Amor impossível escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 22
Reencontro.




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POV Chiquinha

Hoje, estou prestes a fazer uma surpresa para o Chaves, eu saí de casa de manhã pra ir para a escola, mas eu não fui, eu coloquei na minha mochila algumas roupas, uns trocadinhos e tal, mas de lá, fui direto para o aeroporto pra encontrar com ele, mas antes, liguei para o Sérgio e falei pra ele do meu plano.

–Nossa Chiquinha, isso é que é amor.- ele disse.

–Pois é, eu o amo tanto que sou capaz de tudo por ele. Você entende né?- eu disse.

–Entendo, eu também penso a mesmo coisa da Isabela.

–Sim, mas não conta pro Chaves que eu quero fazer uma surpresa pra ele.

–Ok então, onde você está?

–Acabei de sair do aeroporto, acho que estou a 2 km daí.

–Tá bom então.

–Tchau.

–Tchau.

Se você está pensando que eu vou estudar na PCA, onde o Chavinho está agora, está enganado. Eu vou é ficar sem estudar mesmo, pois quando eu me casar com o Chaves, ele vai ser o responsável pelos bens da casa, enquanto eu só vou cuidar dela, como toda dona-de-casa faz. Quando eu chego de frente para a PCA, comecei a andar devagar tentando encontrá-lo, mas não o vi em lugar nenhum, o jeito é esperar ele dar uma volta lá fora.

POV Chaves

Já faz quatro dias que estou aqui na PCA, ontem o Drake cantou umas músicas bem bonitas pra mim e pra minha turma enquanto conversávamos em uma fonte que tinha em um dos pátios da PCA, ficamos ali contando piadas, histórias antigas, a festa foi até de madrugada. Hoje, eu acordo e vejo que Drake e Josh estão dormindo, então, troquei de roupa, fiz minha higiene pessoal e fui lá pra fora, quando eu vejo Sérgio, Horácio e Esteban saindo de bicicleta.

–Ei Chaves, quer vir com a gente?- perguntou o Sérgio.

–Não vai dar cara, não tenho bicicleta.-eu disse.

–Não esquenta, eu te empresto a minha, aí eu fico com o skate.- disse ele.

Chegando lá fora, começamos a andar, quando o Esteban começou falando que estava gostando da PCA e de uma menina que ele conheceu no dia anterior, mas eu não dei a mínima, fiquei prestando atenção nele e na estrada, quando vejo uma menina encostada na bandeira da PCA, me parecia familiar, usava óculos, um pouco sardenta, espera, mas é a...

–Chiquinha!!!- eu gritei, saltando da bicicleta.

–Chavinho!!!- ela gritou de volta, correndo para os meus braços.

Em seguida, nós demos um abraço apertado de saudade, eu a girei no ar três vezes, enquanto ela ria, depois eu lhe dei um beijo e a minha saudade finalmente foi embora, o peso que estava dentro de mim finalmente foi embora. Chiquinha havia cumprido a promessa, ela me disse que não ia demorar pra ela vir aqui me ver, e quatro dias depois ela vem e me pega de surpresa.

–Como você conseguiu uma vaga pra estudar aqui?- eu perguntei, admirado.

–Mas eu não vou estudar aqui.-ela disse e eu senti meu sorriso desaparecer.

–Então, você vai estudar aonde?- eu perguntei, preocupado.

–Em nenhum lugar. Eu agora estou dividindo um apartamento com a Nanda, a Catarina e a Jéssica, aqui pertinho.- eu fiquei pasmo, como a Chiquinha vai ficar sem estudar durante todo esse tempo? Eu confesso que estava feliz por tê-la em meus braços novamente, mas essa história dela não estudar mais me preocupa.

–Não se preocupe Chavinho, tudo o que eu aprendi na escola é o suficiente pra gente viver quando a gente se casar. E tudo que eu não souber, mas precisar aprender, você pode me ensinar.- ela disse.

–Como assim?- eu perguntei.

–É, você pode ir lá no apartamento e me dar umas aulinhas.- ela disse, sorrindo.

–Desculpe te decepcionar Chiquinha, mas nem eu nem os estudantes da PCA podem sair daqui. Se passar dessa linha em que estamos, o aluno pode levar uma suspensão.- eu expliquei, essa regra não tinha até o ano passado, passou a valer nesse ano.

–Então você me ensina tudo quando se formar.- ela insistiu, eu tentei diversas vezes convencê-la de que isso era errado, mas por fim, cedi, a Chiquinha, quando cisma com alguma coisa, dificilmente muda de ideia. Depois, ela me levou até o apartamento que ela dividia com as amigas. Era um apartamento bem grande, deve ter custado uma fortuna, tinha uma sala com paredes pintadas de verde escuro, um sofá cama, uma televisão de tela de plasma, acho que tinha umas oitocentas e poucas polegadas sei lá, um tapete e a janela era grande, daquelas que para abrir, tem que arrastar pro lado, junto dela uma cortina bem grande. Adorei o apartamento, mas ainda tinha uma pergunta:

–É um bom apartamento Chiquinha, mas como você conseguiu que as meninas dividissem o quarto com você?- eu perguntei.

–É que a Nanda, é mãe da Catarina e da Jéssica, só que ela é separada do pai delas, então, a Jéssica vai ficar aqui com ela e a Catarina, que era da sala ao lado da nossa, vai morar com o pai, então, eu vou ficar aqui com elas. Não é legal?- ela explicou.

–Puxa, que história. Você teve muita sorte.- eu disse, rindo.

–É, muita sorte mesmo, mas isso não importa agora. O que importa é que eu estou aqui com você. Um dia, eu entrarei lá no seu quarto da PCA pra gente ficar mais tempo juntos.- ela disse, sorrindo.

–Vai sim, se Deus quiser.- eu disse, dando um selinho nela. Tava morrendo de saudade de beijar ela.

Quando voltei, contei aos meus amigos tudo o que a Chiquinha fez, e como ela vai fazer pra ficar aqui, eles escutaram tudo calados, mordendo o lábio de vez em quando.

–Olha o Chaves hein? Todo garanhão.- brincou o Drake.

–E você, ô pegador.- eu disse, rindo e dando um tapa no braço dele. Nós ficamos ali conversando por mais um tempo, até que eu vou pro meu quarto tomar um banho e a Chiquinha me chama no Skype. Eu atendi antes de tomar um banho.

Oi Chavinho.-disse a Chiquinha, rindo.

Oi Chiquinha.- eu disse, rindo também.

–O que vamos fazer amanhã?- ela perguntou, foi quando eu vi que tinha um braço bem ao lado dela, não resisti e perguntei.

–Quem é que está aí do seu lado? A Jéssica?- ela ficou meio espantada com a minha pergunta, mas confirmou.

–Sim. Jéssica vem cá.- ela disse- Esse é o Chaves, meu namorado.

–Oi Chaves.- disse a Jéssica, era uma menina linda, de olhos puxadinhos, cabelos lisos totalmente pretos com uma franja e lábios fininhos. Mas claro, não chega aos pés da Chiquinha.

–Oi Jéssica, prazer.- eu disse à ela.

Ficamos um tempo ali, tentando decidir como vamos fazer pra nos encontrar amanhã, já que eu não podia sair da PCA, mas não chegamos a nenhuma conclusão, então, despedimos-nos e eu fui tomar meu banho, quando saí do banheiro, já com o pijama, Drake e Josh estavam esperando eu sair, sentados na cama, mal eu saí e o Josh já foi logo pro banheiro. O Drake fez uma cara meio que de reprovação, quando eu perguntei, ele disse:

–Com certeza ele vai deixar pelo menos um fiozinho de cabelo dele no sabonete, e eu odeio tomar banho quando isso acontece.- ele disse, mas eu não entendi, desde quando isso é problema? Por fim, deitei na cama e dei boa noite aos dois, mas o sono levou uma hora pra entrar no meu corpo, pois eu fiquei pensando em como ajudar a Chiquinha a vir me ver, mas não achei nenhuma solução e acabei dormindo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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