A Falha na Animus. escrita por LeonMosby


Capítulo 2
Capítulo II – Minha Primeira Missão




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Fiquei o dia inteiro pensando naquilo. No como seria possível. No como isso iria mudar tudo. No como isso iria quebrar o sossego que eu achava que finalmente tinha conseguido. Neste momento, estou na minha janela fumando como sempre. Eu não trago quando fumo, apenas quando estou muito estressada. Só estou tragando hoje. Ouço batidas na porta. Vou até ela e a abro. Era Altair. Digo para ele entrar. Ele se junta a mim na janela. Nós conversamos por horas e horas, sobre tudo. Desde a vida dele, a minha e da animus. Parecíamos dois melhores amigos conversando. E eu me sentia incrivelmente bem contando as coisas pra ele. Contei coisas que eu jurei pra mim mesma que jamais contaria a alguém.

Já era tarde quando ele decidiu ir embora. Ele abriu a porta e Ezio estava de pé ao lado. Ele diz que Ezio ficaria aqui para se houver problemas e que era pra ficarmos em alerta, com certeza os templários iriam vir atrás de mim. Passo a noite toda conversando com Ezio. Encomendamos comida japonesa. Foi muito engraçado vê-lo experimentar. Me diverti muito com ele. Havia muito tempo que eu não ria tanto. Rir de verdade, sem ficar se escondendo atrás de sorrisos falsos.

No dia seguinte ele me levou até o Forte Del Assassins. Lá aprendi algumas coisas novas com o Connor e Edward. Fiquei lá com eles por semanas e semanas.Até que Connor me deu minha primeira missão.

–Certo. Natasha e Ezio irão para França. Contatos me disseram que existe um templário lá que pode nos dar muitas informações.

–Sim senhor – Respondo.

Subo no cavalo junto com Ezio. Altair vem até mim para desejar boa sorte e dizer para mim ter cuidado. Sinto que ele é aquele tipo de amigo que todos sonham. Partimos até uma pista de pouso numa área mais afastada da cidade. Entramos em um avião e viajamos. No meio da viagem começo a sentir muito frio. Gosto de usar pouca roupa, me dá mais agilidade. Ezio tira um manto da mala e me cobre.

–Sente do meu lado – Peço a ele.

Ele senta. Encosto a cabeça no ombro dele. Ele me abraça com um tanto de insegurança. Ele parece que não ser muito solto, talvez isso passe com o tempo. Ali adormeço.

–Ei .. Ei acorde – Diz Ezio – Chegamos.

Quando saio do avião sinto um frio que nunca tinha sentido antes. Me enrolo mais no manto e sigo Ezio. Nós nos hospedamos em um hotel. Essa noite... Nossa... Foi realmente uma das melhores noites que eu já tive. Bom, rolou o que eu estava à espera de semanas que acontecesse. No dia seguinte ele estava mudado. Estava mais solto. Com certeza a noite fez bem pra ele, afinal... Ele tava a centenas de anos sem... Depois de tomarmos o café da manhã, ele abre um mapa sob a mesa.

–Bom, nosso alvo é um general que trabalha neste quartel – Ele aponta no mapa – Precisamos ser discretos, se alertarmos alguém toda a guarda francesa vai vir atrás de nós. Você... Tem problemas de tontura quando usa sua Hidden... vai conseguir executar a missão?

–Mas é claro.

–Ótimo! Saímos em uma hora.

Minha Hidden Blade... Maldita. O que acontece com ela? É que quando aquele maldito doutor nazista fez experimentos em mim, ele queria criar um assassino templário. Ele implantou dentro dos meus braços, uma Hidden em cada. Eu não as ativo com o movimento tradicional. Eu ativo e desativo quando eu quiser com minha mente. Ele implantou um chip no meu cérebro que me permite controlar elas. Elas furam minha pele tipo... Tipo Wolverine. E pra curar isso, tenho uma regeneração mais rápida nos pulsos. E isso me dá tontura muitas vezes. Tonturas do tipo, eu cair no chão e não levantar mais. Eu... Eu realmente não sei o que e como esse homem fez essas coisas comigo. Altair uma vez me perguntou o que eu lembrava da sala que ele fazia isso. Eu só me lembro de dor e de um tipo de esfera pequena brilhante sob uma mesa.

Após uma hora. Eu e Ezio estamos no topo de um prédio próximo de nosso alvo. Ele me dá as instruções de como vamos agir e por onde vamos. Assim executamos o plano. Descemos o prédio. Caminhamos pelo telhado do quartel. Os guardas que estavam de vigiam eram mortos silenciosamente. Percebi novamente a enorme dificuldade de ser uma assassina comparada ao tempo de Ezio. Quando o telhado está limpo, entramos por uma janela. Ativo minha visão de águia por um tempo e logo começo a ter mais tontura. Eu me encosto na parede e algo que nunca tinha visto acontece. Eu vejo todas as pessoas que estão dentro do quartel.

–Natasha você está bem? – Diz Ezio me segurando.

Ele olha pra mim e fica espantado. Apenas Connor e Altair tinham visto como eu fico com a visão ativada: Meus olhos ficam com uma luz azul muito forte.

–Foi isso que eu vi aquela noite que fui a seu quarto – Diz ele.

–Sim.

Desativo a visão. Sento no chão e conto o que aconteceu. Digo também aonde nosso alvo está. Me recupero e seguimos, matando alguns guardas pelo caminho. Quando chegamos a porta da sala do general. Ativo a visão e toco na parede. Haviam dois homens sentados na frente de um. Os dois estavam com uma coloração vermelha e o outro com uma coloração muito pouco dourada, o que era estranho pois quando encontro um alvo na minha visão, ele fica com um dourado muito forte.

–Eles estão aqui – Digo a Ezio – Tem duas companhias juntas, estão sentadas.

Ezio pega a maçaneta e abre a porta com muita calma olhando por tudo.

–Quem está ai? – Diz um deles – Estou em reunião! Mandei pra que nos deix...

O homem se cala ao ver nós dois.

–Boa tarde – Diz Ezio sacando as Hidden.

Os dois templários sacam armas. Subo na mesa dando um assassinato aéreo nos dois. A tontura volta e não tenho forças para levantar. O general vai para trás da mesa com Ezio do outro lado. Ele saca uma espada.

–Oras... Vamos facilitar isso – Diz Ezio dando um sorriso de canto.

–Pro inferno vocês! Assassinos nojentos! Não irei me entregar!

O homem ataca Ezio que apenas defende com uma mão e com a outra o atinge no coração. O homem cai no chão. Ezio se ajoelha até ele.

–Você tem coragem, mas não tem honra. Requiescat in pace.

Solta o corpo e caminha até mim me levantando.

–Você o matou Ezio... A missão falhou!

–Não. Não quando eu entrei e vi os dois junto com ele.

–O que você quer dizer?

–Não é nosso homem. Ele trabalha sozinho sem outros templários. Veja – Ele abre o paletó dos dois cadáveres e lá está o símbolo templário – Mas ainda há coisas que podem ser usadas aqui. Pode me ajudar?

–Estou quase desmaiando... Se eu ativa-la de volta posso acabar apagando.

–É um risco que terei que correr.

Ativo a visão e em seguida minha cabeça começa a doer muito. Eu olho para uma estante que há na sala e desativo, caindo no chão de volta.

–O livro vermelho.

Ezio olha pra ele e olha pra mim de volta e eu apago.

Quando acordo, estou no quarto novamente. As cortinas estão todas fechadas. Ezio está sentado olhando para o mapa.

–O que aconteceu?

Ele olha pra mim e sorri. Levanta e vem até mim sentando na beirada da cama.

–Graças a você, consegui coisas valiosas daquela passagem secreta. Em seguida um guarda entrou na sala e deu o alarme.

–E você me carregou nas costas até aqui? Está maluco.

–Na verdade as coisas correram um pouco pior. Tive que sair com você nas costas pela janela. Com sorte não era muito alto. Em seguida... Bem... Pedi para o motorista dirigir até aqui.

–Pediu? ...

–É... Você sabe... Negociações agressivas – Ele sorri – Mas ele está bem. Depois que desci com você ele foi embora na toda. Ai trouxe você até aqui. E... Bom... Aqui estamos!

–Por que as cortinas estão fechadas se está de dia?

–Helicópteros estão vigiando essa área. Temo que nos achem.

–Não deveria ter vindo... Quase causei sua prisão ou até morte... Eu... Sinto-me muito mal.

–Heeeey querida – Diz ele passando a mão em meus cabelos – Está tudo bem! Já passei por coisa pior, acredite. Mas com certeza temos que voltar para o avião hoje! Eles não vão esquecer tão rápido as mortes em um quartel.

Pela manhã, chamamos um taxi que nos levou até um local próximo. Foi engraçado ver Ezio com roupas atuais. Ele estava se sentindo muito estranho sem sua roupa. Dá pra entender. Quando entramos no avião a primeira coisa que ele fez foi tirar a roupa e por o manto.

–Juro... Que NUNCA MAIS eu uso essas roupas horríveis!

Eu só ria. Quando voltamos para o Forte Del Assassins, Ezio entregou alguns documentos para Connor. Altair perguntou para mim como eu havia me saído e então contei o que aconteceu. Ele me abraçou e disse:

–Já está na hora de chamar Ezékio.


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Notas finais do capítulo

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