A casa dos monstros escrita por Annie Bianchi


Capítulo 21
Capítulo 21 - Ticci Toby e Jack Risonho


Notas iniciais do capítulo

Eu mereço comentários, eu agonizei lendo a creepy do Jack, tinha muito detalhes de tortura, eu já estava com ânsia de vomito. Eu me envolvi muito na história e acabei imaginando tudo que eu lia. Então comentem, por favor.



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Jeff se pôs ao meu lado, ele encarava os garotos de um jeito ameaçador. Eu não entendi ao certo porque me encaravam. Mas depois de muito observar notei que não olhavam diretamente para o meu rosto.

– Quem você acha que são? - Jeff cochichou.

– Deixe-me ver. - Em um tipo de chama negra surgiu uma pasta de arquivos em minhas mãos. - O de óculos é Toby Erin Rogers. Vou perguntar depois o que aconteceu com ele.

– Charlotte, bem que você podia colocar uma blusa mais fechada, né?

– Por que?

– Eles estão olhando para você, e garanto que não é pro seu rosto.

– Melhor assim.

– O que?

– Assim eles vão cooperar facilmente comigo.

– Esperta. Mas eu não gostei dessa estratégia.

– Isso não é um problema meu. - Eu dei um sorriso cheio de sarcasmo, o que deixou Jeff com muita raiva. Caminhei até os garotos, sentei ao lado de Slender, e cruzei as pernas.

– Desde aquele dia... Aquele maldito dia, é sua culpa Slender.

– Não me importo nem um pouco se estão brigando. - Eu me meti. - Quero saber sua história, Toby Erin Rogers.

Ele teve algum tipo de tique quando eu disse seu nome todo. Isso me fez sorrir. Entendi tudo.

– Minha história? Eu lembro que meu pai era um bêbado, ele agredia minha mãe e minha irmã. Um dia minha mãe, eu e minha irmã estávamos andando de carro e aconteceu um acidente. Minha irmã... morreu. Eu tenho uma doença que não me faz sentir dor, mas devido a isso eu sempre tive que tomar medicações, e eu tinha alguns tiques estranhos também. Alguns dias depois eu vi Slender parado do outro lado da rua, isso me perturbou.

"Passou mais alguns dias e eu tive um pesadelo, no pesadelo eu andei pelo corredor de minha casa, até que me virei e dei de cara com minha irmã morta, que estava vestindo as mesmas roupas do acidente, também tinha cacos de vidro enfiados nela. Cai de costas, e fui me arrastando para longe dela, até que encostei em Slender, que estava cercado de crianças, todas elas tinham os olhos negros e saia sangue deles. Eu acordei apavorado.

"Fui até a cozinha, meu pai estava lá, aquele imprestável, que simplesmente estava bêbado demais para ir me ver no hospital e ver minha irmã antes de sua morte. Eu estava sob meu controle, eu queria mata-lo, mesmo que fosse meu pai, eu peguei uma faca de cozinha e matei-o, minha mãe viu. Corri para a garagem, abri a porta, peguei dois machados pequenos, gasolina e um fosforo. Coloquei gasolina em tudo, toda a rua, e acendi o fosforo, eu estava a queimar junto com tudo, pensei que fosse meu fim. Mas Slender me tirou de lá."

– Estou decepcionada com você, Slender. Pensei que ia parar. Pensei que ia ser bom. Quanto a você, entendo matar seu pai, mas eu li um jornal que você matou outras pessoas depois disso. Então você é apenas um louco, apenas um... tique Toby. - Eu o olhei com maldade, ele certamente agonizou diante de minhas palavras.

– Eu não sou um tique... - Ele ergueu a mão com um dos machados em minha direção.

Percebi que Slender ia me defender, eu balancei a cabeça negativamente. O machado acertou meu ombro. Eu não dei nenhum gemido de dor, pelo contrario eu gargalhei.

– Você não pode me matar, nem me machucar. Só um nephilim poderia fazer isso. Agora escute aqui, pirralho, eu já estou nesse mundo a muito tempo, não sei se já ouviu falar de demônios, eu sou Charlotte Evans, filha única de Lúcifer Walker Evans. - Tirei o machado de meu ombro, meu ferimento se regenerou rapidamente, o sangue negro penetrou em minha pele. Dei as costas e olhei para o outro rapaz. - Sua vez.

– Minha história?

– Sim, conte-a.

– Eu fui feito por um anjo da guarda. Ele me fez especialmente para um menino, que era muito pobre e não tinha amigos. Isso foi em 1800 na Inglaterra. Viramos melhores amigos, até matamos um gato, mas ele foi para um colégio interno e eu fiquei trancado na caixa que vim, depois de treze anos ele voltou, agora tinha vinte anos de idade. Eu esperei ele me libertar da caixa, mas ele se esqueceu de mim. Foi trabalhar e trouxe uma garota, eles se beijaram, e ele tentou passar a mão nela, mas ela deu um tapa nele, ele estava bêbado e ficou agressivo, a ponto de mata-la. Eu achei divertido, não conhecia essa brincadeira ainda. Ele usou cada parte do corpo para decorar a casa, foi muito criativo.

"Ele fez uma máscara de madeira algo para se vestir em um baile de máscaras, uma camada de tinta branca foi aplicada, a criação de Isaac estava completa. Tinha uma testa franzida e um nariz longo dos Trolls e lhe permitiria golpear o medo nos corações de seus queridos convidados. Com seu novo rosto completo e o quarto transformado em um ninho assassinato sangrento, era finalmente hora de Isaac trazer um novo companheiro. Ele trouxe um menino, que estava amordaçado e amarrado, ele começou a arrancar as unhas dele, uma por uma, o menino chorava e agonizava de dor. Em seguida pegou um martelo e bateu com força na perna, quebrou um osso. Depois começou a esculpir palavras na pele do garoto, mas ele ainda estava vivo e chorando o que deixou Isaac com muita raiva.

"Ele martelou a cabeça do garoto furiosamente. Depois foi uma velha, e depois uma menina que ele forçou a comer cacos de vidro para usar seu estomago como saco de pancadas. E cada vez mais infelizes, e eu naquela caixa, até que em uma noite de Dezembro os pregos que seguravam a prateleira, que estava minha caixa e mais outras coisas velhas, quebraram. As coisas caíram e fizeram barulho, Isaac veio ver o que tinha acontecido. Ele atravessou o piso de madeira manchado de sangue do sótão. Isaac deixou de lado algumas das bugigangas que quebrou no acidente, quando ele finalmente se deparou com a minha caixa. Isaac mal reconheceu a minha caixa esfarrapada velha, quanto ele o pegou e soprou um pouco da poeira. Em seguida, por qualquer motivo nostálgico ele decidiu agarrar a caixa enferrujada e começou a girar a manivela. A horrível música Pop Goes The Weasel começou a suar da caixa velha, Isaac cantou junto o verso final "Pop goes the weasel... " a parte de cima da caixa se abriu, mas nada aconteceu, estava vazio. Isaac esperava mais que isso, então jogou a caixa junto com as outras coisas quebradas. Após arrumar a prateleira ele se preparava para colocar algumas coisas que ainda estavam em boas condições de volta ao local. Então eu finalmente o chamei, ele estava de costas.

"Eu estava monocromático, com o cabelo preto mutilado pendia em mechas torcidas, dentes irregulares afiados decorou meu sorriso torcido e meus braços pendiam como uma boneca de pano com meus longos dedos grotescamente quase raspando o chão, mais ou menos como agora. Então brincamos de novo, eu o prendi na sua cama de torturas, e fiz como ele sempre fazia, ele me xingou, e eu disse para ele não falar aquelas coisas se não tinha nada melhor para dizer. Eu cortei a língua dele fora. E..."

– Já chega. Você o matou no final. Já entendi. Eu me lembro desse caso. Eu sempre vivi em Londres, então naquela época eu li o jornal que falava dele.

– Foi divertido.

– Você é insano, nojento, e o pior que a culpa é de Isaac.

– Por que?

– Torturar pessoas assim, isso é injusto, as pessoas tem que ter direito de se defender, você pode até sido criado por um anjo, mas tenha certeza que você vai apodrecer no inferno. Te dou minha palavra. Ah, e quando estiver por lá, vou fazer questão de te apresentar a Rake, acho que vocês vão ser grandes amigos. - Dei um sorriso macabro, que ele nunca vai esquecer.


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Notas finais do capítulo

Demorei um pouco mas achei a creepy origem do Toby. Vou ser sincera, passei mais de uma hora fazendo esse capítulo, e a creepy do Jack foi a unica que me deixou com tremenda agonia, principalmente quando o Isaac arrancou as unhas do menino, na creepy ele da muitos detalhes, nunca senti tanta agonia.



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