O Sangue do Olimpo escrita por Belona


Capítulo 43
Capítulo 43


Notas iniciais do capítulo

Gente, acabou.
Buáááá...
Vejam, essa fanfiction era um dos meus projetos anuais, e eu consegui cumprir! Eeee!
Tudo graças a vocês. Eu agradeço do fundo do coração a todo mundo que leu, a todo mundo que acompanhou. Agradeço a todo mundo que marcou como "leitor" ou "favorita", e agradeço à Reyna e à Queen B por me recomendarem. E agradeço a você, que acompanhou, mas não fez nada. Eu fico feliz só pelo fato de você ter lido.
Um beijo pra Aline Valdez, à Valdez Cairstairs, à Queen B, à Reyna, à Madchen e à Isa Pimentinha, que comentaram praticamente em todos os meus capítulos e deixaram lindas declarações em que eu me emocionei quando li.
Gente, muito obrigada mesmo, eu amo todos vocês, e nunca teria vontade de escrever se não fosse pelo incentivo.



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– Ah, deuses, Piper! – Hazel passou as mãos pelos cabelos dela. – Você está linda!

– Obrigada – Piper enrubesceu, mas não havia motivo para enrubescer. Metade dos garotos que passava por ali a encarava e quase se trombava uns nos outros. – Mesmo com a cicatriz?

– A cicatriz só te deixa mais sensual. – Annabeth levantou as sobrancelhas sugestivamente e riu. – De verdade, Piper, você fica mais perigosa. E continua linda. Foi sábio querer que ela ficasse com você.

Piper sorriu.

– Ah, e Hazel... – Piper olhou a espada dela. – Isso deve ser... Letal.

– É esquisita. – Hazel disse. – Mas eu gosto bastante. Combina comigo.

As três riram.

– Oi. – Leo apareceu. Ele tinha um braço envolta de Calipso, outra ninfa tão bonita quanto as semideusas. – Acabou.

– Acabou. – Piper o abraçou afetuosamente. Depois se afastou e olhou para Calipso. – Hã, desculpe.

– Não tem problema. – Calipso sorriu. Ela olhou em volta.

– Procurando alguém? – Leo indagou.

Ela ficou ligeiramente corada.

– Não. Só... Queria saber quem é a Annabeth.

– Eu sou a Annabeth. – Annabeth disse.

Calipso encarou-a, depois analisou-a quase que involuntariamente da cabeça aos pés e dos pés à cabeça.

– Surpresa por eu não ser uma princesa? – Annabeth não teve intenção de ser tão dura.

– Um pouco. – Calipso confirmou. – Mas eu reconheço que... Que...

– Não diga. – Annabeth a interrompeu. – Melhor não dizer e aproveitar, certo? Já passou. Mas eu ainda não esqueci o rancor que você tem por mim.

Calipso meneou a cabeça e se afastou com Leo.

– Tenso. – Hazel fez uma careta.

– Eu não queria que fosse assim, mas... – Annabeth piscou. – Esqueça. Vamos aproveitar.

Jason estava dançando com Reyna.

– Você está bem? – Ele perguntou.

– Mais do que bem. – Ela sorriu enquanto balançavam no ritmo da música. – Me sinto... Viva.

– Que bom. – Ele riu. – Hã, Reyna... Quanto a nossa história.

– O que tem ela? – Ela subitamente o encarou.

– Eu queria pedir desculpas por... Bem, você sabe. – Ele gaguejou.

– Jason Grace, seja homem o suficiente para dizer em voz alta.

– Tudo bem. – Ele se exasperou. – Me perdoe por iludir você. Eu dei chances pra você quando, na verdade... Bem, eu estava interessado, mas... Aí veio a Piper e...

Reyna riu e aproximou seu rosto de seu ouvido.

– Iludido foi você, querido. Talvez eu também não gostasse tanto assim de você. Talvez o amor da minha vida fosse o Octavian.

Os dois riram.

– Mas não importa. Aquilo já passou. – Ela estava tranquila. Deu um beijo na bochecha de Jason. – É melhor você convidar a sua namorada para dançar, menino.

Ela se afastou, indo dançar com um deus menor, e Jason foi atrás de Piper, com o coração mais leve.

Hazel estava perambulando por ali com Frank, e eles pareciam felizes. Na verdade, todo mundo parecia feliz.

Percy estava inspecionando uma mesa cheia de sanduíches, quando uma voz ao seu lado disse:

– Seu presente foi pequeno.

– Foi o que eu quis. – Percy respondeu gentilmente. – Vai me fulminar?

Atena riu tranquilamente e pegou um sanduíche de frango com milho.

– Não, Percy, não vou...

– Ah, que bom. – Ele sentiu-se melhor. – Suponho que ainda não aprove minha amizade com sua filha?

– Não totalmente. – Ela admitiu. – Mas ela cresceu quando estava com você... E você fez bastante coisa por ela.

– Ela teria feito o mesmo. Eu acho. – Ele levantou as sobrancelhas.

– Certamente. – Atena assentiu. – A gente nunca esquece nosso ponto mortal, não é mesmo?

Percy a olhou por um momento, sem entender, então se deu conta.

– Ah. – Ele sorriu. – Acho que não.

Atena também sorriu.

– Percy, onde é que você estava... – Annabeth parou abruptamente quando viu que ele conversava com Atena. – Ah, oi, mãe.

– Oi, filha. – Atena iluminou-se. – Gostou de seu presente?

– Claro. – Os olhos de Annabeth se iluminaram. – Mas, mãe... Posso pedir mais um presente?

– Sim? – Atena parecia surpresa.

– Você pode me dar um abraço?

Tanto Percy quanto Atena ficaram um pouco perplexos, mas então Atena deu um passo para frente e abraçou Annabeth maternalmente. Ambas tinham lágrimas nos olhos depois que se afastaram.

– Hã, acho que eu vou... – Percy iria se afastar, mas Atena o puxou de volta.

– Não precisa. Aliás, quero falar uma coisa que interessa a vocês dois e para Reyna e Nico. Diz respeito àquela coisa toda de Gaia e o bolo que vocês fizeram. Bem, foi bem aproveitado. – Atena comprimiu os lábios. – Ela não causou danos maiores porque vocês doaram o sangue de vocês. Vocês quatro morrerão por causa disso, mas não sabemos quando. Pode ser amanhã. Pode ser daqui quinze dias. Pode ser daqui trinta anos.

– Mas não é num futuro tão distante. – Annabeth disse. – Quer dizer, Hazel viu Reyna e Nico com a aparência de hoje em dia. Jovens.

Atena sorriu.

– Vocês vão permanecer assim por um bom tempo. Zeus os transformou.

– Ele nos transformou em... Em... – Percy gaguejou. – Imortais?

– Não imortais. Vocês são como as Caçadoras. – Ela explicou. – Vão envelhecer muito lentamente e vão morrer como morreriam se continuassem normais. Uma flechada, um golpe de espada, qualquer coisa irá matá-los. Só... Retardamos seu envelhecimento.

– Uau. – Percy disse. – Isso é... Legal.

– Aposto que sim. – Ela riu e se afastou.

– Bem, ela estava de bom humor. – Annabeth comentou.

– Acho que sim. – Percy disse e passou um braço ao redor de sua cintura, puxando-a para perto. – E você? Está de bom humor?

– Claro. – Ela riu. – Calipso está com Leo, Rachel está feliz sendo o Oráculo, Bob matou a Kelli e até agora ninguém mais cruzou meu caminho.

– Acho que ninguém teria tal atrevimento. – Ele segurou seu queixo e a beijou delicadamente.

No outro lado da festa, Piper estava encostada no peito de Jason, e Hazel estava abraçada com Frank.

– Eles foram feitos um para o outro, não acham? – Piper perguntou.

– Com certeza. – Jason pousou o queixo no topo da sua cabeça. – E acho que alguém foi feita para mim. – Ele apertou-a ainda mais.

Hazel riu e colocou a cabeça no ombro de Frank.

– Quem é o amor da sua vida, Hazel? – Jason perguntou só para constrangê-la.

– Ah, eu sei a resposta. – Piper disse. – Arion. O cavalo-maravilha.

Frank pareceu ofendido, mas todos eles riram depois. Percy e Annabeth vieram para perto, Leo e Calipso também. Eles começaram a contar histórias, a rir, a comer e a dançar, sem a mínima intenção de parar de sorrir.

E assim o Tempo passou.

Naquela lavagem cerebral de Nico, Afrodite deu uma colaborada e tirou-lhe as partes “chatas”, que dizia às suas desilusões. Má? Não. Nico queria mesmo esquecer da queda que tivera, tanto por aquela pessoa quanto a queda no Tártaro, então ela apenas cedeu ao seu desejo.

Todos eles ficaram naquele retardamento de velhice, e continuaram sendo heróis cada vez mais fortes e poderosos. O Acampamento Meio-Sangue se uniu ao Júpiter. Os pretores lideravam o lado romano, e o Sr D continuava comandando os gregos, chamando todo mundo pelo nome errado. Mas aquilo fazia parte de um acampamento de verão.

Os deuses apareciam recentemente, distribuindo missões e fazendo contato direto com seus filhos. Os dias passavam, e eles estavam felizes. Rachel abria a boca de vez em quando e soltava uma bela profecia, e lá iam heróis cumpri-la.

Os campistas gregos substituíram a velha tradição de fazer contas anuais para colocar no colar por tatuagens, como os romanos. Cada um ganhava um traço para cada ano, e o símbolo de seu pai/mãe deus olimpiano.

Onde quer que estivesse um dos sete, os outros seis não estariam muito longe. Onde quer que estivesse Piper, Jason estava por perto. E assim era com Leo e Calipso, Hazel e Frank e principalmente Percy e Annabeth.

Calipso tinha perdido a maldição e a imortalidade. Ela ainda se estranhava com Annabeth, mas no geral, estava tudo bem. Ela entrou para o ensino médio na mesma escola que Leo. Os outros estudavam em escolas separadas, para não correrem o risco de atrair uma pequena legião de monstros famintos para um local isolado.

Percy e Annabeth terminaram o terceiro ano. Ela, com grande honra, ingressou na faculdade de arquitetura e começou a fazer estágio em uma empresa. Com pouco mais de um mês de experiência, ela já estava projetando prédios e edifícios sozinha. Percy tinha terminado o colegial explodindo a escola. Algumas universidades o aceitaram, mas ele não sabia ao certo o que fazer. Ele completou dezessete anos, e teve que fazer o alistamento. Acontece que ele passou, e todo mundo ficou feliz, principalmente ele. O perigo do mundo mortal não era mais denso do que o do mundo mítico, então ficou tudo bem. E melhor ainda: Percy foi trabalhar e estudar na Marinha, como um destino dos deuses. Vá entender. Ele e Annabeth se encontravam várias vezes, mas nem sempre precisavam estar muito perto para sentir a presença um do outro.

Todos continuavam indo para o acampamento todos os verões, salvando o mundo várias vezes. Muitos heróis novos se destacaram, mas ninguém nunca esqueceu da Batalha contra os Titãs nem da Batalha contra os Gigantes. Os sete semideuses se tornaram uma lenda que continuava ativa, e os monstros renasciam continuamente apenas para serem mortos mais uma vez.

A graça de ser um herói é enfrentar seus problemas várias vezes, ainda que sejam os mesmos. Pelo menos cada um deles continuava sendo mais forte do que os seus medos, e temidos cada vez mais pelos inimigos. As coisas nunca estavam fáceis, e isso os fazia mais poderosos todos os dias.


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Notas finais do capítulo

Agora nos resta esperar por O Sangue do Olimpo oficial, né... No qual eu vou me debulhar em lágrimas. Mas a vida segue e eu nunca irei esquecer dos meus heróis.
Em breve vou escrever novas fics, porque espero encontrar leitores tão maravilhosos como vocês.
Muito obrigada. Um milhão de beijos e um grande abraço.
Que os deuses o acompanhem!