A Vida escrita por EuSemideus


Capítulo 38
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Gente!!!!!! To aki na sexta!!! Milagre, n?
Bem, esse n ta grande, mas eu gostei!
Vejo vcs lá em baixo!



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Capítulo 38

James

James sentia sua boca seca, nem saliva havia mais. Há quantos dias ele não bebia água ou comia? Dois? Três? Ele não sabia, mas tinha certeza que se continuasse assim morreria por inanição ou desidratação.

Suas forças estavam quase findas. Toda a energia que conseguia vinha dos cochilos que tirava.

Ele sentou e encostou a cabeça na parede. Precisa pensar em uma maneira de sair dali. Mas como? Ele estava desarmado e mortalmente cansado. Não poderia lutar nem contra um mísero monstro.

Ele pensou em sua mãe, em seu pai, em sua irmã. Como eles estariam? Será que estariam sofrendo? James achava que sim. Tinha certeza que sua mãe havia chorado quando soube o que ele tinha feito e que seu pai a tinha consolado,mesmo estando tão triste quanto ela. Já quanto a Lara, sua irmã, ele não tinha muita certeza de nada.

Lara era muito certa de si, e quando acreditava em uma coisa, teimava até que lhe provassem o contrário. O pior era que ela normalmente estava certa. James torcia para que ela acreditasse que ele iria sair dali, pois assim não estaria sofrendo tanto e, muito provavelmente, ele conseguiria realizar tal feito.

Apesar de tudo, ele não se arrependia de suas escolhas. Nem se não conseguisse fugir, se arrependeria. Nunca se arrependeria de dar sua vida pela de Ally, ele a amava como nunca havia amado ninguém.

James colocou a mão no bolso, já esperando não encontrar nada mais do que fios soltos,porém seus dedos se chocaram com uma superfície lisa e gelada. Ele a segurou com a ponta dos dedos e a puxou para fora.

Era uma moeda. Não um dólar, ou um dracma, mas um denário, uma moeda romana. Não era incomum encontrar dessas moedas em Nova Atenas, mas o que o surpreendeu foi que aquele não era um denário comum.

Ele era prateado com as extremidades douradas. Em um dos lados estava cunhado um raio dourado, e no outro estava escrito, também em dourado Jupiter Optimus Maximus. James sorriu com aquilo. Seu avô não era nada humilde.

Ele jogou a moeda para cima e a viu girar no ar, para depois cair em sua mão. James jogou novamente. Só aquilo já estava sendo uma grande diversão para ele. A moeda caiu e ele a pegou. Então a jogou para cima pela terceira vez.

Dessa vez, quando chegou a sua altura máxima, a moeda brilhou intensamente e James, automaticamente, esticou a mão para cima. Um segundo depois algo pesado pousou em sua mão e ele segurou. James olhou para o que segurava, uma espada de ouro imperial. O neto de Júpiter sorriu enquanto agradecia ao avô. Agora sim as coisas iam começar a ficar boas.

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Tess

Tess estava sentado com as costas na parede. Seus dedos mexiam freneticamente em seu colar, em quanto os da outra mão faziam com que a bola de bronze celestial passeasse entre eles.

Tess estava alerta. Ele não tinha certeza de quanto tempo estava ali, mas se tivesse que chutar diria que pouco mais de dois dias.

Ele estava sobrevivendo a base da ambrosia que tinha escondido em sua calça. Cada vez que tinha fome, comia um minúsculo pedaço, mas só isso já era o bastante para saciar-lhe e dar-lhe uma leva de energia.

Ele tinha quase tudo para fugir. Uma arma, saúde, disposição, energia, vontade... Só lhe faltava uma oportunidade.

Seus dedos param em uma conta e ele a apertou. Sabia muito bem que aquela conta era a mais recente em seu colar. Aquela que tinha um "B" pintado. Tess sairia dali. Sairia por ela.

Desde o dia que Bia tinha saído, a porta da cela nunca mais tinha sido aberta. Ele sabia que logo precisariam abrir, afinal, ninguém sabia que ele tinha ambrosia, e semideuses sobrevivem menos tempo sem seus suprimentos básicos.

Isso fez com que o garoto pensasse em James. Ele tinha certeza que o amigo não tivera a mesma ideia de levar ambrosia consigo. Devia estar muito fraco a esse ponto.

Tess ouviu passos. Seus sentidos aguçaram e ele sorriu. Naquele dia ele escaparia.

A porta se abriu e dois telquintes passaram por ela. Tess serrou os punhos, escondendo a esfera de bronze.

Um dos monstros se aproximou e o puxou pelo braço. Tess transformou a esfera em espada, e esta, sem que ele nem a movesse, penetrou o corpo do telquinte, transformando-o em pó.

O outro se preparou para a briga, com a espada nas mãos, mas Tess não teve muito trabalho para mata-lo também.

O neto de Poseidon saiu da cela e deu de cara com mais três, provavelmente eram sua guarda pessoal. Tess não se demorou a acabar com esses três também. Antes de deixar o corredor, Tess viu uma lancheira no chão, provavelmente um deles a carregava. "Meu pequeno pônei do mal" , estava escrito. Tess riu. Pelo menos ele tinha uma lancheira legal (n/a: Não resisti , kkkkk).

Tess correu, passando pelos corredores e matando os poucos monstros que encontrava pelo caminho. Ele sabia que precisava achar James, mas não sabia onde. O que ele não esperava era que James fosse encontra-lo.

O loiro esbarrou com ele em um dos corredores. Ele estava pálido e mal sustentava a espada que segurava, tal que Tess nunca tinha visto. James estava fraco, tão fraco que Tess teve de segura-lo para que não caísse.

– James? - Tess chamou.

Este levantou a cabeça e sorriu. Tess o ajudou a se sentar no chão e abaixou ao seu lado. Ele sabia que mais monstros podiam chegar a qualquer momento, mas primeiro precisava socorrer o amigo.

Tess tirou o que lhe restava de ambrosia, que já não era muito, e deu ao amigo. James o fitou surpreso.

– Então foi assim que você se manteu? - ele perguntou.

Tess assentiu.

– Agora coma - pediu Tess - Vou precisar da sua ajuda para sair daqui.

James colocou a comida dos deuses na boca e seus olhos se fecharam, fazendo o rosto do garoto tomar um semblante de alívio.

– Obrigada - disse Tess.

James abriu os olhos e o fitou.

– Eu é que devia estar te agradecendo - disse James.

Tess negou com a cabeça.

– Não por isso, você é meu amigo, não fiz mais que a minha obrigação - explicou Tess - Obrigada por ter trocado de lugar com Ally, eu não poderia trocar com as duas.

James sorriu.

– Assim como você não podia deixar Bia aqui, eu também não podia deixa-la - ele respondeu.

Tess assentiu, mas só então parou para pensar. Isso queria dizer que ele gostava de Ally? Mas desde quando? Ele era muito velho para sua irmãzinha!

Antes que Tess pudesse dizer qualquer coisa, James se levantou. Ele estendeu a mão para Tess e o ajudou a levantar.

– Vamos pegar essa aranha.

Autora

Tess e James seguiram pelo QG. A medida que acreditavam se aproximar do esconderijo de Aracne, a quantidade de monstros aumentava e variava. Eles não encontravam somente telquintes e dracaenas, mas também ciclopes, cães infernais , entre outras coisas.

Eles estavam começando a ficar cansados, mas estavam determinados. Matariam aquela maldita aranha, mesmo que fosse a última coisa que fariam.

Os dois abriram a última porta e deram de cara com uma área livre, talvez a última parte da caverna ainda intacta. Tess reconheceu o lugar, tinha sido atacado pelas aranhas ali. Um arrepio subiu seu corpo, mas ele se controlou, não poderia fugir, não mais. Ele ia enfrenta-la.

Aracne se virou para eles e deu uma gargalhada. James e Tess se entreolharam.

– Veja se não são minhas presas, e antes do previsto!

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Bia estava numa praia. A areia era alaranjada em vez de branca e a água esverdeada. Ela olhou em volta e viu que parecia ser uma ilha deserta, por atrás da praia se estendia uma mata virgem.

Ela podia ouvir as ondas quebrando, a areia entre seus dedos. O vento açoitava seus cabelos soltos e seu vestido branco, que até o momento a garota nunca tinha visto. O cheiro de maresia lembrava-lhe Tess. Ele lhe trazia conforto, segurança e uma sensação de estar em casa, assim como o garoto.

Bia fechou os olhos ao lembrar dele. Iam fazer três dias que ele estava dentro da caverna, e eles não tinham nenhum sinal, nada. Ela se culparia para sempre se o garoto tivesse morrido, afinal, era para ela estar lá e não ele. Mas tentava não pensar nisso. Ele ia sair de lá. Ele precisava sair de lá.

– Olá? - disse uma voz infantil.

Bia abriu os olhos e se virou em direção a voz. Lá estava uma garotinha. A menina devia ter no máximo seis anos. Tinha longos cabelos negros, pele morena e olhos verde amendoados. Assim como Bia, ela usava um vestido, mas dessa vez azul.

– Quem é você? - perguntou Bia.

A menina se aproximou sem responder.

– Você viu o meu pai? - ela indagou.

Bia franziu a testa. Pai?

– Quem é o seu pai? - perguntou Bia se aproximando da garota vagarosamente.

– Você sabe quem é o meu pai - disse a menina.

– Sei? - indagou Bia.

– É claro que sabe - ela afirmou.

A menina se aproximou dela,sem medo, e tocou sua mão.

– Você é.... - ela não terminou de falar.

A garota ficou parada, sem se mexer, por um segundo e então abraçou as pernas de Bia.

– Você tem que salvar o papai! - ela disse chorando - Você precisa salvar o papai! Ele está em perigo! Por favor, você precisa salvar o papai!

Bia se abaixou e abraçou a menina. Seu corpo pequeno chegava a sacudir com os soluços.

– Shii, se acalme - pediu Bia acariciando os cabelos da menina - Onde seu pai está?

– Ele está preso - ela disse ainda chorando, porém mais brandamente - Se ele morrer eu não vou existir!

Bia afastou a garota o bastante para olhar em seus olhos. Verde amendoados, mas, no fundo, com um toque de cinza.

– Quem é o seu pai? - ela perguntou pela segunda vez.

– Você sabe quem é o meu pai - ela disse antes de que a praia desaparecesse, levando-a consigo.

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Bia acordou num pulo. Ela estava suada e ofegando. Sem nem mesmo pensar, levantou e passou pelo navio batendo em todas as portas e gritando para que acordassem.

Logo estavam todos no convés, com uma curiosa mistura de pijama, roupa comum e armadura. Todos a olhavam sem entender o que estava acontecendo, sem saber o porquê de tanto alarde. Bem, quase todos, pois sua mãe a fitava com um sorriso no rosto, como se esperasse que isso fosse acontecer.

– Temos que resgatar os meninos - ela disse - AGORA!

Todos se armaram, sorrindo uns para os outros. Só estavam esperando uma deixa.


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Notas finais do capítulo

E aí? O q me dizem? hehehehe
Galera, eu tava pensando em fazer uns especiais dos casais depois do fim da fic mas antes do epílogo. me digam q casais vcs querem q eu faço!(se eles estiverem vivos , heheheh)
Estou sentindo falta de recomendações, então, se alguém quiser, se sinta a vontade para fazer a autora feliz!
Bem, comentem!
Bjs, até!
EuSemideus