The Four Secrets escrita por starqueen


Capítulo 28
Capítulo 27 - A Assasina


Notas iniciais do capítulo

HEEEEYYYY PESSOAS :D

PREPAREM-SE, PQ NESSE CAP TEREMOS TRETA ahsuahsuahs

Leiam as notas finais, vlw flw -q

Here we go...



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Eu estava treinando na sala de Gordon, juntamente de todos os outros dominadores e até o próprio Gordon.

Eu estava com a minha espada treinando contra um boneco de madeira — isso, um boneco de madeira. Era a mesma coisa que você lutar contra um zumbi deprimido —, enquanto Travis estava com seu arco e Helena treinava com a sua adaga. Os únicos sons que eu poderia ouvir era Matthew dando tiros intermináveis — e me dando olhares completamente irritantes a casa segundo, como se me pressionassem a acreditar no que ele disse hoje de manhã na cantina — nos alvos. Ele tinha uma péssima mira, mas ao menos sabia segurar um revolver direito.

— Chega. — eu ouvi Gordon dizer. — Todos podem terminar. Eu acho que treinamos até demais hoje. Podem ir. — ele deu uma pausa. Eu parei de lutar contra o zumbi deprimido, e fui guardar a espada. Os outros se preparavam para ir embora, até que eu ouvi Gordon dizer mais uma coisa: — Exceto a Sam, eu preciso falar com você.

Matthew me lançou outro olhar como se dissesse que eu ia morrer ainda hoje.

E os outros três dominadores foram embora.

Eu fiquei tendo mil pensamentos de coisas que ele poderia falar comigo naquele instante.

Gordon apenas deu alguns passos, se aproximando de mim e tentando ficar face a face comigo — já que ele era praticamente um gigante, o que não era uma tarefa fácil.

— Prepare-se. — ele disse.

— O quê? — perguntei. — Para o quê?

Ele respirou fundo.

— Sam, eu não deveria estar lhe contando isso e você não pode contar isso para ninguém, certo? — ele perguntou, e eu assenti, como um “sim”. — Olhe, analisando todas as situações, nós temos: 55% de termos uma grande guerra, como se fosse uma espécie de terceira guerra mundial. Com 35% teríamos a possibilidade de termos uma guerra “normal”, porém longa e ainda poderosa. E por último, temos 10% de ter uma guerra civil, muito maior que as outras guerras civis que tivemos na história americana. — ele deu uma pausa depois de falar isso. Parecia assustado. — De todas as maneiras, teremos uma guerra.

— Uma guerra? — perguntei. — Seria quem contra quem?

— The Owners contra qualquer tipo de criatura sobrenatural, sendo que eles já possuem um grande apoio de humanos do mundo todo, além de uma enorme percussão na internet. — Gordon deu uma curta pausa. — É provável que eles façam alianças rápidas com um grande rico de traição entre lobisomens e vampiros, e temos grandes chances de que metamorfos não participem dessa guerra. Mas de qualquer jeito, o foco está em vocês, os dominadores. Sam, você tem sorte de que a mídia ainda não viu o seu rosto ou nem sabe de sua existência, mas isso vai acontecer logo, e quando acontecer... As chances de que você morra nessa guerra no primeiro mês serão praticamente de 100%.

— Estas estatísticas têm algum fundo de verdade? — perguntei. — Vocês estão se precipitando.

— Passamos duas semanas fazendo esses cálculos. — ele contava. — Inicialmente, eu não achava que tinha uma guerra, mas ontem... — ele tirou algo do bolso. Parecia um papel meio amarelado e amassado. — Veja com seus olhos. É dos lobos. — Ofereceu o papel a mim, rapidamente o peguei.

Eu o abri sem demora, eu não poderia evitar que estava completamente curiosa sobre isso.

Era uma carta. E na sua direita, havia o selo “oficial” dos lobisomens, provavelmente, era algo realmente oficial deles. Naquela hora eu tive certeza que algo bom não vinha.

Ao departamento sobrenatural americano,

Em nome de todos os lobisomens do mundo, eu declaro ódio oficial contra vocês. Pode parecer até estúpido, mas eu diria que eram por causa de indiferenças. Grandes indiferenças entre vocês e nós.

Primeiramente: vocês nos usam como cobaias nos últimos cinquenta anos, esperando o maldito dominador de água que só veio agora, causando toda uma destruição por onde passa. Isso é um xingamento a nós. Somos exatamente iguais a qualquer humano, se não acredita, então tente diferenciar um lobo em forma humana de qualquer ser humano. Você não verá diferenças, aliás, seria até mais provável que achasse que o humano possa ser o lobo, quando na verdade ele não é. Nós podemos ser qualquer pessoa que você julga completamente normal. Nós somos humanos, diferente de alguns de vocês.

Nós, lobos, tentamos ser criaturas pacíficas até que nos ataquem primeiro, e vocês fizeram isso inúmeras vezes. Nos usaram como cobaias, mataram inúmeros de nós sem praticamente ter um motivo plausível. E isso nos leva ao segundo motivo: a nova dominadora de Água, Samantha Watters. Ela vem nos causando problemas com nossos irmãos do oriente lá no sul, no que vocês costumam a chamar de Oceania, e mais especificamente, a Austrália. Ela vem causando inúmeros danos nos últimos quase seis anos lá, além de causar o nosso mais recente massacre, sendo eu junto aos outros quatro dominadores, o que me leva ao terceiro e último ponto.

O massacre que ocorreu nos últimos dias, causado pelos quatro dominadores. Aquilo foi o maior xingamento e uma das piores coisas que aconteceram conosco nos últimos cinquenta anos. Em toda a nossa história, jamais recebemos um ataque tão pesado como esse. Era lua cheia, a maioria de nossos lobos ainda não tem a força suficiente para segurar sua transformação... Então, por que nos atacar? Não fizemos nada com vocês.

Eu, como a representante dos lobos afirmo que mesmo que os The Owners sejam bem mais confusos que vocês, nós iremos apoia-los caso aconteça uma guerra — sim, irá acontecer, preparem-se. E com isso, declaramos ódio ao departamento sobrenatural americano, e, especialmente, aos quatro dominadores, inclusive Samantha Watters, a última dominadora de água dos últimos duzentos anos.

Um lobo jamais se esquece.

Catlyn Kate Velasquez, representante oficial dos lobisomens,

Cidade do México, México.

Quando eu terminei de ler a carta — o que demorou mais do que o normal, porque além da minha leitura ser algo vergonhoso, eu não podia acreditar nisso — a minha expressão não deveria ser uma coisa lá tão “linda”. Eu me lembrei de Aaron Knight. Ele era um lobo. Provavelmente, ele deve ter algum plano de me matar ou sei lá.

— Teremos uma guerra. — murmurei, quase sussurrando. — Uma guerra. — repeti.

— Sam, eu não estou incentivando nada, mas tenha cuidado, prepare-se para isso. — Gordon disse. — Teremos uma guerra. E com toda a certeza do mundo, você seria o foco dela todinha. Não iria sobreviver muito, e além do mais, Wright não teria nenhuma escolha ao não ser de coloca-la responsável por toda a marinha e praticamente virar a líder da marinha americana. Os outros dominadores, exatamente como você, estão em grande perigo. Vocês viraram armas muito poderosas. — ele deu uma pausa. — Não confie em ninguém, entendeu? A maioria das pessoas aqui são falsas, apenas querem tirar alguma coisa de você.

— Quem? — perguntei. — Quem exatamente eu não devo confiar?

Ele deu uma pausa.

— Apenas... Não confie, certo? — ele suspirou, dando outra longa pausa. Então se virou, e deu alguns passos, se distanciando de mim. — Pode ir, Sam. Não fale isso para ninguém. Eu não lhe disse nada.

— Certo. — murmurei, e rapidamente saí da sala.

Enquanto eu andava pelo enorme e assustador andar — que incrivelmente, com uma grande criatividade e um senso de arquitetura incrível para a nossa época, ou seja, era tudo cinza —, eu evitei em pensar. Não, eu não queria mais pensar ou analisar qualquer situação. Minha mente já estava cheia até demais, eu sabia que se pensasse mais as informações poderiam fazer a minha cabeça explodir, o que não é algo lá muito bom, agradável ou normal para mim. Eu não estou a fim de virar um corpo sem cabeça, sabe?

Eu peguei o elevador — e mesmo que seja a única pessoa lá, passei pela a mesma humilhação de quase cair no chão do elevador de tão rápido que ele é — e fui até o meu andar, indo em direção ao meu quarto e finalmente dormir. Eu não ia trocar nenhuma palavra com Helena ou qualquer coisa assim, eu só queria me deitar na cama e esquecer de tudo. O que seria impossível, mas não custa nada sonhar com isso, certo?

A porta do quarto abriu-se automaticamente com a minha presença. Assim que eu entrei no quarto, todas as luzes estavam apagadas e estava numa escuridão terrível — não, quando as luzes estão apagadas sempre ficam em uma qualidade incrível —, e demorou um minuto para que a minha visão conseguisse se acostumar com a escuridão e ter uma imagem melhor do quarto. Certo, eu poderia estar com os olhos brilhando que nem um demônio verde, mas ao menos minha visão era melhor que as dos humanos normais.

Eu não vi Helena. Ela deveria estar lá, mas... Ela não estava lá. Nada naquele quarto poderia me dar ao menos uma pista de sua presença.

— Helena? — perguntei.

Ninguém respondeu.

Inicialmente, eu achei que fosse uma brincadeira de mal gosto, mas daí eu me lembrei que Helena era inglesa — não que eu esteja reforçando algum estereótipo de que os ingleses são sérios demais e sei lá do que, só estou dizendo fatos — e muito “formal”, ou seja, ela não faria uma coisa sem graça como essa.

Eu prestei atenção no local, para ver se conseguia ouvir ao menos algum coração batendo ou sinal de que outra pessoa estava ali. Não demorou muito, mas eu só consegui ouvir um coração batendo desesperadamente, ele batia tão rápido que eu achei que fosse uma espécie de tortura ou até que não fosse mesmo um coração. O sangue pulsava de uma maneira... Helena deveria estar desesperada por alguma coisa. Eu não sei o quê.

— Helena? — perguntei de novo. — Tem alguém aí?

Ninguém respondeu de novo.

Eu fiquei alguns minutos em silêncio, esperando que aparecesse alguma forma de vida ali. Eu sabia que tinha alguém ali. Seu coração batia desesperadamente, porém, a sua respiração até que estava bem regulada.

— Surpresa, Watters. — eu ouvi uma voz, rapidamente virei o meu olhar e pude ver uma figura conhecida. Porém, ele tinha um revólver na mão, e umas quatro facas em seu cinto.

General Rodriguez estava na minha frente, me encarando com um olhar meio assassino.

— General Rodriguez? — perguntei. — O que faz aqui?

Ele deu uma risada forçada.

— Watters, você deve saber de uma coisa aqui. — ele disse. — Não podem existir dois dominadores de água, sabe? E digamos que eu terei de eliminar um.

Eu tive um aperto no coração. Ele descobriu sobre a Kristen?

— Você? — fiz uma pergunta falsa, fingindo que não sabia de Kristen. Logo veio uma risada forçada e um pouco sarcástica. — Desculpe, coroa, mas eu acho que pessoas da terceira idade como você não possam dominar água, sabe?

Ele me encarou bem fundo.

— Eu tenho o gene real do último dominador de água. — ele disse. — Você não passa de uma farsante puro sangue! Você não honra seu sangue puro!

Eu ri mais forçadamente ainda, com um sorriso sarcástico estampado em meu rosto.

— Se eu sou sangue puro, então você não passa de um mestiço falso de merda. — eu disse. — Eu sou a última dominadora de água. Lide com isso.

Ele deu um pseudo sorriso sarcástico, mas ele não sabia fazer direito.

— E eu vou lidar, Watters. — ele disse. — Por tudo. Meu filho, a guerra, as pessoas que você...

— Não meta o Jeff nisso. — eu disse quase entre os dentes.

— Você corrompeu ele. — disse General Rodriguez, com ódio em sua voz. — Eu poderia fazê-lo mais forte que você e...

— Você o usava para pesquisas! — eu quase gritei. — Ele era praticamente um rato de laboratório!

— E quem se importa?! — ele gritava. — Eu poderia ativar o gene de dominação de água nele! Ele pode ser mais forte que você, entendeu? Você seria praticamente destronada desse seu posto ridículo de dominadora “importante” e depois morta!

— E o que você vai fazer agora, Rodriguez? — perguntei, irritada, porém eu não gritava. — Me matar? — eu forcei outra risada. Rapidamente a terminei, dando origem a outro sorriso sarcástico em meu rosto. — Vá em frente. Eu não lhe impedirei.

— Eu, como membro leal do The Owners vou lhe matar, Sam Watters. — ele disse. — Bem vinda aos seus últimos minutos de vida. Alguma palavra?

— The Owners? Você... Você é um deles! Ótimo, além de um velho inútil é um traidor.

— Fui eu, durante todo esse tempo que passava as informações dos dominadores aos The Owners. Foi eu quem estourou as bombas aqui e realizou os dois ataques. Fui eu quem lhe culpei pelas bombas. Fui eu que fiz tudo durante todo esse tempo. — ele deu uma pausa. — Eu tenho uma repulsa enorme por seres como você, sabe? Não humanos. Durante toda a existência humana, vocês sempre pisaram em nós usando todas suas habilidades incríveis, sempre nos fazendo sofrer, nos matando, chupando nosso sangue... — ele deu uma pausa, olhando fixamente para mim. — Eu sei que você sabe bem quando eu falei sobre chupar o sangue humano, não Watters? Você já fez tudo de ruim, não?

— Do que você está falando? — menti. — Chupar sangue humano? Não, isso é tão...

Ele forçou uma risada, mas não tão bem quanto eu.

— Eu sei de todos os podres dos dominadores. — ele dizia. — Podem parecer incríveis, fortes, velozes, visão e audição perfeita, mas quando estão fora de sí... Adrenalina, e em casos mais fortes, sangue humano. Você sabe como é. Quantas vezes tomou, Sam Watters? Tomava quando bem queria ou só em casos extremos de fome? O quão pobre você era para tomar sangue humano?

Eu queria socar a cara dele e fazê-lo parar de falar.

A história do sangue humano... Não é fácil de dizer. Eu não sou uma vampira — a grande prova disso é que eu ainda estou viva, posso comer comida humana e não saco as presas na hora que eu quiser —, mas sim, de certo modo, ser dominador tem muitas desvantagens do que vantagens. Quando eu tinha meus onze anos de idade e vivia praticamente na pobreza, eu tomava sangue humano. Não é algo que eu deva me orgulhar ou até falar com facilidade, mas sim, isso comprova que eu sou um monstro. Se eu não tenho comida, tenho sangue humano.

— Cale sua boca. — disse pausadamente, tentando manter a calma.

— Ah, Watters, não é bom tomar todo aquele sangue humano e sentir-se forte e completamente revigorada? — provocou General Rodriguez. — O gosto... É bom como dizem? Dizem que é praticamente um esteroide natural.

— Cale a droga da sua maldita boca. — eu disse pausadamente, só me segurando para não mata-lo aqui mesmo.

— É verdade mesmo. — ele dizia. — Você é um monstro, Sam Watters. E eu devo acabar com a sua existência antes que algo maior aconteça.

Ele mirou o revolver em mim, e em uma rapidez quase perfeita, atirou em direção do meu coração.

No mesmo instante, exatamente em estilo Matrix, eu me desviei da bala perfeitamente, que, acabou acertando a parede.

Então eu ouvi seu coração bater o mais rápido que eu vi em toda a minha vida.

— Você se desviou, demônio. — ele murmurou, pegando uma faca. — Terei de fazer com as minhas mãos.

Rapidamente, ele avançou para cima de mim, me fazendo cair no chão com ele em cima de mim. Suas mãos foram para a minha garganta, a apertando com toda a força do mundo, tentando me enforcar. Sua faca estava no meu rosto, ao ponto de qualquer movimento que eu fizesse ele pudesse fatiar a minha face todinha sem hesitar. Eu não me mexi. Queria ver até onde ele ia com isso.

Eu não posso matar mais outra pessoa.

— Adeus, Sam Watters. — ele dizia, passando a faca em meu rosto, porém, sem encostá-lo. Parecia mais uma ameaça mal feita.

Eu não respondi nada, por mais que eu quisesse.

— Não vai responder? — ele perguntou — Está com medo, dominadora de água?

Por mais que eu quisesse responder alguma coisa, continuei completamente quieta.

Então, um sorriso largo apareceu em seu rosto, e ele passou a faca no meu, fazendo um pequeno corte na minha bochecha direita.

Todos os meus planos de ser uma pessoa passiva e não matar mais ninguém foram torturados, crucificados, mortos e depois seus corpos foram deixados para que os cães comam. Eu senti a adrenalina correndo por todo o meu corpo. Eu não era mais a mesma.

Todos os meus pensamentos foram embora, sem dizer adeus ou até planejar uma despedida. Eu fui tomada por uma onda de ódio e sede de sangue muito grande, pela a qual não parecia tão estranha para mim como era a algum tempo atrás. Minha visão ficou perfeita. Eu comecei a enxergar no escuro melhor do que eu enxergo na luz. Minha audição ficou em um modo tão incrível, que eu conseguia ouvir qualquer som a qualquer lugar.

Mas, o som de um certo coração batendo me irritava muito. Eu queria acabar com esse maldito som.

Em uma reviravolta, eu mudei todos os movimentos, apenas em questão de segundos, eu fiquei em cima do General Rodriguez, pegando seu revolver e a sua faca. Ele se debatia inúmeras vezes, mas eu era bem mais forte e possuía um controle maior que o dele sobre isso. Coloquei a mão em sua garganta, o enforcando. Então, passei a faca em seu rosto, fazendo inúmeros cortes nele. Em questão de minutos, eu deixei todo o seu rosto parecendo com uma camisa rasgada, a diferença, é que em todos os cortes havia sangue. Eu dei um sorriso sarcástico, sem pensar muito. Ele ainda tentava todo o segundo mudar isso, mas ele não conseguia se mover. Eu não era uma pessoa lá muito forte, mas naquela hora ele parecia mil vezes mais fraco que eu. Eu conseguia prever todos os seus golpes.

Então, com a faca, provando que eu perdi totalmente minha consciência, eu a enfiei em seu olho direito, rapidamente a tirando. Ele berrou muito alto de dor, porém, seu coração ainda batia, o que me irritava muito. Eu queria calar aquilo de alguma maneira.

E, em um golpe rápido, eu enfiei a faca no coração dele.

E o som se fora. O seu coração parou de bater.

Eu ainda não havia voltado a minha consciência, ou seja, a adrenalina ainda corria fortemente em todo o meu corpo.

Eu olhei diretamente para o seu pescoço e tirei a minha mão. Seu pescoço estava praticamente perfeito, comparado ao rosto e seu peito direito.

Eu peguei a faca e fiz um corte em seu pescoço, na verdade, era um corte bem pequeno, mas ainda era o suficiente para a monstruosidade que eu iria fazer. O cheiro do sangue era bem forte, e conseguia chamar toda a minha atenção para ele. Eu não pensei duas vezes — até porquê, eu nem conseguia pensar direito — e movi lentamente o meu rosto até o seu pescoço, apenas sendo levada pelo o cheiro forte do sangue. Posicionei meus dentes no corte que eu fiz, e rapidamente, eu comecei a chupar o seu sangue, em uma velocidade terrivelmente assustadora.

Parecia uma cena de filme de terror, onde eu era a vilã da história.

Fazia muito tempo que eu não me alimentava direito. Aqui, na Área 51, eles praticamente nos dão uma comida muito fraca e em uma pouca quantidade para comer. Chupar o sangue dele foi algo inevitável. Eu estava sendo muito hipócrita, até porque eu já xinguei muito os vampiros por causa disso, mas... Droga, é muito difícil resistir a tudo isso. É muito difícil ser um dominador. Tudo que nós precisamos fazer são coisas completamente contra a moral humana, o que nos faz parecerem monstros. Bem, eu realmente sou uma.

Eu senti mais cheia e forte. Ainda assim, eu passei um tempão bebendo seu sangue. Ótimo, mais alguma coisa que eu deveria colocar em minha ficha de demônio “humano” vivo.

Então, toda a adrenalina ia indo embora. Me deixando ali, chupando seu sangue.

E a minha consciência voltou.

Lentamente — mesmo que com uma vontade em mim de tomar mais — eu ia afastando meu rosto de seu pescoço, parando de tomar o seu sangue. Eu sentia uma terrível vontade de tomar mais, mas eu sabia que deveria parar logo. Quanto mais sangue humano eu tivesse, mais a minha humanidade ia se esvaindo de mim. Assim que eu passei uns dois minutos sem sangue, a minha consciência voltou, o que era bom e ao mesmo tempo ruim.

Eu havia matado um homem, e tomado seu sangue. O pior: esse homem era o pai do Jeff.

Eu merecia um prêmio Nobel de pessoa mais retardada e hipócrita do ano. Aplausos para Sam Watters! Havia prometido para si mesma que não mataria ninguém e nunca mais tomaria sangue humano, e olhe só! Ela fez de novo!

Algumas lagrimas involuntárias saiam dos meus olhos. Eu não estava triste porque: “Ah meu deus, eu matei o General Rodriguez” eu estava mais para: “Eu matei uma pessoa, o pai do Jeff! E tomei seu sangue!”. Bem que eu queria enfiar aquela faca no meu coração e terminar com a minha vida naquele mesmo instante de tanto ódio e tristeza que eu sentia, mas eu não fiz. Eu era covarde demais até para me suicidar e terminar logo com toda essa grande merda que eu chamo de vida.

Eu saí de cima de seu cadáver e fiquei em pé, só olhando fixamente para ele. Eu me sentia um monstro. Toda a minha boca estava cheia do sangue dele e até tinha gotas de seu sangue pingando do meu queixo. Nem eu acreditava que havia feito isso. Então, eu comecei a chorar, o que era algo bem incomum, mas sim, estamos com a imagem raríssima do demônio pseudo dominador Sam Watters chorando e toda arrependida. Então, todas as imagens dos últimos momentos dos meus pais passavam pela a minha cabeça, como um flashback mal feito para melhorar ainda mais a minha perfeita e completamente normal situação.

Eu sou uma assassina.


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Notas finais do capítulo

PESSOAAAAAS, eu tava esperando pra escrever isso desde o começo da fanfic, sério mesmo ahsuahsuas Espero que tenham gostado ^^

A PLAYLIST DA FANFIC está pronta! LINK: https://www.youtube.com/watch?v=iO_WxYC34eM&list=PLh-ZJz2rQ97G3Gdq5HW-c7Pe8xAo9f3Mx Caso queiram fazer alguma alteração, tipo, tirar música ou adicionar alguma que vocês gostem e que tenha algo a ver com a fic, é só dizer nos comentários que eu mudo u.u

Se a Sam é foda é assustadora? É sim ashuashu Cara, se vocês ainda gostarem dela depois dessa merecem um prêmio pq né... OKAY, VO PARAR DE TENTAR FAZER O POVO ODIAR O BRILHO DESSA HISTÓRIA -q Mentira, o brilho disso sou eu -q

ENFIM PESSOAS, comentem aê pq eu to feliz pra caralho de finalmente escrever essa cena cara xD Meus 100timentos :')