A Vida escrita por EuSemideus


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Gente, me desculpe de verdade, fiquei de facilitadora de umas das oficinas da EBF da minha igreja ( Escola Bíblica de Férias - leve em conta o fato de q eu n estou de férias, só a partir do dia 19/07). E tb teve o jogo do Brasil (me julguem, mas eu assisto) q abalou as minhas estruturas. Como se n bastasse tudo isso, n sou boa em ação e esse cap eh basicamente isso, ou seja, penei e n ficou bom.
Bem , ta aí!



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Capítulo 39

Autora

Bia corria pelo navio. Seu coração estava acelerado. A adrenalina corria por suas veias. Sem nem mesmo olhar, entrou no quarto que passara a dividir com Tess. Rapidamente passou os olhos pelo quarto e encontrou o que queria, a mochila de Tess. O porquê nem ela mesma sabia, mas precisava pegar aquela mochila.

Bia colocou a mochila em suas costas e olhou para o quarto antes de sair. Ela não sabia se voltaria. Não sabia se ninguém dali voltaria.

Ela não sabia se voltaria a ver sua casa, seu cachorro, seu quarto, seus livros... Ela nem mesmo sabia se voltaria a ver a luz do dia depois que entrasse naquela caverna.

Bia entrou no quarto novamente e pegou uma camisa de Tess que jazia em cima da cama, a colocando contra as narinas. Ela dormira com a camisa nas três noites anteriores, mas o cheiro dele continuava lá.

"Você precisa salvar o papai! Ele está em perigo! Por favor, você precisa salvar o papai! " , a voz da garotinha invadiu seus pensamentos. Os pelos de seu braço se eriçaram. Ela sabia quem era a garota, mas preferia imaginar que era só coisa de sua cabeça. Aquela garota não podia ser real…Podia?

Bia ouviu alguém a chamando. Rapidamente colocou a camisa de Tess na mochila e seguiu para o convés. A armadura aos poucos se ajustava ao corpo da garota, e a espada batia contra sua perna.

Ao chegar ao convés, encontrou somente Dani, que a tinha chamado,e Thalia, que olhava para baixo com um misto de preocupação e mágoa. Ela não iria. Não poderia arriscar a gravidez novamente. Mesmo pensando no filho que estava por vir, Thalia queria proteger os outros dois, só lhe restava esperar que Nico o fizesse, e que eles próprios se defendessem sozinhos.

Dani sorriu para a irmã e desceu pela escada de corda, sendo seguido por ela. Ele sentia a tensão da garota e queria desesperadamente saber o que causava tal coisa. Sua mente lhe dizia que era por causa de Tess e toda a situação em que eles estavam, mas seu coração dizia que tinha algo mais, algo que a perturbava.

Ele queria perguntar, mas não encontrava o momento certo. Estavam sempre cercados por outras pessoas, atrasados ou ela estava perdida em pensamentos.

Ao chegar no chão, ele a segurou e ajudou-a a descer da escada de corda. Assim que os pés de Bia tocaram o chão ele a abraçou. De início a garota ficou tensa, mas então amoleceu em seus braços e retribuiu. Ele podia sentir o rosto dela em seus ombro, e uma lágrima que acabara de cair sobre mesmo.

– Não esqueça - ele disse - Eu vou estar aqui, para o que der e vier.

Bia sentiu um misto de gratidão e culpa invadindo seu coração. Ela tinha deixado o irmão de lado por toda a viagem , e naquele momento lá estava ele, lhe garantindo que nunca abandonaria, lhe dando conforto quando ninguém fora capaz.

– Muito obrigada - ela disse ainda abraçada com ele - Estava precisando ouvir isso.

Ele se afastou e sorriu.

– Então vamos - ele disse passando o braço pelos ombros da irmã - Temos alguns garotos para resgatar.

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Annabeth sentiu um frio em sua espinha ao entrar na caverna. Encarar Aracne novamente a aterrorizava, ela era obrigada admitir. Annabeth se lembrava da primeira vez. Se lembrava claramente da caverna em que a aranha mãe se encontrava. Lembrava das tapeçarias. Lembrava da dor lancinante no tornozelo e do monstro gigantesco se erguendo sobre ela.

Quantas vezes não pensara que morreria? Quantas vezes não pensara que não veria outro dia nascer? Quantas vezes pensara que nunca mais veria Percy, ou qualquer outro?

Mas esse não era o pior, o pior era o que essas lembranças desencadeavam. O Tártaro. O abismo. Ela estremeceu e se forçou e recuperar a postura. Ela estava fazendo aquilo novamente por seu filho, a única coisa que a faria desenterrar todas aquelas lembranças e enfrentar Aracne cara a cara pela segunda vez.

Assim que a escuridão causada pela pouca iluminação da caverna tomou conta do ambiente, Annabeth sentiu uma mão escorregar pela sua e entrelaçar seus dedos. A filha de Atena nem precisou olhar para o lado para saber quem era. Conhecia aquele toque, aquela mão.

Ela apertou a mão do marido, que a acariciou. Annabeth sentiu seu corpo relaxar imediatamente. Desta vez ela não estava sozinha.

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"- Veja se não são minhas presas, e antes do previsto! "

Tess e James se entreolharam. Não tinham a menor ideia de como matariam Aracne. Não podiam simplesmente fazer como a mãe de Tess e manda-la direto para o Tártaro, não tinha uma passagem direta para o abismo naquela caverna.

– Sabe, dizem que dá azar cantar vitória antes do verdadeiro resultado - disse Tess tentando ganhar tempo - E depois de dias sem um banho, acho que te daria indigestão.

Aracne soltou uma gargalhada sonora. James o fitava intrigado. O garoto estava realmente brincando com o inimigo?

– Sabe , "Teseu" - Aracne disse o nome com desdém - Sua mãe lhe deu o nome de um grande herói. Um herói que eu duvido que você seja.

"Ela, a sua mãe, me enganou. Ela me fez construir minha própria armadilha dizendo que seria minha acensão, mas no fim foi minha perdição.

"Me diga. Tenho razão ou não tenho de querer vingança?

Tess conhecia aquela história, sabia que não tinha sido bem assim. O que o intrigava era como Aracne tinha voltado do Tátaro tão cedo. Lembrava-se claramente da mãe lhe dizendo que ela era o tipo de monstro de que demorava mais de cem anos para voltar.

– Até seria - ele ponderou - Se você não tivesse tentado mata-la primeiro.

Aracne se aproximou mais irritada. Tess tentava desesperadamente bolar um plano, mas nada vinha a sua mente. Eram ele e James contra uma aranha gigante e seu exército, o melhor plano era lutar e não morrer. O problema era que Tess não sabia que se conseguiria realiza-lo.

– Entenda, filhote, eu e sua avó somos inimigas de milênios - ela explicou cada vez mais perto - Veja, uma filha dela me aparece, machucada, sozinha, quase indefesa. O que você queria que eu fizesse?

– Talvez procurar saber os motivos dela - disse Tess andando para trás na esperança de se afastar - Assim saberia que ela só queria a estátua, nada mais.

Aracne gargalhou. Ela parecia divertida, mas Tess podia ver seu semblante de irritação. Ele não podia dar um passo em falso, ou ela o mataria.

– Você realmente espera que eu acredite nisso, cria de Athena? - ela perguntou de modo sarcástico - Já aprendi que não posso confiar em vocês.

Aracne se aproximou e levantou a pata. Ela era cumprida, peluda e com uma espécie de ferrão na ponta. Ao ver que a pata vinha em sua direção, Tess desferiu um golpe com a espada, ferindo-a e fazendo Areacne recuar. Ela mandou um olhar raivoso para Tess e disse aparentemente para o nada:

– Ataquem-os, mas não matem o neto de Athena, quero ter esse prazer.

Ela andou para trás e sumiu na escuridão. Dessa mesma escuridão surgiu um exército. Telquintes, ciclopes, dracaenas, cães infernais, entre outros monstros.

Tess se postou em posição de batalha e James fez o mesmo. Logo os dois estavam sendo atacados.

A escuridão da caverna atrapalhava. Eles não conseguiam ver bem os monstros, muitos deles pareciam se fundir em uma única massa negra.

Depois de poucos minutos James já estava coberto por poeira de monstros. Ele procurou Tess entre a multidão, mas não o encontrou. Por um momento o medo de que o pior tivesse acontecido o tomou por inteiro, mas então ele viu. No meio dos monstros um tornado girava e para onde ele ia os monstros eram destruídos em massa.

James arregalou os olhos. Ele já tinha visto Tess fazer aquilo, mas os tornados particulares duravam no máximo 5 segundos, aquele esta ali a mais de 5 minutos!

Naquele segundo de distração, James sentiu sua espada ser laçada para longe. Ele socou o telquinte que o tinha feito e voou por cima dele, em direção a espada. Esta já tinha se transformado em moeda. James a jogou para cima, esperando que se tornasse uma espada novamente, mas dessa vez ela caiu em sua mão como uma lança. Assim que o cabo da lança tocou o chão uma corrente elétrica a atravessou. Foi nesse momento que James se lembrou. Não havia energia só no céu, mas também debaixo da terra.

O neto de Júpiter correu na direção de Tess matando alguns monstros pelo caminho.

– Tenho um plano, mas preciso que me dê cobertura - ele gritou.

Tess assentiu de dentro do redemoinho e passou a rodear James. O garoto levantou a lança e fechou os olhos. James imaginou toda energia debaixo da terra e então essa energia vindo em direção a seus pés. Através deles, a energia passava por seu corpo e se dirigia a lança.

James abriu os olhos e fitou a lança. Qualquer um em volta não veria nada de mais nela, somente uma lança comum, mas James podia ver a energia correndo pela lança. Podia sentir os pequenos choques onde a mão a segurava.

James fechou os olhos novamente. Ele levantou a lança o mais alto que pode e esperou. Então, de repente, com um grito, ele fincou a parte pontuda da lança no chão.

James não viu o que aconteceu, pois estava de olhos fechados, mas Tess viu. O neto de Poseidon não fora atingido pelo choque, pois estava suspenso no ar pelo mini tornado, mas viu o que ele desencadeou. Assim que o grito de James ecoou todos os monstros pararam e um segundo depois explodiram numa nuvem densa de poeira em um sincronismo absurdo.

– Uau! - disse Tess parando o tornado.

Ele se virou para parabenizar James, porém encontrou o amigo ajoelhado no chão, com a cabeça caída sobre o colo. James estava se sustentando apenas com o pequeno pedaço de ambrosia que Tess dera a ele, o garoto devia estar esgotado depois daquela descarga de energia.

– Cara, você está bem? - perguntou Tess se abaixando ao lado de James.

– Sim - ele respondeu ofegando - Eu só estou cansado.

Tess assentiu e colocou a mão no ombro do amigo, ele sabia muito bem que o garoto não estava tão bem quanto queria que Tess acreditasse.

– O que vocês fizeram?!?! - uma voz gritou.

Tess automaticamente se pôs de pé a frente do amigo, em posição de ataque.

Aracne os fitava incrédula e com uma atadura na pata machucada. Ela se armou com os ferrão das patas ainda sadias e foi com furor na direção de Tess. Mas quando já estava bem próxima, foi parada por um grito.

– Fique longe do meu filho!

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O grito de Annabeth invadiu a caverna de tal maneira que parou a todos. Ela caminhava em direção a aranha gigante de modo firme, não parecia haver medo na mulher naquele momento.

Atrás dela vinha Piper, tão brava quanto. As duas pareciam leoas que iam em amparo de seus filhotes, o que não fugia muito da realidade.

Até entrar na sala Annabeth estava insegura, mas ao ver sua grande inimiga ameaçando seu filho, que por sua vez protegia o amigo caído, a insegurança deu lugar a raiva.

Tess relaxou assim que viu a mãe. Ele se sentia pequeno, apenas uma criança, ao vê-la ali. Aquela que sempre estava disposta a protege-lo, o protegendo novamente. Ele se sentiu completamente seguro e fora de perigo, sentimento tal que só aquela figura era capaz de proporcionar.

Piper foi direto para o filho caído, enquanto Annabeth se postou a frente do seu, cara a cara com Aracne. Esta, surpresa, sorriu.

– Mas se não é minha velha inimiga - disse a aranha.

– Sua briga é comigo, Aracne, não com eles - disse Annabeth - E, sinceramente, não sei o que nenhum deles tem haver com isso.

Aracne riu.

– Eu precisei de ajuda para sair do Tártaro, cria de Athena - disse Aracne - E vamos dizer que nenhum deles gostava muito dos seus amiguinhos, principalmente do filho de Júpiter.

Sim, fazia sentido. Aracne não era o tipo de monstro que se recompunha rápido, devia ter ganhado muita ajuda. Mas nada é de graça, assim, como pagamento, eles devem ter pedido que ela se vingasse por eles de seus inimigos.

Sem que nenhuma das duas visse, Bia tinha se aproximado de Tess. Ela não disse nada, só o abraçou fortemente, sentindo seu coração se aliviar.

Ela se afastou calmamente e tirou a mochila das costas dando a ele. Ela percebia,só de olhar, o cansaço de Tess. O garoto estava mais magro, os ombros caídos e os olhos levemente apagados.

Tess abriu a mochila e a primeira coisa que fez foi comer um pedaço de ambrosia que jazia dentro dela. Em seguida a vasculhou, a procura de algo que o ajudasse, mas encontrou surpreso um antigo brinquedo. Seu presente de aniversário de um ano dado pelo avô, uma bola de água (n/a: quem não lembra cap 12). A água contida na bola, mas do que a ambrosia, lhe deu uma descarga de energia absurda. Ele fechou a mão sobre a bola e a segurou com firmeza.

Bia sorriu ao ver a melhora do namorado. Ela lhe deu um selinho rápido e se afastou.

Logo a última parcela do exército de Aracne atacou. A aranha lutava diretamente com Annabeth, enquanto os outros se ocupavam com os outros monstros. Bem, todos menos James, que estava sentado num canto da caverna.

Allu se aproximou dele. Ela passou a mão por seus cabelos loiros e o garoto sorriu ainda de olhos fechados. James abriu os olhos azuis e fitou Ally. Com dificuldade, levantou o braço e acariciou o rosto da garota.

– Você voltou - ele disse em um suspiro.

– É claro que eu voltei - respondeu Ally, logo passado a cuidar do garoto.

Annabeth se esforçava para se defender, ela não tinha mas dezesseis anos, não tinha mais tanta agilidade, assim ficava difícil se defender das oito patas da aranha.

Num momento de distração, Arcne atingiu sua perna e Annabeth caiu. A aranha se ergueu sobre Annabeth e a garota arfou. Ela se sentiu novamente no covil de Aracne. Com a perna machucada, caída e completamente a mercer da aranha, e dessa vez não tinha a vantagem de poder engana-la.

Aracne se abaixou e olhou nos olhos de Annabeth.

– Da última vez que ficamos assim, nós duas saímos perdendo - disse Aracne - Mas dessa vez, só você vai perder.

– É aí que você se engana - disse uma voz atrás de Annabeth - Dessa vez ela não está sozinha.

Annabeth se virou o bastante para ver Percy. Ele tinha alguns poucos arranhões nos braços e alguns amaçados na armadura.

Aracne o olhou surpresa. Percy, aproveitando a distração da aranha, correu em sua direção e escorregou por debaixo de sua barriga. Ao chegar ao centro, ele ficou de joelhos e encravou contracorrente bem no meio. Segundos depois o filho de Poseidon foi coberto por uma chuva de poeira.


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Notas finais do capítulo

Bem, eu sei q n ta bom , mas n sou boa nisso e quase n tive tempo de escrever, foi o q saiu.
Ah, quero lembrar a vcs e esse eh o penúltimo cap, o último e o 40, daí vem os especiais o epílogo (q vai ter dois caps como eu prometi) e acabou.....
Eu sei q venho pedindo, mas realmente sindo falta de uma recomendação, então se alguém sentir vontade....
Bjs, até !!
EuSemideus