O Filho Do Olimpo E O Cinto Do Amor escrita por Castebulos Snape


Capítulo 3
O Maquiavélico Está Se Mexendo


Notas iniciais do capítulo

ok, desculpem a demora, é que as provas desse sábado estão me deixando louca!



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Eu transformei a Harley em brinquedo de novo, estalei os dedos e chamei meu Cão Infernal dos Campos de Punição voador; Loki. Grudado em seus pelos estava Falcon, um falcão de caça negro maior que o normal que Ártemis, minha mãe, me deu. Meu tio arregalou os olhos, eu nem tinha ideia do que estava vendo, mas deve ser algo bem estranho.

– Que lindinhos! – exclamou Catarina quando os viu. Eu a encarei, sobrancelha erguida e boca caída, mas fui completamente ignorado. Ela abriu a boca sem emitir nenhum som depois gemeu – Estou com alucinações ou esse cão tem assas?

Loki abriu as asas de corvo e as bateu de leve. Nós fomos empurrados para trás com o vento.

– Exibido! – exclamei acariciando seu pescoço, pelo macio, e olhos vermelhos se reviraram de prazer.

Eu coloquei a mochila dela no suporte da sela de Loki, junto com a minha mochila e o olho. Falcon também foi parar dento do suporte porque ele nunca aguentava acompanhar a viajem e sempre dormia durante todo o caminho, e podia cair, o que eu não permitiria, então deixava ele em segurança.

– Nós vamos devagar hoje, Loki – disse para o cão – A nanica aqui não esta acostumada em voar, então só chegaremos amanha bem cedo. E não vamos descer no Texas! Não mesmo.

Montei e a puxei para cima, ela se segurou e encostou o rosto nas minhas costas. Pude sentir seus dedos batendo de leve em um ritmo desengonçado na minha barriga como se estivessem tocando piano. Seria interessando vê-la tamborilando as teclas de um piano. Disse a mim mesmo que a apresentaria para minha amiga, Lya Raidel, filha de Apolo, e pediria que ela ensinasse a Catarina piano.

Pensar em Lya durante a viagem foi bom. Sabe, ela e Marcus Wrestle, filho de Ares, foram comigo atrás da Faca de Nix, mesmo sobre uma ameaça de morte feita por Zeus. Eles eram meus melhores amigos, meus irmãos, e o ano anterior fora um dos melhores da minha vida, porque tudo que eu fiz foi treinar com eles no colégio e correr pelo país arrumando confusão.

Depois de algumas horas de viajem Catarina adormeceu e eu tive que pousar um uma cidadezinha adormecida do Novo México para colocá-la sentada na minha frente. Loki tentou ir para o Texas, mas eu o contive, ameaçando coloca-lo de castigo no Olimpo. Catarina parecia ter chorado a viajem inteira e tinha feito esforço para não chamar minha atenção. Prometi a mim mesmo que iria ser um bom irmão e primo dali em diante.

Com muito esforço, pensei.

Quando pousamos na frente do Caminho aos Elísios o dia estava nublado, então Quíron devia ter mandado todos para dentro.

Eu cutuquei Catarina e ela acordou de supetão, gemendo. As portas do colégio abriram e Argos, o gigante de cem olhos criado por Hera para vigiar Io, e nosso chefe de segurança veio em nossa direção correndo.

Ele já estava acostumado com semideuses chegando machucados ou fugindo de monstros e coisas grotescas. Contando que ele é um cara bronzeado, loiro, com um e oitenta de altura e cem olhos, monstros não são lá o problema dele.

– Argos que bom te ver! – eu estava exausto e faminto, mas não aguentaria perder uma oportunidade de brincar com o cara – Essa é Catarina Ela é filha de Afrodite, só esta cansada. Pode levá-la para seu dormitório? E faça com que o resto do pessoal entenda que ela minha prima também. Preciso falar com Quíron.

Ele gruiu em concordância. Não, ele não fala, nunca. Algumas pessoas diziam que Hera tinha esquecido a língua quando o criou, ou simplesmente estava de mau humor e não queria ouvir a voz de ninguém. Outros dizem que ele tem um olho no meio da língua e... Bem eu não me orgulharia disso. Em todo caso ele não fala por erro de fabricação.

Catarina gemeu e simplesmente estendeu os braços moles para o gigante sem abrir os olhos. Ele sorriu a pegou nos braços com muita facilidade e andou para dentro. Interessante o fato de que ele gota de patricinhas.

Observei a construção alta e branca com o enorme nome preto em cima da porta: Caminho aos Elísios. Senti-me Jack Tenório Leal de novo. Senti-me o mortal que entrou ali exatamente um ano antes, um menino. Parecia fazer séculos dês de a primeira vez, uma vida, outra pessoa. Mas eu estava em casa, e não era mais o Leal.

Abri o compartimento da sela de Loki e Falcon saiu voando feliz da vida pela floresta. Tirei a mochila de Catarina, fechei o fecho e a sela desapareceu. Loki saiu correndo para a floresta latindo como se tivesse visto um enorme osso de dragão.

Tomara que ele não se meta a besta com alguma ninfa de novo, pensei ainda um pouco infeliz, Não quero brigar com malucas hoje.

Mais do que já brigou?!, perguntou, irônico, Vox.

Joguei a mochila de Catarina no ombro e entrei no prédio. Tudo era quente e claro lá dentro, tudo para deixar os semideuses confortáveis. O corredor era longo e largo. As portas da lateral eram salas para aprender a historia grega antiga, ficar de castigo se fizessem alguma coisa errada ou aprender as matérias mortais.

No fim do corredor ficava uma bancada com o nome RECEPÇÃO em uma paca. A secretaria era uma ninfa loira, baixa e com unhas e olhos verdes. Seu nome era Pinha, e o vaso que estava no canto da sala é o pinheiro que ela protege. Ele estava crescendo logo teria que ser transplantado, e Pinha teria que ir junto, o que era uma pena, porque eu gostava dela, era bom ser recebido com carinho quando voltava para casa.

Pinha estava lendo O Polinizador Natural, com comentários de Clóris, a Senhora das Flores.

A madrinha de Ares!, exclamou Vox.

Ares tem uma madrinha?, perguntei, Por que ele tem uma madrinha? Por que você sabe disso?

Embaixo tinha a foto de uma mulher morena com olhos azuis mesclados de verde e cabelos dourados bonitos.

Cruzei o corredor animadíssimo por estar em casa e parei de frente para o balcão sorrindo como se tivesse ganhado na loteria.

– Oi, Pinha! – cumprimentei – Como vai?

– Jack! – ela abaixou a revista e sorriu para mim – Eu estou ótima. Você não devia estar com Afrodite? Vi Argos trazendo uma menina. Ela esta bem?

– Ah, está. Está ótima para falar a verdade. É filha de Afrodite trouxe do Brasil é filha do meu tio. Então, como vão as coisas por aqui? E a preparação para a guerra?

Ela fez um biquinho de infelicidade.

– As coisas não mudaram muito nessa semana. Todos estão trabalhando dobrado. Mais estudantes antigos vieram ajudar no treinamento dos mais novos. A próprio Ares veio checar nosso “exercito”. Ele é nojento ficou dando em cima de mim de forma grotesca. Como você pode ser filho dele?

– Também não sei – respondi rápido – Continue.

– Quíron esta de olho no Tártaro. Os sátiros estão tentando salvar o máximo de vocês e o mais rápido possível, mas os monstros estão cada vez mais frequentes e... – ela parou de repente – Você fez falta nessa semana.

Pensei por alguns estantes. Por que ficar de olho no Tártaro? Os monstros estão ficando mais frequentes?

– Obrigada, Pinha, também senti falta desse lugar, estar longe daqui é como se tivessem tirado algo de dentro de mim. Sinto muito sobre o nojento de Ares, é só ignorar. Quíron esta na sala dele?

Ela assentiu.

Para o lado esquerdo ficava uma porta onde se lia: DIRETORIA. Entrei devagar tentando não fazer barulho. Quíron era um centauro, ou seja, ele era um garanhão branco da cintura para baixo. Ele era conhecido como treinador imortal de heróis. Não em vão, posso afirmar. Ele treinou Herácles, Jasão, Teseu... todos os trastes que você imaginar.

A sala era grande e bagunçada. As estantes estavam entupidas de livros, as paredes lotadas de armas antigas, quadros que retratavam as mais diferentes batalhas e lembrancinhas das convenções dos Pôneis de Festa, uma organização de centauros, não me pergunte mais nada, porque eu me recuso a comentar. Eles me fizeram dançar... eu não queria dançar... Pôneis malditos... lalalala...

O centauro estava inclinado sobre sua mesa olhando atentamente um mapa. Aproximei-me devagar e observei o mapa. Nele tinham pontos identificados como: TÁRTARO, CAMPOS DE PUNIÇÃO, ELÍSEOS... Era o mapa do Mundo Inferior. E muito bem feito. Cada traço lembrando da guerra, Quíron não era burro.

– Uau – murmurei e Quíron deu um pulo para trás, o que, para um centauro, pode ser bem barulhento. Nem me dignei a tirar os olhos do papel, mas podia imaginar sua expressão de velho – Oi, Quíron.

– Jack! Quer me matar do coração, menino? – ele pôs a mão no peito – Eu já não soou tão jovem, com Jasão era mais simples, eu era um garoto, mas você... – ergui a sobrancelha, esse não é normal – O que esta fazendo aqui? Não devia estar com Afrodite?

Assenti para o mapa observando atentamente a mancha preta denominada Tártaro.

– Ela me mandou trazer uma de suas filhas para cá, estranhamente, mas não oportunamente, ela é minha prima – levantei os olhos para ele – Por que esta estudando o Submundo?

Ele olhou tristemente para o papel. Imaginei quantas guerras aqueles olhos milenares viram se desenrolar, os olhos de um professor, um professor que viu seus alunos se afundarem em si mesmos. Um arrepio me subiu meus braços. Tive quase certeza de que ele sabia como aquilo tudo ia terminar.

– Eles estão se movendo – respondeu bem devagar – Hades pode sentir Erebus, ameaçadoramente, agitado, bem mais do que antes. Tártaros também está inquieto, cada vez que se move dezenas de monstros são libertados. O Senhor dos Mortos esta tentando controlar isso, mas é imprevisível. Ele continua dormindo, mas vai acordar. É inevitável. Temos que estar prontos.

– E nós vamos realmente esta em guerra – afirmei – Afinal, falando em guerra, o que diabos Ares veio fazer aqui?

– Ah! O Deus da Guerra veio aqui ver com vai o treinamento dos semideuses, aparentemente Zeus realmente acha que vão mesmo precisar lutar.

Claro, pensei, eles nem são só criancinhas.

Parei os olhos no palácio de Hades, senti uma saudade da Terra dos Mortos, me pareceu tão aconchegante quando estive lá. É tão cheio de assuntos encerrados.

– Eu só não queria o nojento por aqui – comentei infeliz. Me encolhi, sem levantar os olhos nem um segundo – Sei lá. Tenho pena das ninfas. Ele falou com os filhos pelo menos? Isso é bom?

– Sim, falou e os treinou usando um deles com exemplo de saco de pancadas. De vez em quando eu desejo saber lutar bem com uma espada. E não, isso não é bom.

Sorri seco. Como se os filhos importassem para aquele deus.

– Eu vou atrás de Marcus, Lya e Catarina. O assunto sobre Ares esta me dando ânsia de vomito – me virei, tentando tirar da cabeça que tinha um irmão meu por ai todo quebrado.

– Nem perca seu tempo andando por aí – me virei para ele, seus olhos não estava em mim – Marcus esta na enfermaria com a perna engessada e Lya foi para casa cuidar da mãe que esta doente, Apolo podia cooperar, mas não! Ártemis podia bater nele de vez em quando.

Uau, pensei, eu saio por uma semana e tudo vai por água a baixo.

Isso que dá sair no meio de uma guerra, disse Vox, Devíamos ter ficado somente o Natal.

Temos uma semana com nossos pais, se o mundo explodir eu não tô nem ai.

– Se Ártemis bater em Apolo nós vamos ter uma super lua vermelha, então eu prefiro que isso não role – enfiei as mãos nos bolsos, percebendo que tínhamos companhia – Eí! – chamei tirando o globo ocular do bolso do casaco –, eu tive um bizarro encontro com Ortro e ele deixou cair isso quando voltou para o Tártaro.

Ele pegou o olho e o examinou com muita atenção, olhos brilhantes. Seu sorriso depois de guardá-lo dentro de seu grande baú para troféus me pareceu um tanto fanático, vi, em um borrão branco, o dente de Píton, e meu mundo girou um pouco.

– Eu ainda, terei muitos desses, em um lugar só para eles, só para os meus bebês... Lindos!

Sai da sala de fininho, centauros loucos são perigosos, muito perigoso, e fui direto para o elevador. O ar frio de casa parecia me rejuvenescer anos, me fazendo ser eu de novo. Cliquei no numero dois e entramos em movimento. Um minuto depois eu estava na enfermaria caminhando para a cama de Marcus.

Ele estava entretido em m livro grosso de historias fantásticas e não me percebeu chegar. Meu irmãozinho, que parecia tão pequeno sozinho.

– E aí, Excluído? – perguntei depois de ficar alguns minutos o observando o rosto jovem, o jeito elegante... Meu irmão.

Ele deu um salto e olhou para os lados até me perceber, seus olhos rebrilharam, percebi um indicio de barba em seu queixo, ele era jovem demais, mas a genética de Ares permitia que eles entrassem na puberdade cedo, quanto mais testosterona, mais violência.

– Jack! O que é que esta fazendo aqui? Esses não são seus seis meses com Afrodite?

Contei para ele a historia de Catarina e percebi que estava ficando zangado com aquilo de me repetir. Eu já tinha me repetido tanto naquele ano, que já estava ficando enjoado.

– Legal! – exclamou ele, pulando no lugar. Barba não define maturidade, obviamente. Ele parecia uma criança pequena – Quando posso conhecê-la?

– Quando sair daí – olhei seu gesso branco, eu resisti à tentação de escrever a Odisseia inteira ali – e espero que saia inteiro ou vou matar quem te fez isso. Afinal o que aconteceu com a sua perna?

Ele olhou para a perna engessada e começou a mordiscar o lábio. Ele normalmente estava com eles mutilados e sempre mordia mais. Nervo, com vergonha, fez algo de errado.

– Frísia – murmurou.

– A ninfa do freixo? – Maluca do Freixo – A louca de atirar pedra na lua? – perguntei colocando as mãos na cintura, me senti mais pai dele do que irmão – Tá bom, isso é aceitável, ela é doida... Por que você foi chegar perto daquela psicótica?

Ele abaixo mais a cabeça e murmurou alguma coisa incompreensível.

– O que?

– Ela é linda, tá legal? Perfeita. Combina comigo. Eu estou apaixonado por ela.

Revirei os olhos depois o encarei por alguns segundos, ele ficou com a cabeça baixa e me pareceu tão pequeno e tão jovem. Baguncei seu cabelo e dei uma batinha em seu ombro. De vez em quando é melhor ser mais pai do que irmão.

Tirei o anel do colar de novo e o entreguei. Ele só funcionava com as pessoas que eu me importava e ele era uma das pessoas com que eu mais me importava, então ele ia ficar bom logo.

– Você é realmente filho do seu pai, Mac.

– Ei! Isso é maldade. Uma crueldade sem tamanho – e abriu um sorriso cruel – Ele veio aqui, sabia? Disse que eu só não era uma vergonha maior porque apanhei daquela ninfa. Então me perguntou sobre o treinamento daqui.

– É realmente um cara legal. Soube que ele bateu em alguém, quem foi?

Ele riu e respondeu bem devagar:

– Johnson

Cai na cadeira atrás de mim, James Johnson era um dos maiores idiotas que eu já havia conhecido, ele era um perfeito filho de Ares. Quando eu cheguei ao CE sua maior diversão era humilhar Marcus e não fazer nada enquanto ele apanhava dos outros idiotas. Me arrependi muito quando não o coloquei para fora dali junto com os outros, mas ele também parara de implicar com meu irmão de medo de mim.

– Tá brincando comigo? Já sei, ele é mais orgulhoso que Ares por isso os dois competiram, para saber quem era o maior idiota.

Marcus riu e apontou para o canto. Lá deitado, enfaixado e dopado estava Johnson. Eu fiquei sem palavras; Ares realmente acabou com ele. Estava irreconhecível, o deus da guerra certamente se animara e deu nisso. Resolvi mudar de assunto e perguntei sobre a mãe de Lya.

– Ah! Ela não corre nenhum risco de vida, primeiro por que Apolo nunca deixaria, segundo porque ela só esta com uma inflamação na garganta.

Eu me segurei para não rir dela, mas só alguém que tem coragem de namorar Apolo faria a filha sair da segurança por causa de uma dor de garganta. Tentei não me impressionar porque Lya nunca deixaria a mãe sozinha se tivesse opção.

– Ouviu sobre a tal movimentação? – perguntou, baixo, conspirador – Sabe o que isso quer dizer? Ele esta tramando alguma. E isso não é bom. Temos que estar preparados.

Assenti, desanimado. Um trovão que me pareceu até um pouco delicado demais me lembrou que eu tinha mais o que fazer.

Disse tchau a ele os filhos de Apolo que cuidavam do lugar e peguei o anel de volta. Me disseram que Marcus ficaria de pé logo, mas ainda tinha que beber muita ambrosia para ficar “novo em folha”.

Então fui para o oitavo andar dizer adeus para Catarina e pedir para Iolanda Hall, chefe do dormitório, e filha mais velha de Afrodite, cuidar bem dela.

Normalmente esse andar era envolto pelo caos na mais primitiva das descrições. Não me pergunte de quem foi a brilhante idéia de colocar os filhos e filhas de Ares junto com os de Afrodite, não é porque os dois são amantes que seus filhos iam se dar bem.

O lugar inteiro era cheio de coisas pelo chão, até no corredor que dividia os dormitórios, armas, roupas, equipamentos de guerra e maquiagens mostravam o motivo pelo qual eu não escolhi aquele lugar para ficar. Normalmente eles entravam em pânico durante os dias de inspeção e tinham que encontrar um lugar para esconder tudo aquilo. Iolanda sempre fazia o melhor.

Entrei no dormitório e a primeira coisa que eu vi foi um amontoado de pessoas em torno de uma cama até que:

– Jack!– Carla Legman, melhor amiga de Iolanda, me abraçou como se eu fosse a melhor coisa que ela já tinha visto.

– E aí, Carla? Como você esta? E...

De novo eu fui abraçado só que dessa vez por Márcia Legman, irmã gêmea de Carla. Só podia diferenciar as duas pela altura, não que fosse uma diferença louca, mas as duas eram um pouco diferentes. De repente todos tinham sua atenção em nós. E uma garota magra, alta e morena veio me dar um abraço acolhedor.

– Como está, Iolanda? – perguntei.

– Ótima! Você não devia estar com nossa mãe? – assenti e coloquei toda minha atenção em Catarina. Preocupado como o inferno – Ela vai ficar bem só esta cansada. Argos disse que ela é sua prima, é verdade ou entendemos errado? Por que a outra opção é ela ser de Hogwarts, e filha de um throll das montanhas, acho que ela não é.

– É verdade, que ela é minha prima. Catarina é filha do meu tio, a mamãe me mandou trazê-la para treinar – suspirei quando ouvi outro trovão – Eu tenho que ir. Pode cuidar dela para mim? Mostrar o colégio e o treinamento? Ela fala inglês.

– Eu posso fazer isso – respondeu alguém atrás de mim.

Olhei para trás e vi um garoto alto, atlético, moreno e com a pele queimada de tanto treinar no sol. O primeiro semideus que eu realmente vi, ele foi o primeiro irmão à me estender a mão, literalmente, para me levantar.

– César! – exclamei – Como vai, filho de Dioniso?

Ele fez careta; odiava ser chamado de filho de Dionísio, mesmo sendo um, eu entendo, porque Dionísio é Dionísio.

– Bem – respondeu – E você, filho de Ares?

– Ha-ha-ha. Estou ótimo agora – olhei Iolanda, e ele, ambos mais velhos e meus grandes amigos – Podem cuidar da minha prima, de verdade?

César e Iolanda assentiram com a cabeça. Avancei, dei um beijo na testa de Catarina e deixei sua mochila com um de seus irmãos.

– Obrigada – disse a César – Treine-a com alguma arma eficiente, fácil de manusear e infalível isso, já vai ser difícil para ela. Agora para o Monte Olimpo.


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