Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 80
O começo da queda da conspiração - parte 4




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Já de volta ao prédio do Grupo Naraku, Kanna desce da limusine conduzida por Gatenmaru, que desce logo depois para ir atrás dela.

GATENMARU – Não seria melhor fazer o discurso primeiro e depois voltar aqui e resolver as coisas?

KANNA – O discurso pode espera! Você sabe muito bem de quem tenho que cuidar agora, não é?

GATENMARU – Sim! Onigumo! Um dos peritos achou o motorista da limusine em um beco aqui perto e ele confirmou que foi Onigumo quem o atraiu até ali.

KANNA – Ótimo! Já temos a confirmação! Preciso de sua ajuda para uma coisa.

Kanna e Gatenmaru subiram pelo elevador até ao andar onde ficava a sala da presidência, ao saírem do elevador, eles vêem Onigumo no corredor.

ONIGUMO – Kanna! Ainda bem que se salvou e... (ele não termina a frase, devido á um soco dado por Gatenmaru)

KANNA – Cale-se, seu miserável traidor!

ONIGUMO – Mas o que é isso?

GATENMAREU – Cale-se! Ela já disse.

Gatenmaru arrastou Onigumo para a sala da presidência e Kanna vai atrás e quando já estão lá dentro, Onigumo é revistado por Gatenmaru, que procurava por alguma escuta, mas nada foi achado.

GATENMARU – Ele está limpo!

KANNA – Gatenmaru! Pode sair e me deixe a sós com ele.

GATENMARU – Tem certeza?

KANNA – Tenho! Tenho que dizer umas verdades a esse sujeito.

Depois de cuidar de Onigumo, Gatenmaru sai da sala, deixando Kanna a sós com Onigumo, que se ‘refazia’ depois de ser revistado.

ONIGUMO – O que pensou? Achou que eu estaria com uma escuta?

KANNA – Tinha que pensar nisso, afinal você me traiu, Onigumo. (ela se aproxima dele) – De alguma forma você descobriu a verdade, não é?

ONIGUMO – Que verdade?

KANNA – Você sabe do que estou falando.

ONIGUMO – Mas diga assim mesmo para evitar mal entendidos.

KANNA – Como você é um desgraçado com má reputação e não tem nenhuma escuta, posso falar a vontade! Não sei como, mas você descobriu a minha participação no assassinato de Kohaku e das outras mortes, entrou em contato com InuYasha, ajudando-o a me seqüestrar, mas infelizmente para você, o plano de vocês não deu certo.

ONIGUMO – Isso mesmo, Kanna! Eu descobri tudo! Você me usou.

KANNA – Todo mundo usa todo mundo, meu caro Onigumo.

ONIGUMO – E isso não te incomoda?

KANNA – Claro que não! Desde que sejamos úteis às pessoas que amamos, não tem problema.

ONIGUMO – Quando aceitei voltar a trabalhar no Grupo Naraku, tinha como objetivo me redimir por todo mal que fiz no passado, queria de algum jeito recomeçar e...

KANNA – Corta esse papo, Onigumo! Você só aceitou voltar á empresa por se sentir útil á ela e á mim.

ONIGUMO – Kanna! Desde que descobri sua participação em tudo isso, o envolvimento com a Ordem da Espada Morta, a manipulação da jóia de quatro almas, a armação contra InuYasha, depois de saber de tudo isso só me resta uma pergunta, por quê?

KANNA – Quando era pequena, vivia correndo atrás dele, querendo abraçá-lo, beijá-lo, me sentir querida! (ela ficou de costas para ele) - Queria de verdade participar da vida dele, eu tinha essa necessidade, mas ele sempre me excluía dizendo que o mundo era dos homens e coisa e tal! Decepcionei-me muito com ele.

ONIGUMO – Então foi por isso que planejou a morte dele?

KANNA – Isso não foi tão simples! (ela se vira de frente para ele) – Para entender as minhas atitudes você tem que saber como era a minha relação com minha mãe! Nós éramos grandes amigas, vivíamos fazendo coisas, juntas! Ao lado dela eu me sentia necessária, ela vivia me dizendo que eu era a razão da vida dela, isso me fazia bem, mas um dia ela foi alvejada por um homem, ela foi levada para o hospital e antes de morrer, ela confessou a mim que Naraku não era meu pai.

ONIGUMO – Não é seu pai?!

KANNA – Isso mesmo! Deve imaginar que fiquei sem saber o que fazer, tanto que Naraku tentou ficar mais próximo de mim, tentando compensar todo tempo de ausência de sua companhia, mas eu não me sentia bem com ele, até que um dia que ouvi uma conversa dele com um capanga dizendo que estava satisfeito por ter matado o homem que matou minha mãe, depois fui descobrindo os negócios sujos deles e meu ódio por ele foi só aumentando e aumentando, mas eu não demonstrava para ele, mas Naraku achava que eu estava sentindo apensa a morte de minha mãe.

ONIGUMO – Por que fingiu ser filha dele todo esse tempo?

KANNA – No momento em que minha mãe confessou que eu não era filha de Naraku, ela contou também o nome do meu verdadeiro pai, o nome dele é Toukaijin.

ONIGUMO – Toukaijin?! O ministro da saúde? (fingindo pois sabia de tudo)

KANNA – Sim! Minha mãe disse que eles se conheceram na adolescência e que o relacionamento deles não foi adiante porque o pai dela fez questão de casá-la com Naraku, que na época era um micro empresário promissor, mas antes disso, eles tiveram uma noite de amor! Eu nasci dessa noite.

ONIGUMO – O que Toukaijin tem com tudo isso?

KANNA – Foi ele que idealizou tudo! Antes de minha mãe morrer, ela me deu o endereço de onde podia encontrar meu pai! Ele ficou emocionado ao saber que tinha uma filha.

ONIGUMO – Você ainda não me explicou por que fingiu esse tempo todo que era filha de Naraku.

KANNA – Essa foi idéia do meu pai! Ele disse que eu devia continuar com o fingimento, pois tinha planos de eliminar Naraku! Eu como estava com raiva dele, aceitei de imediato! E quando isso acontecesse, eu assumiria o Grupo Naraku e ajudaria meu pai em seu objetivo.

ONIGUMO – Que objetivo?

KANNA – Fazer do Japão a maior potência mundial, mas para isso teríamos que deter a China.

ONIGUMO – E eu que achava que Naraku era o único megalomaníaco! Seu verdadeiro pai é igual.

KANNA – Não preciso ouvir sua opinião sobre meu pai! Ele é um grande homem e vai conduzir nosso país para um grande futuro.

Kanna ia se afastando para sair da sala, mas acaba voltando para encarar Onigumo.

KANNA – Depois do que me fez, não quero vê-lo nunca mais e se por acaso mencionar uma única vírgula dessa nossa conversa, farei você pagar caro, pois irei destruí-lo já que ninguém acreditará em você, já que você não é ninguém mesmo.

ONIGUMO – E Kohaku? Ele também não era ninguém?

KANNA – Não ouse a falar de Kohaku! Ele era dez vezes mais homem do que você! Não sabe o quanto me doeu fazer o que fiz com ele.

Kanna derrama lágrimas ao se lembrar do marido, mas ela enxuga rapidamente e sai daquela sala deixando Onigumo sozinho e enquanto isso no antigo QG do Motoqueiro Noturno, Shippou estava digitando algo no computador até que para de repente e olha para Satsuki.

SHIPPOU – Já ligou para Midoriko?

SATSUKI – Sim! Eu vou colocar no viva-voz. (ela aperta um botão) – Senhora Midoriko! Está me ouvindo?

MIDORIKO – Sim! Por que tanta insistência em me ligar?

SHIPPOU – Senhora promotora! Meu nome é Shippou, sou filho de...

MIDIRIKO – Eu sei quem é você, meu rapaz! É filho daquela moça que fez um pronunciamento sobre o toque de recolher, mas sei também que é o mesmo garoto que invadiu o sistema de monitoramento do ministério da defesa.

SHIPPOU – Eu fiz isso por um bom motivo! Foi para ajudar InuYasha a provar sua inocência.

MIDORIKO – Ajudar um foragido só complicou sua situação, rapaz! Agora se entregue ou me diga onde está para que eu possa enviar meus agentes para buscá-lo.

SHIPPOU – Ótimo que contate seu agente, promotora, mas não para me busca e sim Kanna.

MIDORIKO – Está falando da presidente do Grupo Naraku?! Por que eu devo prendê-la?

SHIPPOU – Quando ouvir isso vai saber, portanto ouça com atenção.

Shippou apertou uma tecla no computador e de repente ela começou a reproduzir a conversa que Kanna teve agora pouco com Onigumo, onde ela confessava sua participação em todos os eventos graves e também as mortes de Kohaku e Ayame, convencendo de imediato.

MAIS TARDE

Já eram quase meia noite e a entrevista de Kanna estava atrasada em meia hora, havia vários jornalistas que queriam saber a relação da prisão de InuYasha com os acontecimentos, havia também um palco, Kanna estava tranqüila em frente á sua casa, ela faria um discurso onde ela explicaria a participação de uma funcionária da empresa dela nos eventos terroristas, Rin estava do lado dela.

KANNA – Ainda bem que aceitou vim comigo! Foi decepcionante saber que Onigumo teve participação no meu seqüestro.

RIN – Eu disse que não devia confiar nele.

KANNA – Mas eu queria era te agradecer, pois se não fosse por você ter avisado Gatenmaru sobre o chip, eu não sei o que InuYasha faria comigo.

RIN – Sabe muito bem que sempre faço o que acho certo.

Kanna vai para frente do palco, ficando em frente a um grande numero de microfones, mas antes que começasse a falar, ela avista vários agentes conversando entre si e depois apontavam para ela.

JORNALISTA – Senhora Kanna! Não vai explicar a participação de Kagura nos eventos terroristas.

KANNA – Sim! Eu vou... (ela é interrompida por Rin)

RIN – Acho melhor falar com aqueles homens. (apontando para os agentes)

KANNA – O que eles querem comigo?

O líder dos agentes subiu ao palco e foi até Kanna, que estava visivelmente irritada com a interrupção.

KANNA – O que pensam que estão fazendo ao interromper meu discurso?

AGENTE – Eu sinto muito senhora, mas está sendo presa.

KANNA – O que?! Presa?! Sobre qual acusação?

O líder dos agentes fala algo ao pé do ouvido com Kanna, ela arregala os olhos quando é informada da acusação.

KANNA – Vocês não têm provas.

AGENTE – É aí que se engana, senhora, pois temos sim.

O agente pega uma caneta que estava pregada na blusa dela, depois ele abre essa mesma caneta e de dentro dela, ele tira um microchip.

KANNA – O que é isso?

AGENTE – Um dispositivo de áudio! InuYasha plantou em você quando te seqüestrou, assim ouvimos toda sua conversa com Onigumo.

De repente Kanna olhou para Rin, que estava com um sorriso vitorioso, depois apareceu Onigumo, igualmente sorridente e ele ficou ao lado de Rin.

KANNA – Vocês me traíram. (gritando para eles)

RIN – Traiu! (ela vai até Kanna) – Você tentou matar meu marido! (Kanna fica surpresa) – Isso mesmo! Tentou, pois eu consegui salva-lo daquele seu capanga.

ONIGUMO – Foi assim que descobri tudo! Sesshoumaru me contou toda a história e nesse momento ele está em um hospital.

AGENTE – Ela não tem mais nada o que falar! Vamos, senhora.

RIN – Espere agente! (ela encara Kanna) – Me diga uma coisa, Kanna! Você amava Kohaku?

KANNA – Sim Rin! Eu o amava! Foi por que eu o amava que ele não foi morto antes.

As palavras de Kanna levaram seus pensamentos para o passado.

FLASH BACK DO DIA DO ASSASSINATO DE KOHAKU

Depois de ter uma outra discussão com Onigumo, Kohaku estava decidido a falar com Sango, com quem tinha marcado de se encontrar, mas antes de sair, Kanna o alcança.

KANNA – Kohaku! Venha até aqui.

KOHAKU – Mas...

Kanna puxou o marido para uma das inúmeras salas vazias dos andares inferiores, ela trancou a porta assim que entraram.

KOHAKU – Kanna! Eu preciso ir! Eu marquei um encontro com...

KANNA – Com Sango, não é? Eu sei que vai falar com ela e até sei o que é.

KOHAKU – Sabe?

KANNA – Sim! Eu sei e é por isso que eu te trouxe aqui! Quero que pare com o que está fazendo! Investigar as coisas na empresa, mandar Kouga e Ayame espionarem nossos negócios! Eu quero que pare com tudo que está fazendo.

KOHAKU – Olha Kanna! Eu não queria dizer isso para você, mas já que já sabe de tudo, melhor eu contar! Kouga descobriu que um grupo de fanáticos chamado a Ordem da Espada Morta está se conectando com gente dessa empresa e tenho certeza de que se trata de Onigumo e...

KANNA – Kohaku! Onigumo não tem nada haver com isso!

KOHAKU – Mas é claro que tem, só falta provar e...

KANNA – Não é ele! É Kagura que está fazendo isso.

KOHAKU – Mas se for Kagura temos que entregá-la também e aposto que Onigumo está envolvido e fazendo tudo isso em suas costas.

KANNA – Errado duas vezes Kohaku! Onigumo não tem nada haver com isso e Kagura não está fazendo nada nas minhas costas, pois eu sei de tudo.

KOHAKU – O que?!

KANNA – Eu vou te explicar com detalhes.

Kanna explicou todo o projeto idealizado por Toukaijin de usar a jóia de quatro almas para adoentar toda a população da China, que teria a economia abalada e também contou sobre a participação da Tesseiga que fabricaria o antídoto da doença, portanto, assim todos ganhariam.

KOHAKU – Mas isso é monstruoso.

KANNA – Não é querido! Ninguém vai morrer! Só vão ficar doentes e...

KOHAKU – Isso você não pode garantir! Como pode participar de uma coisa dessas? (ele se afasta dela ficando de costas)

KANNA – Eu tenho os meus motivos! Saiba que faço pelo meu país. (ele fica de frente com ela)

KOHAKU – Kanna! (ele segura os ombros dela) – Eu te peço pelo nome do nosso amor que desista desse projeto, não leve isso a diante.

KANNA – Eu não posso! É por isso que te contei tudo! Eu quero que fique do meu lado.

KOHAKU – Mas eu posso! Vou falar com Sango e conta tudo á ela.

KANNA – Não faça isso! Amigos meus serão prejudicados.

KOHAKU – Você tem amigos que fazem isso? Eu não estou te reconhecendo, Kanna! Você não é a mulher com que me casei.

KANNA – Sou eu sim, amor! (ela o abraça) – Eu apenas estou mostrando um lado meu que não conhecia.

KOHAKU – Um lado que não queria conhecer. (ele se solta dela) – Me larga! Eu não posso compactuar com isso, Kanna.

KANNA – Se falar com sua irmã, eu poderei ser presa! Por acaso você não me ama? Seu amor não é verdadeiro?

KOHAKU – O meu amor por você é o maior do mundo, mas ele não é maior do que minha decência.

Kohaku se afasta de Kanna para sair da sala, a presidente do Grupo Naraku sabia muito bem o que poderia acontecer se o marido cumprisse a ameaça e por isso ela pegou seu celular e ligou para o celular de Toukaijin.

TOUKAIJIN – Fale.

KANNA – Eu falei tudo para ele, pai.

TOUKAIJIN – E o que seu marido disse?

KANNA – Ele não aceitou nada do que eu disse! Falou que ia se encontrar com a irmã e iria contar tudo.

TOUKAIJIN – Sabe muito bem que isso não pode acontecer e também sabe o que devemos fazer, não é?

KANNA – Claro que sei. (ela começa a chorar)

TOUKAIJIN – Não devia ter se envolvido com esse rapaz!

KANNA – Mas eu me apaixonei por ele, pai! Não pude evitar.

TOUKAIJIN – O problema não foi se apaixonar por ele e sim não conseguir deixá-lo fora dos seus assuntos! Nisso você falhou e seu marido terá que pagar.

KANNA – Eu sei! Pai.

TOUKAIJIN – Fale.

KANNA – Quanto á Kohaku! (ela chora mais ainda) – Quero que seja sem dor! Faça com que ele não sofra.

TOUKAIJIN – Direi isso á Juroumaru. (ele faz uma pausa antes de falar) – Kanna! Saiba que nunca te abandonarei, sempre poderá contar comigo.

KANNA – Eu acredito pai.

Kanna desliga o celular e acaba se sentando no chão e começa a chorar sem parar.

FIM DO FLASH BACK

KANNA – Foi isso.

RIN – Mas por que tanta devoção com esse pai?

KANNA – É complicado.

ONIGUMO – Isso tudo é para se sentir útil, necessária, não é Kanna? (ele a encara) – Você matou Kikyou e o filho que ela esperava! Meu filho que você matou e por isso quero que apodreça na cadeia.

Onigumo se afasta para ir embora, Kanna ia ser levada pelos agentes, mas Rin se manifesta.

RIN – Eu só queria perguntar mais uma coisa para ela. (ela olha para Kanna) – Me diga, Kanna! A nossa amizade foi fingimento?

KANNA – Isso importa agora?

Depois de responder uma pergunta com outra, Kanna é levada pelos agentes e enquanto isso no seu gabinete no ministério da saúde, Toukaijin estava segurando uma arma e naquele momento Ryukosei entra em seu escritório e vê aquela cena.

RYUKOSEI – Parece que já sabe de tudo.

TOUKAIJIN – O que veio fazer aqui? Tripudiar de mim?

RYUKOSEI – Precisamos conversar, Toukaijin! (ele se senta na cadeira à frente dele) – Com a prisão de sua pupila, logo a polícia virá até você, portanto não me interessa mais seu apoio.

TOUKAIJIN – O que quer de mim?

RYUKOSEI – Eu quero saber o quanto Kanna sabe da minha operação.

TOUKAIJIN – Ela não sabe muito, pois eu controlava toda a informação que ela recebia, portanto pode descansar tranqüilo, ela não sabe de tudo sobre Naraku.

RYUKOSEI – Ótimo assim! Não quero complicações, pois pretendo contar com a ajuda do dinheiro dos americanos para minha candidatura á prefeito, já que sai ileso de tudo isso.

TOUKAIJIN – Espero que tenha mais sorte do que eu, mas agora se não se importa... (ele olhava para a arma)

RYUKOSEI – Claro. (ele se levanta da cadeira) – Quer que dê algum recado para sua pupila?

TOUKAIJIN – Sim! Diga á ela que sinto muito, por não ser o pai que ela pensava.

Depois de ouvir essas palavras, Ryukosei sai da sala e já estando do lado de fora, ele ouve o barulho de um disparo de arma, Toukaijin tinha cometido suicídio e enquanto isso no departamento de polícia, Kagome e Shiori acabavam de chegar ao departamento de polícia e avistam InuYasha já libertado por Jinenji.

KAGOME – InuYasha!

Ela vai correndo até ele e o abraça para em seguida, os dois, se beijam diante de todo mundo, ela parecia mais emocionada do que ele.

KAGOME – Quando soube da sua prisão, pensei que nunca mais iria vê-lo de novo.

INUYASHA – Você ainda vai me aturar muito! (ele enxuga as lágrimas do rosto dela) - Acabou tudo, Kagome! O pesadelo acabou.

KAGOME – O que?! Como assim?

JINENJI – Kanna foi presa. (sorrindo)

KAGOME – Mas como? (ela olha para o marido) – Mas eu pensei que não tinha conseguido e...

INUYASHA – Kagome! Depois eu te conto como foi, mas agora eu quero comer alguma coisa, pois estou morto de fome e quase não comi nada o dia inteiro.

KAGOME – Claro! Claro! (Shiori se aproxima deles)

SHIORI – Parabéns aos dois! Fico feliz que tudo tenha dado certo.

INUYASHA – Devemos um pouco disso á você! Não tinha que se arriscar e se arriscou mesmo assim, obrigado.

KAGOME – Eu digo o mesmo, Shiori.

SHIORI – Ta! Eu já vou indo.

Ela se afasta para ir embora, mas antes de sair do departamento, Kagome vai até ela.

KAGOME – Espere, Shiori! Tenho algo para falar com você.

SHIORI – Pode falar.

KAGOME – Eu sei que o dia de hoje foi terrível para todos nós, mas saiba que encontrou novos amigos e tanto eu quanto InuYasha não gostaríamos de perder contato com você.

SHIORI – Claro! (ele sorri) – Adoraria ser sua amiga.

KAGOME – Sem falar que acho que meu irmão se interessou por você, o que acha?

SHIORI – Eu não sei! Tudo está muito recente, preciso de um tempo.

KAGOME – Mas pense no que falei, tchau!

SHIORI – Tchau!

Shiori sai do departamento, mas antes da uma olhada em Kagome voltando para InuYasha, ela sentia um pouco de inveja, pois queria estar no lugar de Kagome, mas sentia que podia sobreviver com isso e assim sai do departamento e enquanto isso, Kagome e InuYasha eram informados de algo por Jinenji.

INUYASHA – Como não pegaram?

JINENJI – Gatenmaru deve ter usado uma freqüência de rádio e assim soube com antecipação do pedido de prisão de Kanna, mas vamos pega-lo.

KAGOME – É bom mesmo! Sango está no hospital por causa dele.

INUYASHA – Isso agora não é trabalho meu.

InuYasha coloca o braço em volta do ombro de Kagome e assim os dois saem do departamento de polícia e enquanto isso, Kanna foi levada para a sede da promotoria publica, onde foi recebida por Midoriko.

KANNA – Fique sabendo que fiz tudo sozinha e...

MIDORIKO – Se por acaso está pensando em proteger seu pai, pode esquecer! Ele não precisa mais de proteção.

KANNA – Do que está falando?

MIDORIKO – Disso.

Através da câmera do seu celular, Midoriko mostra para Kanna a imagem de Toukaijin morto em sua sala.

KANNA – O que houve?

MIDORIKO – Ele se matou! Não agüentou a vergonha de ser desmascarado.

KANNA – Isso não é possível! Aposto que foram vocês que o mataram e...

MIDORIKO – Ora Kanna! Ele é um ministro do governo! Se quiséssemos matar alguém para convencer outro alguém, a pessoa morta seria você e não Toukaijin! Ele é o comandante de toda a conspiração e por isso se matou.

KANNA – Mas o meu pai disse que não me abandonaria e que sempre ficaria do meu lado.

MIDORIKO – Parece que ele mentiu, não é? Quando a coisa ficou feia para o lado dele, não pensou duas vezes e se matou! Está sozinha, Kanna! E agora? Como vai ser?

KANNA – O que quer de mim?

MIDORIKO – Eu quero nomes! Todos que puder saber para desmantelarmos a conspiração! É possível que não saiba de tudo, mas acredito que sabe muita coisa.

KANNA – É por isso que fui trazida para cá em vez de ser levada pela polícia?

MIDORIKO – Sim! Se colaborar com a gente, seremos indulgentes com sua pena, caso contrário, só posso garantir a pena de morte.

KANNA – Tudo bem! Eu falo o que sei.

Midoriko abre a porta de sua sala e Kanna entra com ela para contar o que sabia da conspiração.

DIA SEGUINTE

Graças á medicina moderna, Sango conseguiu se recuperar do ferimento e já estava consciente e em seu quarto de hospital a detetive recebia a visita de InuYasha e de Kagome, que segurava Genku no colo.

KAGOME - Como está se sentindo?

SANGO – Estou sentindo um vazio no peito.

INUYASHA – Sango! (ele segura a mão dela) – Saiba que tem amigos e todos nós estaremos com você nesse momento difícil.

SANGO – Eu sei! Também soube que conseguiu levar Kanna para a cadeia.

INUYASHA – Eu tive uma grande ajuda de Onigumo! Se não fosse ele, eu não conseguiria.

SANGO – Onigumo! Eu tenho que agradecer a ele depois e também pedir desculpas por tudo.

INUYASHA – Então pode fazer isso pessoalmente! Ele está lá fora! Eu vou lá chamá-lo.

KAGOME – Eu vou com você. (ela volta a olhar para Sango) – Fique boa logo amiga e... (naquele momento o médico entra no quarto)

MÉDICO – Espero que não esteja incomodando.

INUYASHA – Nós já estamos de saída mesmo.

InuYasha e Kagome saem do quarto de hospital deixando Sango a sós com seu médico.

SANGO – Doutor! Quando poderei sair?

MÉDICO – Isso vai demorar um pouco devido ao seu estado! O ferimento á bala não afetou seus órgãos vitais e também não afetou sua gravidez e...

SANGO – O que?! Gravidez?! Está dizendo que estou grávida? De um bebê?

MÉDICO – Normalmente é de um bebê. (sorrindo) - O pai da criança ficará felicíssimo com a novidade.

Depois de dizer aquelas palavras o médico sai do quarto deixando Sango sozinha, ela começou a chorar ao se lembrar de Miroku e o que aconteceu com ele no dia anterior e nesse momento Onigumo entra no quarto.

ONIGUMO – Sango! Você está bem! InuYasha disse que estava melhor e...

SANGO – Não é isso. (enxugando as lágrimas) – Estou bem! Que bom que veio! Temos muito que conversar.

ONIGUMO – Muito mesmo.

Onigumo senta na cadeira que ficava ao lado da cama de Sango e assim os dois conversam e enquanto isso, Kagome e InuYasha conversam do lado de fora do quarto e naquele momento, Sesshoumaru e Rin acabavam de chegar ao local, o jornalista ainda mancava devido ao ferimento na perna agravado pela tortura de Ban.

INUYASHA – Vejo que está melhor, Sesshoumaru.

RIN – Ele vai sobreviver. (sorrindo)

SESSHOUMARU – Soubemos que Sango despertou e viemos aqui visitá-la.

INUYASHA – Onigumo está com ela agora! Eles tem que colocar suas diferenças em pratos limpos.

RIN – Onigumo tem um passado condenável, mas acho que ele mudou mesmo, como Miroku e Kikyou diziam! Ele provou isso ao ajudarmos a levar Kanna á justiça.

KAGOME – Por falar nisso, o que houve com Kanna?

RIN – Ela fez um acordo com a promotoria! Ela deu os nomes de várias pessoas influentes, políticos, empresários, funcionários públicos envolvidos na conspiração, ela fez isso em troca de clemência.

SESSHOUMARU – Ela não merece um pingo de clemência por tudo que fez.

INUYASHA – Sim, mas se ela ficar livre é o preço de levar muita gente influente para a cadeia, acho que o preço é razoável.

Os outros três concordam com as palavras de InuYasha e naquele momento, Sesshoumaru percebe a presença de Momiji no final do corredor, ela olhou para ele e segui adiante.

KAGOME – Por acaso vocês viram Shippou?

RIN – Sim! Ele está lá fora, Satsuki ficou com ele.

SESSHOUMARU – Me dêem licença, por favor.

RIN – Você não vai atrás de Satsuki, não é? Achei que já tinha superado essa implicância com Shippou.

SESSHOUMARU – E quem disse que vou atrás de Satsuki?

Sesshoumaru se afasta deles, deixando os três e naquele momento Onigumo se junta á eles depois de falar com Sango.

INUYASHA – Como foi, Onigumo?

ONIGUMO – Foi bom! Conversamos bastante. (ele olha para Kagome) – E ela quer conversar com você.

KAGOME – Ta! Eu vou lá.

RIN – Eu vou junta.

Rin e Kagome entram no quarto de hospital, provavelmente Sango iria contar sobre a gravidez, nisso InuYasha e Onigumo ficaram a sós no corredor.

ONIGUMO – InuYasha! Precisa ver uma coisa.

INUYASHA – O que?

ONIGUMO – Quando estava pegando minhas coisas que estavam no apartamento de Kikyou, acabei encontrando isso. (ele entrega um papel á InuYasha) – Acho que vai te interessar.

INUYASHA – Deixa-me ver.

InuYasha se senta no banco do corredor do hospital e fica lendo com atenção o papel entregue por Onigumo, seja o que for que estava escrito ali, deixou InuYasha muito surpreso.

INUYASHA – Isso é comprovado.

ONIGUMO – Não, mas você pode tirar a dúvida! Quando li isso, fiquei realmente surpreso e vejo que você também.

INUYASHA – Sim, mas de certo modo nem tanto.

ONIGUMO – Como assim?

INUYASHA – Antes de levá-la para a Tesseiga, Kikyou me disse que sabia mais coisas sobre meu passado do eu mesmo.

ONIGUMO – Acha que ela estava falando disso? (apontando para a folha)

INUYASHA – Provavelmente.

ONIGUMO – Vai contar para Kagome?

INUYASHA – Claro que vou! Ela é parte interessada e certamente ficará mais surpresa do que eu.

ONIGUMO – Mas e o menino?

INUYASHA – Mesmo que diga o contrário, Shippou não tem estrutura para receber uma informação dessas, não nesse momento.

ONIGUMO – Faça o que quiser. (ele aperta a mão de InuYasha) – Eu vou indo.

INUYASHA – O que você vai fazer daqui para frente? Caso não se importe de eu perguntar.

ONIGUMO – Claro que não me importo! (ele respira fundo) – Com a comprovação de que Kanna não era filha de Naraku, o Grupo Naraku será dissolvido pelo governo japonês e seus acionistas e investidores, incluindo eu, irão receber as devidas indenizações! É o fim do Grupo Naraku! Com o dinheiro que receberei é provável que invista em um negócio próprio, Kikyou e eu tínhamos esse plano.

INUYASHA – Eu lamento por ela.

ONIGUMO – Eu também! A gente se vê depois no cemitério

INUYASHA – Ta! E obrigado por tudo.

Onigumo se afasta de InuYasha para ir embora do hospital, seja o que for que InuYasha tenha lido naquele papel, parecia importante.

Próximo capítulo = Depois da tempestade, a aparente bonança


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