Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX
Em algum lugar na China, mais especificamente em seu apartamento, Kageroumaru recebia um telefonema de seu velho conhecido, Juroumaru, que ao que parecia, estava com muita pressa.
KAGEROUMARU – Por que não pediu isso a Natsume? Ela está aí no Japão.
JUROUMARU – Ela saiu do escritório dela quando liguei, então só sobrou você.
KAGEROUMARU – Ok! Ok! E para quando quer esse nome?
JUROUMARU – Para ontem, ora bolas! Eu quero isso o mais rápido possível e para te motivar, você será pago pelo serviço! Muito bem pago, diga-se de passagem.
KAGEROUMARU – Está bem! Estou indo então para nosso QG.
Kageroumaru coloca o telefone de volta no gancho para em seguida ir ao seu quarto a fim de se trocar para sair e enquanto isso no Japão, Juroumaru contava para Bankotsu e Jakotsu as novidades.
JUROUMARU – Meu amigo conseguirá o nome.
BANKOTSU – Ótimo!
JAKOTSU – Espere aí, mano! (ele olha para Juroumaru) – Pelo que fiquei sabendo, você não conhece a pessoa que vai replicar o MPX1200.
JUROUMARU – Sim e daí?
JAKOTSU – Quero saber o que fará se essa pessoa se recusar a nos ajudar.
BANKOTSU – Eu respondo isso, Juroumaru! (ele olha para o irmão) – Se essa pessoa não quiser colaborar por livre espontânea vontade, a forçaremos a cooperar.
JUROUMARU – Provavelmente é o que terão que fazer, pois não vamos arranjar ninguém da nossa confiança em pouco tempo.
Juroumaru, Bankotsu e Jakotsu ficam observando o MPX1200 e enquanto isso no departamento de polícia, Toutoussai, que já tinha chegado, estava conversando com Jinenji.
TOUTOUSSAI – Tem certeza que não tem problema eu interrogar os suspeitos aqui?
JINENJI – Tenho sim! Com todos os policiais vigiando monumentos, esse departamento está vazio. (ele olha para a mulher dentro da sala dele) – Tanto que tenho que fazer o trabalho dos outros.
TOUTOUSSAI – Quem é aquela mulher?
JINENJI – Ela é a mãe de Hiro, ex. namorado da filha de Sesshoumaru! Ela quer que a polícia fale quem matou o filho dela.
TOUTOUSSAI – Ela não sabe que esse caso está nas mãos da Segurança Interna, pois o filho dela se associou a um perigoso terrorista?
JINENJI – Acho que ela não acreditou muito nessa história e como o pai dela já foi congressista, tem muita influência para querer reabrir o caso.
TOUTOUSSAI – Política! Eu não queria estar na sua pele.
JINENJI – Deixa isso comigo! (ele nota alguém vindo) – Acho que é para você.
Jinenji apontou para Gatenmaru, que veio trazendo Sango e Jigo com ele, assim Toutoussai se afastou de Jinenji e foi até eles.
TOUTOUSSAI – Onde está InuYasha e a moça?
GATENMARU – Eles fugiram!
TOUTOUSSAI – E por que não me disse isso por telefone?
GATENMARU – Porque temos problemas maiores.
Gatenmaru conta para Toutoussai que Jigo era um agente imperial e que ele estava contando uma versão totalmente diferente a de Sango sobre o que tinha acontecido no parque industrial, Toutoussai ouviu as duas versões e não tinha chegado a nenhuma conclusão.
TOUTOUSSAI – Eu já ouvi a história de cada um! Vou começar com você, agente! O que estava fazendo nesse parque industrial?
JIGO – Estava investigando um roubo de cargas.
TOUTOUSSAI – E o que me diz da acusação da detetive Sango de que você matou um homem a sangue frio?
JIGO – Peço que não leve em consideração as acusações de uma policial afastada por condutas de indisciplina, ou estou falando alguma mentira?
TOUTOUSSAI – Está certo! Sango realmente está afastada. (olhando para a detetive) – Mas ela não é conhecida como uma policial que mente.
JIGO – Isso é uma ofensa! Exijo falar com meu superior, imediatamente.
Toutoussai chama Gatenmaru e Sango para um canto a fim de falarem sem que Jigo os escutassem.
TOUTOUSSAI – Sango! Você tem alguma prova de que esse sujeito está envolvido na conspiração?
SANGO – Não!
GATENMARU – Senhor! Com todo o respeito a minha parceira, mas não temos como prender esse agente.
TOUTOUSSAI – Eu sei! Vamos detê-lo, por enquanto! Sango! Tente entrar em contato com InuYasha e o convença a se entregar! Assim com o testemunho dele, podemos prender Jigo.
SANGO – Ok!
GATENMARU – Mas senhor! Mesmo com o testemunho de InuYasha, ele será desqualificado já que ele fugiu! Sem falar que isso poderá causar uma crise entre a Segurança Interna com a Agência Imperial caso isso chegue aos ouvidos do Imperador.
TOUTOUSSAI – Eu sei disso, detetive! Estou arriscando meu pescoço nisso. (ele olha para Sango) – Vai Sango.
Com a permissão de Toutoussai, a detetive Sango liga para InuYasha, que naquele momento estava na universidade de Tóquio onde observava, junto com Shiori, o interior da torre.
INUYASHA – Alô.
SANGO – InuYasha! Sou eu.
INUYASHA – E aí? Conseguiu algo do tal Jigo?
SANGO – Foi para isso que estou ligando! Você não tem idéia do rolo que nos metemos! Jigo é um agente imperial.
INUYASHA – Isso é sério?
SANGO – Sim! Por isso precisamos que se entregue junto com Shiori para que possa testemunhar contra ele, assim Jigo ficará detido.
INUYASHA – Você sabe o que está me pedindo é um absurdo! Shiori não quis vir com medo da polícia estar envolvida! Jigo ser um agente imperial só irá piorar as coisas.
SANGO – Eu sei disso, InuYasha, mas tem que convencê-la.
INUYASHA – Nem eu mesmo estou convencido de que isso é uma boa idéia! Esquece Sango! Não vamos nos entregar.
SANGO – Se você não se entregar, Jigo será solto! Agora volte logo! Não está vendo que só estou querendo ajudar?
INUYASHA – Se quer mesmo me ajudar me consiga os detalhes do inquérito da morte de Hitori! Preciso tirar algumas dúvidas.
SANGO – Eu não posso fazer isso! Sabe muito bem que fui afastada.
INUYASHA – Então de o seu jeito! Sango! Eu sinto que estou perto da verdade! Preciso de sua ajuda, por favor.
SANGO – Ta! Eu vou ver o que consigo.
InuYasha desliga o seu celular e volta a dar atenção a Shiori.
SHIORI – Eu ouvi bem? Está falando que aquele homem que queria me matar é um agente imperial?
INUYASHA – Sim! Você tinha razão quando não queria ir com a polícia.
SHIORI – Essa não! Se uma pessoa nesse nível está envolvida, nunca saberemos quem matou meu pai.
INUYASHA – Não fale assim, Shiori. (ele segura na mão dela para encorajá-la) – Não desista de fazer justiça pelo seu pai.
SHIORI – Não vou.
INUYASHA – Não há nada mais o que fazer aqui dentro! (ele olha para baixo) – A única coisa que descobri foi que se uma pessoa quisesse se matar, não saltaria daqui! Nessa altura não é garantia de morte, pois com alguma sorte a pessoa sairia desse salto com algumas fraturas. (ele volta a olha para ela) – Vamos descer.
InuYasha e Shiori descem a torre para olhar o topo de baixo, InuYasha ficou olhando para a torre tentando imaginar o que poderia ter acontecido e enquanto isso Kouga, na Cia. de Koharo e Satsuki, que levava Genku no colo, chegava a sua casa, surpreendentemente o viúvo de Ayame parecia bem melhor fisicamente.
KOHARO – Kouga! Tem algum problema ficarmos aqui?
KOUGA – Claro que não! (ele liga o sistema de segurança da casa) – Agora a casa está segura.
KOHARO – Ótimo! Satsuki! Vamos ficar por aqui mesmo, acho que Kagome não vai se importar com isso.
SATSUKI – Acho que não vai não! (ela embala Genku) – Ele parece tão calmo! Nem sabe a confusão que está lá fora.
KOHARO – Nesse ponto tenho inveja desse bebê.
KOUGA – Mas não tenha! Ele vai crescer sem a mãe.
KOHARO – Tem razão! Desculpe-me Kouga!
KOUGA – Eu vou ao meu escritório! Fiquem a vontade.
Kouga vai ao cômodo onde tem um enorme computador e assim começou a trabalhar nele sob a observação de Koharo e Satsuki.
SATSUKI – Da para ver com quem Shippou aprendeu a mexer em computadores. (sorrindo)
KOHARO – Sei. (meio desinteressada e olhando para o cartão que recebeu de Toutoussai)
SATSUKI – Você está bem, Koharo? Parece meio distante.
KOHARO – Estou bem. (guardando o cartão)
SATSUKI – Que cartão é esse?
KOHARO – Talvez uma carta de alforria do meu coração! (ela coloca a mão no ombro da jovem) – Não esquenta com isso! Eu vou ajudá-la a cuidar desse bebê lindo.
SATSUKI – Ta!
Satsuki sorriu, mas estranhou o comportamento de Koharo e como não tinha intimidade com ela, resolveu não insistir em saber o que era e enquanto isso na universidade, InuYasha falava, através de celular, com Sango e Toutoussai, que estavam lendo o inquérito da morte de Hitori.
INUYASHA – Não havia nenhuma possibilidade de Hitori estar com alguém no momento da queda?
SANGO – Isso mesmo, InuYasha! Ele estava só.
INUYASHA – E o pai dele?
TOUTOUSSAI – De acordo com o inquérito, Taibokoumaru estava dando uma prova em sua sala quando Hitori caiu da torre! Todos os mais de 30 alunos confirmaram essa versão, portanto não tem como ele ser suspeito.
INUYASHA – O que essa torre tem de tão especial? (olhando para Shiori ao seu lado) - Ela me parece velha.
SHIORI – Ela nunca mais foi reformada depois da morte do meu pai! Acho que os administradores ficaram com medo de que ela pudesse ser mal assombrada.
INUYASHA – Isso é coisa de gente ignorante. (ele volta a dar atenção ao celular) – Por acaso vocês sabem me dizer o que faziam com essa torre na época?
SANGO – Nada de especial! Era uma torre com um enorme relógio e também diziam que alguns alunos a usavam para namorar e...
INUYASHA – Você disse torre do relógio?
SANGO – Sim! Mas o que tem isso?
INUYASHA – Que horas eram na hora da morte de Hitori?
TOUTOUSSAI – Espere um pouco. (ele procura a informação no inquérito) – A hora da morte foi às dez e vinte da manhã.
SANGO – InuYasha! O que tem isso?
INUYASHA – Eu ainda não posso falar sem uma prova. (ele olha para o topo da torre) – Mas eu sei quem fez isso e como fez! A única coisa que quero saber é o motivo! Eu preciso de outro favor! Preciso que me forneçam o endereço de Jigo.
TOUTOUSSAI – Ele é uma agente imperial! Não posso fazer isso, InuYasha.
INUYASHA – Por favor, padrinho! Confie em mim.
TOUTOUSSAI – Ok! Ok! Está se saindo pior que sua mãe! Eu te ligo quando conseguir o endereço.
Toutoussai que estava em uma sala com Sango ia sair dela até que ao abrir a porta da de cara com Jinenji.
JINENJI – Toutoussai! Goryoumaru está ligando toda a hora para cá procurando o senhor.
TOUTOUSSAI – Essa foi rápida! Deixei o meu celular desligado, tinha a esperança dele demorar a me encontrar.
SANGO – O que ele quer com o senhor?
TOUTOUSSAI – Jigo deve ter ligado para ele.
SANGO – Mas como?! Ele não está detido?
JINENJI – Sim, mas ele tinha direito a um telefonema.
SANGO – Mas... (Toutoussai a interrompe antes de continuar)
TOUTOUSSAI – Sango! Quando InuYasha se recusou a se entregar, ele me deixou de mãos atadas! Eu não podia manter esse agente preso sem comunicação com medo de botar em risco a cooperação da Agência Imperial com a Segurança Interna.
SANGO – E o que acha que Goryoumaru irá fazer depois que confirmar que prendeu um dos agentes dele?
TOUTOUSSAI – Esse é um risco calculado! Manter Jigo preso, não.
SANGO – Você é quem sabe.
E assim Toutoussai pega seu celular e liga para a Segurança Interna, mais especificamente para a sala de Kagome, que atende imediatamente.
KAGOME – Segurança Interna, pois não.
TOUTOUSSAI – Kagome! Sou eu! Sei que não é sua função, mas preciso que me faça mais dois favores.
KAGOME – Pode falar.
TOUTOUSSAI – Preciso que encontre o endereço da casa de um agente imperial chamado Jigo e depois passe esse endereço para InuYasha.
KAGOME – Mas isso não é ilegal? Eu posso entrar em uma bela encrenca.
TOUTOUSSAI – InuYasha acha que esse agente está envolvido na conspiração! Como chefe da Segurança Interna, eu não devia fazer isso, mas como padrinho, sinto que InuYasha está certo! Preciso ajudá-lo.
KAGOME – Ele está com você agora?
TOUTOUSSAI – Não! Ele fugiu com uma moça chamada Shiori!
KAGOME – Está dizendo que ele fugiu com uma moça?! E por quê? Que história é essa? (já com um princípio de ciúmes)
TOUTOUSSAI – Eu não tenho tempo para explicar tudo! Pode fazer isso por mim ou não?
KAGOME – Ok! (ela olha para Shippou em sua frente) – Shippou fará isso imediatamente! Qual é o outro favor?
TOUTOUSSAI – Goryoumaru está me procurando! Leve-o para a minha sala e passe essa ligação para ele.
KAGOME – Ok! Aguarde. (ela aperta um botão e depois olha para Shippou) – Procure um endereço residencial de um agente chamado Jigo.
SHIPPOU – Mas para que?
KAGOME – Só faça o que te mandei Shippou! Agora.
Shippou ficou meio assustado com o temperamento de sua mãe adotiva, mas o que ele não podia imaginar era que Kagome estava com ciúmes de InuYasha estar na Cia. de outra mulher e assim ela foi até onde estava Goryoumaru.
KAGOME – O senhor quer falar com Toutoussai?
GORYOUMARU – Sim.
KAGOME – Siga-me, por favor.
Kagome guia Goryoumaru até a sala de Toutoussai e quando os dois adentram o local, Kagome aperta o botão do telefone para que Toutoussai pudesse ouvir.
KAGOME – Senhor Toutoussai! Goryoumaru está aqui.
TOUTOUSSAI – Obrigado Kagome.
KAGOME – Deixarei vocês a sós.
Kagome se retira do local para que Toutoussai e Goryoumaru pudessem falar mais a vontade.
GORYOUMARU – Achei que estava fugindo de mim.
TOUTOUSSAI – Goryoumaru! Acredito que está me procurando para falar da detenção de um de seus agentes, estou correto?
GORYOUMARU – Sim! Foi uma atitude lamentável de sua parte! Terei que levar isso ao conhecimento do Imperador.
TOUTOUSSAI – Eu entendo seus motivos para ficar irritado, mas antes que tome tal atitude gostaria que tomasse conhecimento dos meus motivos.
GORYOUMARU – Estou ouvindo.
TOUTOUSSAI – O seu agente foi encontrado na cena de um crime no qual é acusado de executar um homem com um tiro na cabeça.
GORYOUMARU – O senhor tem alguma prova?
TOUTOUSSAI – Tenho o testemunho de duas pessoas, mas elas não se encontram no momento.
GORYOUMARU – Está falando de InuYasha e dessa moça chamada Shiori! Jigo me contou essa história! Ele disse que InuYasha e Sango interferiram em uma missão dele.
TOUTOUSSAI – Isso é o que ele diz.
GORYOUMARU – Exato! Portanto exijo que liberte imediatamente meu agente, pois se não o fizerem, ligarei para o Imperador que certamente revogará a decisão de colaborar com a Segurança Interna já que é uma agência que prefere acreditar nas palavras de uma policial afastada do que em um agente que tem uma ficha limpa.
TOUTOUSSAI – Goryoumaru! Precisamos dessa união! Sabe muito bem que o país está em risco.
GORYOUMARU – Eu sei disso, mas não posso ignorar esse fato grave, mesmo sendo amigos! E aí Toutoussai? O meu agente será libertado ou não?
TOUTOUSSAI – Fazer o que?
GORYOUMARU – Ótimo! Ficarei aguardando confirmação! Você virá para reunião?
TOUTOUSSAI – Não! Estarei por aqui! Pode continuar sem mim.
Goryoumaru desliga o telefone e sorri com a vitória, Kagome observava tudo de sua sala, mas estava preocupada com outra coisa.
KAGOME – E aí Shippou? Já conseguiu?
SHIPPOU – Só mais um pouco e... (ele para de digitar) – Pronto! A casa dele fica na avenida Nimeska 57.
Diante dessa informação, Kagome fecha a porta e em seguida usa o telefone da sala para ligar para o celular de InuYasha, que, junto com Shiori, naquele momento estava dentro do carro de Sango.
INUYASHA – Alô.
KAGOME – Sou eu InuYasha.
INUYASHA – Olha Kagome! Eu estou esperando uma ligação do Toutoussai e...
KAGOME – Mas é a pedido dele que estou ligando! Ele me pediu para arrumar o endereço de uma agente chamado Jigo! Eu consegui.
INUYASHA – Então passa.
KAGOME – Ta! Mas antes me responda uma coisa! Por que fugiu da cena de um crime com uma moça?
INUYASHA – Eu não tenho tempo para explicar todos os detalhes! Passa-me o endereço e pronto.
KAGOME – Antes me responda!
INUYASHA – Eu não tenho tempo para aplacar sua crise de ciúmes e...
KAGOME – Ciúmes?! Eu?! Você deve ser mais presunçoso do que pensei! Eu não estou com ciúmes e...
INUYASHA – Kagome! Pessoas morreram! O Jaken morreu nessa história.
KAGOME – Jaken?! O assistente de Sesshoumaru.
INUYASHA – Ele mesmo! Esse agente matou Jaken! Ele iria matar Shiori se eu não tivesse impedido! Ele está no departamento de polícia agora junto com Sango! Toutoussai está arriscando a carreira dele para me ajudar, pois acredita em mim! Agora pare de besteiras e me dê o endereço.
KAGOME – Avenida Nimeska 57!
INUYASHA – Obrigado Kagome!
KAGOME – InuYasha...
InuYasha nem deixou Kagome completar a frase e desligou o celular e assim deu a partida no carro, que começa a andar, eles conversam durante o trajeto.
INUYASHA – Temos o endereço da casa de Jigo! Tenho certeza de que o que estou procurando está lá.
SHIORI – Mas o que?
INUYASHA – Você vai ver.
SHIORI – Ta! InuYasha! Quem é essa Kagome com quem estava falando no celular?
INUYASHA – Kagome?! Ela é minha esposa! Ela trabalha na Segurança Interna.
SHIORI – Ah sim! (ela fica meio triste com a revelação) – Ela é policial?
INUYASHA – Ah não! Ela não é não! Ela está trabalhando interinamente.
SHIORI – Pareciam que estavam tendo uma discussão! Não que isso seja da minha conta e... (ela para de falar ao perceber um sorriso no rosto dele) – Eu falei algo engraçado?
INUYASHA – Desculpe Shiori! Não é isso! A verdade é que... (ele começa a rir mais ainda) – Não importa! São bobagens da cabeça de Kagome! Não tenho que te amolar com isso.
SHIORI – Não tem problema! Pode dizer.
INUYASHA – Promete não rir? (ela consente com a cabeça) – A verdade é que Kagome estava com ciúmes por eu ter fugido com você! Isso não é uma bobagem?
SHIORI – Ah é! Bobagem.
Shiori virava o rosto para não mostrar para InuYasha seu rosto corado, a verdade era que a jovem começava a sentir algo por ele, mas certamente pensou que InuYasha a via como menina e que nunca teria chance com ele, principalmente levando em conta o fato dele ser casado e enquanto isso, na Segurança Interna, Kagome ainda estava irritada com o fato de InuYasha estar com Shiori e ter desligado na cara dela, Shippou notava isso.
SHIPPOU – O que foi Kagome?
KAGOME – Não foi nada Shippou! Está tudo uma maravilha.
SHIPPOU – Então por que essas veias estão saltando em sua testa?
KAGOME – Melhor não me irritar, Shippou! Isso é para seu próprio bem.
Como Shippou conhecia bem o temperamento de sua mãe adotiva preferiu seguir aquele conselho e naquele exato momento, Kira aparece na porta da sala.
KIRA – Com licença! Você que é a Kagome?
KAGOME – Sou eu mesma! Você deve ser Kira, a mulher que Toutoussai pediu que entrevistasse.
KIRA – Isso!
KAGOME – Esse rapaz é meu filho, Shippou.
KIRA – Prazer! (ela volta a olhar para Kagome) – O senhor Toutoussai me disse que minha filha quase foi morta! Isso é verdade?
KAGOME – Quem é sua filha, senhora?
KIRA – O nome dela é Shiori.
KAGOME – Shiori?! Interessante! Olha senhora! Eu não sei todos os detalhes, mas essa ela está nesse momento com meu marido. (ela se senta e faz Kira se sentar também) – Eu ligarei para Toutoussai e pedirei mais informações, mas antes poderia me fazer um favor.
KIRA – Pois não?
KAGOME – Teria com você uma foto de sua filha?
KIRA – Tenho sim! (ela começa a procurar na bolsa) – Isso é importante?
KAGOME – Mais ou menos.
Enquanto Kagome dizia essas palavras, Shippou balançava negativamente a cabeça em sinal de reprovação da atitude da mãe adotiva, Kira finalmente acha a foto.
KIRA – Aqui está. (ela entrega para Kagome)
KAGOME – Deixa-me ver. (ela olha e analisa) – “Era o que temia! Ela é linda!” (pensando)
KIRA – Agora vai fazer aquela ligação para seu chefe?
KAGOME – Agora mesmo.
Kagome, sorrindo amarelo, tira o telefone do gancho e começa a discar e enquanto isso no departamento de polícia, Jigo, já em liberdade, aparecia diante de Toutoussai e Sango.
JIGO – Foi boa a estada, mas tenho que ir. (sendo irônico) – Adeus a todos. (Sango se coloca na frente dele)
SANGO – Não pense que acabou, Jigo! Ainda vamos nos cruzar.
JIGO – Senhor Toutoussai! Como chefe da Segurança Interna devia escolher melhor com quem convive.
TOUTOUSSAI – Você vai para a Segurança Interna se juntar a Goryoumaru?
JIGO – Eu iria, mas antes vou fazer meu relatório na Agência Imperial. (ele passa por Sango) – Passar bem.
Apesar de saber que ele era culpado, Sango nada podia fazer e Jigo se afasta de todos para sair do departamento de polícia, no meio do caminho acaba cruzando com Sesshoumaru, á princípio o agente fica meio assustado, mas como o jornalista nada faz, ele segue seu caminho, Sesshoumaru estranha a presença de Sango e Toutoussai no local.
SESSHOUMARU – O que estão fazendo aqui?
SANGO – Olha Sesshoumaru! Toutoussai sabe de tudo! Ele até nos ajudou! Vou colocá-lo a par de tudo que está acontecendo.
Sesshoumaru fica sabendo, através de Sango, de que InuYasha teve que fugir com Shiori já que esta desconfiava de que a polícia estava envolvida, o jornalista fica sabendo também que o homem com quem ele tinha acabado de cruzar era o assassino de Jaken, isso o deixou furioso.
SESSHOUMARU – E deixaram-no sair?
TOUTOUSSAI – Não podemos fazer nada! Ele é um agente imperial e como InuYasha e Shiori eram as únicas testemunhas, Jigo escapou de ser detido.
SESSHOUMARU – E o que vão fazer agora?
TOUTOUSSAI – Ficarei aqui para esperar alguma notícia de InuYasha.
SANGO – Não vai voltar para a Segurança Interna e comandar a reunião com os outros agentes?
TOUTOUSSAI – Essa reunião não vai dar em nada! Se alguém soubesse de algo, já teria dito!
SESSHOUMARU – Eu tenho que ir!
TOUTOUSSAI – Jinenji me contou o que veio fazer aqui! Vou aproveitar a minha presença e te ajudar nessa história e... (o celular dele começa a tocar)
SESSHOUMARU – Tudo bem, senhor Toutoussai! Pode atender.
Sesshoumaru se afasta de Toutoussai e Sango para ir até a sala de Jinenji, que naquele momento estava conversando com Leka, mãe de Hiro e esposa Goshink.
JINENJI – Ainda bem que chegou, Sesshoumaru! Vou deixá-los a sós.
LEKA – Obrigado, capitão.
SESSHOUMARU – Obrigado.
Jinenji sai da sala deixando Sesshoumaru e Leka a sós, eles estavam sentados um em frente do outro, o constrangimento era evidente diante daquela situação.
SESSHOUMARU – Eu soube que quer saber como seu filho foi morto, não é?
LEKA – Sim! Hiro era um jovem promissor! Tinha um enorme futuro pela frente.
SESSHOUMARU – O único futuro que seu filho tinha era como delinqüente.
LEKA – Se está falando das falsas acusações contra meu filho saiba que serei implacável em processá-lo por calúnia.
SESSHOUMARU – As acusações não são falsas! (ele bate na mesa) – Seu filho querido tentou violentar a minha Satsuki, duas vezes.
LEKA – Eu não vou escutar essas mentiras! Eu quero que sua filha pague pela morte do meu Hiro! Aposto que foi ela quem o matou.
SESSHOUMARU – A senhora realmente parece não acreditar nas acusações contra seu filho! Assim vou fazer uma proposta para a senhora.
LEKA – Eu já sei! Quer que eu recue na minha investida se não você usará seu prestígio como jornalista para difamar a honra do meu filho, não é? Pois se for isso, pode tirar seu cavalinho da chuva! Eu não irei recuar um milímetro das minhas intenções.
SESSHOUMARU – Senhora Leka! A senhora me parece uma mulher honrada e decente, mas pelo que soube, estava fora do país há muito tempo, portanto Hiro passava mais tempo com o pai dele do que com a senhora, estou correto?
LEKA – Sim! Está! Esse é um dos motivos para eu estar aqui! Eu e Goshink apesar de não nos separarmos, não vivíamos mais juntos.
SESSHOUMARU – Acho que já sabe do envolvimento do seu marido e da empresa dele com um grupo de fanáticos?
LEKA – Eu não sei de nada disso!
SESSHOUMARU – Está vendo aquele senhor? (apontando para Toutoussai falando no celular) – Ele é chefe da Segurança Interna e pode comprovar o que acabei de dizer.
LEKA – Eu não vivia mais com Goshink! Quero que ele se dane, mas quanto ao meu filho, o que a morte dele tem haver com tudo isso?
SESSHOUMARU – Seu filho contou com a ajuda de um desses fanáticos para tentar violentar minha filha! Isso não está nos registros porque esse caso faz parte de uma investigação sigilosa.
LEKA – Isso não é verdade. (começando a chorar) – Pare de falar mal do meu filho. (ela se levanta irritada)
SESSHOUMARU – Eu não vou para enquanto a senhora não enxergar o tipo de pessoa que era seu filho.
LEKA – Eu não tenho que ouvir essas barbaridades! (ela vai até a porta para sair) - Vou à justiça processar todo mundo, fecharei essas agências corruptas se for preciso. (antes que ela saia Sesshoumaru se manifesta)
SESSHOUMARU – Como tenho certeza que minha filha não foi a primeira, logo aparecerá outras! (Leka para de andar) - Assim não ficará a palavra de um contra o outro! A reputação do seu filho será destruída! Seu filho ficará conhecido como um aprendiz de estuprador para o reto da vida! É isso que a senhora quer? (ela o encara)
LEKA – E o que propõe? Quer que eu aceite o fato do meu filho ser um estuprador?
SESSHOUMARU – Pense no que quiser! Eu não estou nem aí com a reputação do seu filho, mas estou disposto a esquecer esse fato se prometer não denunciar minha filha! Não quero que essa acusação recaia no futuro dela.
LEKA – Eu ainda não acredito em tudo isso que disse do meu filho! Eu o conheço! Ele saiu de dentro de mim.
Leka começou a chorar copiosamente deixando Sesshoumaru um pouco sem graça, ele se irritou um pouco com aquela situação e saiu da sala e foi falar com Toutoussai, que naquele momento estava conversando com Sango e Jinenji.
SANGO – O que houve, Sesshoumaru?
SESSHOUMARU – Essa tal de Leka parece não conhecer seu próprio filho! Ela acha que ele é um anjo.
TOUTOUSSAI – Você quer que eu confirme todas as acusações contra o filho dela?
SESSHOUMARU – Isso iria ajudar, mas acho que precisamos de mais e...
JINENJI – Não precisa de mais nada, Sesshoumaru! A única coisa que precisa é ser mais firme.
SESSHOUMARU – O que quer dizer?
JINENJI – Toutoussai e Sango me contaram o que aconteceu com seu amigo Jaken! Isso deve tê-lo deixado menos firme em suas ações. (ele encara o jornalista) – Eu sei que está com um pouco de pena daquela mulher, mas pense na sua filha.
TOUTOUSSAI – Sesshoumaru! Eu concordo com Jinenji! Não negocie nada! Imponha o acordo que quiser e pronto.
SESSHOUMARU – Vocês têm razão, mas não farei isso agora. (ele olha para Leka ainda chorando) – Vou dar um tempo para ela.
SANGO – Faz bem.
SESSHOUMARU – Alguma notícia de InuYasha?
TOUTOUSSAI – Nenhuma por enquanto! Na Segurança Interna, Kagome está falando com a mãe de Shiori! Pedi que ela que tentasse acalma-la para que não atrapalhe a investigação.
SANGO – Onde Gatenmaru se meteu? Eu não o vejo em lugar nenhum.
TOUTOUSSAI – Eu pedi que ele seguisse Jigo sem ser visto. (de repente seu celular começa a tocar) – Alô.
GATENMARU – Senhor Toutoussai! Lamento dizer, mas Jigo escapou.
TOUTOUSSAI – O que?! Mas eu pedi que vigiasse ele de longe.
GATENMARU – Eu vacilei! Segui-o até um supermercado! Ele dever ter percebido a minha presença e me despistou! Eu não tenho a menor idéia de onde ele pode estar.
TOUTOUSSAI – Não há nada o que fazer! Volte para o departamento imediatamente.
GATENMARU – Sim senhor.
Toutoussai desliga seu celular e conta para os outros as más notícias e enquanto isso, InuYasha e Shiori acabavam de chegar á casa de Jigo.
INUYASHA – Chegamos.
SHIORI – O que pensa em encontrar aqui? Você não me disse.
INUYASHA – Eu diria se soubesse! Agora vamos!
Os dois saem do carro e ficam rondando a casa á procura de alguma forma de entrar, mas o que eles não sabiam é que Jigo estava os observando de longe com um binóculo, ele falava com Taibokoumaru enquanto isso.
JIGO – Mas que sorte! Eles vieram até minha casa.
TAIBOKOUMARU – Sorte?! Mas eles podem encontrar a fita.
JIGO – Isso não importa! Eu vou matá-los por invasão á domicílio e como são foragidos, não serei condenado.
TAIBOKOUMARU – Eu vou confiar em você, Jigo.
JIGO – Não tem por que desconfiar! Eu não o entreguei quando fui detido, não o farei depois! Sabemos o que está em jogo.
TAIBOKOUMARU – Ok! Eu vou continuar a espionar as informações que tenho da Segurança Interna aqui do Grupo Naraku! Aviso-te sobre qualquer novidade.
Jigo desligou o celular e voltou a observar InuYasha e Shiori tentando invadir a casa dele, o agente imperial estava com o plano todo elaborado para eliminar os dois.
Próximo capítulo = A fuga desesperada – parte 3
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