Zumbilândia - Matar ou Morrer. escrita por The Huntress


Capítulo 33
Nosso sofrimento aumenta.


Notas iniciais do capítulo

OMG UMA RECOMENDAÇÃO!!! OBRIGADA LUNA WOLFSTEIN, OBRIGADA MIL VEZES :3 Luna, fiquei emocionada com o que você escreveu, foi tipo: ai meu deus, que amor, alguém gosta da minha fanfic! Enfim, obrigada mesmo pela recomendação.



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Kimberly

Eu não havia sido mais tocada e muito menos violentada. Porém, toda vez que eu tentava reagir, era espancada.

Eu não sabia quantos dias se passaram desde quando chegamos ali, mas eu já imaginava que fazia dias que estávamos presos e separados.

Eu esperava que Erika, Justin e Drake estivessem em uma situação melhor que a minha, afinal minha atual condição física era a seguinte: um ombro deslocado, um canivete enfiado na minha coxa esquerda, meu rosto estava sangrando e meu olhos, provavelmente, estavam roxos.

Um homem havia entrado na sala, os cabelos loiros claríssimos e os olhos negros me faziam ter um medo terrível. Ele havia se apresentado como "O Diretor", e estava me espancando atrás de algumas resposta.

–Cacete, eu já disse que não sei nada sobre esse maldito soro! - falei.

–Você estava com a filha do Stephen, deve saber de alguma coisa - o diretor disse.

–Sim, mas... - eu não pude completar a frase, pois levei um tapa no rosto, senti mais sangue escorrer.

–Sua vagabunda! Vai me dizer o que sabe ou prefere morrer? - ele me olhou com tanta raiva que temi pela minha própria vida.

–EU. NÃO. SEI. PORRA. NENHUMA. - disse, pausadamente.

–Chamem ele - o homem disse e saiu da sala.

Eu suspirei aliviada por aquele capeta ter saído da sala, pelo menos não seria mais espancada. Meu ombro queimava de dor e minhas roupas estavam sujas do sangue que escorria do meu rosto. Eu estava acabada. Mas quem seria "ele" que o diretor mandou chamar? Seria algum medico para fazer curativos em mim? Não, claro que não!

Erika

Estava deitada em uma maca quando acordei, meus olhos demoraram a se acostumar com a luz que me cegou. Olhei para minhas roupas e vi que estava com aqueles vestidos de hospital, nos meus braços tinham agulhas enfiadas e eu sentia que aquilo não era nada bom. Alguns médicos apareceram ao meu lado e começaram a perguntar como eu estava me sentindo, de imediato eu não consegui responder, pois sentia que a minha língua estava maior que a boca, mas depois eu disse que estava bem.

Os médicos tiraram as agulhas do meu braço, me tiraram da maca e me conduziram por um passeio pelos arredores do local.

Eu estava sobre efeito de anestesia, ou seja, estava bastante sonolenta. Minha visão estava turva e eu mal conseguia enxergar o que havia na minha frente. Assim que dobrei um longo corredor, pude avistar algumas salas e escutei o barulho de tiros. Apertei os olhos e percebi que em uma das salas haviam zumbis e que pessoas estavam atirando neles, parecia que as pessoas estavam tendo algum tipo de aula, sei lá. Na segunda sala, avistei uma garota sentada em uma cadeira, ela estava com umas roupas que de imediato eu não reconheci, mas já havia visto, sua cabeça estava abaixada e seus cabelos ruivos estava bagunçados e todo na frente do rosto. Ela levantou a cabeça e eu pude ver que estava com o olhar perdido, estava sangrando e toda arrebentada. Tentei reconhece-la, mas meu cérebro não estava trabalhando direito, fui puxada por um médico como se fosse para eu não olhar para aquela sala.

Depois de dobrar em vários corredores, entramos em uma sala com mais tecnologia do que Drake poderia pensar em ter na nossa antiga casa. Na sala haviam frascos com cores diferente, pareciam... Soros. E na minha frente, sentado atrás de uma mesa, pude ver o tal Diretor. Seus cabelos estavam penteados para trás, o que deixava seus olhos negros bem mais visíveis.

–Bom dia, senhorita Kiowa. Como está a nossa cobaia? - ele deu um sorriso de lado.

–Quem é aquela garota que está presa? - perguntei.

–Não sei se presa é palavra certa... Torturada sim é a melhor palavra. Você não a reconhece, querida?

Coloquei meu cérebro para trabalhar e lembrei dos cabelos ruivos e da jaqueta de militar que ela usava. Kimberly! Só podia ser ela!

–Seu filho da puta! Por que você a está torturando? O que ela te fez?

–Se eu fosse você, me preocuparia apenas comigo mesmo.

–O... O que você fez comigo? - perguntei, sentindo um pânico crescer dentro de mim.

–Levem ela para a desinfecção. Essa conversa está me deixando com dor de cabeça.

Eu tentei protestar, mas fui arrastada até outra sala branca.

Justin

Drake estava comendo alguma coisa que haviam nos entregado, enquanto eu estava sentado em um canto pensando se esse lugar era a cede do governo. Também pensei em Kimberly e em como ela poderia estar. Comecei a conversar aleatoriamente com Drake quando um guarda entrou na sala, o segurança mandou que eu o seguisse e assim fiz. Depois que me mandaram vestir um jaleco branco, fui levado até o Diretor. Que me encaminhou para outra sala, onde entramos juntos.

–Você poderá vê-la, mas nem pense em tocá-la, pois será inútil - o Diretor disse.

–O que? Do que você está... - fui interrompido quando o Diretor abriu a porta.

Atrás do vidro pude ver uma Kimberly completamente acabada. Estava sangrando e o que mais me preocupava era o canivete que estava enfiado na sua coxa. Comecei a espancar o vidro gritando "KIMBERLY!", para chamar sua atenção, mas se ela notou não demonstrou nada.

–Eu disse que era inútil.

Olhei para o lado e vi que o Diretor estava encostado em uma parede me encarando.

–Por que você fez isso com ela, seu merda? - meus olhos queimavam de raiva.

–Foi preciso. Mas eu não preciso ficar dando explicações à você - ele deu de ombros e se desencostou da parede. -Eu só trouxe você aqui, senhor Walker, para você ver que ela está bem.

Bem? Olha o estado dela! O que nós te fizemos?

–Bem, nada. Mas me preocupa o fato de vocês ficarem andando por aí.

–Você ficou louco? Esse cabelo loiro tá te afetando? Nós somos sobreviventes! Só isso!

–Isso que me fode, senhor Walker. Vocês não deviam ser sobreviventes! Enquanto vocês estiverem, digamos, vivos, todo o meu projeto vai por água abaixo.

–E que porra de projeto é esse?

–Sabe aquela vacina que o Stephen fez, mas não terminou? - não respondi, mas ele continuou. - Eu a continuei e cá entre nós, eu sou um gênio, não acha?

–Só se for um gênio louco. As pessoas viraram zumbis!

Ele sorriu.

–Bem, isso não estava nos meus planos, mas o que eu posso fazer? Nada é perfeito. O meu real propósito, era que a vacina mexesse com o cérebro humano, e olha só, não é que eu consegui!

–Você conseguiu transformar pessoas inocentes em monstros sedentos por carne humana! Nunca passou pela sua cabeça todas as família que você destruiu? Todos os sonhos que você interrompeu?

Ele deu de ombros.

–Isso não é problema meu, senhor Walker. De qualquer maneira, as pessoas vão ser curadas, mas os seus cérebros ainda continuaram sendo reprogramados a meu favor.

–E você está tendo êxito? - cruzei os braços, estava com vontade de soca-lo, mas me contive.

–Bem, não. Nós só estávamos testando em zumbis, mas agora testamos em uma pessoa humana, estamos esperando os resultados.

–Mas se não deu certo com zumbis, o que você vai fazer?

–Nós vamos obrigar Stephen a continuar seu soro, eu farei as modificações necessárias e então todos saímos felizes. Você e o seu grupo, serão privilegiados, pois serão os primeiros à se infectarem e a se curarem. Não é maravilhoso?

–Você é completamente louco! Espera, você disse que testou em um humano, quem foi...?

Fui interrompido quando a porta da sala foi aberta bruscamente e uma Erika chorando apareceu na soleira da porta.

–Eu fui infectada - ela disse.

Drake

Quando Justin saiu, percebi que ninguém ficou vigiando a sala onde eu estava. Provavelmente, achavam que eu era inofensivo. Idiotas! Levantei do chão e fui até o vidro da porta, percebi que estava tudo silencioso e vazio. Abri a porta com bastante cautela e me esgueirei para fora da sala, fui caminhando pelo corredor e me escondia sempre que alguém aparecia.

Estava tão nervoso que sentia medo de me desesperar e acabar sendo pego outra vez. Comecei a dobrar em alguns corredores, eles eram imensos e todos da mesma cor: branco. Cara, acho que eu não iria usar mais nada dessa cor por um longo tempo. Depois de muitos corredores dobrados, acabei me acostumando com a cor do local, porém o que mais me chamou a atenção foi algumas placas que diziam:

"Ala médica: em frente."

"Ala de zumbis: dobre a direita."

"Ala de experimentos: dobre a esquerda."

Logo a frente, percebi que havia outra placa enorme onde podia ver um casal deitado na cama. Eles estava de mãos dadas e sorriam afetuosamente um para o outro, na placa lia-se:

"Não deixe que a AIDS estrague sua vida. Inventamos a nova vacina contra a AIDS para lhe proporcionar uma vida mais longa e prazerosa. Aproveite!"

Senti um frio percorrer minha espinha. Toda aquela propaganda fez com que milhares de pessoas do mundo inteiro, virassem zumbis. O que era para trazer felicidade, acabou trazendo um grande inferno.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Ainda continua tensa a situação, não? huehuehue, comentem cupcakes :3



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