Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 54
A ameaça real - parte 2




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No dia seguinte aos acontecimentos do capítulo anterior, ainda na casa do seu marido, Kagome preparava o café da manhã para ela e Shippou, o clima entre eles ainda estava meio tenso, não se falavam e nem se olhavam, era um silêncio ensurdecedor até que ela resolveu quebrá-lo.
KAGOME – Você vai falar comigo? (sem olhar para ele)
SHIPPOU – Sim! (ele olha para ela) – Eu não quero voltar para Urawa! Quero ficar aqui em Tóquio.
KAGOME – Olha Shippou! Eu sei que... (o som da campainha a interrompe) – Pode atender? Estou ocupada fazendo o café da manhã.
Shippou se levanta da cadeira e vai atender a porta e quando a abre ele vê Miroku e Soten diante dele, a jovem estava vestida com o uniforme escolar.
SOTEN – Bom dia, Shippou. (sorrindo)
SHIPPOU – Bom dia. (ele sorri também e depois olha para Miroku) – Oi. (já não tão sorridente)
MIROKU – Oi Shippou! A Kagome está?
Kagome, que enxugando as mãos com um pano de prato, aparece diante deles ao escutar as vozes, ela também tinha percebido o jeito frio como Shippou tratou Miroku.
KAGOME – Olá Miroku! Não ligue para o Shippou! (ela olha para o filho) - Ele anda meio rebelde.
SHIPPOU – Pode ser! (ele olha para Miroku) – Mas eu tenho os meus motivos.
MIROKU – Tudo bem, Kagome! Pode deixar! Ele está bravo pelo que houve com InuYasha. (ele olha para Shippou) – Ele e Sango serão liberados ainda hoje! Pode vê-lo depois das aulas se quiser.
KAGOME – Miroku! Nós já estamos sabendo disso! Então por que veio aqui?
MIROKU – Espere um pouco, Kagome! (ele olha para Soten) – Soten! Acho que tem algo a dizer para Shippou, não é?
SOTEN – Sim! (ela olha para Shippou) - Podemos conversar?
SHIPPOU – Claro! Vamos lá em cima, eu tenho mesmo que pegar minha bolsa.
Shippou e Soten sobem as escadas que davam acesso ao quarto dele e assim deixam Kagome e Miroku a sós na sala.
KAGOME – O que está acontecendo, Miroku?
MIROKU – Resumindo, eu e Soten estamos de viagem marcada para a China hoje à tarde.
KAGOME – O que?! Viagem?! Mas por que isso agora?
MIROKU – Como guardião provisório de Soten é minha obrigação zelar pela sua segurança e nesse país ela não está segura! Pelo menos não até toda essa conspiração ser desvendada.
KAGOME – Tem razão! Essa menina passou por maus bocados! Miroku! Algo me diz que não foi só para isso que veio aqui, não é?
MIROKU – Você ‘pega as coisas’ rápido, Kagome! A viagem que eu e Soten vamos fazer é parte de um acordo com Toutoussai, já que a Segurança Interna não descobriu nenhuma pista para encontrar Juroumaru.
KAGOME – E você tem essa pista?
MIROKU – Eu conheço alguém na China que pode me ajudar nisso.
KAGOME – Ta! Mas o que eu tenho com isso? No que eu posso ajudar.
MIROKU – Sente-se e eu vou te explicar tudo o que quero que faça.
Miroku contou para Kagome seus planos de incluí-la como membro temporário da Segurança Interna a fim de supervisionar a viagem dele para China e também controlar o fluxo de informação que ele enviar dessa missão e enquanto isso, em seu quarto, Shippou ainda estava surpreso em saber da viagem que Soten iria fazer.
SHIPPOU – Quanto tempo ficará na China?
SOTEN – Eu não sei! Pode ser dias, meses ou até anos! Não tem previsão.
SHIPPOU – Mas e a escola? Seus amigos? O Miroku não tem o direito de fazer isso e...
SOTEN – Pare Shippou! Pare com essa implicância com o senhor Miroku! Ele só está pensando no meu bem estar! Ou se esqueceu do que aconteceu ontem?
SHIPPOU – Não! Claro que não esqueci! Eu, você e Satsuki quase fomos mortos.
SOTEN – Tem alguém que quer que eu seja morta e não sabemos quem ela é! Shippou! Eu também não queria ir embora, mas a minha presença aqui coloca outras pessoas em risco! Eu odiaria se algo acontecesse com você ou outra pessoa querida.
SHIPPOU – Mas não foi sua culpa.
SOTEN – Mas mesmo assim eu sou um risco para todos vocês. (ela se afasta dele um pouco ficando de costas para ele) – Você sabe do meu passado! Como meu pai me batia, me usava, me manipulava! Eu era apenas um instrumento de suas vontades e quando não precisasse mais de mim, me descartava como uma coisa velha.
SHIPPOU – Soten. (ele coloca a mão no ombro dela)
SOTEN – O que o senhor Miroku está fazendo por mim, ninguém jamais fez por mim! Nem meu pai, nem meus irmãos! Ninguém.
SHIPPOU – Você está me dizendo isso por que quer que eu mude a forma como o trato, mas eu não posso esquecer o que ele fez com InuYasha e Sango. (ela se vira de frente á ele ao ouvir aquilo)
SOTEN – Shippou! Escute-me, por favor! Sango e InuYasha são ótimas pessoas, mas eles iriam matar aquele homem! Sango teve o irmão assassinado! InuYasha quase teve sua vida destruída! Eles estavam descontrolados.
SHIPPOU – Pode ser, mas InuYasha não chegaria a esse ponto de matar e...
SOTEN – Você acredita mesmo nisso? Pense Shippou, pense! Miroku os salvou! Ele impediu que os dois cometessem algo imperdoável.
SHIPPOU – Só está defendendo Miroku porque ele está te ajudando.
SOTEN – Não Shippou! Estou defendendo o senhor Miroku porque ele não se importou com que os outros pensassem dele ao fazer o que achava certo.
A conversa dos dois é interrompida pelo som de batidas na porta do quarto, a porta se abre para que Kagome e Miroku aparecessem diante deles.
KAGOME – Viu Miroku? Eles não estão fazendo nada. (sorrindo)
MIROKU – Mas não é de bom tom uma mocinha ficar sozinha no quarto com um rapaz.
Miroku sorria também, deixando Shippou e Soten meio corados com aquele ultimo comentário, mas a jovem parecia mais irritada.
SOTEN – Esse comentário só tinha que vir de uma mente poluída mesmo.
MIROKU – Calma Soten! Eu só estou te zoando! O Shippou é um rapaz respeitador.
SOTEN – Aposto que o senhor não era assim na nossa idade.
MIROKU – Está aí uma acusação que não posso negar.
KAGOME – Já chega dessa conversa! Melhor tomar o café da manhã logo, Shippou! Não quer se atrasar no colégio?
SHIPPOU – Claro.
KAGOME – Soten deve ter te contado da viagem que ela e Miroku farão! Depois das aulas, eu levarei os dois ao departamento de polícia para que vejam InuYasha e Sango e depois os levo até o aeroporto, onde Miroku estará nos aguardando.
SOTEN – Por que o senhor não vem com a gente?
MIROKU – Por dois motivos! Primeiro que InuYasha e Sango não querem me ver tanto quanto eu não os quero ver e segundo porque vou para o hospital, Kagome disse que Kouga quer falar comigo, então eu vou estar um pouco atarefado.
SHIPPOU – O que ele quer com você?
MIROKU – É o que eu pretendo descobrir, Shippou! Agora vou indo. (ele coloca a mão na cabeça de Soten) – Nos encontramos no aeroporto.
Depois disso Miroku se despede de todos e sai da casa e enquanto isso, em sua casa, Sesshoumaru tomava café enquanto lia um jornal em seu escritório particular até que ouve batidas na porta e nota a presença de Satsuki vestida com o uniforme escolar.
SESSHOUMARU – Oi querida! Você não precisa ir ao colégio hoje! Ainda mais depois do que passou ontem.
SATSUKI – Mas eu quero ir ao colégio! (ela adentra o cômodo) – Podemos conversar?
SESSHOUMARU – Claro! (ele guarda o jornal) – O que foi, filha?
SATSUKI – Rin já foi trabalhar?
SESSHOUMARU – Sim! Ela tinha uma reunião importante no Grupo Naraku.
SATSUKI – Eu soube que brigou com Rin por minha causa.
SESSHOUMARU – Sim! Briguei porque ela não contou o que aquele verme do Hiro tentou fazer com você.
SATSUKI – O senhor está sendo injusto com ela! Rin só fez o que eu pedi.
SESSHOUMARU – Olha Satsuki! Pode defender Rin o quanto quiser, mas nada tira da minha cabeça que ela tinha a obrigação de me contar uma coisa dessas! Portanto não quero mais falar desse assunto.
SATSUKI – Mas pai...
SESSHOUMARU – Já que está aqui, você pensou na nossa conversa de ontem.
SATSUKI – Em procurar uma ajuda profissional para lidar com essa situação? Pensei sim, pai! Eu vou falar com um psicólogo.
SESSHOUMARU – Excelente! Podemos procurar um profissional hoje mesmo e...
SATSUKI – Não precisa, pai! Eu sei aonde ir! Rin me deu o nome da terapeuta dela! Ela falou que essa profissional a ajudou muito a lidar com a morte trágica do pai dela.
SESSHOUMARU – Eu sei! Rin sofreu muito quando o detetive Takeda foi morto! Eles eram muito ligados. (ele olha bem para a filha) – Tem certeza que quer ir até essa terapeuta?
SATSUKI – Sim! Se Rin me indicou, ela deve ser boa! O nome dela é Nodori.
SESSHOUMARU – E quando vai?
SATSUKI – Hoje mesmo, depois do colégio! Agora vou indo. (ela da um beijo no rosto dele) – Tenha um pouco mais de juízo, pai! A Rin te ama.
Satsuki sai do escritório deixando o pai com seus pensamentos, embora sentisse que tenha exagerado com a esposa, o orgulho Sesshoumaru falava mais alto, mas naquele momento ele não tinha tempo para aplacar sua culpa, pois ficou olhando para uma caixa de papelão que continha os pertences de Sara, sua primeira esposa, o jornalista ainda estava crente na ligação da morte dela com os acontecimentos terríveis que culminaram com sua injusta prisão e tantas mortes e enquanto isso, no prédio do Grupo Naraku, Rin estava analisando alguns relatórios junto com Kanna na sala da presidente da empresa, mas a esposa de Sesshoumaru estava notadamente distraída, algo que não passou despercebido pela amiga.
KANNA – Você não está legal, Rin.
RIN – Deu para perceber?
KANNA – Só se eu fosse cega! Aconteceu alguma coisa? Quem está te perguntando é sua amiga e não sua chefe.
RIN – Ai amiga! (ela solta na mesa os papeis que segurava) – Problema no casamento! Você não sabe como homem é cabeça dura e como eles podem ser tão infantis não importando a idade.
KANNA – Como se estivesse contando alguma novidade! O que o Sesshoumaru aprontou.
RIN – Não aprontou nada, mas é que ele foi incapaz de entender uma atitude minha! Eu não posso entrar em detalhes, apenas digo que aconteceu algo de grave com Satsuki e ela me pediu segredo e eu guardei, mas Sesshoumaru não aceitou isso.KANNA – Seja o que for que tenha acontecido com Satsuki, por que você não contou a Sesshoumaru? Afinal ele é pai dela.
RIN – Porque sou esposa dele e não espiã! Eu não contei e não me arrependo disso! Agora está um clima ruim entre nós! Ontem ele até dormiu no sofá.
KANNA – Olha Rin! Eu sinto muito por você! Se quiser voltar para casa, pode ir! Estou vendo que não está tendo cabeça para ficar e...
RIN – Não! Não! Melhor eu ficar! Só trabalhando para ocupar a cabeça com outras coisas e além do mais, ele está lá em casa! Não quero brigar com ele de novo.
KANNA – Se você acha que se ocupar com o trabalho vai te ajudar, hoje não é o dia perfeito.
RIN – Não?! Mas o que tem hoje?
KANNA – Eu vou dispensar os funcionários mais cedo, pois hoje estaremos em contato com a Segurança Interna.
RIN – Segurança Interna?!
KANNA – Sim! Eu soube através do ministro Toukaijin que existe a possibilidade de um grande atentado na cidade patrocinado por aqueles fanáticos que roubaram o MPX1200! Esse aparelho foi construindo nessa em, presa e se ele for usado para algo de tão grave a imagem do Grupo Naraku ficará arranhada para sempre.
RIN – Tem toda a razão. (ela se levanta da cadeira) – Vou me reunir com a equipe de comunicação para adiantarmos tudo.
KANNA – Eu só tenho que esperar Taibokoumaru chegar para nós iniciarmos a conexão com a Segurança Interna.
RIN – Por falar em Taibokoumaru! Ele ainda não chegou?
KANNA – O coitado trabalhou até tarde da noite, por isso deve chegar um pouco mais tarde.
RIN – Ok!
Rin sai da sala de Kanna para se reunir com a equipe de comunicação da empresa e enquanto isso, em seu apartamento, Taibokoumaru recebia a visita de sua neta de 21 anos de idade, Shiori, que acabara de chegar.
SHIORI – Ainda bem que eu encontrei o senhor aqui.
TAIBOKOUMARU – O que você quer, Shiori? Seja breve, pois estou com pressa.
SHIORI – O senhor lembra que eu sempre dizia que não acreditava no suicídio do papai?
TAIBOKOUMARU – Esse assunto de novo, Shiori? Hitori se matou porque sua mãe ia se separar dele depois de descobrir que ele se encontrava com outra mulher! Quando é que vai aceitar isso?
SHIORI – Nunca vovô!
TAIBOKOUMARU – A polícia concluiu que foi suicídio! Ele se jogou da torre! Ninguém o empurrou! Não havia ninguém na torre na hora que ele caiu, portanto foi suicídio.
SHIORI – Se está tão certo, então quero que veja algo que recebi.
Shiori pega de sua bolsa uma carta e da para seu avô, ao ler a carta, Taibokoumaru quase tem um infarto, pois o conteúdo dela dizia que quem escreveu a carta sabia da verdade sobre a morte de Hitori.
TAIBOKOUMARU – Quando recebeu essa carta?
SHIORI – Quando estava saindo de casa! Não há remetente, portanto alguém deixou na porta, mas isso não importa! Essa carta prova que alguém sabe da verdade.
TAIBOKOUMARU – Ou alguém está querendo lhe pregar uma peça.
SHIORI – Mas vovô...
TAIBOKOUMARU – Escute Shiori! Hitori era meu filho! Se existisse uma possibilidade dele ter sido assassinado, eu seria o primeiro a querer uma revisão na investigação, mas essa carta não prova nada, não da evidência nenhuma! Essa carta pode ter sido escrita por qualquer um! Se houvesse uma prova disso porque essa pessoa não denunciou antes?
SHIORI – Eu não sei, mas eu não aceito que meu pai tenha se matado! Sei que faz dez anos, mas ainda sim custo a acreditar.
TAIBOKOUMARU – Você mostrou essa carta a mais alguém?
SHIORI – Não! Eu ia mostrar para a minha mãe depois.
TAIBOKOUMARU – Melhor assim! Esse assunto ainda machuca sua mãe! Vamos deixá-la fora disso. (ele pega a carta e guarda) – Eu ficarei com ela! Conheço algumas pessoas que, talvez, podem me ajudar a localizar quem enviou essa carta, está bem assim?
SHIORI – Quem sabe foi o próprio assassino que enviou a carta e que está fazendo isso só para se divertir com nosso sofrimento.
TAIBOKOUMARU – Não vamos nos precipitar, querida! Agora tenho que ir ao trabalho.
SHIORI – Desculpe por incomodá-lo, vovô, mas eu não sabia a quem mais recorrer! Não vou importuná-lo mais.
TAIBOKOUMARU – Quer uma carona até seu trabalho?
SHIORI – Não obrigada! Eu não vou para a clínica! Vou dar uma passada na biblioteca publica! Tem uns livros que eu preciso ler! Tchau vovô.
Shiori sai na frente, deixando Taibokoumaru mais aliviado, ele não queria de jeito nenhum que a verdade sobre a morte do filho viesse à tona e assim ele pegou sua pasta, desceu até o estacionamento do prédio onde morava e quando se preparava para entrar em seu carro, alguém colocou a mão no seu ombro.
RENKOTSU – Agora não, Taibokoumaru!
TAIBOKOUMARU – Quem é você?
RENKOTSU – Quem sou eu não importa! Você tem algo que eu quero.
TAIBOKOUMARU – Eu sei quem é você! Você é o mesmo que me ligou ontem me ameaçando! Então foi você que enviou a carta para a minha neta.
RENKOTSU – Fui eu sim! Pedi que um amigo meu fizesse esse favor enquanto eu te ameaçava ontem!
TAIBOKOUMARU – Por que fez isso! Não vai ganhar nada.
RENKOTSU – Fiz isso para te mostrar que posso destruí-lo a hora que eu quiser se não me ajudar! E aí? Conseguiu descobrir como Kohaku soube da relação do Grupo Naraku com a Ordem da Espada Morta?
TAIBOKOUMARU – Sim, mas eu não posso te dar! Preciso enviar esse relatório ao meu superior.
RENKOTSU – Eu não quero o relatório! Eu só quero um nome para que eu cuide dele.
TAIBOKOUMARU – Ok!Taibokoumaru abre sua pasta e de dentro dela pega um papel e o exibe para Renkotsu, que manifesta um olhar de surpresa ao ler o nome do informante de Kohaku.
RENKOTSU – Tem certeza que é esse o nome?
TAIBOKOUMARU – Absoluta! Cruzei todos os dados e é esse o nome.
RENKOTSU – Realmente ninguém ia desconfiar! Agora já tenho o que preciso.
TAIBOKOUMARU – O que pretende fazer com essa pessoa?
RENKOTSU – Ela não verá o dia de amanhã! Foi bom fazer negócios com você, Taibokoumaru.
Renkotsu se afasta do carro de Taibokoumaru, que entra em seu carro para ir ao prédio do Grupo Naraku e enquanto isso, em seu novo esconderijo, Juroumaru observava a jóia de Quatro almas e o MPX1200 até que seu celular começa a tocar.
JUROUMARU – Fale.
BANKOTSU – Estou no aeroporto de Pequim prestes a embarcar! Eu e meu irmão chegaremos dentro de algumas horas chegarei ao Japão.
JUROUMARU – Se o senhor está de viagem marcada é porque já descobriu quem era o informante de Kohaku.
BANKOTSU – Acabei de ser informado por Renkotsu! Jakotsu cuidará disso quando chegarmos! A equipe de apoio já chegou.
JUROUMARU – Sim! (olhando para uma dúzia de homens que estavam em outra sala) – Todos estão ansiosos para a missão.
BANKOTSU – Ótimo! É assim que eu gosto! O Japão nunca mais será o mesmo.
Bankotsu desliga seu celular e olha para Jakotsu, que sorria também depois de ouvir a conversa e enquanto isso, Shippou e Soten acabavam de chegar ao colégio onde estudam.
SHIPPOU – Eu sinto que você seja obrigada a viajar, mas tenho fé que essa conspiração seja desvendada o mais rápido possível.
SOTEN – Eu queria ter a sua fé, Shippou, mas algo me diz que isso vai demorar muito.
SHIPPOU – Talvez não e... (ele para de falar ao ver alguém)
SOTEN – O que foi Shippou?
SHIPPOU – Satsuki! Eu pensei que ela não ia vir hoje! Vou falar com ela.
Shippou corre para junto de Satsuki e os dois conversam algo, ao ver essa cena, Soten nota como Shippou olhava para Satsuki, como ele se preocupava com ela, a jovem percebeu que ele nunca olharia assim para ela, percebeu que o amor dele era de Satsuki.
SOTEN – “Talvez essa viagem veio em uma boa hora! Eu preciso esquecer o Shippou.” (pensando)
Soten não agüentava mais sentir aquilo e por isso seguiu seu caminho para ir até a sala de aula enquanto Shippou continuava a conversar com Satsuki.
SHIPPOU – Tem certeza que está bem?
SATSUKI – Eu estou bem, Shippou! O que aconteceu ontem foi grave, mas a vida continua.
SHIPPOU – Mas se precisar de alguma coisa, sabe que pode contar comigo.
SATSUKI – Claro Shippou! Eu conto com você sempre. (ela segura a mão dele) – Mas agora vamos para a sala de aula.
Satsuki puxa Shippou pelo braço para levá-lo até a sala de aula e enquanto isso, Miroku acabava de chegar ao hospital e vai andando pelos corredores até chegar ao quarto onde Kouga estava internado, ele ficou feliz em ver o advogado.
KOUGA – Ainda bem que veio, Miroku.
MIROKU – Kagome disse que queria falar comigo! O que foi?
KOUGA – Eu preciso saber se há possibilidade de transferir o pátrio poder para uma outra pessoa da minha escolha! Isso é possível?
MIROKU – Por que quer saber isso?
KOUGA – Por favor, Miroku! Só me responda.
MIROKU – Ok! Ok! Eu sou criminalista e não trabalho com a área de família, mas acho que é possível sim.
KOUGA – Ótimo! Pois eu quero transferir o pátrio poder de Genku para Kagome no caso de minha morte.
MIROKU – Do que está falando, Kouga! Pelo que soube você está bem, o coagulo, na sua cabeça, regridiu e continua regredindo.
KOUGA – Eu sei.
MIROKU – Você não está pensando em fazer alguma loucura, ou está?
KOUGA – Não! Não estou pensando em fazer besteira alguma! Eu só quero ter certeza que se acontecer algo comigo, meu filho ficará em boas mãos e não conheço ninguém melhor que Kagome para isso.
MIROKU – Está bem, Kouga! Eu cuido disso.
KOUGA – Miroku! Sabe se por acaso a Segurança Interna descobriu onde está Juroumaru?
MIROKU – Eles não tem a menor idéia! Estão todos cegos e o perigo é eminente, mas não pense mais nisso e apenas se recupere para seu filho.
KOUGA – Obrigado.
Miroku saiu do quarto de Kouga e ficou pensando, tentando imaginar porque ele tinha feito aquele pedido e de repente ele avista Koharo na recepção do hospital, indo até ela.
KOHARO – Oi Miroku! Eu vim assim que me chamou.
MIROKU – Obrigado Koharo! (ele tira um papel da pasta dele) - Eu tenho que falar com o Kouga, assim não pude ir até sua casa, por isso te chamei aqui. (ele entrega o papel para ela)
KOHARO – O que foi? (ela olha o papel)
MIROKU – Kagome aceitou me ajudar! O acordo será feito! O papel que está vendo é o acordo que ele deve assinar, assim você ficará livre de todas as acusações.
KOHARO – Agradeça Kagome por mim.
MIROKU – Poderá fazer isso pessoalmente! Leve esse papel para Toutoussai depois de Kagome já estar trabalhando na Segurança Interna! Agora me deixa ver Kouga.
KOHARO – Então até mais tarde.
MIROKU – Koharo! Espere um pouco! Eu preciso que me faça uma coisa. (ele escreve algo em um pedaço de papel)
KOHARO – Claro! O que você quiser.
MIROKU – Kouga me pediu que eu entre com um pedido de transferência de pátrio poder de Genku para o nome de Kagome.
KOHARO – Por que ele pediu uma coisa dessas? (ele acaba de escrever)
MIROKU – Eu não sei e não estou com tempo para isso, sem falar que essa não é a minha área! (ele entrega o papel para ela) - Por isso eu quero que vá nesse endereço e fale com esse advogado e peça a ele que redija um documento de transferência de pátrio poder e depois traga esse mesmo documento para cá a fim de Kouga assinar.
KOHARO – Você não pode fazer isso?
MIROKU – Não! Eu ainda preciso pegar a documentação de Soten! Sabe como a burocracia é lenta e isso vai demorar muito! Faz isso por mim?
KOHARO – Claro! Farei isso agora mesmo.
MIROKU – Obrigado Koharo! Você é um anjo. (ele da um beijo no rosto dela) – Adorei o jantar que fez ontem! Já vou indo.
Miroku sai correndo do hospital e Koharo o observando indo embora, ela ficou um pouco corada com aquele beijo, era um sinal de que ela ainda era apaixonada por ele e enquanto isso, no Grupo Naraku, Taibokoumaru acabava de chegar e notou a saída de vários funcionários da empresa e foi falar com Kanna para saber o que estava acontecendo.
TAIBOKOUMARU – Por que está todo mundo indo embora, senhora Kanna?
KANNA – Ainda bem que veio, senhor Taibokoumaru! Venha comigo e eu vou explicar.
Kanna vai à direção á sua sala e Taibokoumaru a segue e quando entra nela, ele nota que vários funcionários estavam mexendo nos computadores da sala, Rin coordenava tudo, era a equipe de comunicação que acabara de fazer o link digital.
RIN – A conexão está pronta, Kanna. (os funcionários saem)
KANNA – O ministro Toukaijin está conectado também?
RIN – Sim! Ele poderá participar da conferência.
KANNA – Inicie a conexão.
TAIBOKOUMARU – O que está acontecendo?
KANNA – Essa sala estará conectada com a Segurança Interna, assim saberemos do progresso da investigação em tempo real.
TAIBOKOUMARU – E o que eu tenho com isso?
KANNA – O governo japonês deixou claro que eu só poderia participar desse link se eu deixasse no máximo duas pessoas comigo! Quero que essas pessoas sejam o senhor e Rin.
TAIBOKOUMARU – Eu fico honrado com a lembrança.
RIN – Aproveitando que está aqui! Descobriu algum desfalque com os relatórios que examinou?
TAIBOKOUMARU – Não! Não descobri nada contra Onigumo.
KANNA – Acho que cometemos uma injustiça com ele.
RIN – Kanna! Toutoussai na linha.
Kanna olha para o monitor do computador onde aparece a imagem de Toutoussai em tempo real.
KANNA - Está me ouvindo, senhor Toutoussai?
TOUTOUSSAI – Alto e claro, senhor Kanna! Através desse link lhe informaremos o progresso de nossa investigação, logicamente iremos omitir os detalhes da mesma para não atrapalhar seu progresso.
KANNA – Eu entendo! Obrigado senhor Toutoussai.
Toutoussai desliga a comunicação com o Grupo Naraku e nota que Renkotsu acabara de chegar ao local e por isso foi falar com ele.
TOUTOUSSAI – Renkotsu! Quero te pedir um favor.
RENKOTSU – Pode falar senhor.
TOUTOUSSAI – Mais tarde chegará uma mulher chamada Kagome! Ela será temporariamente a segunda no comando, apenas abaixo de mim! Quero que prepare uma sala para ela.
RENKOTSU – Claro! Mas se não importa de me falar, o que essa mulher veio fazer aqui?
TOUTOUSSAI – Estamos trabalhando com varias linhas de investigação para encontrarmos Juroumaru! Kagome é uma dessas linhas! Um advogado chamado Miroku acha que pode ajudar a achá-lo e pediu que Kagome trabalhasse aqui, portanto prepare uma sala para ela.
RENKOTSU – Sim senhor.
Renkotsu se afasta de Toutoussai para ir até um canto isolado para poder ligar para seu chefe, Bankotsu, mas ele descobre que o celular dele estava desligado, sinal que ele já devia estar dentro do avião, onde o celular não funcionava, portanto Renkotsu teria que esperar Bankotsu chegar ao Japão.
HORAS MAIS TARDE
De saída do colégio, Soten seguia, sozinha, seu percurso para se encontrar com Shippou e Kagome até ser abordada por Satsuki.
SATSUKI – Soten! Shippou me contou sobre sua viagem! Vai mesmo viajar?
SOTEN – Tenho que ir, mas antes a senhora Kagome irá me levar para ver o senhor InuYasha! Shippou está tão ansioso por isso que nem me esperou.
SATSUKI – A tia Kagome já chegou e eles estão lá na frente te esperando.
SOTEN – Você não quer ir com a gente? Afinal ele é seu tio.
SATSUKI – Eu tenho que ir a um outro lugar! Vejo meu tio depois. (ela leva Soten para um canto) – Eu quero saber se contou para alguém o que aconteceu ontem?
SOTEN – Claro que não! Eu fiz uma promessa e costumo cumprir.
SATSUKI – Ninguém deve saber o que houve ontem! Principalmente Shippou.
SOTEN – Por mim ele nunca vai saber! Eu vou indo agora.
SATSUKI – Obrigada Soten.
SOTEN – Satsuki! Lembra-se que falamos ontem sobre o Shippou escolher uma de nós?
SATSUKI – Sim! O que tem isso? Se está falando isso pela sua viagem, eu...
SOTEN – Se você visse o jeito com que Shippou te olha saberia que ele já fez a escolha dele.
Soten se afasta de Satsuki para se juntar a Shippou e Kagome que a esperavam, Satsuki ficou observando a cena de longe e ficou pensando se o que Soten disse era verdade e enquanto isso, no departamento de polícia, InuYasha e Sango acabavam de entrar na sala do capitão Jinenji.
JINENJI – Eu quero dar um aviso aos dois! Existe uma ordem de restrição de vocês dois em relação á Onigumo.
INUYASHA – O que isso quer dizer?
SANGO – Se nós nos aproximarmos a certa distância de onde ele está, poderemos ser presos novamente.
JINENJI – Exato! Mas espero sinceramente que isso não aconteça! Compreendo seus sentimentos, mas não aceitarei tal comportamento.
SANGO – É só isso, capitão?
JINENJI – Não Sango! Tem mais um recado para você! (ele entrega um papel para ela)
SANGO – O que é isso?
JINENJI – Você será oficialmente afastada da corporação policial até segunda ordem! Agora podem ir.
Conformada com a situação, Sango sai da sala junto com InuYasha e assim ambos saem do departamento de polícia e do lado de fora do prédio podiam curtir a liberdade.
INUYASHA – O que pensa em fazer agora?
SANGO – Eu não sei! Você ouviu o capitão! Não podemos nos aproximar de Onigumo! Temos uma ordem de restrição.
INUYASHA – Então acabou? Fim da linha?
SANGO – Estamos de mãos atadas!
INUYASHA – Isso é muito frustrante.
SANGO – Mas eu não vou deixar me abater! Eu ainda vou provar que Onigumo mandou matar meu irmão e...
InuYasha e Sango param de andar ao verem Kagome, Shippou e Soten se aproximando deles, Shippou vai abraçá-lo com muito entusiasmo.
SHIPPOU – Que bom que está livre.
INUYASHA – Eu também acho. (ele olha para Kagome) – Oi Kagome.
KAGOME – Oi. (ela olha para Sango) – Sango.
SANGO – Oi! (o celular dela começa a tocar) – Com licença.
Sango se afasta para atender o aparelho deixando os outros conversarem.
INUYASHA – Obrigado por vir, Kagome.
KAGOME – Shippou é que queria vê-lo! Eu não tenho nada a ver com isso.
INUYASHA – Mesmo assim obrigado.
SHIPPOU – Não podemos ficar muito tempo! Soten está de viagem marcada.
INUYASHA – Toutoussai comentou algo á respeito! Miroku irá levá-la para a China?
SOTEN – É verdade senhor InuYasha!
INUYASHA – Toutoussai comentou também que ele irá para a China falar com Takeshi.
KAGOME – Takeshi? Está falando daquele homem envolvido na armação da morte de seu pai?
INUYASHA – Você não sabia disso?
KAGOME – Não! Mas por que Miroku não me disse isso? Ainda mais que ele me pediu para trabalhar na Segurança Interna para supervisionar essa viagem.
INUYASHA – Ele te pediu isso?! (ele fica pensativo) – Olha Kagome! O que vou dizer não tem nada a ver com o fato de eu ter brigado com Miroku, mas você não pode ignorar que o Miroku tem muitos segredos, coisas dele que nem pessoas próximas a ele, como nós, sabiam! Veja o exemplo da primeira esposa de Sesshoumaru! Miroku nunca falou nada dela antes.
SHIPPOU – Acha que Miroku esconde coisas de nós?
INUYASHA – Acho! Ele ajudou um foragido da justiça a fugir do país.
KAGOME – Está dizendo isso porque ele chamou a polícia! Eu não tenho que ouvir isso. (ela se afasta para ir embora) – Shippou! Soten! Vamos.
INUYASHA – Está agindo assim por que acreditou no que acabei de falar! (falando de longe) – Tome cuidado com Miroku.
De fato, Kagome ficou meio abalada com aquelas palavras de InuYasha, pois ela ficou questionando os motivos de Miroku em omitir o nome de Takeshi, observando a esposa ir embora, InuYasha é abordado, por trás, por Sango.
SANGO – InuYasha! Vamos.
INUYASHA – Vamos?! Ir para onde?
SANGO – Era seu irmão no celular! Ele quer que nós dois vamos até a casa dele.
INUYASHA – Para que?
SANGO – Ele quer nossa ajuda para ligar a morte de Sara aos acontecimentos que nos afetaram! Esse não é o fim, InuYasha! Vamos atrás de Onigumo.
E assim Sango e InuYasha entram no carro dela para irem até a casa de Sesshoumaru.

Próximo capítulo = A ameaça real – parte 3

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