Amor impossível escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 15
Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

essa capítulo vai mudar tudo o que já foi escrito até agora.



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POV Chaves

Eu não consegui acreditar naquilo, o tal Rodolfo tinha morrido, pelo menos foi o que minha mãe disse, como é que ele estava aparecendo ali agora? Inclinei-me um pouco mais pra frente pra escutar o que eles diziam:

–Você já foi casada com ele?- Seu Madruga perguntou.

–Fui, mas disseram que ele havia morrido num acidente de avião.- disse minha mãe.

–Foi tudo um grande mal-entendido, eu sobrevivi à queda do avião, porque quando ele caiu, eu estava no banheiro, que ficava na parte de trás, quando ele caiu, a única parte que ficou intacta foi a cabine do banheiro, por isso, passei vários dias em alto-mar até encontrar uma ilha, onde vivi os últimos anos e finalmente construí uma jangada, fiquei em alto mar por quase um mês, até que fui resgatado por um barco de pesca, eles me acolheram, me ajudaram a cuidar da aparência, barba, cabelo e tal, e agora tô aqui.-ele disse, fiquei boquiaberto com a história.

–E como sabia onde me achar?- minha mãe perguntou, impressionada.

–Eu não sabia, fui até uma de suas amigas modelos e perguntei, só que ela não me reconheceu e me disse que você estava aqui.- disse o Rodolfo.

–Vamos acabar logo com isso ou não?- disse o padre, impaciente.

–É vamos sim.- disse o Seu Madruga, já se virando para o padre, mas o Rodolfo puxou minha mãe pelo braço e a trouxe pra mais perto dele.

–De jeito nenhum, eu voltei aqui pra reconquistar minha mulher, e não vai ser você seu espantalho que vai me impedir!!- o Rodolfo gritou, fazendo um eco na igreja toda.

POV Chiquinha

Meu Deus, a história desse homem, o tal de Rodolfo, era realmente impressionante, cair de um avião e sobreviver, ficar preso numa ilha por anos e depois ficar um mês no mar, nem eu mesma acreditei naquela história, confesso que fiquei boquiaberta quando ouvi aquilo.

–Vamos acabar logo com isso ou não?- disse o padre, impaciente.

–É, vamos sim.- meu pai disse, virando para o padre, mas veio o Rodolfo com tudo.

–De jeito nenhum, eu voltei aqui pra reconquistar minha mulher, e não vai ser você seu espantalho, que vai me impedir!!- o Rodolfo gritou, sacando uma arma e dando quatro tiros no meu papai, que caiu duro no chão, meu coração disparou e parecia que ia sair pela boca.

–Papai, nãããããããããããããooooooo!!!!- gritei e tudo começou a ficar escuro, pensei que tivesse desmaiado, mas depois ouvi a voz do meu pai novamente.

–Filha, filha, o que aconteceu? Foi um pesadelo?- gritou meu pai, rapidamente arregalei os olhos e estava de volta ao quarto, percebi que foi tudo um pesadelo, abracei meu pai com tamanha força que ele estranhou.

–Filha, me conta como foi esse pesadelo.- disse ele, calmo.

–Ah pai, é que eu, o senhor, o Chaves e a mãe dele estávamos na rua indo não sei pra onde e do nada o senhor levou quatro tiros de bala perdida, ai foi horrível.- menti, porque pensei que se eu dissesse o sonho verdadeiro, ele poderia pensar que eu estava delirando ou algo assim, mas ele parece que acreditou, porque me deu um copo de água com açúcar.

Enquanto bebia, pensei em ligar para o Chaves pra lhe contar sobre o meu pesadelo, mas vi que ainda eram 3 horas da manhã, ele na certa, estaria dormindo, então, decidi não incomodá-lo e voltei pra cama, mas dessa vez, dormi sem nenhum pesadelo.

Acordei com muita do de cabeça por causa da luz do sol que entrava no meu quarto, então descobri que eram 11 da manhã, tomei um café com leite junto com pão com ovo e liguei pro Chaves, ele atendeu no segundo toque.

–Oi Chiquinha.- ele disse.

–Oi Chavinho.- eu disse.

–Tá com uma voz meio assustada, aconteceu alguma coisa?- ele me perguntou, preocupado.

–Nada, eu só não dormi essa noite, tive um pesadelo.-confessei.

–Jura? Me conta!- tive a impressão que ele sentou na cama em meio segundo.

–Meu pai estava se casando com sua mãe, aí veio um homem que pode ser talvez, o marido falecido dela...- comecei a contar, mas ele não me deixou terminar.

–Um que sobreviveu à queda do avião e ficou na ilha por anos até construir uma jangada e ficar um m~es em alto mar?- ele disse e senti minha boca fazer o formato de um "O".

–É, isso mesmo.Como sabe?- perguntei surpresa.

–Também tive esse sonho. Mas não entendi o que ele queria dizer.

–Nem eu.- eu ri.

– Mas de uma coisa eu tenho certeza: eu acho que depois desse pesadelo nós não devíamos contar que estamos "ficando".- ele disse.

–Também acho. Mas será que é isso que eles querem nos contar? Que eles vão casar?- perguntei confusa.

–Só pode né? Mas olha só, ainda hoje minha mãe vai aí na sua casa pra nos contar o que queriam, se eles realmente nos contarem que vão casar, finja que gostou da idéia tá? Senão eles vão nos perguntar porquê não gostamos e vamos ter que confessar tudo.- ele disse.

–Tudo bem, mas e a gente, como fica?- eu perguntei triste.

–Ué, a gente dá um jeito.- ele disse.

–Tá bom, tchau.- disse

–Tchau, até mais tarde.- ele disse.

Depois de um tempo, ele chegou junto com a Alejandra e eles pediram que nós sentássemos em um lado do sofá enquanto eles se sentavam no outro lado e finalmente disseram:

–Nós vamos casar.- disse a mãe do Chaves.

Então aquele sonho, foi na verdade, uma visão, agora, o grande amor da minha vida vai morar na mesma casa que eu e ainda vai ser da minha família. Não aguentei e comecei a chorar, de tristeza, mas consegui fingir que era de emoção.

–Filha, o que houve? Não gostou da novidade?- perguntou meu pai.

–Não papai, eu só fiquei emocionada.- menti, ele me abraçou e eu abracei a Alejandra também.

Eu estava duplamente triste, porque o Chaves, que eu amo tanto, vai se tornar meu meio-irmão e vamos ter que namorar escondido, mas não sei se vou conseguir.

Cinco meses depois, o dia do casamento chegou, Quico, Paty, Glória, Seu Barriga e todo o pessoal da vila estava presente, até os novos amigos do Chaves, Sérgio, Horácio e Esteban estavam lá, Quico estava com um terno azul marinho muito lindo, enquanto o Chaves estava com um terno preto igual ao do meu papai, só que o do meu pai tinha uma flor vermelha, só fiquei na expectativa pra ver se o tal do Rodolfo iria aparecer, não que eu quisesse mas era só pra ter certeza se o sonho era mesmo real, quando o padre disse: " se tem alguém aqui que queira dizer algo que impeça este matrimônio, que fale agora ou cale-se para sempre" Chaves e eu trocamos um olhar e olhamos juntos para a porta, mas o homem não apareceu, pensei em dizer que eu era contra esse casamento e mostrar para meu pai que eu amava o Chaves dando-lhe um beijo bem na frente dele no altar, pensei se fazia ou não, mas não tive tempo de decidir, porque logo o padre continuou com as palavras de união.

POV Chaves

Eu e Chiquinha esperamos pra ver se o cara aparecia, mas ele não apareceu, então esperei até o final, mas mesmo assim, pude ouvir o padre dizer: "eu vos declaro, marido e mulher", agora, não teria mais como fugir, aquele sonho foi só meio-verdadeiro, nós quatro entramos numa limusine e seguimos em direção à minha casa, agora, eu e a Chiquinha teremos que dar um jeito de esconder nosso namoro deles, ela não quer namorar escondido, mas eu vou convencer ela, é só esperar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Deixem reviews.



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