Zumbilândia - Matar ou Morrer. escrita por The Huntress


Capítulo 34
Executando o plano.


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey, Boa leitura!



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Justin

Eu seguia pelos corredores com Erika ao meu lado e dois guardas atrás de nós. Eu estava tão assustado quanto ela.

Assim que nós chegamos a sala que estávamos quando chegamos, nós entramos e vimos que Drake estava lá dentro andando de um lado para o outro. Assim que Erika o viu correu para abraça-lo.

–Graças a Deus você está bem - Drake disse para Erika.

O Diretor entrou na sala e ficou olhando para o casal que estava se abraçando. Ele limpou a garganta e os dois se separaram.

–Ela não está tão bem assim, senhor Sullivan - o Diretor disse.

–O que você fez com ela? - Drake trincou o maxilar.

–Ela foi infectada - o Diretor disse, Drake tentou avançar em cima dele, mas eu o impedi.

–Mas ela nem é um zumbi - falei.

–O sangue que injetamos nela não foi de um zumbi, foi um sangue retirado de um zumbi que foi cientificamente modificado para ter as mesmas funções. Era só para alguns testes. De qualquer maneira, a metade do sangue já foi retirado do organismo dela.

–Você tem que ser preso! - Drake disse. - Morto! Qualquer coisa do tipo! Você é louco!

O homem riu.

–Vai lá, me denuncia.

–Você não vai sair impune dessa, seu merda! - Erika disse.

–Olha, eu não tenho culpa de nada do que está acontecendo. Foi a população que quis uma cura para a AIDS, e eu fiz o que eles queriam. Proporcionei a eles a "cura", não foi?! Eu apenas cuido de tudo isso aqui, a população que resolveu viver atrás de muros. Entendam que eu não sou o vilão da história... Ainda.

Ele saiu da sala e Drake começou a socar as paredes. Erika tentava acalma-lo, mas era em vão. Eu só conseguia pensar em Kimberly, ver ela naquele estado me deixou com tanta raiva que se eu estivesse com a minha metralhadora já tinha matado todos desse lugar.

Porém, uma luz no fim do túnel apareceu. Assim que Erika conseguiu acalmar Drake, ela explicou que havia pensado em um jeito de sairmos daquele local.

Erika

O plano era bem simples, mas precisaria de todos do grupo. Comecei a explicar o plano para os garotos e eles concordaram.

O plano era o seguinte: Drake iria sair pelos dutos de ventilação e iria até o interruptor que dava energia para alguns lugares do prédio e desligaria a energia, e enquanto os guardas iriam atrás do que havia acontecido, Justin iria pegar Kimberly e eu iria até a sala do Diretor, pegar alguma informações sobre o que ele pretendia fazer com o soro e pegaria nossas armas.

Depois de esperarmos quase vinte minutos para que os guardas nos dessem as costas, Drake finalmente pode subir no duto de ventilação e começou a engatinhar lá dentro. Agora era só esperar as luzes serem desligadas.

Drake

Engatinhar por aquele minúsculo espaço fazia eu me sentir um completo idiota. Nunca queira andar engatinhando por aí, é frustrante. Principalmente quando você é um garoto de 17 anos que completará 18 daqui a dois dias. Engatinhei por alguns minutos até achar outra janelinha daquela que tinha na sala onde eu, Justin e Erika estávamos, abri a janela e desci, não haviam guardas ali, o que me ajudou muito. Peguei um mapa do prédio e fui caminhando até o local do interruptor. Chegando lá, vi uma caixa grudada a parede, olhei para os dois lados e vi que estava sozinho, ótimo. Abri a portinha cinza que separava mãos humanas de uma alavanca e puxei a mesma para baixo, logo todo o andar ficou um breu. Percebi quando os guardas saíram correndo para ver o que havia acontecido e voltei correndo para a sala onde Justin e Erika estavam.

Justin

Eu já estava impaciente com a demora de Drake, mas até que ele foi bastante ágil. Quando as luzes foram apagadas tudo ficou um breu e os guardas que ficavam na porta da sala saíram em disparada para ver o que havia acontecido. Percebi até quando o Diretor saiu correndo com um monte de guardas o seguindo. Eu e Erika saímos da sala e fomos para lados opostos no corredor, encontrei com Drake minutos depois e fomos juntos até a sala onde Kimberly estava.

Chegando lá, Drake me ajudou a arrombar as duas portas que estavam trancadas e eu fui até Kimberly.

–Kimberly? - chamei, ela deve ter levantado o rosto para me encarar.

–Justin? O que você tá fazendo aqui? E que escuridão toda é essa? - ela perguntou.

–Shhh! Não da pra falar nada agora, depois eu te explico tudo.

Comecei a desamarrar seus braços e ela arfou de dor quando eu a carreguei, disparei para fora da sala com Drake atrás de mim. Fui explicando o plano para Kimberly e ela achou bem interessante. Quando chegamos a sala do Diretor, Erika nos esperava com todas as nossas armas, mas ela estava impaciente lá dentro.

–Que porra, Drake! Você tinha que desligar a energia de tudo? Agora os computadores não podem ser ligados - Erika disse.

–Ah, me desculpe - ele disse, revirando os olhos. - Só fiz o que você mandou!

–Você um idiota, Drake! Por que não faz nada direito?

–Se eu não faço nada direito, então por que não foi você desligar a energia, Erika?

–Se tivesse tempo eu... - Kimberly interrompeu Erika.

–Cala a boca vocês dois! Não temos tempo para ficarmos brigando, porra! Eu preciso de um curativo e nós temos que sair daqui. Agora, façam por mim o que eu não posso fazer por vocês!

–Certo, Drake você vai precisar ir ligar a energia. Eu vou fazer tudo rápido aqui - Erika disse.

Drake saiu correndo e eu me sentei com Kimberly no sofá, peguei alguns lenços umedecidos que encontrei pela sala e comecei a limpar o sangue coagulado no rosto a na perna de Kimberly. Ela encostou a cabeça na parede e deixou que eu continuasse o trabalho. Logo as luzes foram acesas e Erika deu um sorriso vitorioso.

–Eu te amo, Drake Sullivan! - ela resmungou animada e se voltou para o computador.

Assim que ela terminou de passar tudo para um pen-drive, nós saímos da sala, eu ainda estava carregando Kimberly nos braços. Nós começamos a apressar o passo, mas antes que chegássemos perto da saída, ouvimos uma voz atrás de nós.

–Vão para algum lugar?

Kimberly

Eu já estava mais calma, afinal a hemorragia parara sozinha e Justin já havia limpado. Nós estávamos indo bem, estávamos quase alcançando a saída. Estava estranhando a demora de Drake de se juntar a nós, mas ele já deveria ter saído. Porém, claro que estava fácil demais! Quando estávamos quase alcançando a saída aquele filho da puta resolveu aparecer.

–Vão para algum lugar?

Nós nos viramos e demos de cara com o Diretor, ele estava segurando Drake e apontava o cano de uma arma para o seu queixo. Drake estava nos olhando como se suplicasse por socorro. Atrás de Drake havia dois guardas que seguravam seus braços.

–Deixa ele em paz, seu monstro! - Erika disse.

Justin me colocou no chão e eu fiquei apoiada apenas em uma perna. Erika e Justin estavam com suas armas na mão e estavam apontando para o Diretor. Eu sabia que não poderia lutar, mas eu não iria deixar que nada de mal acontecesse com o meu grupo!

Peguei minha katana e comecei a andar encostada na parede, os seguranças e o Diretor estavam olhando fixamente para Erika e Justin, o único que tinha consciência do que eu estava fazendo era Drake. Fui para trás dos guardas e fiquei posicionada lá, esperando o momento certo de atacar.

–Eu ainda preciso de você, senhorita Kiowa - o Diretor disse, fazendo Erika enrubescer.

–Vai pro inferno! - ela disse.

–Eu vou, mas o seu amiguinho vai comigo - ele destravou a arma e eu gritei:

Ninguém machuca os meus amigos!

Enfiei minha katana na costas dos guardas que caíram no chão, logo uma hordas de guardas irrompeu dos corredores, mas Erika e Justin estava cuidando deles. O Diretor ainda mantinha a arma no pescoço de Drake, e eu estava mancando. Ótimo.

–Você é um covarde - falei, me aproximando mais do Diretor.

Ele riu.

–E você é uma vagabunda. Kimberly Mclean, você é uma inútil!

A palavra "inútil" ficou reverberando pela minha cabeça, eu já estava cansada de escutar as pessoas falarem isso pra mim! Apertei mais o cabo da minha katana e avancei, empurrei Drake para o lado e joguei a arma do Diretor no chão. Eu estava com tanta raiva que o único barulho que eu ouvia era o pulsar do sangue nos meus ouvidos, aquela foi a primeira vez desde de que eu chegara aqui que vi medo nos olhos negros daquele cara. Ele foi se afastando para trás enquanto eu ia mancando até ele, o canivete ainda estava na minha coxa, mas nem eu nem Justin ousamos tirar, não sabíamos se tinha cortado alguma veia importante ou outra coisa. Quando ele bateu a costa na parede, ficou me encarando até que eu estivesse a centímetros de distancia dele.

–E agora, Diretor? Vai fazer o que? - sussurrei.

–Você não pode me matar! E-Eu tenho uma família - ele disse.

Eu ri, sem humor.

–Eu também tinha uma família, mas você não pensou nisso quando colocou aquela vacina no mercado.

Ele começou a chorar e a minha raiva só foi aumentando. Por causa daquele otário eu tinha perdido minha família e tinha perdido Eleanor.

–Espero que a sua alma apodreça no inferno! - sussurrei.

Com o mesmo movimento curto e rápido que havia usado para matar o guarda, eu cortei a garganta do sujeito. Seus olhos negros ficaram opacos enquanto ele engasgava até a morte. Os guardas que ainda estavam vivos, ficaram me olhando assustados e abriram caminho para que eu passasse. Erika e Justin pararam de atirar e eu fui surpreendia por um abraço de Drake.

–Obrigado - ele sussurrou no meu ouvido.

Retribui o abraço meio sem jeito e sussurrei:

–Você me deve uma!

Ele riu e me soltou, Justin me carregou de novo no colo e nós deixamos a cede do governo com vários olhares apavorados na nossa direção. Eu me aconcheguei no peito de Justin e ele beijou o topo da minha cabeça.

–Você pegou o soro, Erika? - perguntei.

–Todos que eu encontrei - ela disse, balançando uma mochila que carregava nas costas.

Assenti e suspirei. Erika e Drake estavam ao meu lado e de Justin, eles estavam abraçados e conversavam alguma coisa. Eu queria poder dizer que estávamos em segurança, mas sabia que não podia me dar o luxo de pensar isso. Por mais arduamente que eu quisesse um pouco de paz, as ruas ainda estavam infestadas de zumbis e como o governo americano iria cuidar disso eu não tinha a menor ideia, mas pelo menos uma parte já estava um pouco adiantada: tínhamos o soro. Agora Stephen só precisava termina-lo.

Quando chegamos em frente ao grande portão por onde entramos, eles foram abertos e nós saímos daquele lugar maluco. O ar fresco invadiu meus pulmões e eu não havia reparado o quanto senti saudades das ruas enquanto estava dentro daquela sala. Bem, agora eu só queria voltar para casa e dormir um pouco.


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Notas finais do capítulo

E aí? Kimberly metendo moral u.u comente, please :3



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