My new (crazy) life! escrita por Mitsue, Uchiha Elric


Capítulo 4
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Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, obrigada pelas favoritações e comentários >.

Roupa: (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=111597102&.locale=pt-br)
Roupa Cat: (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=111599875&.locale=pt-br)



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P.O.V Lisa

– Vamos Lisa, você consegue, é só andar em um lugar imundo e cheio de gente que você não conhece! Vai ser moleza. – Falava enquanto caminhava para chegar ao metrô.

Estou pirando aqui! E se eu me perder? /Mas você vai estar com a Cat./ Verdade, mas e se eu cair e morrer?/ Acha mesmo que isso poderia acontecer? Você cai toda hora, já deve estar imune a machucados. / Tanto faz, mas e se alguém me seqüestrar?! / Vão te devolver assim que abrir a boca para falar./ Boba...

Ignorando a conversa mental que tive agora com a Celeste, é o nome que dei para a voz da minha cabeça, acho que estou tendo um ataque de nervos. Quando isso acontece começo a falar sozinha e a fazer movimentos involuntários, como coçar minha sobrancelha esquerda ou bater os dedos em qualquer superfície. Tenho certo pavor de fazer coisas novas em lugares novos, sabe? Fico fantasiando em minha cabeça que coisas horríveis/impossíveis vão acontecer se eu fizer isso. Mas sigam o meu pensamento: Eu vou para o metrô, um assassino resolve ir também nesse mesmo dia. Nós dois nos encontramos, nos apaixonamos, temos um caso de amor impossível, então minha mãe descobre sobre ele e me proíbe de vê-lo, temos que nos encontrar as escondidas com a ajuda de Cat. Minha mãe descobre e chama uns amigos barra-pesada para acabarem com ele, marcamos de nos encontrar no lugar de sempre, só que dessa vez encontro seu corpo sem vida, fico maluca pensando que a culpa é toda minha e no final aparece o epilogo de dez anos depois, lá estou eu com vinte mil gatos e mais amarga que limão! Viu o porque de eu não poder ir ao metrô?!

Não basta estar frio e chovendo ainda vou ter que enfrentar um medo. Já sei! Vou fugir, posso faltar a escola, ou pegar um táxi, ou...

– Lisa! – Foi ver quem me chamou, lá estava Cat acenando para mim.

Fui até ela, agora não tinha mais jeito de fugir.

– O-oi Cat! – A abracei nervosa.

– Sério? “Papai Noel meu mano”? – Perguntou rindo se referindo a minha blusa de frio. – Você é estranha, mas isso é legal.

Ri nervosa.

– Amei o seu casaco, combina com as botas. – Falei para tentar relaxar.

– Obrigada. Vamos? O nosso sai daqui a pouco.

Mesmo relutante eu a segui. Ficamos esperando o que pegaríamos em uma plataforma, foi ai que me lembrei de algo.

– Cadê o seu irmão Cat? – Perguntei.

– Ah, ele tinha umas coisas para fazer e disse que chegaria atrasado, então não poderia vir com a gente.

– Entendo, só tem um problema: Minha curiosidade! Eu tenho que saber como ele é Cat! Se não o vir hoje irei morrer. – Sim, fiz o maior drama.

Ela riu, mas parou depois.

– Chegou, temos que entrar rápido para arrumarmos um lugar. – Disse puxando meu pulso. Pronto, meu pesadelo começou!

Entramos, pensei que estaria pelo menos um pouco vazio, mas não! Estava lotado! Tivemos que segurar em uma daqueles trocinhos que tem no teto e ficar em pé, quando ele se mexia umas pessoas esbarravam em mim e eu quase caia no chão.

– Aconteceu alguma coisa Lisa? Esta pálida. – Perguntou um pouco preocupada.

– N-não é nada. – Cat arqueou uma sobrancelha – Ok, eu sou um pouquinho claustrofóbica.

– Lis, eu tenho uma prima claustrofóbica, se você fosse mesmo estaria tendo um ataque de nervos, mas esta apenas pálida.

– Argh! Odeio esse povinho inteligente, faz com que eu me sinta uma idiota. – Bufei. – Tudo bem, é que tenho medo de experimentar coisas novas, um bom exemplo é o metrô. Toda essa gente junta e agarradinha me dá vontade de arrancar a minha cara e picotá-la em mil pedaços, para depois jogar no chão e pisar em cima.

Cat riu um pouco exagerada, mas logo parou.

– Tenho que me acostumar com sua esquisitice... Mas fique calma, com o tempo se acostuma. – Ouvi uma voz, mas não entendi o que tinha falado. – Veja, já chegamos! Segure minha mão, não quero que fique perdida.

– Ok mamãe. – Riu novamente.

Saímos, nossa, que alivio que me deu de finalmente poder respirar direito. Mas você ficou lá dentro por menos que vinte minutos!/ Fica quieta Celeste!/ Unf, algum dia ainda te meto uns tapas... / O que disse?! ~le olhar assustador/ Nada! Agora acorda pra vida que a Catherine está te chamando. / Ãn?

– Lisa, Lisa... Terra chamando Lisa! – Balançava a mão na minha cara.

– Voltei! Desculpe, estava com a Celeste. – Disse normalmente.

– Que diabos é Celeste?

– É tipo uma voz na minha cabeça que conversa comigo às vezes. Na maioria só para me insultar, só não a tiro dali pois não sei como.

– Você tem 17 anos e tem uma amiga imaginária?! Puta merda...

– Não é amiga imaginária! É uma voz! – Defendi-me. Unf, amiga imaginária...

– Ok, pelo menos sei que não estava sendo possuída. – Não entendi, fiz uma cara de “WTF?!” – Você estava tão centrada, parecia até que tinha outro ser entrando no seu corpo.

Fiz uma cara de bunda para ela e seguimos para a escola, assim que chegamos o sinal tocou nos despedimos e fomos para nossas respectivas salas.

Entrei em minha sala e a primeira coisa que vi foram as roupas das putis. Puta que pariu, elas não sentem frio não?! Umas estão usando shortinho e uma regata, uma regata! Mas a pior de todas era Clare, ou como passei a chamar Claranha, ela usava uma saia roxa escura curtíssima, bota de salto e uma blusa tão colada, mas tão colada que eu nem sei como consegue respirar. Queria saber o que passa na cabeça de meninas que se vestem assim...

Sentei-me em minha mesa, peguei meu livro de romance e comecei a ler, mas fui interrompida por Clare.

– Oi Lisa, amei a sua roupa. Onde comprou, no brechó de um e noventa e nove? – Perguntou fazendo algumas pessoas rindo.

– Melhor do que comprar na “Putas e Cia”. – Retruquei ainda olhando o livro, não vou me dar ao trabalho de me virar.

– Escuta aqui: Não ouse me chamar assim! Sou mil vezes melhor que você sua bolsista!

– Ok, se você diz. – Dei de ombros, guardei meu livro assim que o professor chegou.

A duas primeiras aulas foram de História, me apresentei ao professor (Ele é um chato! Não brinca e qualquer coisa que você faz é errado.) e depois chegou à aula que eu mais gosto no mundo inteiro... Literatura! Nessa aula vou poder escrever e ler, é simplesmente a minha aula favorita, só espero que o professor ou professora seja legal.

– Bom dia alunos! – A professora gritou, ela é um pouco escandalosa.

Usava uma calça preta e blusa longa amarela com detalhes em preto. Seus cabelos loiros estavam presos em duas tranças e usava óculos de grau, amei seu estilo!

– Bom dia Senhorita Brown. – Disseram alguns alunos desanimados.

– Eu quero animação! E “Senhorita Brown” o caralho! É Diana. –Corrigiu, a cada palavra gosto mais dela! Meus olhos estão brilhando.

A classe soltou risinhos e ela foi se sentar, em vez de sentar na cadeira e colocar a bolsa na mesa, fez o inverso, sentou-se na mesa.

– O que era para eu mandar vocês fazerem hoje? – Coçou o próprio queixo e ficou olhando os alunos, seus enormes olhos castanhos escuros pararam em mim. – Ah, uma novata! Qual o seu nome querida?

– Lisa. – Respondi sorrindo.

– Meu Deus! É o nome daquela menina dos Simpsons! Adoro aquela personagem caramba. – Exclamou, saiu de sua mesa e veio até a minha. – Seu nome é mesmo Lisa ou é apelido de algum outro nome?

– Me chamo Elizabeth, mas prefiro Lisa.

– Com todo respeito, mas quando alguém se chama Elizabeth eu penso que ela nasceu já com uns 50 anos. – Disse rindo.

– Concordo plenamente. – Ri de volta.

– Bom, voltando à aula. – Todos da sala fizeram “aaah”. – Quietos! Quero que façam duplas e depois falo o resto.

Ótimo, sabe aquela hora que a professora fala que temos que fazer duplas e você ficam lá com cara de paisagem enquanto todo mundo esta com as duplas formadas? Isso aconteceu comigo e eu para piorar ouvi Clare e umas amiguinhas dela falando que ninguém fazia comigo por causa de minha roupa e meu jeito, aff!

Diana ia começar a explicar o que teríamos que fazer, mas alguém abriu a porta bruscamente e meus olhos pousaram na pessoa. Era um garoto, cabelos curtos na medida certa, moreno, olhos azuis escuros... Sei que não posso gostar de nenhum garoto, mas tenho que admitir, ele era extremamente atraente para mim, exatamente do jeitinho que gosto.

– Ah, é você Jake. (N/A: Lê-se “jeike” igual o Jake T. Austin) – Disse a professora, provavelmente é comum ele chegar atrasado. – Lisa, arrumei uma dupla para você!

Aquele deus grego me procurou com os olhos, assim que me viu veio até a minha direção e se sentou junto comigo. Mine ataque cardíaco em: 5, 4, 3, 2, 1...

– Prazer, sou Jake. – Ele estendeu a mão para mim, a apertei com firmeza. – Pelo visto você se chama Lisa.

– É-é. – Droga, gaguejei.

– Chega desse momento apresentação aí! Vou explicar o que terão que fazer então preste atenção! – Como vou me concentrar com um cara desses do meu lado meu Deus?! – Será um trabalho muito importante para a nota de todos vocês, terão que escolher dois personagens de algum tema que gostem e escrever um texto sobre a vida desse casal em uma ocasião cotidiana, podem escolher o tema do texto.

Isso! É tipo uma fanfiction, então eu vou manjar nos paranauê, esse trabalho esta no papo! Hehehe...

– Podem discutir sobre o trabalho durante a aula. – Disse, depois foi para sua mesa e ficou escrevendo algo.

Virei-me para olhar nos olhos de Jake, não gosto de conversar sem ser assim, mas foi uma péssima ideia. Aqueles olhos são tão lindos, eu preciso desse menino pra mim...

– Olha, eu não sei nada sobre você e nem você sobre mim. Que tal nos conhecer?

– Claro, por que não? – Ri nervosa, não sou boa para falar com garotos 100% sedução.

– Então, o que você gosta?

– Animes, livros e filmes. Ah, e comida, mas vai ser meio difícil escrever um texto de um casal alimentício. Já sei! Um romance sobre o Bacon e o Ovo, os dois se amam e quando ficam juntos são perfeitos!

Ele riu de mim, droga, sempre falo besteira quando estou nervosa.

– Melhor pensarmos em outro casal. Gosto de animes também, qual o seu preferido? O meu é Naruto e...

– OH MY DEAR LORD! VOCÊ GOSTA DE NARUTO?! EU A-M-O NARUTO! – Só notei que tinha gritado isso quando todos estavam olhando para mim e rindo. – Nunca viram alguém tendo um surto psicótico não?!

– Acho que seria bom se você se sentasse e não gritasse. – Ele me puxou. Meu Santo das meninas escandalosas e doidas, ele me tocou! – Bom saber que gosta também, que tal fazermos sobre um casal dele?

– Seria uma ideia perfeita, só temos que escolher um. São tantos. – Cocei o queixo.

– Quais você shippa?

– São muitos: SasuSaku, NaruHina, NejiTen, ShikaTema, SugKa, GaaIno, JiraTsu, SasuNaru...

– Opa! Pera lá, você gosta de SasuNaru? Como pode isso?

– Ah, sei lá. Acho que os dois são fofinhos juntos, mas prefiro SasuSaku e NaruHina do que SasuNaru.

– Com todo respeito, mas você é estranha.

– É a vida, né? – Perguntei esperançosa.

Jake riu, acho que eu tenho cara de palhaço pra ficar rindo de mim toda hora?

– Pelo visto teremos que escolher um casal para escrever...

– Que tal NejiTen? Acho tão fofo, o machista e a feminista, parece até um conto de fadas. – Disse sonhadora.

– Tudo bem, também curto os dois. O Neji é fodástico.

– Né?! Só não gostava quando ele tratava a Hina-chan como idiota.

Ficamos conversando mais um pouco sobre Naruto, até que o sinal tocou. Despedi-me dele e fui para a porta da sala de Cat, tinha que contar para ela que conheci o amor de minha vida.

Ela saiu da sala dela com a testa franzida, pelo que saiba isso significa que ou esta pensativa ou com raiva.

– O que aconteceu Cat? – Perguntei segurando seu braço e a levando para a cantina.

– O professor de Matemática nos deu um trabalho de lógica, estou pensando em como resolvê-lo.

– Ah, é só isso.

– Poderia me ajudar? É para semana que vem, mas gosto de fazer meus deveres adiantados. – Pediu.

– Ok, é só marcar.

Conversamos até chegarmos a cantina, compramos nossos lanches e fomos nos sentar no pátio.

– Cat, tenho que tenho uma novidade bombástica pra você! – Disse animadíssima.

– Esta grávida?! Eu vou ser titia! – Perguntou me zoando, dei um tapinha fraco em seu ombro. – Estou brincando, o que aconteceu?

– Encontrei o pai dos meus filhos hoje na aula de Português, ele é lindo! Se chama...

– Um minuto, acabei de ver o meu irmão ali. – Cat começou a acenar, já que tinha muita gente não vi quem era.

Nós duas nos levantamos e comecei a procurar quem era. Enquanto estava de costas ouvi Cat dizer.

– Esse é o meu irmão!

Virei-me com um sorriso no rosto, pronta para me apresentar, mas tive uma surpresa.

– Lisa! – Exclamou Jake, isso mesmo, JAKE!

– Jake?! – Falei não acreditando.

– Espera, vocês se conhecem? – Perguntou confusa.

– Sim, estamos fazendo um trabalho em dupla na aula de Português.

Pela cara que Cat fez vi que ela juntou os fatos. Puta que pariu!

– Ele é o cara?

– Que cara? – Jake perguntou não entendendo.

– Eu estava falando para sua irmã que fiz dupla com um cara que curtia o mesmo anime que eu! Não é Cat minha linda?

Concordou com a cabeça e me lançou aquele olhar de “Mais tarde me explica saporra”. Pronto, acabei de me fuder por completo!


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Notas finais do capítulo

Então? Até o próximo meus leitores divos!