Filha de uma deusa donzela escrita por Izzy


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem :)



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Bastou um olhar, não um simples olhar, O olhar.

E ela desapareceu como fumaça sem que ele pudesse notar a direção em que tomara, a fração de segundos de um piscar de olhos, simples assim ela se foi... Outra vez.

Todo meu corpo doía como se tivesse sido colocada na centrifuga, minha cabeça rodava, não sabia onde estava e não tinha a mínima vontade de abrir os olhos. Em silencio rezei para estar em casa na minha cama com Med á meus pés, rezei para ser o dia de visita de Nick, mas como sempre ninguém me ouviu. Alguém lá em cima com toda certeza não ia com a minha cara.

– Vejo que esta acordando – a voz vinha de perto, mas não pude ver de onde. Abri os olhos lentamente e minha vista começou a clarear ate ficar tão boa quanto sempre fora. Ok, eu posso não saber exatamente onde estou, posso estar aparentemente machucada e tudo mais, mas não se pode deixar de reparar em um cara bonito quando se vê um.

Eu nunca fui muito boa em fazer amizades, talvez por ter vergonha da dislexia, talvez por mudar de escola com certa frequência. Isso tudo fazia com que tivesse apenas dois amigos: Nick e Raphael. Nick era bonito e fazia a cabeça de varias garotas, o que tornava minha vida de irmã mais nova um tanto quanto similar a de um pombo correio, já Raphael... Era Raphael e ponto sem a mínima chance de algo mais apenas meu melhor amigo, ele me ajudava com os garotos e eu devolvia as ajudas. Ainda sim algo me fazia pensar que ele era gay.

Voltando ao garoto novo, ele era bonito e muito, do tipo capa de revista sobre como uma garota deve agir para ter um namorado e se tornar popular. Cabelos médios e loiros, olhos mel e sorriso simpático, não puderam ver o que ele vestia, mas com certeza não devia ser qualquer coisa. Sentei-me e olhei em volta parecia uma enfermaria na qual a única enferma era eu.

– Ér.. Você se parece com alguém que conheço... – e bingo, de todas as coisas estupidas que eu poderia ter dito escolhi a mais boba para variar.

– Ele deve ser um cara legal então e particular mente bonito – ele disse sorrindo como se fosse o cara mais sexy de Manhattan.

– Ah sim, meu tio é um sujeito de meia idade bem boa pinta – disse sarcástica – o que aconteceu?

Ele limpou a garganta – De que você se lembra?

– Meu tio indo embora... E uma dor na altura da costela terrível, hum, acho que é só - ele me estendeu um copo alto com um liquido vermelho fazendo sinal para que eu bebesse.

– Você foi atacada, não sabemos ao certo pelo que. Saiu-se bem para uma novata da sua idade, não sei se matou a criatura, te encontrei caída para o lado de dentro da barreira, isso provavelmente salvou sua vida. A ferida não é tão grave e provavelmente depois que você terminar de beber ira se curar por completo.

–Deixe me ver se entendi. Estou no tal acampamento de verão, alguém tentou me matar, sua barreira magica me salvou, você acha que é medico, que seu chá vai me curar de um ferimento “não tão grave”... E ainda disse que sou nova de mais para me defender?

– Veja bem – disse ele erguendo sua mão aberta em um claro sinal para que eu parasse de falar-... Tem gosto de chá para você? – ele parecia ter acabado de se dar conta do que eu tinha dito.

– E gosto do que deveria ter? – já estava ficando nervosa com esse papo estranho, afinal quem era ele?

– Nada, esquece. Olha como eu ia dizendo, você realmente esta em um acampamento de verão, sim, alguém tentou te matar e se você não esta acostumada com isso, deveria. A barreira magica do acampamento te salvou e disso não tenha duvida, deveria agradecer. Continuando , eu não acho que sou um medico, sou um curandeiro filho Apolo e sei muito bem o que estou fazendo, enquanto a sua idade, não disse que era nova demais na verdade quis dizer que era velha demais... - Ele disse a ultima parte meio sem jeito.

– Velha?

– Nossos campistas novatos normalmente têm doze anos e não, hã quantos anos você disse que tem?

– Eu não disse

Ele se sentou ao meu lado na cama, empurrando meus ombros para traz depois começou a passar no meu ferimento uma pasta estranha azulada com cheiro de mato. Não doeu nem nada era ate reconfortante e ele fazia tudo com olhos atentos e dedos habilidosos.

– Sou Jace – ele disse sem olhar para mim ainda atento ao ferimento.

Um pensamento horrível me ocorreu, como não tinha sentido sua falta antes?

– Med ...

– Nome diferente, seus pais são Hippies?

– Não é isso - olhava para os lados procurando algum sinal, pista ou algo do gênero.

– Eles são excêntricos então?

– Med não é o meu nome! – comecei a ficar nervosa com toda a situação, odiava tio Ap por ter me trazido para esse lugar doentio – Med é o nome da minha cachorrinha.

– Oh então a excêntrica aqui é você... - disse ele com um sorriso na lateral da boca.

– Ela estava comigo, estava comigo quando fui atacada. Onde ela esta?

Ele finalmente me olhou, e seus olhos haviam perdido o tom divertido e maioral, estava serio ate demais para alguém de sua idade. Senti algo molhado escorrendo pelas minhas bochechas, estava chorando, chorando na frente de um desconhecido, eu um lugar estranho e provavelmente não tinha mais nenhum amigo.

– Não sabia que tinha alguém com você, eu vou pedir uma busca pelo perímetro no qual você estava. Não vou te enganar, é bem provável que – ele limpou a garganta procurando as palavras mais adequadas – é provável que ela não esteja... Você sabe... Talvez ela, ei, ei não chore odeio ver garotas chorando, tome – ele me ofereceu um lenço e eu o peguei enxugando o rosto que não demorou muito para estar molhado de novo. Ele continuou em um tom mais baixo , mais para si mesmo do que para mim– vou te levar para o diretor ele saberá o que faze, eu espero.


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