Filha de uma deusa donzela escrita por Izzy


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Nova Capa espero que gostem



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Ele havia me deixado sozinha na tal enfermaria para que eu me mostrasse ao menos apresentável ao diretor. Ver o diretor... Quem se importa com o diretor quando sua vida vira de cabeça para baixo?

Depois que Jace se foi fiquei pensando em minha pobre companheira, prometi a mim mesma que nunca mais teria um cão, pois nenhum seria como minha querida Medusa. Uma pug sapeca e carinhosa, que para um cachorro com asma era muito agitada.

Lembro-me perfeitamente de quando meu pai chegou em casa com ela , me disse que ela seria minha companheira e me protegeria. Parecia demais para um simples filhote, mas acho que ele estava tentando me reconfortar, pois Raphael tinha acabado de se mudar para o Peru com os pais e a irmãzinha. Por um momento me lembrei também de como ela desmaiava com frequência quando corria muito, sabe pugs tem dificuldades em respirar pelo focinho achatado, levei um susto da primeira vez e depois resolvemos que eu não deixaria que ela corresse atrás de qualquer pessoa estranha de capa que nos deparemos na rua...isso tudo me fez pensar que morte horrível ela deve ter tido.

Me levantei com cuidado, já estava bem mais não estava acostumada a me machucar assim, meu pai era um tanto protetor . Olhei-me no vidro da janela que estava em cima da cama que fora destinada a mim, o rosto todo vermelho pelas lagrimas sujo de fuligem e rímel, meu cabelo que batiam no um palmo abaixo dos ombros parecia um ninho de passarinho desorganizado, o negro dos fios misturado a folhas e grama, a blusa que tio Ap tinha me dado estava destruída o que me fez agradecer mentalmente por estar com uma regata por baixo, mesmo que essa estivesse igualmente acabada e com vestígios de pomada azul ( pelo menos o machucado se fora como Jace tinha prometido , deixando apenas uma vermelhidão), joelhos ralados... Tradução: parecia que eu tinha sido chutada pelo namorado, depois empurrada de um penhasco e caído em uma ribanceira.

Olhei em volta para ver se não havia ninguém na enfermaria, a ultima coisa que eu queria era ser flagrada me trocando. Peguei outro short e uma camisa mais comprida verde com a frase “Eu sei, mandei bem!”. Enquanto lavava o rosto em uma pia de cobre que ficava no fundo da sala fiquei pensando em como tudo tinha acontecido tao rápido, eu estava em um lugar estranho e ate agora nem meu pai nem Ap tinha me ligado, um simples “como foi quase ser morta ?” ou sei la, pela primeira vez me senti longe de tudo que eu tinha. Mal esperava para falar com o tal diretor e ir para casa.

– Você me parece... Melhor – Jace entrou pela porta enquanto eu prendia o cabelo em rabo de cavalo, ele tentou ser otimista eu realmente não estava com uma cara muito boa. Enquanto ele esperava recostado na soleira da porta eu peguei as roupas e a escova de cabelo que estavam jogadas na cama e soquei na mochila, coloquei-a nas costas pronta para partir.

– Onde pensa que vai? – ele perguntou em tom de ironia.

– Embora, não achou que eu iria ficar aqui , achou?

–Não a encontramos... – ele parecia comovido, enquanto falava fixou seu olhar nos próprios sapatos – Sinto sua perda.

– Eu já esperava, ela era um pug... Com asma, dificilmente teria sobrevivido- minha voz foi morrendo ao longo da frase, respirei fundo.

–Entendo, mesmo assim acho que não vai embora.

– Isso é um sequestro com cárcere privado? – o olhei fixamente

– Não

– Então sei que o diretor me deixara ir quando quiser.

– Vai aprender que nem tudo é tão simples assim – ele se virou e seguiu em frente.

Era um lugar bonito, mas não se parecia com um acampamento de férias e sim um acampamento militar. Pessoas com espadas, flechas armaduras, lutando umas com as outras. Ao longe pude ver uma parede de escalada com lava... Lava de verdade, como alguém em sã consciência subia naquilo?

– Bem vamos la, bem vinda ao acampamento meio sangue... Não me disse seu nome

– Ivy

– Bem vinda Ivy, é estranho, mas me responda, você acredita nos deuses do olimpo?

Ele olhava apenas para frente, eu o seguia a menos de dois passos de distancia olhando tudo com espanto.

– Sim

– Serio? A maioria dos novatos não acreditava antes de chegar aqui.

– Meu pai é historiador, quer dizer, ele já foi historiador hoje ele é professor universitário. Quando ele era mais novo viajava a lugares citados em mitos gregos com sua equipe para escavar e desvendar a verdadeira historia.

– Uau, isso parece divertido, sabe escavar coisas velhas que ninguém quer e tentar descobrir algo... - Ele estava zombando e isso me deixou irritada quem ele pensa que é?

– Sim é muito legal, meu pai foi o melhor. Magnatas ainda hoje querem seus serviços de arqueologia para conseguir coisas valiosas de valor inestimável, e seu pai é o que? – não é legal se gabar eu sei, aprendi isso na pré-escola, mas o orgulho as vezes é maior.

– Sou filho do deus Apolo o deus do sol, da musica, da profecia...

– Ok Ok, filho do grande deus apolo, blá, blá, blá.

– Você não parece acreditar tanto assim nos deuses

– Acredito só que a mim parece que estão distantes, assim como para alguns Deus esta lá no alto olhando por nos, acredito que os deuses estão longe olhando por nos e não aqui... Tipo sendo seu pai – ele pareceu divertido com a minha perspectiva – eu só acho... Aquele cara tem pernas de BODE?

– o nome correto é...

– Sátiro, eu não sou burra entendo de mitologia.

Ainda não acreditava ter visto um sátiro correndo atrás de uma garota que se transformou em arvore. Era muito para mim.

– Ok, espertinha. Então deve saber o que significa meio deus?!

– Filho de um deus com um mortal, como Hércules, Perseu, e tal - respondi de imediato.

– Exato, então me diga, qual o outro nome para um semideus?

– Meio sangue é claro... - ele não me deixou terminar, se virou abruptamente e quase me vez dar de cara com ele, Jace me segurou pelo antebraço direito para que eu não caísse.

– Leia minha camisa

–Acampamento meio sangue, eu não entendo Jace...

– Não posso te explicar tudo agora Ivy acho que o diretor mesmo vai querer te explicar com mais calma, mas ouça o que vou te dizer... Só á um motivo para alguém poder entrar aqui e atravessar a barreira magica que você atravessou.

– Filho de um dos Deuses.


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Notas finais do capítulo

Deixe seu recadiinho e me faça mais feliz *--*



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