Em Busca da Fama escrita por fdar86


Capítulo 1
Capítulo 1: Uma proposta tentadora




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Cristal e Polly têm muito em comum. As duas são aspirantes a modelos, amadoras em busca da fama, capazes de tudo por ela.

Cristal é mais experiente, estudou moda & dança, e sua vida toda foi ouvindo de seus pais a alegria que teriam em ter uma filha "famosa, daquelas de hollywood". Cristal, apesar de vir de uma família muito humilde e de já ter passado fome em seu passado, é uma pessoa muito privada, podendo se passar como uma pessoa metida e arrogante por pessoas que desconhecem seu real caráter. É uma garota muito meiga e gentil, além de muito bem apanhada, de rosto, de corpo, e no modo de se vestir. Sempre bem alinhada na moda, e sem muitos exageros.

Já Polly, com um rosto invejável, e o corpo, digamos que no ponto, também veio de uma família humilde, do interior da cidade, mas era muito crítica com seus comportamentos, e não perdoava qualquer falha. Não teve condições de estudar moda, já que seus pais nunca apoiaram sua idéia. Entretanto, tem um invejável dom natural para moda e dança. Perdeu seus pais há alguns anos, e finalmente conseguiu um dinheiro extra - trabalhando como garçonete em um restaurante da sua cidade - para poder tentar ganhar a vida, e realizar o seu sonho de desfilar.

As duas se conheceram em uma audição para recrutar uma única modelo para a Agência de Fotoworkshops "Look Style Corpore", muito famosa na capital, com extensões em vários outros estados do país. Polly gostou logo de cara da Cristal, impressionada com sua postura de palco, e sem muito conhecimento, decidiu se guiar pelos seus movimentos na hora de sua apresentação. Dito e feito, mas ainda assim Cristal a superava na simpatia e performance no palco, e devido a sua experiência, logicamente saiu vencedora.

Polly, apesar de não a conhecer, intrigada pela sensação boa que ela lhe passava, quis cumprimentá-la na saída e, agindo contra todos seus princípios anti-sociais e tímidos, se aproximou da moça, até animada.

- Olá, como vai. Meu nome é Polly. Nós estávamos competindo para a mesma vaga.

- Ah, oi. - disse, com pouco entusiasmo, deixando a outra sem graça.

- Eu queria dizer que achei você muito... boa."Boa, apenas boa? Você veio aqui falar com ela para dizer apenas isso? Boa?", pensou com uma raiva profunda de si, pelo quanto conseguia ser incoerente e inexperiente, às vezes.- Obrigada.

- Realmente boa. - disse não conseguindo parar de pensar no quanto a outra a consideraria idiota por estar repetindo o elogio.Cristal olhou para a garota, finalmente surgindo um pouco de interesse em conhecer a estranha garota que havia vindo interromper sua concentração.

- Obrigada. Eu não lembro de você. Você estava no palco? - Polly ficou calada por um instante, pensativa, achando estranho a outra não se lembrar da pessoa ao seu lado.

- Eu estava do seu lado esquerdo.

- Oh, sim? - Cristal parou para pensar, e em poucos segundos Polly pôde perceber que a lembrança não foi encontrada, pela expressão facial da garota, que mostrava ser bastante transparente. E Polly soube antes mesmo de Cristal abrir a boca.

- Perdão pelo esquecimento, mas quando eu entro em uma audição eu entro inspirada para ganhar. Por isso não presto atenção aos outros em minha volta, para não ser desconcentrada com os outros passos. Qual seu nome mesmo? - disse parecendo simpática, pela primeira vez.

- Polly.

- Que nome bonito você tem! - exclamou, sinceramente.

- Ah, sim? Obrigada. E o seu, é?

- Cristal.

- Então... Olha quem está falando.Cristal sorriu para Polly, e a encarou bastante como se estivesse pensando em algo muito interessante a seu respeito, de uma forma que deixou a garota constrangida com aquele olhar fixo e profundo.

De repente, Polly foi chamada por um funcionário da agência."Provavelmente para assinar os papéis da contratação", pensou Polly.

No entanto, Cristal ao invés de partir imediatamente ao encontro do senhor, como Polly pensou, virou-se em direção à ela uma última vez.- Embaixo desse prédio à esquerda tem uma lanchonete. Me espera lá e a gente conclui o papo.

- Está bem.

- Disse uma Polly radiante. Teria sido convidada para conversar com a pessoa mais experiente do lugar. Seus olhos brilharam ao imaginar o quanto poderia aprender com aquela conversa.De repente Polly se deu conta de que a sua resposta nem ao menos tinha passado pelo seu cérebro, sendo totalmente automática.

E então, começou a achar estranho a situação, tomar um café com alguém que nem conhece.


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