Promessa de Infância escrita por Lizzie Cullen Black Clearwater


Capítulo 3
Acreditando na Mentira


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos e queridas. Me senti inspirada, então como surpresa vou postar um capitulo hoje. O próximo só sai sábado.



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Entrei em casa correndo e com as lagrimas já se formando, foi quando escutei passos atrás de mim e tive certeza que era minha mãe, pois eu sabia que Jacob não ousaria me seguir.

Estavam todos reunidos na sala, e Nahuel se levantou e também veio em minha direção.

Por que quando quero ficar sozinha as pessoas insistem em conversar comigo? Parecem que elas sabem que isso vai me irritar! Para mim era tão humilhante chorar em publico.

Tranquei a porta do quarto, e como eu havia previsto, não demorou muito para as batidas começarem:

– Abra a porta. Por favor, filha. O que deu em você?

A voz da minha mãe ecoou para dentro do quarto.

– O que aconteceu, amor?

Nahuel perguntou, com a voz esbanjando preocupação.

Em meios aos pedidos da minha mãe e do meu namorado para eu abrir a porta, minhas lagrimas foram se esgotando e me ocorreu um pensamento: Se Jacob não havia me procurado, eu o mostraria que também não pensava mais nele. Se é assim que ele quer... É assim que vai ser. Olho por olho, dente por dente.

Abri a porta com minha mochila pendurada por apena uma alça e comecei a descer as escadas até a minha sala como se nada tivesse acontecido.

– Aonde vai, filha?

– Estou atrasada para a escola, mãe. Não foi para isso que você cismou em contratar um motorista?

– Tem certeza que você está bem, Renesmee?

Carlisle perguntou aparecendo da cozinha junto com Esme, Alice, Jasper Rosalie e Emmett.

– Melhor do que nunca!

Respondi de um jeito rude.

– Está “naqueles dias”, baixinha?

Emmett perguntou antes de soltar uma estrondosa gargalhada e todos olharam para ele.

– Tio Emm, eu sempre gostei de suas “piadinhas”, mas esse com certeza não é um momento apropriado.

– Tem certeza que não quer faltar á aula Renesmee? Você está meio... Estranha

Tia Alice comentou, um pouco sem jeito.

– Não precisa tia! Eu vou sim.

Fui em direção um de nossos vários carros que já estava estacionado em frente á casa. A Mercedes preta do vovô Carlisle.

Nahuel iria almoçar fora junto com seus pais Kate e Garrett para dar boas-vindas a tia dele, Huilen que havia acabado de chegar a Forks. Ofereci uma carona para meu namorado e agradeci por isso, pois com Nahuel ao meu lado, eu não me preocupei em Jacob começar a puxar conversa comigo.

Nahuel e eu entramos no carro e Jacob deu a partida.

Senti seus olhos no retrovisor enquanto Nahuel brincava com meus cabelos.

Ensinamos á ele o caminho da escola e logo chegamos lá. Observei pela janela as minhas amigas conversando perto do portão.

Antes de sair do carro, dei um beijo digno de um Oscar em Nahuel como despedida. Jacob ficou surpreso, mas logo sua expressão foi voltando ao normal.

Nahuel apenas avisou o horário que Jacob deveria voltar para me buscar e logo depois saíram. Tentei desesperadamente avisar que eu iria embora sozinha, mas quando percebi, eles estavam quase desaparecendo de vista.

Eu estava na aula, mas uma coisa me preocupava: Quando fosse hora de ir embora, Nahuel não estaria comigo e Jacob com certeza inventaria algum assunto para conversar.

O sinal então tocou como se o tempo tivesse passado voando, e eu me preparava para o que viria.

Arrumei minhas coisas, peguei minha mochila, respirei fundo e passei pelo grande portão da escola.

Decidi ir embora a pé. Só caminhei poucos metros e logo vi a BMW vermelha da tia Rose me seguindo. Eu fingi que não tinha visto.

A janela abaixou e pude ouvir Jacob perguntar:

– Renesmee, o que está fazendo?

– Indo para a casa, não está vendo? E quanto á você?

Perguntei enquanto continuava andando. Tentei fazer a minha voz sair o mais mal-educada possível.

Jacob parou o carro, abriu a porta e finalmente saiu.

– Vim te buscar, é claro.

A minha curiosidade não me permitiu ignora-lo e acabei perguntando:

– BMW, Sério? Está querendo chamar a atenção de alguém? Onde está a Mercedes do vovô?

– O doutor Cullen foi chamado para fazer plantão no hospital, por isso precisou do carro.

– E então minha tia Rosalie te permitiu pegar o precioso carro dela?

Perguntei, sem acreditar que Rose deixaria uma coisa dessas.

– Bom... Sim! Ela foi obrigada pela sua mãe, mas acabou permitindo.

– Pelo menos não é o Porsche da tia Alice.

Nós dois rimos e percebi que estávamos começando a conversar naturalmente. Congelei na hora. O que eu estava fazendo? Aquilo estava tomando um rumo perigoso. Decidi voltar a ser rude.

Revirei os olhos e continuei andando.

– Renesmee, por favor, entre no carro. É perigoso andar sozinha.

– Em primeiro lugar: Que intimidade é essa? É “senhorita Cullen” e não “Renesmee”. Em segundo lugar: Você não é meu guarda-costas para me dizer o que é perigoso ou não.

– N-Nessie, eu...

Ele gaguejou sem saber direito como iniciar a conversa.

– Nessie? Eu não te dei permissão de me chamar assim.

– Você... Não se lembra de mim?

Jacob finalmente fez a pergunta de um modo cauteloso, mas ainda com o sorriso torto de que eu me lembrava.

Quase baixei a guarda, mas logo voltei a ser fria e indiferente com ele.

– Não! Eu não me lembro. Para mim você é apenas... Um empregado.

O sorriso dele desapareceu e a expressão de alegria deu lugar á raiva.

– Sua mãe me contratou como seu motorista particular! Esse é meu trabalho... E é exatamente isso o que eu vou fazer.

Logo depois de dizer isso ele me ergueu em seu colo me deixando pendurada pelo seus ombros, e foi em direção ao carro.

Eu dava socos em suas costas e me debatia como uma criança fazendo birra.

Jacob abriu a porta da BMW e me jogou lá dentro.

– Me solta! Me solta, seu... TROGLODITA!

– Você não mudou nada sabia? Continua sendo mimada. Alias... Piorou com o passar dos anos.

– E você... Continua sendo o brutamonte de sempre.

Ele apenas me ignorou e tomou seu lugar no assento do motorista.

Jacob seguiu o caminho todo me olhando pelo retrovisor, mas não disse nenhuma palavra.

Logo chegamos a casa e Jacob abriu a porta para eu sair. Apenas cruzei os braços e fiz bico.

– A senhorita “Mimadinha Cullen” vai mesmo querer passar a sua vida inteira dentro desse carro?

De má vontade alcancei minha mochila no banco e sai da BMW.

Entrei em casa feito um furacão.

– Como foi seu dia na escola, querida?

Edward me perguntou na sala. Ele havia acabado de chegar do escritório.

– Horrível! O novo motorista que a mamãe contratou é um... SELVAGEM!

Respondi, já subindo as escadas para o meu quarto e deixando papai sem entender absolutamente nada.

Bati a porta do meu quarto com tanta força que imaginei que o barulho foi escutado até no andar de baixo.

Abri o meu porta-joias pela primeira vez em muitos anos. Abri o colar dourado e peguei a foto de Jacob pronta para rasga-la, mas... Não o fiz. Por algum motivo não tive coragem de continuar com esse ato.

Coloquei a foto no lugar e apenas me sentei na cama me lembrando de tudo o que aconteceu.

As lagrimas irritantes voltaram e isso serviu apenas para me deixar ainda mais furiosa.

Eu me fingi de forte, mas na verdade, o que eu realmente queria era acreditar que ele nunca havia me esquecido e que eu sempre estive em seus pensamentos. Eu queria acreditar em uma mentira... E me senti muito idiota por isso.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido. Continuem acompanhando e não se esqueçam dos comentários.
Bjos. :D