um personagem fodão com poderes como de uma história ou que nunca se imaginou sendo o garoto/garota de tal romance? Se não, você ou não teve infância ou está mentindo. Todo mundo que é legal se imaginou em algum momento do dia fazendo coisas sobrehumanas ou além de sua capacidade.

São coisas que nós queremos ser. Destacantes.

Virei a página. As figuras em preto e branco começaram.

Quase não ouvi as risadas dos três porquinhos. Estava concentrado demais absorvendo as informações da história.

Meu mangá preferido, D.Gray-man. Uma história macabra, divertida e emocionante sobre o conflito entre os humanos escolhidos por Innocences, exorcistas, e as criaturas criadas pelo Conde do Milênio, akumas. É de tirar o fôlego.

O protagonista é apenas um garoto, como eu mesmo. Órfão, confuso, que se vê sem saída diante de seu destino como exorcista. Austin Brooke. Um valente garoto de 16 anos que luta contra os terrores de sua vida diferente.

Hm... parece comigo. Quer dizer, eu não luto contra criaturas deformadas, mas tenho meus próprios problemas para lutar contra.

Paul Anderson continuou a resmungar comentários maldosos e piadas nojentas das quais nenhum adolescente normal e sensato sentiria vontade de rir. Mas ele não era um adolescente...muito menos normal e sensato.

Ele seria um perfeito akuma...

E eu adoraria ser um exorcista para poder destruí-lo.

É nessa parte que a minha imaginação entra.

Nela, o mundo não é o mesmo em que vivo.

É o mundo que eu leio.

Posso brincar com minhas habilidades como quiser.

Nesse mundo posso ser o superhomem, um pirata maldoso, um garoto prodígio, um gênio engenhoso, um almirante, um semideus, um chefe da máfia, um feiticeiro... Ou uma mistura de tudo!

E posso lidar com meus problemas de um jeito bem simples.

Mas, meu mundo predileto é quando sou um exorcista. Devido ao meu mangá preferido, é o que acho mais interessante.

Nele, mundo de D.Gray-man, não há o protagonista Austin Brooke. Há Allen Walker, o garoto exorcista.

Nele, meu braço, que é motivo de nojo e desgosto, é uma arma poderosa capaz de destruir criaturas maléficas. Esse meu defeito não é rejeitado.

Nele, não sou portador de uma doença. Sou forte, rápido, ágil, inteligente... Um ótimo combatente. Sou ÚTIL.

Nele, sou cercado de amigos. Não preciso ficar excluído durante as refeições, não preciso ficar recluso no meu quarto o tempo inteiro, vários estão do meu lado e querem fazer uma dupla (de DOIS!) comigo, e sempre estou recebendo chamadas e sorrisos. São amigos que eu nunca tive e não são só isso: são heróis, todos eles. Os mesmos personagens que colaboram com o protagonista:

Lavi, o melhor amigo. Pervertido, mas ainda assim divertido e brincalhão. E seu avô Bookman, sábio como todo idoso deve ser. Os dois fazem parte da linhagem de pessoas que baseia suas atividades em registrar acontecimentos históricos.

Johnny, o cientista, sempre pronto para resolver problemas e trazer invenções. Assim como Reever, seu chefe.

Miranda, uma mulher insegura, mas leal.

Marie, o cego, mas com ótima audição. Sempre sabe o que fazer.

Tiedoll, Klaud, Sokaro, generais poderosos e sábios.

Cross Marian, um general misterioso. E meu mestre. Hm... ele não é de se orgulhar, é mulherengo, um bebum que vive me deixando dívidas idiotas... Bem, todo herói tem um lado ruim da história.

Komui, supervisor da Ordem, é quem nos guia para missões e bem... nos supervisiona, afinal é um supervisor... Tem um complexo de irmão, é muito coruja com sua irmã mais nova.

Lenalee, irmã de Komui. Uma garota gentil e um tanto ágil. É bem sensível, mas... todo herói necessita de uma heroína. Ela é a garota dos meus sonhos. É muito bonita. Nesse mundo, nós vivemos um enrolado romance.

E, bem... tem o Yuu Kanda, não sei se pode ser incluído como AMIGO. Ele é detestável. Acha-se o melhor, vive com sua espada katana ao lado do corpo. É como se fosse um inimigo entre os amigos. Vive implicando comigo e resmungando os odiáveis “Tscs” que ele estala na língua. Ele é o anti social do grupo e o que eu mais odeio na face do mundo!

Mesmo assim, ele continua existindo na minha mente. Porque dentro dela eu consigo lidar com ele.

E assim continua a sucessão de amigos e companheiros que eu tenho naquele universo alternativo...Algo que eu não tenho aqui: amigos, porque heróis que podem salvar o mundo não se preocupam com o fato de um de seus próximos ser um albino franzino e chato. O problema é que eles não existem...

Sendo assim, virei a página do mangá me concentrando em outra cena de luta, me imaginando no lugar do protagonista enquanto ele esmagava um akuma com sua espada.

E, ouvindo mais uma risada ridícula de Paul Anderson, imaginei as coisas que poderia fazer contra ele naquela sala...

..Se eu fosse do jeito como me imaginava no meu próprio mundo paralelo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? de quê? Odiaram? O quê? Me contem, okay? Continuo? Não? Dicas?