The Superboy: Episódio 1 - Smallville. escrita por Jean Daniel


Capítulo 6
Chloe.


Notas iniciais do capítulo

Só espero que gostem, como sempre digo. ^^



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O dia amanhece em Smallville, eu me acordo pelas 6:00 da manhã, apenas visto minhas roupas: Uma camisa de flanela vermelha xadrez, uma calça jeans e minhas botas na cor marrom. Ajeito aos poucos meu cabelo, não reparei que haviam crescido... Mas em todo caso... Eu até que gostei. Escovo meus dentes e verifico o horário pelo relógio de pulso que meu pai havia me dado antes de eu ir para a escola. Bom, eram 6:07, dava tempo de tomar um rápido café. Ao descer as escadas e seguir até a cozinha, eu encontro minha mãe e meu pai tomando café. Papai estava apressado, ao me ver ele apenas esboça um sorriso orgulhoso e diz:

– Mas olha só quem resolveu sair da cama para o seu segundo dia de escola.

Mamãe sorriu também bastante satisfeita, mas o que mais me alegrou foi ver aquela prato com panquecas que eu tanto adorava, nossa, como eu poderia esquecer que as panquecas da minha mãe eram tão deliciosas. Eu apressadamente me avancei até a mesa e fiquei bem servido, recebi um toque carinhoso de Martha pela minha cabeça e ela havia feito um achocolatado para mim. Sentia-me já no paraíso.

– Clark, não esquece que hoje o ônibus passa as 07:00. Tome logo seu café e chegue atrasado ao ponto. – Lembrou-me Martha sentando-se ao lado de Jonathan que mastigava sua panqueca com bastante pressa.

– Pode deixar, mãe. Eu chegarei voando até lá e consigo pegar o ônibus á tempo. – Respondi de boca cheia.

Papai engoliu a panqueca que mastigava diversas e diversas vezes e deduziu:

– Pode haver uma possibilidade disso.

– Quem sabe... Um dia... Talvez. Não sei.

– Ora, parem os dois e terminem logo de tomarem o café! – Disse Martha não imaginando nada demais.

Mamãe talvez possa ter medo de que eu possa ter algo anormal. Desde que eu tinha 5 anos, como ela havia dito, havia levantando o berço da minha cama apenas com uma mão só. É claro, não fiquei com ele no ar como o joguei contra a parede para apenas conseguir minha mamadeira que havia escorregado de minhas mãos e rolado para baixo, é hilário que me pego pensando nessa situação e começo á rir.

6:20 e já havia terminado de tomar o café, mamãe e papai ficaram surpresos por eu ser o primeiro á ter terminado de comer, me levantei educadamente e fui ajeitar minhas coisas para a escola. Logo me sento apenas para matar o tempo e esperar chegar 6:40 para ir até o ponto de ônibus. Logo vejo meu pai se levantando, limpando sua boca com um guardanapo, se dirigiu até uma mesinha que havia á minha frente e ele pegou as chaves do trator, olhou para mim, eu olhei para ele e sabia o que poderia ser: Sermão.

– Filho... Quero que se comporte bem na escola hoje e... Não entre em confusão novamente. Por favor.

– Ah... Tudo bem. Não irei me intrometer em uma nova briga.

– E você sabe muito bem do porque.

– Eu sei, pai, não apresentar minha máxima força á ninguém porque vão achar que sou dif...

– Especial, Clark. – Interrompeu Jonathan como se a palavra “Diferente” poderia ser ofensiva tanto para ele quanto para mim.

Eu não respondi nada, apenas acenei com a cabeça que havia compreendido, ele deu um pequeno sorriso de satisfação e logo se retirou para ir até o celeiro e começar os trabalhos. Mamãe ficava preocupada comigo também, mas... Eu sabia me cuidar, faria de tudo para as pessoas perceberem que não sou diferente delas só pelo simples fato de eu não me ferir á qualquer custo. Sendo que não sinto nada mesmo, mesmo quando aquele maldito valentão me empurrou, apenas pude sentir o toque dele e manter meu corpo relaxado, mas percebia que eu parecia duro como uma pedra.

6:50, nossa, como o tempo passa rápido, peguei minha mochila e me despedi da mãe e andei em direção ao ponto de ônibus passando pela fazenda toda. Enquanto eu caminhava, eu diversas perguntas ao meu respeito do porque possuo algo na qual as pessoas não possuem. Será que além de eu ter uma extrema força e uma extrema invencibilidade, eu poderia ter mais algo que não sei? Não custava tentar algo, há não ser em correr até o ponto. Eu lembrava do que havia falado ao meu pai sobre “voar”. Será que tenho essa possibilidade? Bom... Eu acho que eu poderia ter, olhei para trás e não havia ninguém me observando, mas é claro que não haveria alguém me observando, logo olhei em frente novamente. Parei ao meio da estrada, olhei para as minhas mãos e logo para o céu azul onde o sol batia sobre meu rosto. Eu me imaginava de que poderia haver mesmo uma possibilidade eu voar. Era um sonho para mim. Imagina? Eu poderia voar até a escola sem me preocupar com atrasos do ônibus, talvez se eu pudesse conhecer mais a Lana poderia secretamente revelar á ela o quanto posso voar e mostrar á ela o mundo. Eu cerrei bem meus punhos e dei um grande salto, poderia sentir que poderia voar mesmo, mas não, apenas bati os pés no chão de repente e já me decepcionei. Pulei novamente e nada. Para a minha infelicidade, voar não faz bem meu estilo e muito menos... Não existe.

Eu logo escuto a buzina do ônibus e me apresso até ele e caramba! Estava tão distraído com essa besteira de voar que se não fosse pela buzina do ônibus, provavelmente perderia a minha carona. Ao me aproximar, eu olhava para as outras crianças que me encaravam, não pelo fato de eu ter me envolvido em briga e ter a “temível primeira advertência” e sim o fato de estar parado no meio de uma estrada de areia, parado e decepcionado com algo nem elas sabem e nem se importam. Notava as faces de que me achavam estranho. Ao entrar no ônibus, reparei que todos continuavam me encarando, logo alguns voltaram á ter suas conversas do dia a dia de sempre, avisto Pete aos fundos que acenava para mim e havia guardado um lugar. Eu me sento ao lado dele, nos cumprimentamos e desta vez não apertei com força para não acabar quebrando a mão dele ao perceber o movimento do garoto com um medo de receber mais um aperto forte, para disfarçar deu um sorrisinho de satisfação e logo começou com as seguintes perguntas que já imaginava ser:

– O que estava fazendo parado no meio da estrada? Por acaso esperava o ônibus te buscar por lá é?

Eu sorri um pouco e respondi de forma constrangida:

– Eu... Estava apenas procurando uma coisa que havia caído do meu bolso.

– Ah bom. Então isso é nada demais, é que você estava tão concentrado e com as mãos cerradas em punho.

– Pete... Deixa pra lá.

– Esta bem, esta bem. – Disse Pete e por minutos depois logo me venho com outra pergunta. – Sua mãe ou seu pai... Assinaram a...

– Advertência. Já. Já assinaram.

– Hum... Isso é bom. Pois... Lance faltou o segundo dia de aula.

Eu olhei para Pete e em seguida andei procurando por Lance em diversos assentos, mas era verdade. Lance faltara a escola apenas por causa da advertência, não deve ter mostrado aos pais.

Ao descer do ônibus junto com Pete, eu vejo a linda e adorável Lana Lang, ela estava de carro com uma mulher que acho que deveria ser a mãe dela. Mas havia algo errado, ela parecia meio triste, havia chorado durante o caminho. Estava pensando em tentar falar com ela para perguntar o que havia acontecido e confortá-la, mas... Havia lembrado de que ela sempre estava cercada de amigas. Pete me chamou para entrar com ele na escola, estava tudo normal, o primeiro período de aula estava melhor do que nunca e como sempre, Pete era o entediado ao meu lado assim como outros, mas Lana também parecia atenta. Ela era o centro das minhas atenções. Não podia deixar de notar que cada vez que a vejo, tudo que penso á meu respeito parecia desaparecer, eu não sei o que poderia ser, sei lá, essa menina me deixava de forma bastante... Como posso dizer...

– Desatento?

Parece que acordei de um sonho recente ao olhar para o meu professor quando os outros alunos me olhavam de forma estranha.

– Ah... Como, senhor?

– Esta desatento, Clark? Eu lhe fiz uma pergunta e parecia não ter ouvido. Olhava para a janela bastante pensativo.

– Oh... Desculpe-me, senhor. Estava distraído... Pode repetir?

Antes que o professor pudesse refazer minha pergunta, o sinal bate e logo alguém bateu na porta. Eu não sabia o que poderia ser, ninguém sabia, ao ver todos os olhares curiosos atentos para a porta, exceto Lana que lia seu caderno e fungando diversas vezes o nariz. Queria falar com ela, queria consolá-la, perguntar o que esta acontecendo e ter a confiança dela.

– Srta. Sullivan, certo? – Eu ouvi o professor perguntar em voz alta após ele fechar a porta e com um bilhete á mão enquanto estava uma garota de cabelos loiros e longos usava um gorro roxo e um casaco na cor marrom. – Quer dizer que matou o primeiro dia de aula, certo?

– Mas professor... Você não ouviu meu pai? Não esta escrito no bilhete? Eu estava doente! – Respondeu a garota de forma autoritária e bastante firme.

– Ei, calma, garota. Estava apenas brincando. Bom... Pessoal essa é Chloe Sullivan. É a nossa... Aluna fujona de aulas.

Chloe ergueu a cabeça para olhar para o professor de forma ameaçadora após ele passar á acusá-la de que ela estaria matando aula de forma irônica. Ah... Então essa é a Chloe Sullivan na qual o professor chamava e ninguém respondia e havia faltado aula. Chloe era um belo nome assim com ela também era bonita, olhei para Pete que parecia babar por ela.

– Bom... Ache seu lugar, querida Chloe. – Disse o professor sentando em sua mesa enquanto Chloe foi procurar um lugar de forma constrangida pela causa de outros alunos á encararem.

Havia dois lugares vazios na nossa frente, Pete queria ser um “cavaleiro” e indicou o lugar para Chloe que ficou sorridente e tornou á se sentar, agradeceu com bastante educação, pousou a mochila sobre a mesa e virou-se para nós bastante apreensiva.

– Eu gostaria que um de vocês dois pudesse me emprestar um caderno apenas para anotar as matérias que havia perdido ontem. Será que... Alguém poderia fazer isso...

Chloe logo ficou em silêncio, esperava que disséssemos algo, eu e Pete nos entre olhamos não entendendo ao que ela se referia pelo silêncio quando logo ela revirou os olhos e disse:

– Eu não sei o nome de vocês.

– Oh... Sim, sim... Eu sou Pete. Pete Ross. Esse é meu amigo Clark. Clark Kent.

Eu apenas acenei para ela e logo fui pegar meu caderno para ela anotar, mas parece que Pete havia sido mais rápido do que eu ao passar para ela dois cadernos das aulas anteriores.

– Obrigado. – Disse Chloe pegando os cadernos e virou-se para frente, mas logo tornou á virar para trás e olhou para mim bastante sorridente me deixando um pouco trêmulo e constrangido. – Você tem lindos olhos.

Arregalei os olhos e a vergonha tomou conta de mim ao máximo.

– Obrigado. – Disse automaticamente e peguei uma caneta e comecei á anotar o que o professor passava no quadro. Percebi que Pete olhou para mim e para Chloe que havia tornado á se virar para copiar a matéria se sentindo um pouco invejado. Eu sei, ele achava injusto ter emprestado os cadernos para ela e eu mesmo ser elogiado de forma delicada. Mas... Até que havia gostado, era algo na qual mais imaginava que Lana poderia falar para mim... Ou... Poderia ser algo, uma ideia para que eu mesmo falasse para ela.


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Notas finais do capítulo

Bom... O que acharam? Foi uma boa apresentação para a futura e boa jornalista?



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