[...] Responda-me se puder...
Não irei devorar-te se não me desvendar... Nem serás julgado se não souber...
Onde foi parar o mundo pelo qual lutei para ter?
Onde foram parar os sorrisos que semeei pelo meu caminho?
Onde foi parar o brilho nos olhos das pessoas pelas quais dei a mão para que se erguessem?
Onde foi parar o amor do coração destes pobres mortais?
Onde foram parar as canções que seguiam em coro com os acordes de minhas cordas prateadas?
Onde foi parar a felicidade deste mundo?
Eis que me vejo aqui, em lugar algum. Não conheço este mundo no qual vim parar.
Não sei de onde tirar forças para prosseguir lutando por aqueles que não desejam esperança.
Palavras belas e ideais perderam o seu valor para a cobiça e a maldade negra da alma daqueles que atribuíram valor a reles coisas materiais.
Onde foram parar as flores? As rosas e as margaridas?
Onde foram parar as canções e versos?
Onde foi parar a luz e o vigor da coragem que iluminava a sua trilha?
Responda-me aldeão. Responda-me se puder... [...]