E lá venho eu de novo... mas dessa vez aconteceu alguma coisa que eu bem que gostaria de contar para alguém... é, talvez amigos próximos não sejam uma coisa tão ruim assim...

Bem, o fato é que eu estava sozinha, como sempre, no laboratório de informática dando manuntenção nas máquinas – tenho que ganhar algum dinheiro, não é? E bancar a babá está fora de questão, já ouviu uma criança chorar? Não, obrigada. – Enfim, estava lá ouvindo minha música calmamente quando senti uma mão no meu ombro. Quase infartei, mas me recuperei e virei para trás e quem estava lá? Oliver Queen! Filho do milionário dono da Queen Consolidateds, o cara mais popular da escola e mais gostoso. Porque como não reparar nele? Alto, braços fortes, peito largo, rosto anguloso e a boca... não! Chega! Melhor nem pensar mais nisso. O fato é que ele estava lá na minha frente tentando falar comigo e eu não ouvindo nada por causa da porcaria dos fones de ouvido! Como consigo?

Quando finalmente tive a brilhante ideia de tirar os fones, ele olhava para mim como se eu fosse uma imbecil. Pensando bem, naquele momento me sentia uma, mas isso não vem ao caso. Consegui me acalmar o suficiente para pedir que repetisse o que tinha falado e aí veio a surpresa maior. Não, ele não me chamou para um encontro, sem exageros. Até porque ele namora Laurel, a menina mais popular da escola, presidente do conselho e tudo mais. Perto dela com seus vestidos caros e sapatos de salto, eu com meus tenis sou invisível na melhor das hipóteses.

Enfim, ele foi me pedir ajuda. Ele, Oliver Queen. Para mim. Felicity Smoak. Tudo bem que seria apenas tutoria em matemática e física, mas ainda assim. Claro que aceitei. Como recusar? Ainda mais que seria paga, o que agilizaria a compra de umas peças para um upgrade no meu computador. Mas assim que aceitei ele só disse “legal, depois da aula amanhã?” e foi embora depois de eu acenar com a cabeça que sim. Tão rápido como chegou foi embora e eu lá, de volta aos dinossauros da escola...