As regras e o Diário - Segunda temporada escrita por Mia Chan, Luna Vermillion


Capítulo 10
"Mas todos possuem o seu lado insano."


Notas iniciais do capítulo

*Le musiquinha de faroeste tocando ao fundo*
Mia: Está pronta para a batalha Luna-san? *coloco uma toquinha de neko*
Luna: Sim, será de dessa vez conseguiremos algum comentário? *coloco uma toquinha de coelho*
Mia: Só veremos isso no final... *pego minha espada de madeira* Vamos a luta!
Luna: *com uma espada feita de espuma* ATACARRRR!



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POV Rin



– Você tem certeza Rin? - Disse Len em frente a porta da sala do conselho estudantil, as aulas já haviam acabado, e se podiam ver alguns alunos indo embora.

– Sim, é melhor eu fazer isso sozinha, mas ainda preciso da sua ajuda.

–Já que prefere assim... -Len entrou na sala, pouco tempo depois saiu, fechando a porta.

– E então? -Perguntei me aproximando.

– A Miku ta no armazém nos fundos do colégio, parece que o professor de educação física pediu pra ela pegar algumas bolas ou algo parecido.

– E Kaito?

– Ele foi pra casa mais cedo, parece que ele tinha algo importante pra resolver e liberaram ele.

– Ótimo! Sem ele vai ser mais fácil, eu vou la, não me espere ta? -Disse já saindo.

– Qualquer coisa você me liga. -Len falou segundo pelo caminho oposto.

Andei por vários corredores, alunos passavam por mim o tempo todo, mas quanto mais eu me aproximava do armazém, mais os corredores se tornavam vazios e silenciosos, em alguns corredores ate não havia luz ou as lâmpadas ficavam piscando.

Cheguei na porta daquele lugar e entrei, nunca havia entrado lá, e nem era tão grande. quase não havia luz, só tinha uma janela, o lugar era abafado e cheio de poeira, haviam varias prateleiras com caixas velhas, alguns livros e objetos que não saberia disser o que eram. Entrei, encostando um pouco a porta e comecei a procurar, apenas uma luz fraca de uma lâmpada garantia que aquele lugar não ficasse totalmente escuro,

Passei pelas caixas que ficavam no meu caminho sempre olhando em volta, o lugar estava silencioso demais, talvez ela já tivesse saído ou...

– CADE ESSA BENDITA BOLA? - Escultei uma voz gritando, seguido do barulho de algo caindo. - Mais uma prateleira que cai... Pensei que elas fossem mais resistentes.

– M-miku? -Falei um pouco assustada, o que será que ela andou fazendo aqui? Uma pessoa normal não derrubaria tantas prateleiras pra procurar uma simples bola! Fico pensando se é seguro ficar sozinha com ela, e se foi mesmo uma boa ideia ter vindo pra cá.

– Rin? O que você ta fazendo aqui? - Miku falou com raiva.

– Bem... Eu vim pedir desculpas...

– Esta bem, está desculpada, já pode ir embora. -Miku falou voltando a procurar a bola em algumas caixas.

– Serio? Sem drama ou ataques de raiva? Valeu. - Fui em direção a porta.

– Eu sabia... Você ainda pensa que eu sou louca...não é?

– Ei! Eu não disse... Isso... -Ouvimos o som de algo sendo trancado, seguido de passos que se distanciavam vindos do lado de fora.

– Essa não... - Nós duas fomos ate a porta, tentamos abri-la mas ela estava trancada. -Que droga! - Ela socou a porta com força, e eu comecei a me afastar.

– E-essa não... - Me sentei no chão. -O que vamos fazer? - Meu coração começou a bater mais rápido, minha respiração festava acelerada, meu corpo tremia e parecia que aquele lugar estava encolhendo cada vez mais.

Por favor, aquilo de novo não!


POV Miku



Rin começou a suar, seu corpo tremia, ela colocou suas mãos em seus ouvidos e movia a cabeça freneticamente.

– ALGUÉM ME TIRA DAQUI! - Ela gritou, se levantando, então pegou seu celular o jogando na parede.

– RIN! Podíamos pedir ajuda pelo celular!

– Ele ta sem bateria, e o seu? -Ela se apoiou na parede.

– Eu não trouxe...


– Que droga!- Ela coloca as mãos sobre o rosto - Nós temos que sair daqui!

Então Rin corre para a porta e começa a bater na mesma.

– Socorro! Alguém me tira daqui! - Ela gritava enquanto espancava a porta.

– Rin calma! Nós vamos conseguir sair daqui, só relaxa - Eu tentava acalma-la, mas não adiantou.

Ela se jogou contra a porta, e começou a gritar.

– Não! Eu tenho que sair daqui agora! - Então ela abaixou-se com a mão na cabeça- Eu vou morrer, eu vou morrer - Ela sussurrava.

Então me sentei na frente dela.

– Rin para! Nos vamos conseguir sair, só temos que esperar alguém vir aqui, eles vão sentir a nossa falta com certeza!- Eu disse.

– T-ta eu vou tentar - Ela respondeu tentando conter a respiração ofegante.

Ficamos por alguns segundos sentadas uma ao lado da outra, sem dizer nada. Eu observava algumas possíveis saídas. Existem apenas três saídas, a porta que está trancada, uma janela que tem uma grade do lado de fora, que torna impossível a passagem, e por ultimo o ducto de ventilação. É pequeno, mas dá para passar tranquilamente.

– É isso! - Disse me levantando rapidamente.

– Oque foi? Pensou em algo? - Perguntou Rin.

– Nós podemos tentar sair pelo ducto de ventilação!- Eu respondi.

– Impossível!- Ela disse.

– Por que? - Perguntei.

– Você ainda não percebeu? - Ela me olhou nos olhos tremendo e suando ao mesmo tempo - Eu sou claustrofóbica Miku!

– Eeeh?! - Respondi surpresa e ela fez careta - Bem, isso explica todo esse seu nervosismo.

– Ta! Mas é impossível para mim sair por esse ducto- Ela choramingou.

– Eu posso sair e abrir por fora - Eu disse.

– Eu não quero ficar sozinha aqui - Ela escondeu o rosto com os braços.

– Não se preocupe Rin! Pode deixar comigo, eu vou tirar a gente dessa! - Eu disse sorrindo. Então ela sorriu de canto.

– Okay, mas como você planeja conseguir entrar ali?- Ela perguntou apontando para o ducto.

– Eu posso subir naquelas caixas, para conseguir alcançar- Respondi, puxando as caixas que estavam muito pesadas- Me ajuda aqui por favor?

– Ta! - Rin respondeu.

Então com ajuda dela consegui puxar as caixas, e empilhamos elas de forma que eu conseguisse subir sem me desequilibrar.

– Como você ainda não desmaiou ou coisa do tipo? - Perguntei.

– Eu sei me controlar, mas por dentro ainda estou em panico - Respondeu ela deixando a perna bambear.

– Ta aqui vou eu- Disse puxando a grade do ducto- Isso não quer sair!

– Tinha que ter outra coisa pra atrapalhar! - Resmungou Rin.

Continuei tentando ate machucar a mão.

– Ai! - Gritei.

– Miku se afaste! - Rin disse correndo pra cima do ducto com um taco de beisebol.

Ela parecia estar descontando toda a raiva, depois de tantas batidas a grade que protegia o ducto caiu.

– Onde você arrumou isso? - Perguntei apontando para o taco ainda surpresa.

– Ali tem uma caixa cheia desses - Ela riu.

– Bem agora é a minha vez - Disse subindo nas caixas e entrando no ducto.

Eu fui me arrastando até encontrar uma encruzilhada. Decidi seguir à direita que havia um pouco de luz no final. Chegando no final consegui sair do ducto facilmente.

Ralei um pouco o joelho por me arrastar lá dentro, mas pouco importa. Finalmente eu estava fora do ducto, então corri para frente do armazém.

– Rin! - Gritei.

– Miku você conseguiu! - Ela parecia feliz.

– Vou te tirar dai só espere um segundo- Disse olhando para os lados, procurando a chave. -Onde ela pode estar... Achei! - Peguei um molho de chaves que estava em uma maçaneta. -Ainda bem que a seladora esqueceu de pegar de volta.

Quando consegui abrir a porta, Rin pulou encima de mim com os olhos cheios de lagrimas.

– Calma Rin, já está tudo bem! Nós conseguimos - Eu sorri.

–Bem... -Ela limpou as lagrimas. -Vamos sair daqui!

Começamos a correr pelos corredores ate a saída, mas não encontrávamos ninguém pela escola, e nenhum barulho. Ate que chegamos na portão que nós daria a liberdade.

– Rin... -Falei ao olhar para fora pelo vidro da portão da saída. - Quanto tempo nós ficamos trancadas?

– Acho que mais do que o esperado...

O céu estava escuro, já deveriam ser uma 7:00 da noite.

– O que vamos fazer? -Falava Rin enquanto eu tentava abrir a porta, sem sucesso.

– Bem, podemos esperar ate o dia amanhecer e abrirem o colégio de novo, tentar fugir ou...

–Ou...? - Rin esperava a minha resposta.

–Ou procurar alguém que ainda está aqui! As luzes ainda estão ligadas, então alguém deve estar limpando, arrumando, dormindo, ou sei la o que. Mas precisamos procurar alguém.

– Esta bem, eu procuro pelos corredores da esquerda, e você os da direta. - Cada uma foi pra um lado, passei pelas salas de aula, a biblioteca, os vestuários, menos no masculino, tudo bem que não tinha ninguém mas... Enfim, eu ainda estava com o molho de chaves em mãos então poderia entrar em qualquer sala, o que facilitava minha vida, mas nem isso adiantou pois não encontrei nenhum sinal de vida.

– Rin cade você? - Gritei em frente ao refeitório.

– To aqui! -Ela falou sentada em uma das cadeiras do refeitório, bebendo uma lata de refrigerante e comendo biscoitos.

– Onde você conseguiu isso? -Perguntei, me sentando ao seu lado.

– Naquela maquina ali. Eu ainda tinha algumas moedas sobrando.A peguei pra você também. - Ela me deu uma lata de refrigerantes e um pacote de biscoitos fechado.

– Obrigada, mas não era preciso... - Abri o refrigerante e tomei um gole.

– É o minimo que eu podia fazer por você ter me ajudado tanto no armazém... Eu não sei que eu faria se tivesse no seu lugar.

– Eu é que não saberia o que fazer no seu lugar, deve ser terrível passar por aquilo.

– Bem, eu já tenho isso a uns 5 anos, mas consegui tratamento e aprendi a me controlar, mas parece que tudo voltou naquele instante... Muito obrigada por ter me ajudado, por não ter me ignorado por causa de tudo o que eu falei de você, por ter te magoado... -Rin falou com a cabeça baixa.

– Bem... é isso que amigas fazem não é? -Ela olhou pra mim e me abraçou.

– Por favor, não vamos mais brigar, eu não gosto disso, é horrível...

– Não vamos, e dessa vez nem a loucura ira nos separar, não é? -Disse sorrindo, e ela sorriu de volta, desfazendo o abraço.

Acabamos de comer e começamos a andar pelos corredores, depois de um tempo desistimos da ideia de que alguém ainda poderia estar ali, então nos sentamos da escada.

– Nunca andei tanto na minha vida! - Falou Rin, cansada assim como eu. -Bem que poderíamos nos divertir por aqui né...

– Melhor não,se descobrirem que destruirmos algo, seremos suspensas, ou ate expulsas!

– Que droga! E pra completar esse molho de chaves é inútil! Aposto que tem ate a chave da sala do diretor mas do portão que é bom nada! -Reclamou Rin .

– Pera... É isso! - Me levantei da escada, e Rin meio sem entender fez o mesmo. -Ainda não procuramos por la!

– Mas é impossível, é proibido alguém alem do diretor entrar la sem autorização! Se lembra do ultimo desavisado que tentou? Foi expulso na hora, e nem era aluno, era o eletricista!

– Nosso diretor é um pouco paranoico com isso...O que será que ele esconde naquela sala?... Bem isso não importas, vamos logo. -Seguímos para a sala do diretor, a porta não estava trancada pra nossa supresa.

– Mas o que... -Falou Rin tentando segurar o riso, quando abrimos a porta vimos a seladora dormindo na cadeira do diretor, com os pés sobre a mesa, algumas pastas com papeis estavam abertos sobre a mesa. -Acho que alguém vai se dar mal com o diretor...

– Vamos acordar ela e sair daqui. -Tentamos acorda-la, a chamamos e mexemos, gritamos e empurramos, berramos e quase a derrubamos da cadeira, mas acordar que é bom nada.

– Acho que ela morreu lendo esse papeis ai. -Disse Rin dando uns passos pra trás, se afastando da mesa.

– Ou ela virou pedra mesmo. -Ouvimos um barulho. -O que foi isso?

– Não tenho uma bola de cristal pra adivinhar, então venha detetive Miku, vamos desvendar o caso do "barulho misterioso"! - Ri um pouco e fomos em direção do barulho, ate que o chão começou a ficar escorregadinho...

– Água? De onde ela ta vindo? -Perguntou Rin olhando pro chão cheio de água. -Essa não... Rin sua idiota! -Rin começou a correr e eu a segui, mas acabamos escorregando e deslizamos ate o lugar de onde estava vindo a água, o banheiro masculino.

– Não me diga que foi você? -Falei tentando me levantar, mas cai sentada no chã novamente.

– Eu sempre quis ver o que tinha la! A curiosidade foi mais forte do que eu!

– Mas você podia ter fechado a a torneira!

– Não dava... Ela quebrou... Ai eu sai e fingi que nada tinha acontecido... Você vai me matar não é? -Rin engoliu em seco.

– O que você acha?... Não é pra isso que servem as amigas? VOLTA AQUI! -Rin começou a correr, mas sempre que dava cinco passos ela escorregava, e como eu estava na mesma situação a nossa perseguição foi a nado mesmo.

– Muito bonito isso em? -Falou uma voz atras de nós, engolimos em seco, nós firamos e vimos a seladora com cara de brava, a água já havia parado de vazar, então ela já devia ter fechado o registro.

– Quer disser que com barulho de água caindo ela acorda, mas com berros não? -Sussurrou Rin.

– SILÊNCIO! -A zeladora gritou. -Vocês sabem o trabalho que vai dar pra mim limpar tudo isso? E sabiam também que não é permitido que aluns fiquem ate essa hora da noite no colégio? Você estão muito encrencadas mocinhas, no minimo pegarão suspensão ou uma expulsão, vocês estão em minhas mãos agora e...

–Não tão rápido! -Falou Rin se levantando. -Já não bastava o Piko e agora ate a seladora ta fazendo chantagem? Essa escola é pior do que eu pensava... Olha aqui, nós poderemos ser expulsas, mas iremos levar você com a gente!

– Como assim? - A seladora perguntou.

– Sabe, o diretor odeia bagunça e desordem, mas sabe o que ele mais odeia? Que entrem em sua sala!

– E pior. -Me levante também. - Que mexam em seus papeis... E não acho que ele gostaria de saber que alguém sentou sem sua cadeira e colocou os pés na sua mesa...So acho.

Esperamos uma reação da seladora, ela parecia bem irritada.

– Ta bem, eu não conto o que vocês fizeram e limpo tudo, e você ficam de bico fechado, estamos combinadas?

– Não. - Respondeu Rin. - Você nos trancou naquele armazém, e nem venha com "não tinha como eu saber que tinha alguém la dentro", porque não custava abrir a porta e conferir! Eu entrei em pânico la dentro! Queremos que nós tire desse lugar, e nos leve de carro pra casa, porque eu sei que você tem um. - Rin cruzou os braços. - E ai? É pegar ou larga.

– Pense pelo lado bom, aceitando você se livra de uma demissão e um processo por danos morais como brinde. -Falei, a seladora não tinha escolha, e finalmente cedeu.

– Ta legal! -Ela pegou uma chave do bolso. -Ei, cade os as outras chaves?

– Tão esquecida... Vê se toma mais cuidado na próxima. - Joguei as chaves para a seladora, e ela seguiu para o portão, e nós a seguímos.

– Espera ai, vocês não acham que vão molhar meu carro, acham?

– Acho que não tem como não molhar...ne? -Falou Rin, nosso uniforme estava ensopado.

– Venham comigo. -Ela nós levou ate a enformaria, onde tinha algumas blusas e calcas limpas. - Tem toalhas no armário, vistam isso e me encontrem no estacionamento.

A obedecemos e vestimos as roupas, tinha um armário cheio delas, então não acho que vão sentir falta de uma ou outra.

Chegamos no estacionamento, entramos no carro e ela nós levou ate nossas casas.

– Rin, o que você vai falar pra sua mãe sobre a demora? -Perguntei, ainda estava dentro do carro, e Rin já estava saindo.

– A verdade uê, que eu estava com você e que não percebi o tempo passar, e só consegui voltar agora. - Ela riu.

– Lembre-se: Nada aconteceu, certo? - A seladora perguntou pela milésimas vez.

– Sim senhora. -Rin fechou a a porta do carro e entrou em casa.

Depois de alguns minutos chegamos na minha casa, me despedi da seladora e entrei em casa, me jogando no sofá e deixando o meu uniforme molhado cair no chão.

– Bem, tudo acabou bem no final, Rin e eu voltamos a ser amigas e a nós aceitar.

Afinal podemos julgar os outros por seus loucuras...

"Mas todos possuem o seu lado insano."


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Notas finais do capítulo

Luna: Cadê meu caminhão de chocolate? * Aponta arma*
Mia: É....é...Olha ali! *aponto pra um caminhão estacionado*
Luna: Eu te amo Mia-chan! *Corre para dentro do caminhão*
Mia: Coitada... sempre cai no mesmo truque. PODE LEVAR ELA! E DESSA VEZ DEIXE SEM CHOCOLATE!
Luna: Sem chocolate? ;-;
Mia: E da próxima fica sem lasanha também! Enfim... obrigada por ler, não seja mais um "número", apareça e faça com que essa fanfic não desapareça!



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