The Girl-Problem. escrita por giovanacanedo


Capítulo 6
The world is falling down, falling on top of me.




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POV Alvo Dumbledore:

Eu estava de fato muito satisfeito comigo mesmo durante essas semanas, eu não conseguia acreditar, além de ter ganhado "Ordem de Merlin - Primeira Classe" eu estava sendo votado como um dos bruxos mais inteligentes do século, mas isso para mim não era nada.

Há tempos que ando me sentindo estranho, eu posso estar super satisfeito com tudo que tenho realizado durante esses dias/semanas/meses/anos, mas ainda sinto que estou vazio, sinto que estou incompleto, e a cima de tudo e de todos, me sinto triste por dentro, mas sempre ando feliz por fora.

Tento completar esse vazio com tudo, com livros, pesquisas, descobertas, mas a verdade é que eu não consigo, pois esse vazio se chama nostalgia, nostalgia do passado, nostalgia de sentir como era fazer parte de uma família, uma família em ruínas, claro, mas ainda assim, uma família.

E com esses e outros demais pensamentos depressivos que tomavam conta de minha cabeça, eu nem me dei conta de que havia ali, em minha mesa, uma coruja branca com olhos castanhos, bicando minha mão e com ela, uma carta que eu reconheci, pelo papel, ser do Orfanato onde Tom Riddle está.

Obviamente eu nunca me enganei com o jeito falso e hipócrita de Riddle, para ser sincero, desda primeira vez que eu o vi senti, dentro de mim, algo estranho, algo ruim, tão ruim quanto o que sinto quando estou perto do túmulo de Ariana, ou quando os Dementadores vem até Hogwarts fazer algum acordo e se sentam ao meu lado, o que me faz me sentir péssimo.

Respiro pesadamente e pego a carta, e finalmente a coruja(Muito Mal-Educada) para de me picar.

Querido Alvo Dumbledore, Professor de Hogwarts.

Quem está escrevendo aqui é a Sra. Cole, diretora do Orfanato onde o Sr. Riddle está, junto a ele, o Sr. Malfoy, o loiro, mas não é sobre os garotos que eu quero lhe escrever, na verdade é sobre uma garota nova, que veio dos U.S.A, o nome dela é Hanna.

A menina, assim como todos que habitam esse orfanato é orfã, ou era isso que eu pensava, mas calma, irei lhe explicar.

O orfanato que ela estava nos U.S.A fechou devido uma grande ameaça de Hitler sobre ele, então parte dos Orfãos vieram para cá, e outra para o orfanato Todd, que no momento não importa muito, se deseja saber.

Como de costume, eu pedi a Sra. Evans, a mulher que dirigia o outro Orfanato falar sobre cada Orfão que viria para cá, e o que ela me disse sobre Hanna não me agradou, aliás, me deixou com medo, muito medo.

Ela disse que a menina chegou lá com apenas dez anos, ela bateu na porta do Orfanato e estava suja, sangrando e muito agitada, então deram um remédio para ela dormir e descansar, sabe aquele que eu dava e fazia Riddle apagar por treze horas? Esse mesmo, mas ela me disse que esse remédio com Hanna não durava nem ao menos sete minutos, a menina acordava e vomitava contra a própria vontade o remédio e tudo que seu intestino tinha, era como um tipo de castigo feito pelo seu corpo.

A medida que a menina crescia, coisas más, muito más aconteciam, depois de brigas com crianças coisas ruins aconteciam, ela explodia janelas, ela lia livros estranhos, ela torturava pelos corredores, e ela sempre parecia nunca se arrepender ou não se lembrar do que havia feito, ela simplesmente assentia as broncas ou até mesmo, quando a Sra. Evans me admitiu chorando, que batia na menina para faze-la parar, ela disse que depois, a menina descontava tudo em outras pessoas, e uma vez, na própria Evans, que sabia que era a menina, mas não havia como dar queixa na polícia, já que não tinha provas.

Me contou também, que assim como as cobras seguem o Senhor Riddle, as aves seguem a srta. Hanna, mas logo entenderá.

Um dia eu estava lendo os nomes dos novos aqui, e eu li o sobrenome de Hanna, o que me intrigou muito, o sobrenome dela era Dumbledore, e eu sabia que já havia visto em algum lugar, então perguntei ao Sr. Malfoy se ele conhecia alguém com esse sobrenome e ele disse que conhecia você e um tal de Alberphorte ou sei lá o que, efim... Acho que ela é alguma coisa sua, e quero que venha confirmar, e sinto muito por isso.

Atenciosamente, Sra. Cole.

Ao ler a palavra Hanna e Dumbledore, eu cuspi tudo o que eu estava bebendo, e então vi meu mundo caindo, caindo em cima de mim, no caso.

E então me veio a cabeça aquela noite, de muitos anos atrás, onde eu conheci Kate, e... Não, não... Isso não poderia estar acontecendo!

POV Hanna:

Novamente eu queria listar os motivos de Odiar Riddle, mas eu, agora mais do que nunca, queria listar os motivos de me odiar, que eram muitos.

Eu não queria que Alvo soubesse que eu era sua filha, ele estava bem, ele estava ótimo na sua vida perfeita, no seu posto de Segundo Merlin, ele não devia estar sendo envolvido nesse inferno que é minha vida, ele não devia estar sendo posto no meio desse campo de batalha que eu estou colocando-o, ele não merecia ter sua vida e suas chances de conhecer alguém serem esgotadas por mim.

Tinha chance dele não vir aqui? Tinha, mas não eram muitas, ele não deixaria isso sem resolver, e o que a Sra. Evans disse sobre mim despertaria curiosidade em qualquer bruxo, parece até que sou um imã, e isso é uma droga.

Correr, era essa a minha única saída, e eu a fiz, com toda certeza, eu não deixaria Riddle me ver chorar, e por falar em Riddle... AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAh, que filho da mãe, desgraçado, mestiço idiota, filho da p... Argh! O odeio com todas as minhas forças e o que eu mais quero é mata-lo com tudo quer tipo de artes das trevas impossíveis e possíveis nesse mundo.

Sai do Orfanato em direção a uma praça trouxa perto de lá, e eu tinha certeza que eu me arrependeria muito por ir lá, mas eu ignorei por completo tudo o que eu cérebro e meu sexto sentido diziam e corri para lá. E ao chegar eu me arrependi.

Ouvia gritos de tortura de uma mulher, e eu não tinha certeza se eram os remédios fazendo efeito, ou se era algum seguidor de Gellert, então eu fui em direção dos gritos o mais rápido que meu corpo permitia, e a cada passo que eu dava eles ficavam mais agudos e mais difíceis de se definir de onde vinham e claro, eu já estava psicologicamente ótima, então foi terrível.

Cheguei no lugar, e ao vê-lo lá, meu ódio subiu, por conta dele eu tive que me esconder durante anos, por conta dele eu tive que matar dezenas de pessoas, homens ou mulheres, crianças ou bebês, eu tive que fazer, era eles ou eu, e isso não me agradava, eu nunca me conformava de que, de certa forma, ele mandava no jogo, e eu obedecia, eu era sua boneca, mesmo longe, eu tinha que fazer isso para não ter que ficar perto, e eu sei, não aguentaria ficar perto.

Gellert Grindelwald, meu titio filho da mãe.

Maldito que acabou com minha vida.

– Hanna meu doce, como vai...? - Ele disse, com um tom irritantemente alegre, e seus olhos me vistavam igual aos meus, o que era horrível, tanto para mim quanto para ele.

– Bem, titio...– Falei, irônica, com um sorriso psicótico e maldoso. - Vejo que já fez sua diversão matinal, não? O que era ela: Trouxa, mestiça, sangue-ruim...?

– Sangue-Ruim. - Ele respondeu simplesmente.

– Doente! - Falei, com um desprezo óbvio.

– Hanna, pra quê guardar tanto rancor...? - Ele falou, com uma cara de triste, como se estivesse arrependido.

Maldito.

– Pra quê? PRA QUÊ? Desgraçado, você matou minha mãe! - Eu falei irritada.

– Eu queria você, e eu teria você, e outra, Kate sabia, e você também não foi amigável, QUERIA VER AGUENTAR UM CRUCIATUS DE NOVE MINUTOS DE UMA CRIANÇA QUE ESTÁ EXPLODINDO DE MAGIA! - Ele disse amargo.

– Eu devia ter lhe matado, teria me poupado de ter que olhar para você! - Falei, rindo.

– Ora sua... - Ele disse apontando a varinha para mim, mas eu não dei chance e lhe cruciei antes dele fazer o mesmo, mas eu não usei varinha, na verdade usei os olhos, era de fato minha especialidade, eu vi que estava o matando e notei que não aguentaria se o fizesse, então, deixei-o desacordado e fui embora.

Entrei no orfanato e passei rápido pela Sra. Cole, que em olhou preocupada, mas eu ignorei, corri para o meu quarto, e quando eu entrei vi Riddle, então, antes que ele pudesse me atormentar com perguntas que eu sei que cedo ou tarde ele faria eu corri para longe, até chegar no terceiro andar, que lá ficava o banheiro feminino, então eu entrei e sentei em um box, e lá eu chorei.

E o mundo estava caindo ao meu ver, ele estava de fato, caindo em cima de mim, e o pior, eu sabia que isso era apenas o começo de um longo sofrimento.


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