Melhores amigos. escrita por Lunna


Capítulo 12
Capitulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oie amoras voltei!
Mas um capitulo,desculpe qualquer erro não tive tempo de revisar!
bjos boa leitura!



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Bruno dirigia o carro sem me olhar, ele estava serio e compenetrado. Eu também evita olha-lo e conversar também não era uma opção. O carro estava em silencio.

Eu olhava pela janela e logo percebi que o caminho que estávamos tomando não era o da escola, mas sim o caminho para o lugar onde fomos assim que saí do castigo. Castigo, aliás, que eu só estava por causa dele!

Bruno parou o carro no topo do morro e desceu, bufei e fiz o mesmo.

–Bruno, eu estou de castigo e devia estar na escola. Falei para ele que olhava o horizonte.

–Eu já te levo pra lá. Respondeu sem me olhar.

Bati o pé no chão impaciente com aquela enrolação.

–Será que o senhor pode me dizer o que quer?Ou ta difícil?

Finalmente ele me olhou.

–Porque não me contou que a Aline tinha voltado?

Ótimo!Ele vai me acusar agora. Era só o que me faltava.

–Não contei porque achei que era o melhor pra você!Respondi com sinceridade.

–Melhor pra mim?Você sabe como me senti quando vi ela naquela festa?

–E isso é foi motivo pra me abandonar sozinha, num lugar desconhecido?Isso é motivo?

– Eu não te abandonei!Quando voltei para te procurar você tinha sumido e eu precisava ouvi-la... E também estava bêbado, confuso...

–Isso!Ponha a culpa na bebida. Por que você não assume que você quis ir com ela?

–Eu quis sim!Eu precisava saber!

–E aí o que você sabe agora, que não sabia antes?

–Ela não quis fazer aquilo, foi tudo sem pensar.

Pronto, quando ouvi aquilo tive um acesso de riso. Não quis fazer aquilo?

–Do que esta rindo, luna? Não conseguia responder, estava quase sem ar de tanto rir.

–Para com isso! Ele pediu segurando meu braço.

Meu riso cessou e passei a fitar aquele par de olhos que me deixam tonta.

–Ela pediu pra voltar comigo.

Senti meu estomago revirar, uma tristeza invadiu meu corpo. Baixei o olhar de imediato.

–E você voltou com ela?Falei num sussurro de voz.

–Não, não voltei...

Ele soltou meu braço, mas ainda mantinha os olhos em mim.

Um fio de esperança surgiu dentro de mim, talvez ele tenha finalmente mandado a vaca da Aline ir pastar.

–Porque não?Perguntei voltando a encara-lo.

–Por que preciso falar com você antes, tenho que saber se vai tudo ficar tudo bem entre a gente, como era antes.

Eu não acreditava no que estava ouvindo. Ele queria saber se ia ficar tudo bem entre a gente?Como isso é possível?Como ficaria tudo bem, se eu amo esse idiota e ele esta voltando para a ex dele?

–Você é o maior idiota que eu conheço!Não sei como pude ser sua amiga e não perceber o quão estúpido você é!Mas o que eu posso esperar do cara que não consegue se livrar da namorada louca e resolve usar a melhor amiga nos planinhos infantis?

–Porque esta falando assim comigo?Você sabia desde o inicio que tudo entre a gente era apenas encenação.

Senti como se um punhal atravessasse meu coração, um tapa teria doido menos. “Apenas encenação?” Era isso que tudo aquilo significativa pra ele?Involuntariamente algumas lagrimas surgiram nos meus olhos. Droga, luna!Isso não é hora de chorar!

–Quero ir embora!Me leva daqui! Gritei para ele e fui em direção ao carro, entrando no mesmo.

Bruno logo entrou também, mas não ligou o carro.

–Anda logo com isso!Gritei novamente.

–É assim que vai ser?Assim que vai terminar nossa amizade?

–É, vai ser assim. Respondi e olhei pela janela, não queria olha-lo.

Alguns segundos depois bruno bufou e ligou o carro. Fizemos o caminho ate a escola novamente em silencio, em nenhum momento o encarei, não queria que visse as lagrimas que teimosamente desciam pela minha face.

Finalmente chegamos ao portão da escola, desci do carro de imediato assim que bruno o estacionou, não olhei para trás, apenas bati a porta e corri.

Entrei na escola e fui direto para o banheiro. Encostei-me na pia e deixei as lagrimas correm livremente,dentro do meu peito tinha uma dor que me consumia,nunca tinha sentido essa dor,nem mesmo quando descobri o Roger me traia.Era uma sensação nova,mas como eu queria nunca ter sentido essa dor.

Fiquei no banheiro ate conseguir me acalmar, já estava na segunda aula quando me dirigi ate a sala. Assim que entrei na sala senti os olhares sobre mim, provavelmente por causa da minha cara inchada de tanto chorar, ignorei todo mundo e me dirigi até o meu lugar de sempre ao lado do Fred.

–Meu deus, luna!O que aconteceu com você?Fred perguntou, fazendo cara de espantado.

–Nada. Menti e ele me encarou, sua expressão dizia: ”Me engana que eu gosto”.

Mas ele não perguntou mais nada durante as aulas seguintes, mas assim que chegou a hora do intervalo fui bombardeada pelos meus amigos.

–Vai dizendo, o que aquele verme fez dessa vez?Laura perguntou com seu mau humor habitual.

–Nada, ele só me levou pra conversar e me disse que talvez vai voltar com a Aline.Respondi com a voz fraca.

–Eu sabia!Ele ia acabar voltando para aquela vadia. Mas quer saber?Eles se merecem!

–Laura!Será que você pode ser um pouco mais sensível, a luna esta sofrendo. Vick que estava ao meu lado puxou a minha cabeça para seu ombro.

–Mas dessa vez a Laura tem razão!Aquele bruno não podia fazer a luna sofrer assim. Fred se manifestou.

Ficamos os quatros ali no intervalo juntos, conversando e tentando conter a fúria assassina da Laura. Logo o sinal para a aula soou e voltamos para a sala.

Durante as aulas decidi que não ia chorar mais pelo bruno, não ia ficar quem nem uma boba choramingando pelos cantos. E acabei me lembrando de que eu tinha uma coisa muito importante para fazer e tinha que ser hoje.

Assim que cheguei ao condomínio, comecei a me sentir perdida.

Grande ideia essa sua, luna!Repreendi-me mentalmente.

Continuei andando, sentindo que dava voltas em circulo, todas aquelas casas pareciam exatamente iguais. A ultima vez que estive aqui era à noite e digamos que eu não prestava muita atenção no caminho. Acabei desistindo de procurar, girei nos calcanhares a fim de voltar de onde tinha vindo, quando esbarrei em alguma coisa que me fez cair sentada.

–Droga!Reclamei e levantei o olhar para ver no que tinha esbarrado e foi então que vi que não era alguma coisa e sim alguém.

–Luna é você?O garoto sorri um sorriso sincero, enquanto estendia a mão pra me ajudar a levantar.

–A própria. Falei sorrindo também.

Agora na luz do dia Manoel era muito mais bonito do que eu me lembrava e muito mais alto também. Ele tinha cabelo preto e encaracolado, sua boca era grande também e carnuda e os olhos eram marrom esverdeado. Resumindo ele era muito bonito mesmo, sem falar no belo corpo.

Naquele momento ele estava sem camisa deixando seu belo tanquinho amostra, vestia apenas um short vermelho estilo de jogador de basquete e um tênis de corrida.

–O que faz aqui? Ele perguntou ainda sorrindo.

–Eu... Vim te agradecer. Falei meio sem jeito, me lembrando de que tinha vomitado no meio da sala dele.

O sorriso dele se abriu mais.

–Ótimo, mas que tal a gente ir pra minha casa?Preciso tomar um banho.

–Claro, vamos sim.

Seguimos para a casa dele, que era bem perto de onde estávamos.

Assim que passei pela porta, fui assaltada pelas lembranças da festa. Mexi minha de um lado para o outro tentando afastar aqueles pensamentos.

–Você quer alguma tomar alguma coisa, luna? Manoel perguntou enquanto nos dirigíamos ate a cozinha.

Fiz que não com a cabeça. O garoto pegou uma garrafa pequena de água e bebeu toda quase em um gole só.

–Os treinos me deixam morto. Ele falou quando abaixou a garrafa.

–Treino?

–É eu jogo basquete.

–Claro.

Ficamos em silencio nos encarando, um silencio constrangedor. Eu não pretendia ficar muito tempo ali, meu plano era apenas pedir desculpa e voltar correndo para casa e agora não sabia o que dizer.

–Não acredito que você esta aqui. Manoel quebrou o silencio e o agradeci mentalmente por isso.

–Eu tinha que vir te agradecer por tudo que fez por mim, obrigada por ter me levado pra casa aquela noite.

–Que isso, luna, não foi nada.

–Foi sim, meus pais estavam a ponto de chamar a policia.

Ele riu e eu ri também.

–Os pais são sempre exagerados.

Novamente o assunto morreu e voltamos a nos encarar. Mordi meu lábio de nervoso.

–Então... Era só isso que eu tinha pra falar, obrigada.

–De nada. Comecei a sair da cozinha, mas então me lembrei de que tinha mais uma coisa pra falar.

–E... Desculpa pelo que eu fiz.

–Ao que se refere especificamente?

–A tudo: a dança maluca e as coisas que eu falei e também por ter vomitado na sua casa. Terminei a frase completamente constrangida, mas ele continuava sorrindo.

–Pela dança não ter o que perdoar, afinal foi bem... Divertido e as coisas que você falou eu já esqueci, agora quanto ao vomito eu já te perdoei só não posso dizer o mesmo das pessoas que escorregaram nele.

–Que nojo!Fiquei vermelha igual a um pimentão e Manoel caiu na gargalhada.

Acabei sendo contagiada pela alegria dele e comecei a rir também. Estávamos os dois parecendo uns idiotas rindo.Foi então que olhei no relógio na parede da cozinha e percebi que estava tarde.

–Preciso ir! Falei dando meia volta e refazendo o caminho ate a porta da sala.

–Espera luna!Você vai de que?

–De ônibus.

–Não vai mesmo, me dá dois minutos para eu tomar banho e me arrumar e te levo.

–Imagina eu não quero incomodar.

–Isso não é uma opção. Ele falou serio.

E então meia hora depois ele estava estacionando o carro em frente a minha casa.

–Obrigada pela carona. Falei já abrindo a porta para sair.

–De nada, quando precisar é só pedir. Ele sorriu e deu um beijo na minha bochecha.


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