Ele não falou nada depois de eu ter me apresentado, não fez nada. Apenas me encarou. Até que fez algo... tentáculos negros sairão de suas costas. Acho que ele estava tentando de assustar. Não entendi o porque. Ele se aproximou, como se fosse me atacar. Permaneci parada.

– Senhor Slender, eu vim do inferno para o conhecer.

– Inferno...? - Ele disse, sua voz era estática. Fazia grunhidos estranhos.

– Sim, não vim te matar nem nada do tipo. Apenas o conhecer, o senhor é um ser interessante.

Os tentáculos voltaram a suas costas. Ele parecia bem calmo.

– O que você é, menina bonita? - Ele me encarava.

– Sou uma demônio.

Ele ergueu a mão e acariciou minha bochecha com as costas dos dedos longos e brancos dele. De repente escutei a porta da casa abrir, um garoto de moletom branco e calças pretas saiu de lá. Ele estava olhando para o chão, não consegui ver seu rosto, até ele levanta-lo.

Sem pálpebras, um chamuscado em volta de seus olhos, pele branca, parecia ser de couro. Cortes profundos em cada lado de seu rosto. Ele lançou uma faca contra mim. Segurei a faca com dois dedos, o indicador junto do dedo médio.

– Deixe ela, a menina bonita é minha. - Slender falou. Ele não parecia calmo.

Eu ri. E disse com um sorriso labial:

– E você deve ser o Jeffrey. O louco que matou a própria família.

Ele pareceu se irritar muito quando eu disse aquilo. Então eu peguei a faquinha ridícula dele e a quebrei no meio.

– Devia agradecer por eu não te matar, seu insignificante. - Lancei um olhar furioso para ele.

Jeffrey correu para cima de mim. Slender o segurou com seus tentáculos.

– Obrigada senhor Slender.

É claro que eu podia matar Jeffrey em segundos, mas eu não o queria morto. Tinha planos para ele. Nunca seria precipitada e estragaria tudo.

– Sua vadia! - Ele gritou.

– Olhe bem como fala comigo, garoto. Estou viva a muito tempo para ser tratada assim.

Eu nasci um pouco depois da terra, papai existiu desde muito tempo, ele criou o inferno afinal, mas antes ele estava no céu. Estou aqui a tanto tempo. Tenho uma aparência jovial, de uma garota de 16 anos.

Jeffrey parecia mais calmo, então Slender o soltou. Ele apenas olhou para mim. Depois de um tempo ele disse algo:

– Uma demônio... Isso eu ainda não tinha visto. - Mesmo tendo marcas de um sorriso forçado ele não estava sorrindo. Estava serio.

– Ah. Então você ouviu a conversa. - Eu disse em um tom despreocupado.

– Sim. Você é importante?

– Como assim?

– Uma vez eu li sobre demônios. Li que Lúcifer não tinha filhos e sim criações. O que você é?

– Sou filha dele. Ele teve relações com uma anjo. Mas ela morreu faz um tempo. Minha mãe não aguentou a pressão de viver no inferno. Os outros demônios ou são criações dele ou anjos caídos, que vieram junto dele.

– Então você veio até aqui pra que?

– Quero conhecer lado de vocês na história. Ninguém é mal sem motivo. Eu quero saber seus motivos. Eu sou justa.