Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 81
Depois da tempestade, a aparente bonanza




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Depois de falar com InuYasha, Onigumo estava saindo e passou pela recepção, onde Sesshoumaru conversava com Momiji.

SESSHOUMARU – Trouxe o que pedi?

MOMIJI – Aqui está! (ela entrega o documento oficial sobre a autopsia no corpo de Hiro)

SESSHOUMARU – Ótimo! Cumpriu sua parte no acordo, portanto cumprirei a minha, pode ficar com a matéria.

MOMIJI – Obrigada.

SESSHOUMARU – Mas não irei para seu jornal, portanto agradeço o convite, mas minha resposta é não.

MOMIJI – Acho que vai mudar de idéia se souber o que sei. (ela o encara) – Por acaso já ouviu falar em LPAP?

SESSHOUMARU – Claro que sim! LPAP – localização de preso de alta periculosidade, mas o que tem isso?

MOMIJI – Aquela fonte minha de dentro da polícia descobriu em um arquivo morto, de umas das muitas pessoas que se mataram depois de serem delatadas por Kanna, uma informação em código que a Segurança Interna extraiu de um tal Juroumaru.

SESSHOUMARU – Juroumaru?!

MOMIJI – Juroumaru ajudou os terroristas! A Segurança Interna está subordinada á Ryukosei, então é plausível dizer que ele escondeu essa informação, a pergunta é, por quê? (ela começa a se afastar) – Eu vou investigar isso á fundo e teria mais sucesso com um profissional como você do meu lado. (ela se vira para ele) – Pense nisso.

Momiji deu uma piscada para Sesshoumaru, como já tinha feito no dia anterior, mas desta vez essa cena foi flagrada por Rin que estava com os braços cruzados, Sesshoumaru percebeu sua presença.

SESSHOUMARU – O que faz aí parada?

RIN – Vim aqui pegar suco que Sango pediu. (Ele se aproxima dele) - Quem é ela, Sesshoumaru?

SESSHOUMARU – É Momiji! Ela é uma jornalista do Diário da manhã! Estava me convidando para trabalhar no jornal dela.

RIN – E por isso ela piscou para você? (ela se aproxima mais e cruza os braços) – Por acaso aceitou trabalhar no jornal dela? Não disse que ia dar um tempo no jornalismo?

SESSHOUMARU – Disse, mas mudei de idéia.

RIN – E foi por causa da Momiji? (sendo irônica e sentindo ciúme)

SESSHOUMARU – Sim, mas não é o que está pensando. (ele pega na mão dela e a puxa contra si) – É apenas trabalho, portanto não sinta ciúmes, pois eu só tenho olhos para você.

RIN – É bom mesmo.

Sesshoumaru e Rin se beijam na recepção do hospital e enquanto isso em um lugar desconhecido, Ryukosei e Souta estavam diante de um corpo em cima de uma mesa.

SOUTA – Quem é ele?

RYUKOSEI – Esse é o homem que matou os terroristas Bankotsu e Jakotsu.

SOUTA – Mas segundo InuYasha, esse homem era do exercito japonês, mas esse homem não é japonês.

RYUKOSEI – Exato! Ele é americano! Ele estava infiltrado em nosso exercito.

SOUTA – Por que está me contando isso, senhor?

RYUKOSEI – Por que você é do exercito e ficaria sabendo disso mais tarde ou mais cedo mesmo! Quero que não comente isso com ninguém! Nem com sua mãe e nem com sua irmã! É questão de segurança nacional.

SOUTA – Tudo bem senhor, mas acredito que esse americano tenha matado Bankotsu e Jakotsu porque estes sabiam demais! Então é melhor eu não saber de muito. (ele aperta a mão de Ryukosei) – Pode contar com minha descrição, senhor.

RYUKOSEI – Sabia que ia colaborar! Sabe rapaz? Você tem um grande futuro.

Depois disso, Souta sai da sala deixando Ryukosei olhando para o corpo do americano que matou Jakotsu e Bankotsu, e enquanto isso no quarto do hospital, Kagome estava felizes com a notícia de que Sango seria mãe.

KAGOME – Mas isso é maravilhoso, Sango.

SANGO – Eu nem sei o que dizer! Por essa eu não esperava.

KAGOME – Eu sei que vai ser difícil sem o Miroku, mas agora pense que tem um filho para cuidar! Miroku iria querer isso.

SANGO – Por falar nisso, quando é o funeral dele?

KAGOME – Hoje á tarde! Os funerais de Kouga e Kikyou serão no mesmo cemitério.

SANGO – E como ele estava? Estou falando do corpo de Miroku.

KAGOME – O corpo foi totalmente carbonizado pela explosão do carro tanto que o caixão não mostrará o rosto dele.

SANGO – E eu nem posso ir ao funeral dela ainda. (ela derrama algumas lágrimas) – Eu o visito depois. (ele enxuga as lagrimas) – E aquele miserável do Gatenmaru? Nem sinal dele?

KAGOME – Nada! Ele conseguiu fugir.

SANGO – Quando eu sair daqui, vou atrás dele! Ele me paga.

KAGOME – Procure não se exaltar, Sango! Pense no seu filho.

SANGO – Eu não sei se essa criança veio em boa hora.

KAGOME – Não fale isso, Sango! Não fale isso nem brincando! A maternidade é uma dádiva divina, por isso deve ser levada á sério. (ela da um beijo no rosto da amiga) – Lembre-se disso, amiga! Agora com licença.

Kagome, levando Genku no colo, se afasta da amiga e sai do quarto e chegando do lado de fora, ela, meio triste, encosta na parede, InuYasha se aproximou dela.

INUYASHA – Precisamos conversar e... (ele nota a tristeza da esposa) – O que foi Kagome?

KAGOME – É que Sango está grávida.

INUYASHA – O que?! Sério? (ele olha bem para ela) – Isso não deveria ser uma boa notícia?

KAGOME – Deveria não! Ela é uma boa notícia, mas é que toda vez que fico sabendo da gravidez de alguém, me bate um vazio no meu peito.

INUYASHA – Por causa da sua infertilidade! Eu sei disso, querida, mas não precisamos disso! Achei que já estava conformada.

KAGOME – Mas eu estava até Miroku me dizer que minha infertilidade tem relação com aquela fabrica que meu pai supervisionava.

INUYASHA – Por que não fala com Tanuki? Ele e Miroku eram próximos e...

KAGOME – Eu fiz isso quando ele foi levado para o hospital! Ele não sabe de nada, portanto, seja o que for que Miroku sabia disso, morreu com ele.

INUYASHA – Eu sinto muito mesmo, Kagome.

KAGOME – Esquece isso! Você veio aqui para me falar algo, o que?

INUYASHA – Ah sim! É uma coisa que Onigumo conseguiu de Kikyou.

KAGOME – De Kikyou?! O que isso tem haver com você?

INUYASHA – Não só comigo! Com você também e acima de tudo com Shippou.

Kagome não estava entendendo o que o marido falava, ele apenas mostrou para Kagome o papel que ganhou de Onigumo, ela ficou abismada com o que estava lendo, Sesshoumaru e Rin se aproximaram deles.

SESSHOUMARU – O que é que está lendo?

KAGOME – Não é nada! (ela guarda o papel) – Não é nada.

SESSHOUMARU – Então ta! Não quer falar, tudo bem.

INUYASHA – A verdade é que é algo particular.

RIN – Ah entendi.

KAGOME – Rin! Você não ficou de trazer um suco que Sango pediu?

RIN – É mesmo! (ela da um tapa na própria testa) – Eu me esqueci completamente. (ela olha para o marido) – Isso foi por sua causa! Se eu não o visse conversando com aquelazinha.

SESSHOUMARU – Mas que bobagem, Rin.

RIN – Bobagem nada! (ela olha para Kagome) – Acredita que ela ficou paquerando ele descaradamente? E todo mundo sabe que ele é casado.

SESSHOUMARU – Que tal mudarmos o rumo dessa conversa?

KAGOME – Olha Rin! Sango tem uma grande novidade para te contar, por que não entra lá e descubra.

RIN – Ta! (ela olha para o marido) – Vem também, amor.

SESSHOUMARU – Ta bom.

KAGOME – E eu vou ver minha mãe. (ela da Genku para InuYasha) – Segure-o um pouco, InuYasha.

INUYASHA – Claro.

Kagome foi para o quarto onde a senhora Higurashi estava internada, Rin e Sesshoumaru entraram no quarto onde Sango estava internada, logo eles saberiam da gravidez da detetive e enquanto isso pelas redondezas do hospital, Shippou e Satsuki estavam conversando enquanto andavam.

SHIPPOU – Você pretende ainda ir ao psicólogo?

SATSUKI – Claro que sim! Eu gostei de conversar com o doutor Menoumaru! É bom! Devia tentar.

SHIPPOU – Não obrigado! Não que eu acho isso coisa de maluco, porque não acho, mas tenho outras prioridades.

SATSUKI – Encontrar Soten, não é?

SHIPPOU – Seria uma delas.

SATSUKI – Então não tem idéia de onde possa estar Soten?

SHIPPOU – Nada! Miroku fez questão de não contar a ninguém para onde a levou e como ele morreu antes de falar com alguém, não temos a menor idéia do paradeiro de Soten.

SATSUKI – Você quer muito encontrá-la, não é?

SHIPPOU – Claro que sim! Ela é minha amiga! Ela passou por momentos difíceis.

SATSUKI – Assim como nós! Ontem foi mesmo um dia terrível.

SHIPPOU – Para todos nós.

SATSUKI – O que aconteceu ontem me fez pensar.

SHIPPOU – No que?

SATSUKI – De como a vida é preciosa e que temos que vivê-la intensamente.

SHIPPOU – Mesmo?! (sorrindo)

SATSUKI – Talvez com um pouquinho de moderação! O dia de ontem foi muito corrido! Tenho medo que nosso namoro seja assim.

SHIPPOU – O que?! Nosso namoro?

SATSUKI – Sim! (ela olha torto para ele) – Há não ser que não queira eu como namorada! (ela o encara) – Por acaso é isso?

SHIPPOU – Não é isso, só que...

SATSUKI – Só que o que?! Por acaso quer que Soten seja sua namorada? (ela fica de costas para ele) - Afinal ela já foi.

SHIPPOU – Satsuki! (ele coloca a mão no ombro dela) – Olhe para mim. (ela se vira ficando de frente com ele)

SATSUKI – Diga.

SHIPPOU – Eu fiquei surpreso porque achei que não queria nada sério comigo.

SATSUKI – Por que pensou isso?

SHIPPOU – Eu não sou popular ou atlético como os outros garotos com que saía e...

Shippou nem conseguiu terminar a frase, pois Satsuki o empurrou até que ele ficasse encostado na parece, ela ficou o encarando com um olhar determinado.

SATSUKI – Escuta aqui seu idiota! Eu não ligo para essas coisas e se achou que eu era uma dessas garotas que gosta de ‘ficar’, está redondamente enganado! Eu quero um namoro sério e exijo fidelidade, pois se eu te pegar olhando, flertando, paquerando outra garota, vou quebrar todos os ossos do seu corpo, estamos entendidos?

SHIPPOU – Claro. (meio assustado, mas sorridente) – Você está no comando.

SATSUKI – Eu sempre estive, não é mesmo? (sorrindo) – E por estar no comando, eu exijo que me beije agora.

SHIPPOU – Cumprir essa ordem será um enorme prazer.

Shippou e Satsuki se beijam apaixonadamente, eles estavam tão concentrados que nem perceberam que Sesshoumaru, Rin e InuYasha observavam tudo.

SESSHOUMARU – O que significa isso? (eles param de se beijar ao ouvir aquela voz)

SATSUKI – Olá papai. (sorrindo meio sem graça)

SESSHOUMARU – Estou esperando uma resposta.

SHIPPOU – Sabe o que é que é senhor, eu...

SATSUKI – A verdade é que o Shippou me beijou á força. (ela olha para Shippou) – Eu falei que não devia fazer isso.

SHIPPOU – O que?!

SESSHOUMARU – Ah é?

SATSUKI – Mas não brigue com ele, papai, pois ele disse que ia me pedir em namoro para o senhor.

SESSHOUMARU – Isso é verdade, rapaz?

Shippou olhava para Satsuki, que não conseguia esconder o sorriso no canto dos lábios, Shippou percebeu que Satsuki se fazia de inocente para o pai, provavelmente para não aborrecê-lo, mas esse jeito ‘moleca’ era uma das coisas que ele mais amava nela, por isso resolveu continuar com aquele ‘teatrinho’.

SHIPPOU – Sim senhor! Eu quero saber se posso namorar Satsuki?

SESSHOUMARU – Eu não sei não.

RIN – O que é isso, Sesshoumaru? Não seja estraga prazeres. (ela olha para Shippou) – Ele deixa sim, Shippou. (depois ela da uma piscada para Satsuki)

SESSHOUMARU – Ok! Ok! Mas nada de gracinhas, entendeu?

SHIPPOU – Sim senhor.

SESSHOUMARU – Satsuki! Você ainda não viu Sango! Faça isso antes de irmos para o cemitério.

SATSUKI – Ta! Eu vou vê-la agora.

Satsuki dá um ‘tchauzinho’ para Shippou e em seguida entra no hospital com Sesshoumaru e Rin deixando Shippou com InuYasha, que segurava Genku no colo.

INUYASHA – Dia estranho para fazer um pedido de namoro, não?

SHIPPOU – Isso tudo foi armação da Satsuki! Foi ela que quer o namoro! Quer não, exige isso sim.

INUYASHA – Incomoda?

SHIPPOU – Não! Eu até gosto disso.

INUYASHA – Deu para perceber.

SHIPPOU – E Kagome? Onde ela está?

INUYASHA – Ela está com a mãe dela. (ele faz uma expressão séria no rosto)

SHIPPOU – O que foi, InuYasha?

INUYASHA – Tenho uma pergunta para fazer para você! (ele o encara) – Ainda quer aprender artes marciais?

SHIPPOU – Eu quero, mas não tive mais tempo de praticar com o copo e...

INUYASHA – Esquece isso! Você nunca conseguiria cumprir no prazo que estipulei! Aquilo foi para fazê-lo desistir, mas você não desistiu mesmo assim, portanto eu vou te treinar.

SHIPPOU – Isso é sério, InuYasha?

INUYASHA – Claro que é! Tenho certeza de que Kouga concordaria.

SHIPPOU – Ta! Mas e Kagome?

INUYASHA – Eu falo com ela! Pode deixá-la comigo.

SHIPPOU – Isso quer dizer que não vão mais se separar?

INUYASHA – Exato! Ainda somos uma família. (ele olha para Genku) – Todos nós.

SHIPPOU – Isso que é boa notícia.

Em sinal de felicidade, InuYasha e Shippou entraram abraçados no hospital e lá dentro, Kagome ainda conversava com sua mãe.

KAGOME – Mãe! Por que o Souta não está aqui?

HIGURASHI – Ele disse que ia resolver um problema particular.

KAGOME – Mas ele tem que estar aqui antes que eu saia para o funeral, não quero deixá-la sozinha.

HIGURASHI – Não seja boba, Kagome! Eu vou ficar bem! É sério.

KAGOME – Como quiser.

HIGURASHI – Diga-me uma coisa! Vai voltar mesmo para InuYasha?

KAGOME – Vou mamãe! Eu descobri que ainda o amo como antes! Não! Eu o amo ainda mais! Ele passou por muitas provações.

HIGURASHI – Tem razão! Ele sofreu muito nesses últimos meses.

KAGOME – Mas agora tudo será diferente! Conhecemos-nos melhor, estamos mais maduros para enfrentar uma eventual crise! Profissionalmente ele vai reabrir o restaurante e também assumir, de fato, sua direção.

HIGURASHI – Desejo-lhes sorte. (ela respira fundo) – Kagome! Você por acaso brigou com Houjo? Ontem ele saiu bastante cabisbaixo daqui.

KAGOME – Ah mãe! Ele tinha chamado a polícia para prender InuYasha e...

HIGURASHI – Mas se eu não me enganar, você e aquele seu amigo que morreu fizeram a mesma coisa, estou certa?

KAGOME – Sim! Está, mas foram situações diferentes.

HIGURASHI – Houjo achava que InuYasha era um perigo para você, por isso fez o que fez, sabe que ele gosta muito de você, não sabe?

KAGOME – Ok mãe! Eu ligo para ele outra hora para fazermos as pazes, eu também gosto dele. (ela da um beijo na mãe) – Eu vou indo, mãe! Vê se fica boa logo.

HIGURASHI – Pode deixar.

Kagome sai do quarto, onde a mãe estava internada, para ir ao encontro de InuYasha, mas no meio do caminho, ela é abordada por Botan.

BOTAN – Com licença! Você é Kagome?

KAGOME – Sim! E você é quem?

BOTAN – Meu nome é Botan! Sou assessora de imprensa da prefeitura de Tóquio! (ela se curva para Kagome) – É um prazer conhecê-la.

KAGOME – Prazer é meu, mas desculpe a pressa, mas tenho que ir á um funeral.

BOTAN – Dos seus amigos! Eu sei, mas o assunto que tenho para tratar é rápido! (ela da um cartão para Kagome) – Esse é o endereço da sede do nosso partido e gostaríamos que se filiasse á ele.

KAGOME – Quer que eu entre para seu partido político?

BOTAN – Isso mesmo! O presidente municipal do partido soube que você já foi funcionária de Miroku.

KAGOME – E o que tem isso?

BOTAN – Caso não saiba, Miroku é filiado ao nosso partido e tinha pretensões políticas! Foi uma pena o que aconteceu com ele.

KAGOME – Olha senhorita Botan! (ela devolve o cartão) - Eu e Miroku já falamos sobre isso e eu disse que não tinha jeito para essa coisa de política e...

BOTAN – Mas é claro que tem! Você é jovem, um rosto novo, ganhou muita publicidade com os eventos de ontem! Não só pelo discurso que fez, mas também pela inocência do seu marido. (ela insiste em dar o cartão) – Olha! Não precisa responder agora, mas pense no que Miroku gostaria! Ele acreditava em você na política.

KAGOME – Mas...

BOTAN – Eu sei por experiência própria que o primeiro passo é sempre o mais difícil! Acredite, pelo discurso que fez ontem, você leva jeito sim.

KAGOME – Eu vou pensar.

BOTAN – Isso! Pense! As eleições municipais estão chegando! Quem sabe consiga se eleger vereadora, hein? Pense no assunto.

Depois de dizer essas palavras, Botan sai da frente de Kagome, que ficava observando o cartão, o que levava a pensar no amigo Miroku, seus pensamentos são interrompidos pelas manifestações de InuYasha e Shippou.

INUYASHA – Acho que deveria aceitar.

KAGOME – Hã?! (percebendo a presença dele) – Você ouviu tudo? (ela olha para Shippou) – Os dois ouviram?

SHIPPOU – Sim.

KAGOME – Achei que não gostasse de política.

INUYASHA – E continuo não gostando, mas isso sou eu! Você é outra coisa, Kagome! Você sabe se comunicar com as pessoas, sabe comandar, sabe delegar, já mostrou isso no meu restaurante.

KAGOME – Se por acaso entrar na política, saiba que nossa vida ficará de pernas para o ar, nossas vidas serão investigadas.

INUYASHA – E por acaso a conspiração já não fez isso? Esquece isso, Kagome! Se você não quer entrar na política por si, tudo bem, mas não faça isso por mim, pois eu não me importo! Política ou não, eu te amo do mesmo jeito.

KAGOME – E você Shippou? O que acha disso?

SHIPPOU – Estou com InuYasha!

KAGOME – Ok! (ela se coloca no meio dos dois, abraçando-os) – Já que os homens da minha vida têm essa opinião, eu prometo que vou pensar.

Kagome da um beijo na testa de Shippou e em seguida outro na boca de InuYasha, depôs ela pega Genku de volta.

INUYASHA – Quer saber uma novidade, Kagome?

KAGOME – O que?

INUYASHA – Shippou e Satsuki vão começar a namorar.

KAGOME – Mesmo?! (ela passa a mão no rosto de Shippou) – Está feliz, querido?

SHIPPOU – Sim! Era tudo que eu queria.

Kagome e InuYasha sorriram diante da felicidade de Shippou e naquele momento Sesshoumaru, Rin e Satsuki se aproximam deles depois de visitarem Sango.

RIN – Kagome! Nós já vamos para o funeral.

KAGOME – Eu ainda vou dar um tempinho até que Souta chegue para olhar minha mãe.

INUYASHA – E eu vou ficar com você. (ele olha para Shippou) – Mas você, Shippou, pode ir com eles se quiser.

SHIPPOU – Posso? (olhando para Sesshoumaru)

SESSHOUMARU – Tudo bem.

SATSUKI – Shippou! (pegando na mão dele) – Você vai sentar comigo no banco de trás.

Satsuki arrasta Shippou pelo braço para fora do hospital, tudo sob observação de InuYasha, Kagome, Sesshoumaru e Rin.

SESSHOUMARU – Estou vendo que esse namoro vai me dar muita dor de cabeça.

KAGOME – Falando assim até me ofende, Sesshoumaru! Eu criei bem o Shippou! Garanto que não vai acontecer nada que não seja da concordância de ambos.

RIN – Eu concordo com Kagome! Nem quando a Satsuki namorava aquele Hiro, você se comportava desse jeito e viu no que deu.

SESSHOUMARU – Ótimo! Jogue a verdade na minha cara. (sorrindo e depois a beijando) - Vá na frente, pois eu tenho algo para falar com InuYasha.

RIN – Ta! Mas não demora.

Rin beija novamente o marido e em seguida sai do hospital e assim Sesshoumaru olha para InuYasha.

SESSHOUMARU – Olha InuYasha! Eu ainda não disse que sinto pela morte de Miroku! Sei que apesar das divergências recentes, vocês eram amigos.

INUYASHA – Sim.

SESSHOUMARU – Eu sei que vai sentir demais a ausência dele e...

INUYASHA – Sim Sesshoumaru! Tudo que disse é verdade, mas acho que está querendo me dizer alguma coisa, o que é?

SESSHOUMARU – O que estou querendo dizer é que se precisar conversar com alguém, eu estou á disposição! Não estou querendo substituir Miroku na sua vida, mas no dia de ontem percebi que todos nós precisamos de amigos.

INUYASHA – Eu concordo.

SESSHOUMARU – Então. (ele estende a mão para o irmão) – Conte comigo, irmão.

INUYASHA – Claro.

InuYasha aceita o cumprimento e aperta a mão de Sesshoumaru, que depois disso se afasta para ir para junto da esposa, deixando InuYasha com Kagome.

KAGOME – Isso foi significativo partindo de Sesshoumaru.

INUYASHA – Foi sim. (ele fica de cabeça baixa) – O dia de ontem afetou as nossas vidas para sempre.

KAGOME – Não podemos fazer nada com relação ás mortes, ás decepções! A única coisa que podemos fazer é aprender com tudo isso e seguir em frente.

INUYASHA – Tem razão.

Naquele momento o médico que cuidava de Sango se aproximou deles.

MÉDICO – Ainda bem que não foram!

INUYASHA – Por que doutor?

MÉDICO - A paciente está querendo falar com vocês dois.

KAGOME – Obrigada, doutor.

InuYasha e Kagome vão ao encontro da amiga e quando percebem que eles estão fora de vista, o médico vai até um deposito, fecha a porta e em seguida começa a usar o seu celular.

MÉDICO – Alô! Senhora Natsume?

NATSUME – Estou ouvindo.

MÉDICO – A informação que dei, foi confirmada! Sango está realmente grávida.

NATSUME – Ok! Então indique aquele um médico da nossa confiança para cuidar da gravidez de Sango.

MÉDICO – Será feito, senhora.

Natsume, que naquele momento estava em um escritório em Chicago, desliga seu celular e volta a olhar para Kageroumaru, que estava sentado em sua frente.

KAGEROUMAU – Por que essa criança é tão importante?

NATSUME – Isso não é da sua conta.

KAGEROUMARU – Ok! Ok! Então por que me chamou?

NATSUME – Quero saber se pretende continuar com a gente depois da morte de Juroumaru.

KAGEROUMARU – Quero sim! Juroumaru foi muito imprudente em cooperar tanto com a Ordem da Espada Morta.

NATSUME – Ótimo! Eu vou colocá-lo a par de todo nosso plano! A prisão de Kanna só vai facilitar a sua execução. (ela se levanta de sua cadeira) – Vou te levar ao encontro do nosso grupo de trabalho e lá saberá de tudo.

KAGEROUMARU – Yura está nesse grupo?

NATSUME – Sim entre outros.

Natsume, que era a antiga advogada de Naraku, sai do escritório acompanhada de Kageroumaru e enquanto isso no Hospital Memorial, mais precisamente no quarto em que Sango estava internada, a detetive oferecia a aliança, que Miroku comprou para ela, aos amigos.

KAGOME – Não podemos aceita-la, Sango.

INUYASHA – Isso mesmo! Fique com ela.

SANGO – Eu não quero! Olhar para ela me faz lembrar de como fui injusta com ele! Por isso quero que leve essa aliança seja interrada junto com Miroku.

KAGOME – Não Sango! Se você quiser se livrar dessa aliança, faça você mesmo, saia dessa cama, vá até ao cemitério e a jogue no caixão de Miroku.

SANGO – Mas por que não querem fazer isso por mim?

INUYASHA – Porque sabemos que vai se arrepender disso, portanto fique com a aliança.

SANGO – Ta! Eu faço isso quando sair. (ele guarda a aliança) – Melhor vocês irem.

KAGOME – Ta! (ela coloca a mão no ombro da amiga) – Não fique brava com a gente! Cuide-se.

INUYASHA – Cuide-se parceira de fuga.

InuYasha e Kagome saem do quarto de Sango, a detetive não parava de olhar para a aliança, no fundo no fundo, sabia que os amigos estavam certos, ela iria se arrepender se não ficasse com a aliança e enquanto isso no corredor do hospital, Souta aparece diante de Kagome e InuYasha.

KAGOME – Afinal onde se meteu, Souta?

SOUTA – Desculpe pelo atraso, mas o compromisso demorou mais do que eu pensava.

KAGOME – Agora que está aqui, eu posso deixar mamãe aos seus cuidados e ir para o funeral.

SOUTA – Ta.

KAGOME – Hei Souta! Não se esqueceu de algo?

Souta no começo estranhou a pergunta da irmã, mas ao vê-la apontando para InuYasha, ele percebeu o que tinha que fazer.

SOUTA – Ta certo. (ele estende a mão para InuYasha) – Eu te devo desculpas, InuYasha.

INUYASHA – Tudo bem. (ele aperta a mão do cunhado)

SOUTA – Agora vou ficar com minha mãe e...

KAGOME – Souta! Conta-me uma coisa! Esse compromisso que teve, tem alguma relação com Shiori? (sorrindo maliciosamente)

SOUTA – Quem dera! Estou seguindo seu conselho! Estou dando um tempo para ela.

INUYASHA – Faz bem, Souta! Ela é uma boa moça.

SOUTA – Eu sei! Bem, eu já vou indo.

Souta se afasta deles para ir até o quarto da senhora Higurashi deixando o casal livre para poder ir ao funeral e ao saírem do hospital, durante o trajeto até o carro deles, eles tem uma grande surpresa em perceber os olhares de várias pessoas que cumprimentavam, ambos, pelo que ocorreu no dia anterior, Kagome era a mais assediada, muitas pessoas foram agradecer a ela pelas palavras ditas durante o discurso sobre o toque de recolher.

KAGOME – Obrigada pessoal, mas não foi nada o que fiz.

InuYasha olhava, com orgulho, para a esposa, ao ver a cena de Kagome sendo assediado por mulheres, jovens e crianças, InuYasha sabia que ela entraria para a vida política.

INUYASHA – Essa é minha garota.

InuYasha sorria ao ver o rosto meio envergonhado da esposa, nisso ele não percebeu a aproximação de um homem que cobria o rosto para não ser identificado, era Gatenmaru.

GATENMARU – Foi você que acabou com o sonho do meu tio e vai pagar por isso.

Gatenmaru tirou uma arma de dentro do casaco, a mirou contra InuYasha, atirando-o em suas costas em seguida, o marido de Kagome cai imediatamente, o barulho do disparo assusta as pessoas, que se afastam, nisso Kagome vê o marido caído no chão.

KAGOME – InuYasha! InuYasha! (ela chega até ele) – Alguém peça ajuda, por favor.

Aproveitando a confusão, Gatenmaru sai sorrateiramente do local sem chamar a atenção de ninguém, por estar bem em frente á um hospital, não demorou nada para InuYasha receber ajuda e Kagome foi com ele, temendo por sua vida.

FIM

OBS: Ao que tiveram paciência de leram essa fic até o fim, aviso-lhes para dizer que InuYasha não morreu por causa desse tiro, mas logicamente isso terá conseqüências em sua vida que será mostrada na pequena fic ‘Simplesmente destino’ que vou escrever, ela será a ligação entre essa fic e uma outra chamada ‘Noite sem fim’, que é a terceira e última fic dessa história, formando assim uma trilogia, quem ler essa fic saberá das respostas de todas as perguntas que ficaram ‘no ar’, o que Myuga descobriu para ser envenenado? De que prisioneiro Natsume queria tanto sabe a localização? E por que para ela era importante a vida do filho de Sango? O que Onigumo mostrou para InuYasha que o deixou tão surpreso? Qual é a relação da infertilidade de Kagome com a misteriosa fabrica de chocolate que o pai dela supervisionava? E por que Miroku escondeu isso dela por tanto tempo? E o principal, como será a vida dos personagens daqui para frente? Leiam e descubram.


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