Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 53
A ameaça real - parte 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/4633/chapter/53

Toutoussai pediu para que os outros agentes saíssem da sala, deixando somente ele e Kagura, além de Ryukosei, que observava tudo através da teleconferência.
TOUTOUSSAI – Agora quero que me diga os detalhes de seu plano.
SANGO – Eu não estou autorizado a falar! Se fizer isso posso abrir a ‘caixa de Pandora’.
TOUTOUSSAI – Eu não quero saber e...
RYUKOSEI – Toutoussai! Nós não temos tempo para isso! Se ela diz que não vai falar é porque ela não vai falar mesmo.
TOUTOUSSAI – Como o ministro quiser! (ele respira fundo) – Se não quer entregar seus parceiros, tudo bem! Alguns estão mortos mesmo como Goshink e o filho dele.
KAGURA – Que ardam no inferno, os dois.
TOUTOUSSAI – Kagura! Diga-me como uma ex. agente do governo, uma mulher que se diz patriota, me diga como uma pessoa assim se associa á um grupo como a Ordem da espada Morta?
KAGURA – Esse não era o plano original!
TOUTOUSSAI – Então nos conte.
KAGURA – Uns dias depois de entrar no Grupo Naraku, fui procurada por um homem que se dizia representante de um grupo de empresários japoneses radicados na China! O nome dele é Jakotsu! Ele me contou detalhes de um plano mirabolante para aumentar a capitalização de todas nossas empresas.
TOUTOUSSAI – Que plano era esse?
KAGURA – Disseminar, discretamente, uma espécie de vírus na população chinesa para abalar a economia desse país! Isso viria de encontro com meus objetivos de manter o Japão como carro chefe da Ásia, impedindo o crescimento da China, o que consequentemente beneficiaria o Grupo Naraku.
TOUTOUSSAI – Que vírus é esse?
KAGURA – Não é bem um vírus! Seria algo parecido com o que houve com Naraku, mas logicamente em menor escala! Não queríamos matar os chineses, só deixa-los doentes.
TOUTOUSSAI – Onde entra a Tesseiga nessa história?
KAGURA – A empresa de Goshink seria a empresa que fabricaria o vírus e também o antídoto! Tsubaki fabricaria tudo! Ganhariam milhões com a cura.
TOUTOUSSAI – E a história da Ordem?
KAGURA – Jakotsu me contou detalhes dessa organização! Ele disse que os empresários usariam essa lenda para criar uma atmosfera de terror para camuflar nossos verdadeiros objetivos.
RYUKOSEI – Eu não entendo como uma agente tão experiente como você acreditou nessa história.
KAGURA – Eu não acreditei de imediato! Verifiquei os antecedentes dos empresários, a história que Jakotsu contava batia com a minha investigação! Tudo que eles disseram sobre a Ordem da Espada Morta conferia com a verdade.
RYUKOSEI – Mas acontece que eles disseram para você que iriam fingir serem da Ordem, mas na verdade eles realmente eram da Ordem.
KAGURA – Parece que sim! Eles nos usaram o tempo todo.
TOUTOUSSAI – Mas me esclareça uma dúvida! Como conseguiram a jóia de quatro almas se Kikyou afirmou que ela tinha sido absorvida pelo corpo de Naraku?
KAGURA – Essa informação faz parte da ‘caixa de Pandora’! Não posso falar.
TOUTOUSSAI – E essa história de bomba? É verdadeira?
KAGURA – Claro que não! Nunca faríamos uma bomba a partir da jóia de quatro almas! Deviam saber.
TOUTOUSSAI – Você é uma idiota mesmo, Kagura! (ele olha para a porta) – Agente! (um agente aparece)
AGENTE – Senhor?
TOUTOUSSAI – Leve-a de volta para a sala de interrogatório e continue com o interrogatório farmacológico! Vamos ver o quanto ela agüenta.
O agente leva Kagura dali, deixando Toutoussai sozinho na sala, o ministro da defesa, Ryukosei se manifestou.
RYUKOSEI – De acordo com as palavras de Kagura, Juroumaru deve usar a combinação da jóia de quatro almas com MPX1200 em Tóquio.
TOUTOUSSAI – Concordo senhor! Se ele conseguir seu objetivo, milhares de japoneses terão o mesmo destino de Naraku! Uma morte lenta e dolorosa.
RYUKOSEI – Não podemos permitir isso! Devemos fazer de tudo para detê-lo.
TOUTOUSSAI – Qual o próximo passo, senhor?
RYUKOSEI – Reúna imediatamente uma comissão com todas as agências de investigação para ficarem sob suas ordens! Quero que inicie os trabalhos hoje mesmo.
TOUTOUSSAI – Sim senhor.
RYUKOSEI – Tem mais Toutoussai! Eu quero que entre em contato com Miroku e diga que aceitamos as condições dele! Vamos ter que dar o braço a torcer e pedir ajuda dele! Precisamos do máximo de informações sobre a Ordem da Espada Morta! É uma questão de honra deter esses lunáticos.
Depois de receber as ordens, Toutoussai desliga a teleconferência e sai da sala para em seguida percorrer o corredor, passando por Sesshoumaru, que estava á espera de notícias.
SESSHOUMARU – O que está havendo?
TOUTOUSSAI – Não tenho tempo para conversar! Uma outra hora.
SESSHOUMARU – Eu ajudei a fazer Kagura falar! Eu exijo saber o que está acontecendo.
TOUTOUSSAI – Olha Sesshoumaru! Não poso dizer muito, pois isso é questão de segurança nacional, mas saiba apenas que Juroumaru não foi capturado! Isso é tudo! Agora com licença, pois eu tenho que dar alguns telefonemas.
SESSHOUMARU – Mas...
TOUTOUSSAI – Não há nada que possa fazer aqui! Vá para casa.
Toutoussai se afastou de Sesshoumaru que ficou sem saber o que fazer, a ajuda dele não serviu para nada e enquanto isso, já em sua casa, Miroku contava para Koharo e Soten sobre seus planos em relação á elas.
SOTEN – O senhor tem certeza que é a única maneira? Eu não queria mudar.
MIROKU – Olha Soten! Como seu guardião legal, minha obrigação é te proteger! Muitos erros foram cometidos! Erros de julgamento, como o meu de efetivar Mushin como seu ‘guardas costas’! Foi uma tarefa penosa demais para ele. (ele olha para Koharo) – Como seria para você, Koharo.
KOHARO – Mas o assassino está morto! Com sua medida, ela terá que se afastar dos amigos da escola! Acho que não tem mais perigo e a contestação de Soten procede.
MIROKU – Ela não ficará segura enquanto toda a quadrilha estiver presa ou morta.
SOTEN – Entendo. (triste ao perceber que Miroku não mudaria de idéia) – Para onde vamos?
MIROKU – China!
SOTEN – Mas onde na China?
MIROKU – Essa informação só eu sei! Não contei nem para InuYasha, nem para Kagome, nem para Sango! Para ninguém! Melhor nem você ficar sabendo para sua própria segurança.
SOTEN – Está bem.
MIROKU – Agora vai lavar as mãos para pode jantar.
Soten se levanta do sofá para ir até o banheiro, ela estava meio triste em ter que deixar os amigos, Miroku e Koharo olhavam a jovem sumir de suas vistas para em seguida voltarem a conversar.
KOHARO – Ainda acho uma medida muito radical! Eu poderia protegê-la.
MIROKU – Eu só colocaria você em risco também! E isso não seria certo.
KOHARO – Mas...
MIROKU – A minha decisão já está tomada e é irreversível! Não quero mais falar nisso.
KOHARO – Ok! (ela muda a expressão seria para feliz) – Obrigado por pensar em mim! Se o governo japonês me perdoar dos meus crimes, conseguirei ter uma vida normal.
MIROKU – Não tem que me agradecer em nada! Eu tenho planos em relação á você, Koharo! Sua liberdade total faz parte deles.
KOHARO – Planos? Em relação á vida profissional ou pessoal? (nesse momento Soten volta)
MIROKU – Depois nós conversamos sobre isso! Fica para jantar? Eu posso pedir algo que goste e...
KOHARO – Não! Não! Não! Nada de comida de restaurante! Eu fico se me deixar preparar eu mesma o jantar.
MIROKU – Eu não sabia que cozinhava.
KOHARO – Tem muita coisa de mim que não sabe. (ela pisca para ele) – Eu vou para a cozinha.Koharo foi para a cozinha deixando Miroku e Soten a sós na sala.
SOTEN – Ela gosta de você.
MIROKU – Acha mesmo?
SOTEN – Acho sim! Uma garota percebe isso! Qual é a de vocês?
MIROKU – Já fomos namorados! Mas aí as coisas se complicaram um pouco.
SOTEN – Então me conta! O que houve?
Enquanto Koharo começava a prepara o jantar, Miroku contou para Soten seu passado com Koharo, na época em que ela roubou um dinheiro de assalto mal sucedido e anos mais tarde foi presa e enquanto isso, na casa de InuYasha, Kagome estava falando, por telefone, com a mãe.
HIGURASHI – Filha! Não devia ficar aí! O Houjo me contou o que InuYasha fez com Shippou e sem falar que ele foi preso! Devia trazê-lo imediatamente para Urawa.
KAGOME – O Houjo não devia ter contado nada! Eu sei o que estou fazendo! Vou passar a noite aqui e tentar convencer o Shippou a vir comigo amanhã.
HIGURASHI – Você é mãe dele! Ele tem que morar com você e ponto final.
KAGOME – A gente conversa depois, mãe! Eu só liguei para te avisar.
HIGURASHI – Ta bom filha! Cuide-se.
KAGOME – Obrigada.
HIGURASHI – Não tem que agradecer! Eu sou sua mãe! É meu dever! Eu te amo.
KAGOME – Eu também, mãe! Tchau!
Kagome coloca o telefone de volta no gancho e em seguida sobe as escadas, que davam acesso á parte superior da casa, para ir até o quarto de Shippou, que estava com a porta fechada.
KAGOME – Shippou! (batendo na porta) – Posso entrar?
SHIPPOU – Pode.
Kagome entra no quarto de Shippou, que estava deitado em sua cama, o garoto ainda estava meio contrariado com os últimos acontecimentos, por isso a esposa de InuYasha iniciou a conversa de maneira agradável.
KAGOME – Quer que eu prepare alguma coisa especial para o jantar?
SHIPPOU – Não obrigado! E não estou com fome!
KAGOME – Mas você precisa comer e...
SHIPPOU – Kagome! Esquece! Eu não vou voltar com você para Urawa! Não vou.
KAGOME – Por que quer ficar com InuYasha?
SHIPPOU – Sim!
KAGOME – Por que está fazendo isso comigo? (se sentando na cama dele) – É por que o InuYasha está preso? Por que se for por isso, você está sendo injusto comigo.
SHIPPOU – Ele não podia ter ido para a cadeia! Ele e Sango ficarão trancafiados para sempre! Isso se não forem condenados á morte.
KAGOME – Não fale assim, Shippou! O Miroku está cuidando disso.
SHIPPOU – Esse é outro traidor! Foi ele quem chamou a polícia para levá-los.
KAGOME – Já chega! (ela se levanta) – Eu não vou mais ficar ouvindo essas tolices! Não quer comer? Não coma! Mas sobre nós voltarmos para Urawa? Conversamos amanhã.
Kagome, irritada, sai do quarto de Shippou, que também não parecia muito contente com os rumos daquela história e enquanto isso, no Grupo Naraku, Taibokoumaru ainda trabalhava em sua sala quando Kanna adentrou nela.KANNA – Senhor Taibokoumaru! Já é tarde.
TAIBOKOUMARU – Eu ainda tenho algumas coisas para analisar! Ficarei mais um pouco.
KANNA – Não devia trabalhar tanto! Não tem ninguém que esteja esperando em casa?
TAIBOKOUMARU – Não! Sou uma pessoa muito solitária! Às vezes recebo visitas de Shiori, mas a minha neta é jovem, por isso tem que perder muito tempo com esse velho aqui.
KANNA – Não fale assim! A sua neta te ama, mas mudando de assunto, senhor Taibokoumaru! Não interprete a minha bronca de antes como uma reprovação aos seus métodos, mas naquele momento Rin precisava sair.
TAIBOKOUMARU – Eu entendo senhor Kanna! Eu até compreendo que os laços de unem vocês duas são fortes, mas com todo respeito á sua autoridade me permito dizer que em uma empresa não pode haver esse tipo de conduta, ainda mais em um momento de crise.KANNA – Sua reclamação está registrada! Até amanhã, senhor Taibokoumaru! Não fique muito tarde.Kanna sai da sala para ir embora da empresa, deixando Taibokoumaru sozinho analisando os vários relatórios de custos e naquele exato momento, seu celular toca.
TAIBOKOUMARU – Alô!
RENKOTSU – Senhor Taibokoumaru! Talvez o senhor não me conheça! Fique apenas sabendo que sei do seu segredo.
TAIBOKOUMARU – Não sei do que está falando! Vou desligar e...
RENKOTSU – Eu sei que trabalha para o grupo de Kagura para descobrir quem vazou informações da operação Shikon no Tama de dentro da empresa para Kohaku.
TAIBOKOUMARU – Como sabe disso?
RENKOTSU – Isso não importa! O que importa é que quero também essa informação! Pode continuar a trabalhar para o grupo de Kagura, mas vai trabalhar para nós também! Se não fizer isso, contarei para sua neta e para sua nora como seu filho morreu de verdade.
TAIBOKOUMARU – Não podem fazer isso!
RENKOTSU – O senhor só tem que passar essa informação para nós! Só isso! Se nos ajudar, ficará tranqüilo, mas caso contrário mofará seus últimos dias na cadeia.
TAIBOKOUMARU – Ok! Como entro em contato com você.
RENKOTSU – Eu te encontro! Já descobriu quem vazou a informação?
TAIBOKOUMARU – Ainda não! Pensei que fosse Rin, a amiga de Kanna! Ela também era muito amiga de Kohaku, mas não foi ela! Acho que foi alguém de fora da empresa! Preciso cruzar várias informações como relatórios de visitas de estranhos e de viagens dos funcionários.
RENKOTSU – Ótimo! Entro em contato assim que for possível.
Taibokoumaru desliga seu celular para voltar ao seu trabalho, agora ficamos sabendo que ele trabalhava para o grupo de Kagura e que a auditória que fora chamado para fazer não passava de uma farsa e enquanto isso, no prédio da Segurança Interna, depois de falar com Taibokoumaru, Renkotsu sai de sua sala e encontra com Toutoussai no corredor.
TOUTOUSSAI – Que bom que te encontrei aqui, Renkotsu! Preciso de um favor seu.
RENKOTSU – Claro senhor! O que é?
TOUTOUSSAI – O ministro da defesa ordenou para que eu convocasse uma reunião com as outras agência de investigação para tratarmos da ameaça de Juroumaru e a Ordem da Espada Morta fizeram a esse país! Como você foi o agente que interrogou Kouga, quero que participe da reunião.
RENKOTSU – Claro senhor!
TOUTOUSSAI – O capitão Jinenji e o superintendente Goryoumaru já devem ter chegado! Quero que vá até a sala de reunião e fique com eles! Tenho algo urgente para fazer.
RENKOTSU – Sim senhor.
Renkotsu se afastou de Toutoussai para ir até a sala de reunião e enquanto isso, em sua casa, Miroku estava, igual á Soten e Koharo, sentado á mesa para jantar.
KOHARO – Espero que gostem. (falando do jantar que ela fez)
SOTEN – O cheiro está ótimo.
MIROKU – Está mesmo! Então vamos atacar ou não?Quando estavam prestes a começar, o celular de Miroku toca, ele olha o numero no visor para saber quem estava ligando.
MIROKU – Toutoussai?! Pensei que ligaria só amanhã.
KOHARO – Melhor para nós! Atende.
Miroku se levanta á mesa para atender o telefonema enquanto Koharo e Soten jantavam.
MIROKU – Toutoussai?! Ligou-me tão rápido.
TOUTOUSSAI – Vou ser mais rápido ainda, pois tenho uma reunião importante! Liguei para te dizer que aceitamos suas condições.
MIROKU – Mesmo? Que bom.
TOUTOUSSAI – Ótimo! Nós temos um acordo! O governo irá oferecer transporte para onde quiser e...
MIROKU – Infelizmente para você, houve uma pequena mudança dos meus planos.
TOUTOUSSAI – Do que está falando? Não vai mais querer viajar com Soten e nem a liberdade total de Koharo?
MIROKU – Claro que quero essas duas coisas! Acontece que tenho mais uma condição! Como sei que a Segurança Interna está no comando dessa investigação, quero que Kagome tenha total acesso ao fluxo de informação sobre minha viagem.
TOUTOUSSAI – Está louco! Ela é uma civil! Não pode ter acesso a esse tipo de informação! Por que está pedindo isso agora?
MIROKU – Eu quero proteger Soten de todas as formas e para isso preciso que alguém da minha inteira confiança fique na supervisão da minha viagem! Kagome é a única pessoa que se encaixa nesse perfil.
TOUTOUSSAI – Eu vou ter que falar com o ministro da defesa novamente, mas não agora! Como disse, tenho uma reunião importante agora.
MIROKU – Quando tiver a resposta dele, me ligue.
TOUTOUSSAI – Ok!
Miroku desliga seu celular e volta a se sentar á mesa, se juntado á Soten e Koharo no jantar.
KOHARO – E aí? Ele disse sim a sua proposta?
MIROKU – Ele tinha dito sim, mas eu fiz mais uma exigência?
SOTEN – Que exigência?
MIROKU – Depois falemos nisso! Agora me deixem jantar.
Mesmo não entendo a atitude de Miroku em relação ao telefonema, Soten e Koharo aceitam falarem sobre aquilo outra hora e enquanto isso, na sala de reunião da Segurança Interna, Toutoussai acabava de colocar á parte, Jinenji, capitão do departamento de polícia de Tóquio e Goryoumaru, superintendente da Agência Imperial, sobre as ameaças de Juroumaru fez ao Japão.
GORYOUMARU – Essas ameaças são verdadeiras?
TOUTOUSSAI – Nossa inteligência diz que sim.
JINENJI – O que quer de nós?
TOUTOUSSAI – Como sabem, o Primeiro Ministro está fora do país, portanto o ministro da defesa está no comando desse caso! Ele quer efetivar o protocolo de fusão de investigação de todas as agências, o que significa que vocês ficaram subordinados á mim.
GORYOUMARU – Eu preciso de uma autorização do Imperador para aceitar isso.
TOUTOUSSAI – O Imperador já foi informado do caso! Tenho certeza que logo o senhor irá receber essa permissão.
JINENJI – Parece muito confiante! Agora fale o que realmente quer da gente.
TOUTOUSSAI – Com a Agência Imperial, quero uma ação conjunta de investigação e também acesso a todos os arquivos sobre a Ordem da Espada Morta que possam ter.
GORYOUMARU – Farei tudo isso assim que receber a permissão do Imperador.
TOUTOUSSAI – Quanto a você Jinenji! Quero que faça com que todos os policiais disponíveis protejam os principais monumentos! Fiquem de vigília! Detenham qualquer um em ação suspeita nesses lugares.
JINENJI – Acha que Juroumaru estava falando de algum monumento histórico quando disse a palavra ‘tesouro do Japão’?
TOUTOUSSAI – Eu não sei, mas não posso arriscar! Faça isso.
JINENJI – Está bem.
TOUTOUSSAI – Não preciso lembrá-los que essa conversa exige sigilo absoluto! Não podemos cometer erros aqui! Podem ir.
Jinenji e Goryoumaru saem da sala deixando Toutoussai a sós com Renkotsu, que tinha acompanhado a reunião.
TOUTOUSSAI – Renkotsu! O Imperador irá dar a permissão logo! Reúna os outros agentes para receberam os agentes imperiais.
RENKOTSU – E o que o senhor irá fazer?
TOUTOUSSAI – Vou mandar analises de táticas de evacuação para o ministro da defesa! Quero dar á ele uma opção de fuga caso os políticos sejam os alvos do ataque! Farei a mesma coisa com o ministro da saúde Toukaijin, que era o alvo anterior da Ordem.
RENKOTSU – Então já vou indo.
Toutoussai estava muito preocupado, pois sabia que o sucesso ou fracasso daquela investigação teria efeitos na carreira política do seu chefe, o ministro da defesa, Ryukosei e enquanto isso, já retornando á sua casa, Sesshoumaru era recebido por Rin.
RIN – Sesshoumaru! Precisamos conversar.
SESSHOUMARU – Eu não tenho tempo! (passando por ela) - Tenho que falar com Satsuki.
RIN – Você ainda está bravo comigo? (indo atrás dele) – Fale Sesshoumaru. (ele se vira para encará-la)
SESSHOUMARU – Sim! Você é minha esposa! Tinha obrigação de me contar o que estava havendo com minha filha.
RIN – Mas esse era um assunto muito delicado! Queria evitar apenas mais uma tragédia nessa família.
SESSHOUMARU – Mas quase provocou outra! Rin! Você tem que entender que tudo que diz respeito à Satsuki, me interessa.
RIN – Você acha que não sei disso?
SESSHOUMARU – Não! Eu não acho.
RIN – Acha que não sei o que tudo isso significa para você.
SESSHOUMARU – Não! Você não sabe.
RIN – Sesshoumaru.
SESSHOUMARU – Eu fui falar com Kagura para dizer o que os amiguinhos dela queriam fazer com Satsuki e assim ela começou a colaborar, mas ao que parece era tarde demais! Se tivesse me contato isso antes talvez todo esse pesadelo tivesse acabado.
RIN – Mas...
SESSHOUMARU – Não quero mais conversa! Vou falar com minha filha.
Sesshoumaru, ainda irritado com a esposa, se afasta de Rin para ir até o quarto de Satsuki, o jornalista tinha algumas perguntas para a filha.
SESSHOUMARU – Satsuki! (mostrando o rosto e entrando) – Vamos conversar, querida?
SATSUKI – Eu sei que brigou com Rin, mas fui eu que pedi para ela não falar! Ela até queria.
SESSHOUMARU – Só que ela é minha esposa! (ele se senta ao lado dela na cama) - Era dever dela me contar a verdade, mas não foi para isso que vim falar com você.
SATSUKI – Não?! Então o que quer de mim?
SESSHOUMARU – Eu quero a verdade.
SATSUKI – Que verdade?
SESSHOUMARU – Sobre a morte de Hiro! Quero saber o que aconteceu.
SATSUKI – Eu não sei.
SESSHOUMARU – Como não sabe? Você esteve lá!
SATSUKI – Eu não sei, pai! (ela se levanta) – Eu não quero mais falar nisso. (ficando de costas para ele)
SESSHOUMARU – Falar é o que você mais precisa! (ele se levanta também) - Aquele rapaz foi morto por um golpe de algo pontiagudo! (ele coloca a mão no ombro dela) - Foi você? (ela começa a chorar) - Por que se foi, eu vou enteder que foi legítima defesa e...
SATSUKI – Eu já disse que não quero mais falar nisso! (enxugando as lágrimas) - Por favor sai do meu quarto, pai.
SESSHOUMARU – Ta bom! Eu vou, mas essa conversa não acabou, mocinha! Eu quero saber toda a verdade.
Satsuki ainda estava de costas para o pai e um pouco chorosa, nada falava, o jornalista então saiu do quarto da filha e ao sair da de cara com Rin, desta vez foi o jornalista que nada disse e apenas olhava de cara feia para a esposa.
RIN – Por favor, Sesshoumaru! Não me trate desse jeito.
SESSHOUMARU – Hunf! (irritado e virando o rosto)
RIN – Está bravo assim porque, certamente, Satsuki não contou o que queria saber, não é?
SESSHOUMARU – Como sabe?
RIN – Nem precisa ser adivinho para isso! Você queria saber se foi ela que deu o golpe em Hiro, não é? Ela não disse para mim e não vai dizer á você.
SESSHOUMARU – Ah vai sim! Apesar das garantias de Toutoussai, as implicações desse caso podem complicar a vida de Satsuki no futuro! Ainda mais se ela matou aquele moleque.
RIN – Acredita mesmo que ela tenha matado Hiro? (ele olha para o quarto da filha)
SESSHOUMARU – Eu torço para que não, mas se ela fez isso mesmo, ficarei com muito medo! (ele olha para a esposa) – Medo de que um dia ela siga os passos da mãe.
RIN – Satsuki não é Kagura.
SESSHOUMARU – Mas Kagura não era a pessoa que é hoje! Foram os traumas na vida dela que a moldaram! Agora você me garante que isso não vai acontecer com Satsuki? Pois eu não garanto e por isso eu tomarei as rédeas da educação dela e de seu bem estar.
RIN – E o que pensa em fazer?
SESSHOUMARU – Eu não tenho que te dizer nada! Ela é minha filha! Só minha! (ele se afasta) – Eu vou dormir no sofá hoje.
Diante daquela resposta do marido, Rin ficou arrasada, era a primeira crise real de seu casamento e ela sabia que se Satsuki seguisse os caminhos de Kagura, Sesshoumaru nunca a perdoaria e enquanto isso, na detenção, InuYasha olhava, através da janela da cela, para a Lua, ele estava naquela posição por algum tempo, o que chamou a atenção de Sango, que estava na cela ao lado.
SANGO – No que está pensando?
INUYASHA – Nada de mais! (ele continua olhando para a Lua) – Pensando no porquê de ainda estarmos presos.
SANGO – Parece irritado.
INUYASHA – E você não? (ele volta a olhar para Sango) – O que mais me irrita é que foram Miroku e Kagome os responsáveis por isso.
SANGO – Eu nem quero mais pensar nisso.
INUYASHA – Há essa hora Kagome deve estar em Urawa! Junto com aquele Houjo.
SANGO – Isso te incomoda?
INUYASHA – Claro que sim! Devia ver o jeito como ele a olhava! Eu acho que ele sempre foi apaixonado por ela, mesmo na época dela com Kouga! É certamente uma paixão antiga.
SANGO – Paixão! Ta aí uma coisa que não quero pensar no momento.
Sango olhava para a lata de lixo, onde Miroku jogou o anel que tinha comprado para ela a fim de ficarem noivos e enquanto isso, já em seu novo esconderijo, Juroumaru estava falando com Bankotsu por celular.
JUROUMARU – Tem certeza disso?
BANKOTSU – Sim! Ginkotsu e Suikotsu foram eliminados!
JUROUMARU – Isso atrapalha nossos planos?
BANKOTSU – Na verdade não! Eles eram apenas uma segurança extra para a operação! A morte deles não será empecilho.
JUROUMARU – Como quiser! O senhor já está á caminho?
BANKOTSU – Ainda não! Preciso primeiro saber quem vazou a operação para Kohaku.
JUROUMARU – E como pensa em descobrir isso?
BANKOTSU – Renkotsu está cuidando disso!
JUROUMARU – E por falar em Renkotsu! Quando ele irá me entregar a informação que preciso?
BANKOTSU – Já disse Juroumaru! Tudo à seu tempo! Em breve uma equipe entrará em contato com você dando-lhe suporte.
JUROUMARU – E então iniciaremos a operação Shikon no Tama?
BANKOTSU – Sim! E aí será a hora do show!
Ainda não era possível saber de que ‘show’ Bankotsu estava falando, mas parecia ser algo de muito grave e de proporções gigantescas.

Próximo capítulo = A ameaça real – parte 2


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Na Noite mais Escura" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.