A Vida escrita por EuSemideus


Capítulo 46
Epilogo Final


Notas iniciais do capítulo

Eu... Eu falo com vcs nas notas finais... Eu... Ai, ok. Eu to com esse cap pronto desde de domingo mas tava sem coragem... Espero q gostem



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Epílogo Final

Annabeth

Annabeth deu um último beijo na testa da filha e acariciou a bochecha de seu mais novo neto, para logo depois acenar e fechar a porta de sua casa. Ally e James, junto do pequeno Connor, tinham sido os últimos a ir embora.

A mulher sentiu o marido abraça-la por trás e se deixou relaxar em seus braços. Trinta e quatro anos. Eles estavam casados há trinta e quatro anos. Aquilo era toda uma vida, uma vida ao lado do homem que amava. Uma vida que havia valido muito a pena.

– Connor está tão crescido - ela comentou.

– Anne nem se fala - disse Percy a virando de frente para ele - Acredita que ela me enganou hoje?

Annabeth riu. Anne, apesar da pouca idade, era muito inteligente e esperta, além de elétrica é claro. Sem dúvidas trazia alegria a todos que a rodeavam.

– Vamos combinar que não é muito difícil te enganar, Cabeça de Alga - ela disse rindo.

Percy fez um bico e revirou os olhos. Cabeça de Alga. Se eles estavam casados há muito tempo, eram amigos há mais tempo ainda. Aquele apelido remotava os doze anos do casal, quando ainda não havia nenhum sentimento além de amizade entre os dois. Ou quase não havia.

Annabeth passou os braços pelo pescoço do marido e o observou. As mechas brancas ressaltavam em meio aos cabelos negros do filho de Poseidon. Era possível ver algumas rugas em baixo de seus olhos verdes, que continuavam os mesmos de sempre, com o brilho jovial e brincalhão. A filha de Athena achava que seu marido estava cada vez mais bonito.

Ela ficou na ponta dos pés e o beijou. Automaticamente sentiu uma das mãos de Percy em seus cabelos, que estavam na altura dos ombros, e a outra apertar sua cintura carinhosamente. Mesmo depois de tantos anos ele não deixara de ser carinhoso, cuidadoso, protetor. Era tudo isso que o fazia O Percy, o homem que ela tanto amava.

Percy, além de ser um bom marido e um ótimo pai, se mostrara uma avô um tanto babão. Ficara simplesmente encantado quando Anne nascera, e já mimava o pequeno Connor. Não era surpresa que tinha tido uma reação um tanto engraçada quando soube que Bia estava grávida novamente.

Percy se afastou calmamente e abraçou-a, colocando o rosto entre seus cabelos.

– Eu te amo, minha Sabidinha - ele afirmou em seu ouvido.

Annabeth sorriu e o abraçou um pouco mais forte.

– Eu também te amo, meu Cabeça de Alga.

Sim, era isso que estava escrito na aliança dos dois, desde de o dia de seu casamento, exatamente 34 anos antes.

– Mila nos deu um presente interessante - comentou Annabeth ainda abraçada com o marido.

Percy se afastou, sem solta-la, e a fitou curioso.

– O quê?

Annabeth sorriu.

Flashback on

A noite já havia caído, a sol havia cedido com bom grado o lugar a sua esposa, a lua, que brilhava no céu, cheia e soberana.

Aos poucos os convidados iam embora. Se despediam com abraços e beijos. Alguns com os filhos já adormecidos nos braços, outros convencendo-os a ir sem que houvesse choro.

Mila se aproximou de Annabeth e a puxou de lado. Quando já estavam longe dos outros, Mila abriu sua bolsa e de lá tirou um livro. Ele tinha um tamanho razoável e não estava encadernado. Mila segurou o livro com as duas mãos e o fitou por um momento. Ela pareceu repensar algo, mas logo balançou a cabeça e estendeu-o para Annabeth.

– Aqui está, é o meu presente para vocês - ela disse.

Annabeth pegou o livro com cuidado e fitou a capa. Esta era branca, simples, mas bem na frente estava escrito o título: "A Vida".

– O que é isso? - indagou Annabeth olhando para a amiga.

Essa sorriu e tirou uma mecha de cabelo que caía em seus olhos.

– Essa é "A Vida" - disse Mila batendo levemente na capa do livro - A vida de vocês.

Annabeth fitou o livro e o abriu. Logo no início encontrou o "Capítulo 1". A loira não precisou de mais que uma olhada rápida para perceber que se tratava de Percy narrando o dia em que a pediu em casamento.

Rapidamente a lembrança dos livros lhe veio a cabeça. Seria aquele uma versão não publicada ou algo do gênero?

– Quem escreveu isso? - perguntou Annabeth preocupada.

Mila corou e fitou as mãos por um momento, para depois olhar nos olhos da amiga.

– Eu - ela anunciou - Quando ainda morava no Brasil.

Annabeth segurou a respiração. Ela ainda se lembrava daquele autor, Tio Rick, como Mila costumava chamar. Ele havia escrito a história deles antes mesmo que acontecesse, mas só realizara tal feito pois era um filho de Apolo. Mila fizera algo parecido. Ela não era filha do deus do sol, mas tinha forte descendência do mesmo. Apolo disputava a primazia com Athena e Hermes, as outras duas descendências dominantes na mulher.

Annabeth se lembrou dos choros de Mila no covil de Aracne. Ela sempre dizia coisas como"Eu escrevi" e "É tudo minha culpa". Ela havia escrito a história deles.

– Você já sabia de tudo que ia acontecer - verbalizou Annabeth incrédula.

Mila abaixou a cabeça envergonhada.

– Bem, não exatamente - ela disse - Demorei um pouco para perceber que estava tudo ligado.

– Mila, vamos? - chamou Lucas de longe, ainda conversando com Percy.

– Só um minuto - pediu a mulher, para então se voltar para Annabeth - Leia com carinho, e se tiver algo errado me avise. Corrigirei com bom grado.

Annabeth sorriu e abraçou a amiga.

– Muito obrigada, Mila - ela agradeceu - Não poderia ter ganhado presente melhor.

Mila afastou-se da amiga sorrindo e deu-lhe um beijo no rosto, para logo depois se virar e ir na direção do marido.

Flashback off

– Um livro - esclareceu Annabeth - Um livro sobre nós.

Percy levantou as sobrancelhas surpreso.

– Sobre nós? - ele indagou surpreso.

– Sim - respondeu Annabeth beijando-o novamente.

Dessa vez o beijo começou calmo, mas logo se intensificou. Ela agarrou os cabelos do marido e sentiu este aperta-la mais contra si. Percy logo começou a movimentar as mãos, passando-as por toda suas costas. Ele interrompeu o beijo e passou a beijar seu pescoço. Annabeth suspirou e abraçou as costas do marido.

Ela abriu os olhos e viu na parede o quadro que haviam ganhado de Rachel há exatos vinte e quatro anos. Na época o quadro era futurístico, mas no momento ele lhe trazia lembranças de um tempo que há muito se passara. Os filhos pequenos, morando com eles, dependentes deles. Tess ainda com dez anos e Ally com sete, abraçada a seu peixinho.

Annabeth suspirou ao sentir outro beijo em seu pescoço. Ela demorara muito a se acostumar com a ausência dos filhos em sua casa, ainda lhe era estranho ter a casa só para eles dois, mas com o tempo ela começou a ver as vantagens.

Annabeth se afastou e deu um selinho no marido.

– Por que não terminamos isso lá em cima? - ela sugeriu.

Percy sorriu e a pegou no colo. Annabeth deu um grito surpresa e então gargalhou.

Se sua vida havia acabado? Não, ela ainda tinha muito para viver, mas nunca se arrependeria do que vivera até aquele momento. Mesmo passando por apertos e algumas quase mortes na adolescência, sem falar nos problemas ao longo dos anos. Ela casara com o homem que amava, tivera dois filhos que nem imaginava possível ter, e agora tinha seus netos. Quem diria que viveria o bastante para ter netos?

Era certo que sua vida não tinha sido perfeita, mas qual seria a graça se fosse? O imperfeito, o diferente é interessante. Esse era o bom de serem semideuses, nunca teriam uma vida normal.

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– E fim - disse a garota travando o telefone e passando a mão pelos cabelos do irmão mais novo, que estava deitado em seu peito.

– Mas não é "A Vida"? - perguntou o pequeno - Não devia terminar com a morte?

A garota abaixou a cabeça envergonhada.

– Você sabe que eu não seria capaz disso - ela disse - Sabe, de matar eles...

O pequeno assentiu e sentou direito na cama da mãe. Ele estava completamente vestido. Usava bermuda, camisa e tênis - este estava para fora da cama, afinal se a mãe dos dois visse ele com o tênis de cima da cama... Bem, estariam encrencados - ele estava pronto para sair.

– A Mila escreveu tudo que aconteceu? - ele indagou.

A irmã assentiu.

– Seria legal se a sua história também virasse realidade - ele disse pensativo - Igual a dela.

A garota sorriu e acariciou os cabelos cacheados do irmão. Se tivessem a mesma aparência, ele seria seu Tess particular, afinal, os dois eram quase que a mesma pessoa.

– Sim, seria muito legal - ela concordou.

– Dinho! Aula de violão! - a mãe dos dois gritou do outro cômodo.

O menino levantou da cama em um pulo e colocou o violão, que estava encostado na parede, nas costas. Ele caminhou até a irmã e lhe deu uma abraço.

– Ficou muito maneiro, você é a melhor - ele parabenizou-a.

A garota lhe deu um beijo nos cabelos e ele se afastou. Com cuidado arrumou os óculos do irmão, que haviam escorregado até a ponta do nariz.

– Obrigada, baixinho - ela agradeceu - Agora anda, você vai se atrasar!

Ele sorriu e correu para porta do quarto. Ante de sair virou de costas e lhe mandou um olhar divertido.

– Quero a próxima logo! - ele exigiu sumindo pela porta.

A garota sorriu e encostou nos travesseiros. Era fácil para seu irmão dizer que ela era a melhor, ele não conhecia nenhum outro! Ela sabia que estava longe de chegar perto da melhor, mas ser "a melhor" para seu pequeno já lhe era o bastante.

"Seria legal se a sua história também virasse realidade" a voz do menino ecoou em sua mente. Ela sorriu com o pensamento. Seria realmente legal se virasse, mas aquilo não era possível, nunca aconteceria...

Bem, isso era o que ela pensava.


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Notas finais do capítulo

Eu n coloquei fim pq eu n acredito q histórias tenham um fim, sempre vai ter algo mais a ocorrer, mesmo q isso n esteja escrito. Esse foi o motivo de ter escrito essa fic, contar, pela minha visão, o q n está escrito.
Sabe, eu comecei a postar essa fic no fim de Janeiro, mas comecei a escreve-la no início de Dezembro. Foram pouco mais de nove meses, toda uma gestação. Eu sinto como se nos primeiros caps a fic fosse só um embrião, q aos poucos se desenvolveu e cresceu, sempre com vcs me ajudando e me aconselhando. Acho q ela nasceu no último cap e esses especiais e epílogos foram o tempo q precisei para amamenta-la e aceitar q a partir de agr ela vai crescer sem precisar de mim para q isso aconteça (se acontecer).
Eu n vou demorar, prometo. Só quero agradecer ao meu baixinho, minhas amigas q me obrigaram a escrever e me perturbaram até q eu postasse ( Carol e Giulia, amo vcs).Vou agradecer a Deus, pq sem ele bem ....
Mas tb quero agradecer a cada um de vcs. A vc q favoritou, acompanhou,recomendou, comentou uma vez, duas, dezenas de vezes. A vc q só leu, pq só por ter me dado uma chance jah merece meus agradecimentos.
Vou agradecer a vc q está comigo desde o início, do meio, só pegou agr no final, ou q está lendo essa fic terminada.
Vou agradecer a vc q conversa comigo por mensagem (wpp tb). A vc q me anima quando estou com gripe (ou seria hipopotemia?). A vc q me diz " Achei o Tess no Akinator". A vc q eh avó junto comigo. A vc q com suas poucas palavras sempre está presente. A vc q sempre faz comentários gigantescos. A vc q me faz perguntas difíceis, a vc q eu dei um apelido sem permissão, a vc q eh minha xará... Enfim, a todos.
Paramos nesse momento com 430 comentários, 171 acompanhamentos, 58 favoritos, 8 recomendações e 17.905 visualizações, obrigada por cada um deles.
N digo adeus, só um até logo, ainda vou ve-los por aí!
Quanto a fic nova, devo posta-la na semana q vem!
Bjs, até breve!
EuSemideus