P.O.V Lisa

Nem prestei atenção nas últimas aulas/ Você não presta atenção em aula nenhuma Lisa/ Mentira! Ás vezes eu me importo com a escola, só ás vezes. / Nem entendo como suas notas podem ser boas, depois fala que não faz macumba / Eu NÃO faço macumba e... Aff, não tem como discutir com você Celeste!

Estou tão ansiosa para fazer compras com a Cat! Na verdade, eu odeio compras, mas poderei passar mais tempo com minha melhor amiga, então... VIVA! Jake e eu, como sempre, estamos na saída a esperando, não tenho mais medo que a Claranha tente fazer algo a ela, depois daquela surra não encostará nem um dedo nela.

– L-Lisa. – Chamou Jake.

– Sim? – Olhei para ele sorrindo.

– Ér, você estará ocupada esse final de semana?

– Hum... Esse sábado irei trabalhar em uma lanchonete, mas domingo ficarei apenas vegetando em minha casa. Por quê? – Estranho, por que ele iria querer saber se estou ocupada? Quem pergunta uma coisa dessas?

– É que... Ah, esquece. – Virou o rosto.

– Ei, me conta! Agora fiquei curiosa.

Jake não virou o rosto, então fui até onde ele olhava e comecei a chamá-lo.

– Tá, eu queria saber se gostaria de s-sair comigo. – Corou levemente. – Q-quer dizer, como amigos é claro!

Meu coração saiu pela boca, ele está me convidando pra sair?! JAKE ESTÁ ME CONVIDANDO PRA SAIR?! OH MY GOD! Relaxa Lisa, haja naturalmente.

– Tudo bem, quer dizer, amigos saem juntos, não é? – Falei, mas não consegui esconder o sorriso enorme em meu rosto.

– Então está combinado, te ligo amanhã para confirmar o lugar. – Sorriu.

– Combinadíssimo!

Ambos ficamos com sorrisos bobos no rosto, até que vi Cat chegando.

– Cat! – Aceno assim que a vejo.

Ela vem até nós.

– Já falei que odeio Matemática? Pois é, eu odeio! – Esclareceu.

– Existem mil motivos visíveis, mas qual deles é o seu? – Perguntei.

– Cálculos, matemática era legal até o quarto ano, depois virou coisa de satanás!

Rimos, mas como felicidade de pobre dura pouca nossa melhor amiga apareceu junto de suas cadelinhas.

– Ah não! Me deixa criatura de Jesus! – Fiz sinal de cruz com os braços para Clare.

– Você é tão infantil Lisa, tenho pena de você. – Cuspiu as palavras.

– Viu, não falei que ela era uma galinha? Solta até penas. – Cat disse, nos fazendo rir.

A loirazeda nos olhou com desprezo, mas logo voltou a sua carinha de esnobe.

– Adivinhem aonde vou amanhã? – Perguntou.

Revirei os olhos, abri a boca para responder, mas ela mesma completou.

– Irei a uma das festas do ano, mas é claro que pessoas do nível de vocês não devem saber. A estilista Nicole Marie dará uma festa aqui em Nova York, e meus pais são pessoas muito influentes foram convidados, como filha deles tenho que ir. – Riu com as amigas.

Cat e eu trocamos um olhar cúmplice, ah, como isso seria doce.

– Ouvi dizer que a filha dessa estilista irá também, você a conhece? – Alfinetei.

– Mas é claro! Somos super amigas, desde que chegou em N.Y não nos desgrudamos. – Sorriu com deboche.

Segurávamos a risada, mas Cat não agüentou e começou a rachar a taquara.

– Unf, vamos sair daqui meninas, não podemos ficar perto de gentinha desse jeito.

E assim as putas saíram daqui, minha amiga ia se acalmando aos poucos e Jake não entendia nada.

– Qual a graça Cat? – Perguntou.

– Ela apenas é idiota mesmo Jake, pensei que já soubesse. – Bati em suas costas.

...

Já que minha mãe é uma mulher like a foda, ela emprestou o motorista dela para nos levar ás compras, cara, ele é um gato! Tenho que admitir tenho uma queda por morenos, mas esse ruivo é tudo de bom! Deve ter uns 30 e pouco, mas... Uau! E além de ser bonito é super legal, ficou conversando com a gente enquanto íamos para o centro.

– Deixe-me ver se entendi: Você já viajou para a Itália?! Que foda cara! – Falei para Max.

Ele riu.

– Foi para estudos Eliza... Lisa, não é tudo isso. – Respondeu sem se virar.

– É sim! Imagina as comidas que tem lá! – Cat disse. – Ótimo, fiquei com fome.

Todos nós rimos.

– Onde estamos indo exatamente Max? – Perguntei, não sei nada de Nova York mesmo.

– Sua mãe me mandou levá-las para a Quinta Avenida.

– O que tem de errado com as quatro primeiras? – Questionei.

– É burra mesmo. – A loira deu um tapa em minha testa. – A Quinta Avenida é um lugar onde só tem lojas de marca, coisas chiques e...

– PARA ESSE CARRO MAX! – Gritei.

Os dois se assustaram, e o ruivo freou o carro, para nossa sorte a rua não está cheia.

– O que aconteceu?!

– Não nos leve nesse lugar de coisas de marca, nem a pau usarei algo assim!

– Filha da puta, eu quase morro do coração por isso?! TE MATO!

Cat pulou em cima de mim e começamos a tentar matar uma a outra, nosso motorista estacionou o carro e esperou que nossa briga acabasse.

– Acabou aí? – Ele perguntou.

Nos soltamos e voltamos ao nosso “normal”.

– Sim. – Falamos juntas.

– Ótimo, se não quer ir pra Quinta Avenida aonde iremos Lisa?

– Ei, você não tem que fazer o que a Senhora Nicole manda? – Cat intrometeu-se.

– Tenho, mas abro uma exceção para vocês duas. – Piscou.

Sorrimos, ah, como é bom ter amigos desse jeito!

...

O trato era que Cat e eu passeariamos onde quiséssemos e depois ligávamos para ele, então ela me levou onde compra as suas roupas. Não é um lugar chique demais, está mais para classe média, resumindo: O meu estilo!

– Essa é uma das melhores lojas, compro aqui apenas para ocasiões especiais. – Disse e depois corou levemente. – Mas se preferir pode ir a uma loja de marca, aqui é para gente mais...

– Se terminar essa frase eu enfio esse Milk-shake no seu cu, Cat! – Ameacei mostrando o meu copo.

Ela riu e entramos na loja. Parecia um brechó, só que mais refinado, as roupas estavam espalhadas pela loja em cabideiros, super maneiro!

– Não se assuste com a vendedora, por favor. – Pediu.

– Por que eu me assustaria?

– Catherine! Há quanto tempo não te vejo minha flor de laranjeira?! – Uma mulher apareceu de sei lá onde e abraçou Cat com toda força. – Tem quanto tempo que você não vem aqui? Tem comido bem? E como vai o Jakenson? Ai meu Deus, você cresceu tanto!

Ok estou boiando aqui. Flor de laranjeira? Jakenson? O que está acontecendo nessa porra?!

– Calma Tia Lena, você me viu semana passada, lembra. – Ia se afastando aos poucos da tal “Tia Lena”

– Ah, é verdade. – Riu, depois virou-se para mim. – E quem é essa aí?

– Sou Lisa, prazer. – Sorri.

– A Catherine fez uma amiga?! Jesus seja louvado! Muito prazer querida! Sou a madrinha dela.

Ah, as coisas estão fazendo mais sentido.

– Interessante...

– Ér, Tia, nós vamos dar uma olhada nas roupas, qualquer coisa te chamamos.

– Tudo bem, beijinhos! – E voltou para o sei lá onde.

Olhei interrogativa para Cat, ela tem que me explicar essa budega.

– Lena é minha madrinha como percebeu, ela é meio escandalosa, mas é gente boa. – Esclareceu.

– Tudo bem, “flor de laranjeira”. – Caçoei.

Ela mostrou o dedo do meio.

– Ah, e quem é Jakenson? Seu pai? – Ué, sou curiosa.

– Que? Não, Jakenson é meu irmão.

– Espera, o nome do Jake é Jakenson?!

– Eu sei, é muito estranho, mas minha mãe achava bonito.

Fiquei com um sorriso idiota no rosto, são nesses momentos que fico feliz por me chamar Elizabeth.

– Bem, mãos a obra! Precisamos escolher nossas roupas! – Disse.

– Ok, capitã Laranja! – Bati continência.

Começamos a vasculhar a loja.