Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 60
A fuga desesperada - parte 3




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InuYasha e Shiori estavam procurando uma maneira de invadir a casa de Jigo até que o marido de Kagome não viu alternativa.

INUYASHA – Vou ter que arrombar a porta. (indo para frente da casa)

SHIORI – Não faça isso, por favor! (se colocando entre ele e a porta) - E se a casa tiver sistema de segurança?

INUYASHA – Aí teremos que ser rápidos! (ele toma distancia para arrombar a porta) – Saia da frente, Shiori.

Com um binóculo, Jigo observava aquela cena e sentindo a hesitação dos dois, ele desativou o alarme da própria casa, o que fez Shiori, que estava encostada na porta, abri-la sem querer.

JIGO – Mas está aberta! (ela abre a porta por completo) - Olha só InuYasha.

INUYASHA – Estou vendo.

Assim os dois entram na casa, cujo interior mostrou certa sofisticação, muito bem mobiliada para os padrões de um servidor publico, os dois olham os vários objetos da casa.

INUYASHA – Acho que um agente imperial ganha bem.

SHIORI – Mas que sorte! Foi muito bom o sistema de segurança estar desativado.

INUYASHA – Bom demais para meu gosto! Shiori! Não estou gostando disso! Vamos terminar isso logo.

InuYasha e Shiori foram cada um para um cômodo procurar algo que incriminasse Jigo, que do lado de fora da casa observava tudo de binóculo e de repente seu celular começou a tocar.

JIGO – Jigo falando.

GORYOUMARU – Jigo! Você não vem para a reunião?

JIGO – Eu ia senhor, mas o meu PDA detectou uma falha no sistema de segurança da minha casa! Estou indo para lá agora! Lamento, mas posso participar da reunião.

GORYOUMARU – Entendo.

JIGO – O senhor por acaso ligou para o Imperador para conta-lhe o que houve?

GORYOUMARU – Eu ia fazer isso, mas Toutoussai me convenceu a não fazer! Uma coisa ele está certo! Temos que deter esses fanáticos da Ordem da Espada Morta.

JIGO – Assim que resolver o problema em minha casa, estarei indo até aí para ajudá-los, senhor.

GORYOUMARU – Ok! Avise-me se tiver algum problema.

JIGO – Sim senhor!

Estando na Segurança Interna, Goryoumaru desliga o seu celular e ao que parece, ele não sabia das atividades clandestinas de seu subordinado e assim ele foi até a sala de reunião onde estavam vários agentes das duas agências de investigação entre eles, Renkotsu.

GORYOUMARU – Desculpem-me pela demora, mas houve dois imprevistos! Jigo teve problemas particulares e não poderá se juntar à nós! Toutoussai se encontra ausente no momento e por isso ele será representado por Renkotsu. (apontando para este)

RENKOTSU – Antes de tudo teremos que esquecer nossas diferenças! As vidas de muitos inocentes dependem disso.

GORYOUMARU – Vamos começar.

A sala de reunião tinha uma enorme tela que mostrava imagem do suspeito e de seus possíveis alvos, mas, inexplicavelmente, as imagens sumiram da tela, o que provocou estranheza nos agentes.

GORYOUMARU – O que está acontecendo? Não da para fazer a reunião nessas condições.

RENKOTSU – Da sim, senhor! Essas imagens não são importantes! Os agentes podem ver os relatórios uns dos outros e enquanto isso eu vou checar o problema! Deve ser falha em algum servidor.

GORYOUMARU – Ok! Mas seja rápido.

Deixando os outros continuarem com a reunião, Renkotsu sai da sala e vai imediatamente para a sala dos servidores do sistema e ao entrar nela, ele usa seu celular para ligar para Bankotsu.

BANKOTSU – Fale.

RENKOTSU – Estou pronto para iniciar a fase dois da operação.

BANKOTSU – Tem certeza?

RENKOTSU – Sim! Eu causei uma falha no sistema para eu poder sair da sala e preparar o plano.

BANKOTSU – Quanto tempo para a execução?

RENKOTSU – Entre dez e vinte minutos!

BANKOTSU – Lembre-se Renkotsu! Deve executar esse plano custe o que custar! O sucesso dela é vital para meu plano.

Renkotsu desliga seu celular e em seguida pega uma caixa em um canto e do interior dela retira alguns explosivos, um pequeno cronômetro e um detonador, começando a trabalhar neles e enquanto isso em seu esconderijo, Juroumaru estava falando com Kageroumaru pelo celular.

JUROUMARU – Já conseguiu achar alguém?

KAGEROUMARU – Sim! Achei um nome! Ele deve servir.

JUROUMARU – Ele está na cidade?

KAGEROUMARU – Não! Não consegui arranjar ninguém que esteja em Tóquio! Mas este está em uma cidade próxima! Acho que terá que força-lo a cooperar.

JUROUMARU – Deixa isso comigo! Envie tudo sobre ele por e-mail.

KAGEROUMARU – Imediatamente.

Kageroumaru, que estava em algum lugar desconhecido na China, enviou as informações para Juroumaru, que naquele momento estava acompanhado de Jakotsu, abria seu e-mail e assim teve acesso aos dados sobre a pessoa que iria replicar o MPX1200 e ao ver a foto da pessoa, Juroumaru se surpreende.

JUROUMARU – Ora! Ora! Mais uma vez esse sujeito na minha vida.

JAKOTSU – Conhece esse rapaz?

JUROUMARU – Sim! Nós temos uma história, mas como disse Kageroumaru, acho que teremos que força-lo. (Bankotsu chega)

BANKOTSU – Faremos isso! Renkotsu ligou e já está quase pronto para iniciar a fase dois.

JUROUMARU – Eu ainda não entendi esse seu plano.

BANKOTSU – Você não tem que entender nada! Trate de pegar esse rapaz sem chamar a atenção da polícia.

JUROUMARU – Ta! Mas vou precisar de alguns de seus homens

Bankotsu consente com a cabeça e assim Juroumaru se levanta para em seguida chamar uns três capangas e assim todos saem para outra sala e enquanto isso, InuYasha mexia no computador de Jigo, mas não tinha encontrado nada.

INUYASHA – Não há nada aqui! (Shiori aparece diante dele)

SHIORI – Não encontrei nada no quarto dele.

INUYASHA – Então só temos que esperar e...

InuYasha para de falar ao ouvir o som de uma arma sendo engatilhada, ele se vira e vê que Jigo estava apontando uma arma para ele e Shiori, que ficou apavorada ao ver novamente o agente imperial.

JIGO – Mas que bom encontra-los aqui! Na verdade eu os estava vigiando o tempo todo! Sabia que iam dar um jeito de conseguir meu endereço e vir até aqui.

SHIORI – Então desligou o sistema de segurança para que pudéssemos entrar sem chamar a atenção de ninguém?

JIGO – Exato! Se o sistema fosse acionado, vocês não ficariam aqui muito tempo e sairiam correndo.

SHIORI – Por que teve tanto trabalho para nos manter aqui? Por que não nos matou logo?

INUYASHA – Porque ele que forjar um assalto para que ele ao nos matar justifique legitima defesa.

JIGO – Você foi muito idiota em vir para minha casa, InuYasha! (ele ia fechar a porta) - Foi muito previsível.

INUYASHA – Mesmo? Eu ia dizer a mesma coisa.

InuYasha sorri o que deixa Jigo sem entender sua atitude, mas quando este toca na maçaneta para fechar a porta, acaba levando um enorme choque, que o faz cair e largar a arma, isso aconteceu porque InuYasha usou um dispositivo que ativou uma corrente elétrica na maçaneta que ele instalou nela, uma coisa que ele aprendeu nos tempos de Motoqueiro Noturno, ver tudo aquilo deixava Shiori ainda mais fascinada por ele.

INUYASHA – Vamos amarrá-lo, Shiori. (ele pega Jigo e o coloca na cadeira)

SHIORI – O que fará com ele?

INUYASHA – Shiori! Você não precisa ver isso! O que vou fazer com esse sujeito pode não ser muito agradável de ver.

SHIORI – Não deve ser menos agradável do que as coisas que já vi hoje.

InuYasha acaba de amarrar Jigo na cadeira, o agente imperial ainda estava desacordado e assim, InuYasha pega o celular dele e começa a checar os números para quem ele ligou e mostra para Shiori.

INUYASHA – Reconhece algum?

SHIORI – Sim! (ela arregala os olhos) – Um dos números é do celular do meu avô. (ela se afasta um pouco) – Então ele conhece esse homem? Ele está envolvido na morte do meu pai? Mas como? Ele era filho dele!

INUYASHA – Eu sinto muito em te dizer, mas é mais grave do que isso! O envolvimento dele é maior! Acho que ele matou seu pai e eu sei como.

SHIORI – Então me diz! Como? (Jigo começa a despertar)

INUYASHA – Te conto depois! (ele vai até Jigo) - Agora nós dois, amigo.

JIGO – Você é bom mesmo! Não é qualquer um que me engana.

INUYASHA – Não quero ouvir seus elogios! Quero que me diga por que Taibokoumaru matou o próprio filho! Acho que sabe o motivo! Esse motivo deve ter alguma relação com Sara, primeira esposa do meu irmão! Acho que sabe de quem estou falando.

JIGO – Se acha que vou contar assim na boa não é tão esperto quanto pensei.

INUYASHA – Eu vou colocá-lo a par da sua situação! Eu tenho duas opções! Uma é você se recusar em me contar o que sabe e aí eu te mato e faço Taibokoumaru saber disso, ele irá entrar em pânico por achar que você o entregou, ele vai cometer erros por não ser um agente preparado.

JIGO – E a segunda opção?

INUYASHA – Você me conta tudo e aí tem uma chance de escapar vivo.

SHIORI – Vai deixá-lo ir embora? Mas ele matou aquele seu amigo! Como pode fazer isso?

INUYASHA – Eu preciso saber com quem estou me metendo! Acho que seu avô não sabe de muito sobre uma conspiração, ao contrario de Jigo.

JIGO – Eu não vou contar nada! Prefiro que me matem.

Ao ouvir aquilo, InuYasha da um soco em Jigo fazendo-o ficar novamente desacordado e em seguida vai para junto de Shiori, que ainda estava em choque ao ter certeza do envolvimento do avô na morte do pai.

SHIORI – Isso é um pesadelo! Meu pai ser morto pelo meu avô? Mas por quê?

INUYASHA – Isso é o que quero descobrir e... (ele para de falar ao ouvir um barulho)

SHIORI – O que foi?

INUYASHA – Fique atrás de mim. (e é o que ela faz) – Alguém se aproxima! Jigo por ter um aliado.

InuYasha deixa a arma engatilhada e aponta a arma para a porta para acerta o possível inimigo e para sua surpresa, quando a porta se abre aparece Toutoussai diante dele, o velho agente também estava apontando uma arma.

TOUTOUSSAI – Mas que susto InuYasha! (ele abaixa a arma)

INUYASHA – Como chegou aqui? (abaixando a arma também)

TOUTOUSSAI – Kagome me contou o endereço de Jigo! Fui obrigado a libertá-lo, até mandei Gatenmaru atrás dele, mas Jigo foi mais esperto e escapou! Tive um palpite de que talvez ele viesse para cá.

INUYASHA – Acho que acerto no palpite, padrinho.

InuYasha guia Toutoussai até a sala onde Jigo estava amarrado na cadeira e em seguida o marido de Kagome da ao velho agente o celular de Jigo.

INUYASHA – Aqui tem a prova da ligação dele com Taibokoumaru! Há várias ligações para o celular dele.

TOUTOUSSAI – Isso é o suficiente!

Toutoussai pega seu celular e começa a discá-lo e enquanto isso, no departamento de polícia, Sesshoumaru voltou para a sala de Jinenji, onde estava Leka, ele fez isso ao perceber que a mãe de Hiro estava mais calma.

SESSHOUMARU – Está mais calma? (ele se senta a frente dela)

LEKA – Eu não vou desistir de fazer justiça pelo meu filho.

SESSHOUMARU – Então vai mesmo querer uma investigação sobre a morte de seu filho?

LEKA – Claro que vou! A sua lábia não vai funcionar.

SESSHOUMARU – Acho que interpretou minha boa vontade como um sinal de fraqueza! Então me permita ser mais claro! (ele se levanta e vai até a porta) – Pode vir capitão. (Jinenji entra na sala carregando um gravador)

LEKA – O que está havendo?

JINENJI – Acho que deve ouvir isso.

LEKA – O que é isso?

SESSHOUMARU – Ouça a senhora mesma e tire as conclusões.

Sesshoumaru aperta o botão do gravador o fazendo reproduzir uma conversa telefônica entre Hiro e outro amigo, nessa conversa Hiro ensina o amigo a como seduzir e violentar garotas mais jovens e dizendo também que já tinha feito isso, ao ouvir os detalhes da atividade do filho, Leka tampa os ouvidos.

LEKA – Desligue, por favor. (Jinenji o faz) – Como conseguiram ter acesso a essa conversa?

JINENJI – Como já sabe, seu marido colaborou com um grupo terrorista e por isso a Segurança Interna checou todos os telefonemas da casa dele! Acho que Hiro não sabia das atividades do pai, caso contrário não teria usado o telefone de casa.

SESSHOUMARU – Senhora! Essa é a prova contundente das atividades de Hiro! Eu sei que ama seu filho e que até se sente culpada pela educação que não lhe deu, mas eu peço que não siga em frente com a idéia de denunciar minha filha. (ele respira fundo) – Eu não queria que a senhora ouvisse isso! Queria poupá-la desse sofrimento.

LEKA – Mesmo Hiro se relevando um verme, ainda sim é meu filho e eu o amo! (ela olha para Sesshoumaru) – Vou fazer o que me pediu, senhor Sesshoumaru! Não vou denunciar sua filha.

SESSHOUMARU – Obrigado! Sei que não está sendo fácil fazer isso.

LEKA – Só me responda uma coisa! (ela se levanta para encará-lo) – O que o senhor acha que aconteceu naquela floresta?

SESSHOUMARU – Eu não acredito que minha filha matou Hiro, não que ela não fosse capaz! Qualquer vítima no lugar dela que tivesse oportunidade, faria sim! Eu não acredito porque se isso tivesse acontecido, perceberia no olhar dela e minha Satsuki tem o mesmo olhar inocente de antes, mas é só um palpite, a senhora não tem que acreditar em mim.

LEKA – Eu só quero velar meu filho e rezar pela alma dele para quem sabe, Deus o perdoe.

Leka se afasta de Sesshoumaru e Jinenji e sai da sala, o jornalista não podia deixar de sentir pena daquela mulher, até que ela reagiu bem ao descobrir que o filho era um ser desprezível, mas Sesshoumaru tinha outras preocupações.

SESSHOUMARU – Alguma notícia de InuYasha?

JINENJI – Ainda não! Toutoussai não ligou, mas Sango já deve estar no Grupo Naraku, como Toutoussai pediu! Gatenmaru foi se encontrar com ela.

SESSHOUMARU – Então eu vou para lá também! (ele aperta a mão do capitão) – Obrigado por tudo, capitão.

JINENJI – Sempre ás ordens.

Depois disso, Sesshoumaru sai da sala para ir embora e enquanto isso no Grupo Naraku, mais precisamente na sala da presidência, Kanna e Rin aguardavam os informes da Segurança Interna enquanto que, no corredor da sala, Taibokoumaru andava de um lado para o outro, já que não conseguia falar com Jigo.

TAIBOKOUMARU – “Onde está você, Jigo?” (pensando)

Taibokoumaru tentava ligar várias vezes para o celular de Jigo e acabou desistindo ao ver Sango e Gatenmaru saírem do elevador e virem em sua direção.

TAIBOKOUMARU – O que fazem aqui?

GATENMARU – O senhor está preso.

TAIBOKOUMARU – Mas isso é um absurdo!

SANGO – Não é.

Ao perceberem aquela cena, Rin e Kanna vão até o corredor saber o que estava acontecendo.

KANNA - Por que estão prendendo senhor Taibokoumaru?

SANGO – Eu queria prendê-lo pela morte do próprio filho, mas como não tenho provas disso, vamos prendê-lo pela cumplicidade na morte de Jaken.

RIN – Isso mesmo, Kanna! Jaken está morto.

TAIBOKOUMARU – Isso é um abuso! Não acreditem neles, senhora Kanna! São doidos.

SANGO – Não somos não!

Sango pega seu celular e liga para o de Toutoussai, que naquele momento estava em frente a casa de Jigo, colocando o agente, já algemado, dentro do seu carro, tudo isso sendo observado por InuYasha e Shiori.

TOUTOUSSAI – Alô.

SANGO – Já prendi Taibokoumaru.

TOUTOUSSAI – Ótimo! Estou prendendo Jigo! InuYasha conseguiu imobiliza-lo! Ele está bem! Leve Taibokoumaru para a Segurança Interna e...

INUYASHA – Espere padrinho.

TOUTOUSSAI – O que foi, InuYasha? (ele coloca a mão no fone)

INUYASHA – Peça para Sango não levar Taibokoumaru ainda! Pelo menos não antes de dizer a ele como descobri que ele matou o próprio filho.

TOUTOUSSAI – Tem absoluta certeza de como ele fez isso?

INUYASHA – Sim.

TOUTOUSSAI – Ok! (ele volta a dar atenção á Sango) – Sango! Segure Taibokoumaru aí por enquanto! Já que o Grupo Naraku está conectado com a Segurança Interna, peça para Kagome, agendar uma teleconferência com o ministro Ryukosei.

SANGO – Ok! Deixa comigo.

Toutoussai desliga seu celular e vai falar com InuYasha.

TOUTOUSSAI – Espero que saiba mesmo o que está fazendo.

INUYASHA – Estou. (ele olha para Shiori) – Shiori! Quer mesmo ouvir a verdade?

SHIORI – Quero sim!

TOUTOUSSAI – Eu li o inquérito! Taibokoumaru estava na sala quando Hitori caiu da torre! Não tem como ser ele.

INUYASHA – Tem sim e vocês vão ver.

InuYasha sorria vitoriosamente deixando tanto Toutoussai quanto Shiori sem entender aquilo e enquanto isso, na Segurança Interna, Kagome falava com Ryukosei por telefone.

RYUKOSEI – Ele não adiantou o assunto?

KAGOME – Não senhor! Pediu apenas que participe da teleconferência.

RYUKOSEI – Então me conecte com o Grupo Naraku.

KAGOME – A equipe técnica está fazendo isso, senhor! Com licença.

Kagome sai da sala de Toutoussai para ir até a sua onde estavam Shippou e Kira, que ainda estava ansiosa em saber notícias da filha.

KAGOME – Tenho boas notícias! Sua filha está bem! Viva e segura.

KIRA – Mas que bom! Posso falar com ela?

KAGOME – Ainda não, mas ela já sabe que a senhora está aqui. (ela olha para Shippou) – Miroku já ligou?

SHIPPOU – Ainda não! Ele e Soten devem desembarcar a qualquer momento na China. (o telefone toca e Kagome atende)

KAGOME – Sim?

???? – Senhora Kagome! Sua mãe está aqui embaixo.

KAGOME – Mas por que ela não sobe?

???? – Eu não sei senhora, mas ela quer que a senhora desça.

KAGOME – Já estou indo. (ele coloca o telefone de volta no gancho) – Shippou! Fica com a senhora Kira enquanto desço e falo com minha mãe.

SHIPPOU – Ta legal. (Kagome olha para Kira)

KAGOME – Senhora! Sua filha está bem! Acredite. (sorrindo)

KIRA – Eu acredito.

Depois disso, Kagome sai da sala para ir até a parte inferior do prédio, desce o elevador até chegar a recepção da Segurança Interna onde estava a senhora Higurashi.

KAGOME – Oh mãe! (a abraçando) - Por que não quis subir?

HIGURASHI – Eu não gosto muito desses lugares! Sinto-me meio pressa.

KAGOME – Mas que bobagens mãe! Estou trabalhando aqui! O que foi?

HIGURASHI – Vou ser rápida! O Souta me ligou dizendo que você estava querendo saber sobre uma fabrica de chocolate e qual a relação dela com seu pai.

KAGOME – Ah sim! É isso mesmo! Estou tão atarefada que quase me esqueci disso! Mas não precisava vir aqui, mais tarde eu passava em sua casa e...

HIGURASHI – Mas eu tinha que vir! Quero que não desenterre essa história, por favor, filha.

KAGOME – Mas por quê? (ela percebe os olhares da recepcionista) – Melhor conversarmos em outro lugar! Vamos a um barzinho do outro lado da rua.

Kagome e a mãe saíram do prédio da Segurança Interna e atravessam a rua e enquanto isso a teleconferência entre o Grupo Naraku, onde estavam Kanna, Rin, Sango, Gatenmaru e Taibokoumaru com o gabinete de Ryukosei e mais o celular de Toutoussai estava pronto.

TOUTOUSSAI – Todo mundo está ouvindo, InuYasha! Agora conte o que sabe. (ele pega o celular dele)

INUYASHA – Obrigado padrinho! (ele fala no celular) - Senhor Taibokoumaru! O senhor alega que não podia ter matado seu filho porque na hora da queda estava em uma sala de aula, correto?

TAIBOKOUMARU – Isso mesmo! Essa acusação é absurda.

INUYASHA – Mas não é! Eu sei como fez isso! Eu só descobri quando soube que a torre tinha um grande relógio um pouco abaixo do topo.

RYUKOSEI – Fale de uma vez, rapaz! Como ele matou o filho estando em outro lugar?

INUYASHA – Simples! Quando Hitori caiu, já estava morto! O que Taibokoumaru fez foi colocar o corpo de Hitori no ponteiro do minuto ás dez e quinze, ou seja, o ponteiro do minuto estava na horizontal, assim não chamaria a atenção.

SANGO – Estou entendendo! Depois disso, Taibokoumaru estacionou seu carro bem embaixo da torre e foi para a classe dar aula e quando a hora mudou para dez e vinte, o ponteiro do minuto se inclinou o que fez o corpo de Hitori cair bem em cima do carro com o alarme ligado.

INUYASHA – Tirou as palavras da minha boca, Sango.

TAIBOKOUMARU – Isso é mentira. (suando frio) – Calem-se, todos.

INUYASHA – A única coisa que não sei é por que você fez isso! Por que matou seu filho, senhor Taibokoumaru?

SANGO – Usaremos o polígrafo! Dele o senhor não escapa! Melhor confessar tudo.

TAIBOKOUMARU – Eu quero meu advogado.

TOUTOUSSAI – Isso é suficiente, senhor ministro?

RYUKOSEI – É sim! Podem prendê-lo! Bom trabalho a todos. (ele desliga a conexão)

SANGO – Meus parabéns InuYasha! Foi brilhante! Conseguiu ver algo que Takeda não viu.

INUYASHA – Acho que tive sorte, apenas isso.

SANGO – Toutoussai! Para onde eu o levo? (olhando para Taibokoumaru)

TOUTOUSSAI – Para a Segurança Interna! Lá ele terá que falar.

SANGO – Ok! Eu e Gatenmaru estamos indo para lá.

Toutoussai desliga seu celular e em seguida olha para InuYasha.

TOUTOUSSAI – Se sua mãe estivesse viva, sentiria orgulho de você, pois eu sinto.

INUYASHA – Obrigado padrinho. (ele olha para Shiori) – Você está bem?

SHIORI – Não é todo dia que você recebe a notícia de que seu avô matou seu pai, mas acho que vou sobreviver! Estou feliz em descobrir a verdade.

INUYASHA – E o que pensa em fazer agora?

SHIORI – Continuar com meu emprego de fisioterapeuta na clinica! Tentar ser feliz! Acho que esse é o sentido da vida.

INUYASHA – Tem razão! (ele coloca as mãos nos ombros dela) – Agora sorria, pois vou levá-la para ver sua mãe.

SHIORI – Ótimo! (sorrindo) – Eu vou gostar muito disso.

InuYasha olha para Toutoussai que já estava dentro do carro dele junto com Jigo algemado.

INUYASHA – Eu vou levar Shiori comigo até a Segurança Interna.

TOUTOUSSAI – É bom! Sango vai estar lá e assim pode devolver o carro dela.

Assim Toutoussai leva Jigo em seu carro até sumirem das vistas de InuYasha e Shiori.

INUYASHA – Vamos lá? (abrindo a porta do carro para ela entrar)

SHIORI – InuYasha! Antes de irmos, gostaria de falar uma coisa.

INUYASHA – Fale.

SHIORI – Eu queria agradecer por tudo que me fez hoje! Salvar minha vida, descobrir a verdade sobre a morte do meu pai e principalmente me mostrar que ainda existem pessoas decentes nesse mundo.

INUYASHA – Isso não foi nada.

SHIORI – Foi sim, InuYasha! (ela fica corada diante dele) – Como não sou rica, só vejo uma maneira de te pagar.

Shiori se aproxima de InuYasha para lhe dar um beijo no rosto, o gesto deixa o marido de Kagome meio sem graça, já Shiori tinha ficado ainda mais corada, o silêncio pairou entre eles até que a jovem se manifestou.

SHIORI – Agora podemos ir.

INUYASHA – Claro.

Shiori entra no carro e em seguida InuYasha fecha a porta para depois ir entra no veículo pelo outro lado para irem embora dali e enquanto isso na Segurança Interna, Kira andava de um lado para o outro, Shippou só observava.

KIRA – Está demorando muito.

SHIPPOU – Se Kagome disse que ela está bem é porque ela está bem.

Naquele momento o telefone da sala começa a tocar, Shippou, pensando que podia ser Miroku, atendeu logo na esperança de falar com Soten.

SHIPPOU – Alô.

INUYASHA – Shippou! Sou eu.

SHIPPOU – Você está bem?

INUYASHA – Comigo tudo bem! Onde está Kagome?

SHIPPOU – Ela está lá embaixo com a mãe dela! Quer que eu a chame?

INUYASHA – Não! Não! Não precisa! Olha Shippou! Gostaria de estender muito essa conversa, mas não liguei para isso! Por acaso uma mulher chamada Kira está por aí?

SHIPPOU – Está sim! (ele olha para KIra) - Estou olhando para ela agora! Por quê?

INUYASHA – Passe o telefone para ela! Shiori quer falar com ela.

SHIPPOU – Certo.

Assim Shippou passa o telefone para Kira ao mesmo tempo em que InuYasha passa seu celular para Shiori, assim mãe e filha podiam finalmente conversar.

SHIORI – Oi mãe.

KIRA – Ai filha! Que bom ouvir a sua voz! Você está bem mesmo.

SHIORI – Estou sim, mãe!

KIRA – Eu soube que passou por um inferno.

SHIORI – Sim! Eu passei mesmo.

KIRA – Shiori! Você estava certa! Seu pai não tinha me traído! Eu fui injusta com ele! Deveria ter acreditado em você.

SHIORI – A história é muito pior do que eu pensava, mãe!

KIRA – O que quer dizer com isso, filha?

SHIORI – Foi o vovô! Foi ele quem matou o papai.

KIRA – O que?! Taibokoumaru?

SHIORI – Olha mãe! Depois nós conversamos com mais calma! Não quero falar dele! Por mim ele pode apodrecer na cadeia! Ele é amigo de um homem que tentou me matar, mas se não fosse por InuYasha, ele teria conseguido.

KIRA – Não pense mais nisso querida! Agora ficaremos juntas! Viveremos nossas vidas bem longe de Taibokoumaru, o que acha?

SHIORI – Muito bom, mãe!

KIRA – Eu te amo, Shiori.

SHIORI – Eu também te amo muito, mãe! A gente se fala depois.

Kira, visivelmente emocionada, coloca o telefone de volta no gancho e começa a chorar, o que chama a atenção de Shippou.

SHIPPOU – A senhora está bem?

KIRA – Não se preocupe rapaz! Essas são lágrimas de felicidade. (ela sorri) – O problema é que borra a maquiagem.

SHIPPOU – Fico feliz que as coisas tenham dado certo.

KIRA – Ta! Sabe onde tem um banheiro? Não quero que minha filha me veja com o rosto todo borrado.

SHIPPOU – É só seguir no corredor e dobrar a direita.

Kira sai da sala e segue o conselho de Shippou, mas no meio do caminho, ela vê Renkotsu mexendo em algo na sala dos servidores, ela percebe que eram explosivos, assustada com aquela cena, ela iria fugir, mas Renkotsu percebe sua presença e saca sua arma, apontando para a mãe de Shiori.

RENKOTSU – Nem pense nisso, querida. (ele a puxa para dentro da sala)

KIRA – O que vai fazer comigo?

RENKOTSU – Isso!

Renkotsu atira várias vezes em Kira sem piedade e como a arma estava equipada com silenciador, ninguém no prédio ouviu os tiros, a mãe de Shiori caiu morta no chão e assim Renkotsu saiu da sala, a fechou em seguida e foi para a sala de reunião, mas antes de entrar, instalou os vários explosivos em volta da sala, sem chamar a atenção de ninguém.

RENKOTSU – Pronto.

Renkotsu respira fundo e entra na sala de reunião, Goryoumaru, como superintendente da Agência Imperial, chama sua atenção.

GORYOUMARU – O que houve, rapaz? Demorou muito para resolver o problema dos servidores.

RENKOTSU – Estive ocupado. (ele se senta á mesa e abre seu laptop e começa a mexer nele)

GORYOUMARU – Ocupado com o que?

RENKOTSU – Com isso.

Depois de digitar algo, Renkotsu aperta o botão ‘Enter’, o que faz as portas travarem, o som do travamento chama a atenção de todos os agentes presentes na sala.

GORYOUMARU – O que fez, Renkotsu?

RENKOTSU – Isso!

Renkotsu joga o cronômetro para Goryoumaru, que vê a contagem regressiva de um minuto, depois percebe os vários explosivos do lado de fora da sala, fato que faz todos os agentes se desesperarem, exceto Renkotsu que fica calmamente sentado em sua cadeira e enquanto isso, sem saber de nada, Kagome falava com sua mãe em um bar do outro lado da rua.

KAGOME – O meu pai foi o que?

HIGURASHI – O seu pai foi afastado do exercito depois que essa fabrica foi fechada! Um funcionário dela morreu e o exercito responsabilizou seu pai.

KAGOME – E por que nunca me falou disso, mãe?

HIGURASHI – Porque machucava seu pai e depois que ele morreu, não vi necessidade de você ou Souta ficarem sabendo da verdade.

KAGOME – Tudo bem, mãe! A senhora teve seus motivos! Takeshi! Já ouviu falar nesse nome?

HIGURASHI – Não! Por acaso é alguém que deveria conhecer?

KAGOME – Ele foi funcionário da fabrica.

HIGURASHI – O que tem de especial esse empregado?

KAGOME – Se a senhora não sabe de nada, não adianta te contar.

HIGURASHI – Kagome! Escute filha! Não tem que ficar com vergonha do seu pai! Ele foi afastado do exercito porque alguém tinha que pagar por aquela morte! Esquece esta história.

KAGOME – Ta bom, mãe.

As duas se levantam para se despedirem, mas naquele momento, uma enorme explosão acontece no prédio da Segurança Interna, que de tão forte fez todo quarteirão balançar, ao perceber que a explosão foi no andar em que Shippou estava, Kagome se desesperou.

KAGOME – SHIPPOU!!!!!

Ao contrário das outras pessoas que se afastavam do prédio, Kagome foi até ele para entrar, ela queria salvar a vida do filho.

Próximo capítulo = Cidade sitiada e a missão China – parte 1


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