Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 45
Decisões extremas - parte 2




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No dia seguinte aos acontecimentos do capítulo anterior, mais precisamente oito horas da manhã, Jaken tomava café da manhã em sua casa até que a campainha toca, ele atente e vê Sesshoumaru e Satsuki. JAKEN – Senhor Sesshoumaru! Veio mais cedo do que pensei. SESSHOUMARU – Bom dia! Pediu que viesse bem cedo e vim! JAKEN – E vejo que não foi o único a madrugar! (ele olha para Satsuki) – Se não estiver enganado essa linda jovem é Satsuki. SATSUKI – Há quanto tempo Jaken? Como vai? JAKEN – Muito! SESSHOUMARU – Satsuki praticamente me obrigou a trazê-la! Sabe como ela consegue ser persuasiva quando quer. JAKEN – E eu não sei?! Vamos entrar. Jaken da passagem para que pai e filha entrassem em sua residência modesta. JAKEN – Já tomaram café? SESSHOUMARU – Já tomamos Jaken! Não viemos aqui tomar café e sim ver as coisas de Sara. JAKEN – Satsuki não vai perder a aula se ficar aqui? SATSUKI – A minha aula começa onze horas! Temos tempo de sobra! Eu quero saber mais sobre a mulher que me registrou como filha. JAKEN – Entendo! Vou pegar a sacola. Jaken sai da sala para ir á um outro cômodo e depois de alguns segundos, ele volta para junto de Sesshoumaru e Satsuki para exibir uma sacola cheia de objetos. JAKEN – Aqui estão! SESSHOUMARU – Então vamos começar! Jaken joga as coisas de Sara em cima da mesa para que todos pudessem analisar os objetos e enquanto isso, Shippou, já acordado, ainda estava deitado na cama do seu quarto e naquele momento InuYasha entra. INUYASHA – Shippou! Eu sei que está acordado. SHIPPOU – O que foi? (olhando para ele) INUYASHA – Eu vim aqui ter uma conversa com você. SHIPPOU – Conversa? (ele se levanta da cama) – O que quer conversar? INUYASHA – Vim aqui lhe dizer que tem razão! Você estava certo! Eu realmente te devo pela deslealdade que cometi com você! Você nunca delatou meu segredo e não disse nada para Kagome até eu mesmo revelar á ela. SHIPPOU – Aonde quer chegar, InuYasha? INUYASHA – Ontem, depois que falei daquele jeito, você disse para mim que não queria mais que eu o treinasse! Acho que não estava falando sério! Eu sei que ainda quer aprender artes marciais. SHIPPOU – InuYasha... INUYASHA – Deixa-me acabar de falar! Eu estou inclinado a ensinar-lo a lutar, mas como ainda acho que isso não é uma boa idéia, vou estabelecer uma condição para que eu o treine. SHIPPOU – Condição?! INUYASHA – Sim! Mestre Zhi estabeleceu uma condição para que ele me treinasse na China! Vou fazer o mesmo com você. SHIPPOU – Ta! Então fale a condição. INUYASHA – Eu vou falar, mas antes vamos fazer um pequeno teste! Encontre-me no restaurante. InuYasha sai do quarto de Shippou, o garoto rapidamente tira a roupa de dormi e coloca outra, ele estava ansioso em aprender artes marciais e por isso foi correndo para o restaurante que ficava a frente da casa, ao entrar nele, Shippou nota que os moveis estavam encostados na parede e o centro vazio, InuYasha estava bem no meio. INUYASHA – Vamos começar, Shippou! (o garoto vai até ele) SHIPPOU – Onde eu começo? INUYASHA – Eu quero que tente me dar um soco! SHIPPOU – O que? INUYASHA – Você ouviu! Tente me dar um soco! (com os braços cruzados) – Verá que não vai conseguir me ferir. SHIPPOU – Ta! Shippou estranhou um pouco aquele pedido, mas como ele estava de braços cruzados o garoto pensou que seria fácil, mas ao tentar dar o golpe, Shippou é acertado por um soco desferido por InuYasha fazendo-o cair no chão. SHIPPOU – Você me bateu! (com a mão na parte atingida pelo soco) INUYASHA – Eu não falei que não ia revidar! (ele oferece a mão para ajudá-lo a se levantar) – Isso deve ter doído. SHIPPOU – Claro que sim! (já de pé) – Isso não é justo! Você é bem mais forte do que eu. INUYASHA – Milhões de pessoas morrem de fome no mundo! Isso é que não é justo! Você quer aprender artes marciais? Então aprenda a levar um golpe sem reclamar. SHIPPOU – Então esse foi o teste? INUYASHA – Ainda não! Isso foi só para te mostrar como aprender pode ser doloroso. (sorrindo) – Espere aqui! InuYasha se afasta um pouco de Shippou para pegar algo no balcão do restaurante, segundos depois ele volta carregando um copo cheio de água. INUYASHA – Agora começa o teste. SHIPPOU – O que você vai fazer com esse copo? INUYASHA – Isso! (ele coloca o copo na cabeça) – Eu quero que tente me golpear! (Shippou faz cara de assustado) - E não se preocupe, eu não vou revidar dessa vez! Só vou me defender. SHIPPOU – E o copo? Não vai te atrapalhar? INUYASHA – Ele serve para equilibrar as coisas já que meu nível é muito alto contra um fracote como você. (sorrindo) – Pode usar socos, chutes! O que você quiser. Shippou ficou um pouco irritado quando InuYasha o chamou de fracote e por isso o garoto começou a desferir vários golpes, mas todos eles eram interceptados por InuYasha, nenhum soco, nenhum chute o atingiam, depois de um tempo Shippou se cansou e finalmente parou, ele não conseguiu acertar nenhum golpe em InuYasha, mas o que mais chamava a atenção do garoto era que apesar dos movimentos que teve que fazer para interceptar os golpes, InuYasha não derramou uma gota da água que estava no copo. SHIPPOU – Como fez isso? (meio ofegante) INUYASHA – Desviar dos seus golpes ou evitar que o copo caísse? SHIPPOU – Os dois! (se senta no chão) INUYASHA – Desviar de golpes como os seus não é tão difícil para mim, pois além de ser fraco, você é lento! Consigo ler seus movimentos como se fossem passos de tartaruga. SHIPPOU – E o copo? INUYASHA – Essa é a parte mais difícil! O Mestre Zhi me mostrou que fazemos movimentos desnecessários e se deixarmos de fazê-los conseguiremos melhores resultados. (ele sorri para o garoto) – Eis que é isso a minha condição para lhe ensinar artes marciais. SHIPPOU – Você quer que eu consiga te golpear mesmo estando com um copo na cabeça? INUYASHA – Pior! (ele o ajuda a se levantar) – Eu quero que consiga equilibrar um copo com água em cima da cabeça, fazendo movimentos de golpes, por um tempo razoável. SHIPPOU – Deixa-me tentar. Shippou pega o copo de InuYasha e o coloca na cabeça, mas assim que começa a se movimentar a água cai em cima dele, deixando-o todo molhado. INUYASHA – Isso não é tão fácil, não é? (rindo) SHIPPOU – Quanto tempo eu tenho que equilibrar o copo? INUYASHA – Sei lá! Uns cinco minutos, talvez mais. SHIPPOU – Cinco minutos! Eu não sei se consigo. INUYASHA – Se quer aprender artes marciais é melhor conseguir logo! Mas acho que vai conseguir apenas um resfriado. SHIPPOU – Isso não teve graça. INUYASHA – Talvez para você, mas para mim teve! (ele ria muito) – Vamos tomar café! InuYasha saiu rindo do restaurante enquanto Shippou, todo molhado, o seguia, o garoto sabia que InuYasha estava querendo desencorajá-lo a aprender artes marciais, mas apenas o deixou com mais vontade e enquanto isso, Jaken, Sesshoumaru e Satsuki olhavam as coisas de Sara, mas nada que ligasse a crime algum, tinha fotos dela segurando Satsuki quando era bebê, livros, revistas, recortes de jornais. SESSHOUMARU – Esses recortes mostram que Sara continuou investigando Onigumo mesmo depois de saber que ele não poderia ir para a cadeia pelo desvio de dinheiro na PX Tecnologia. JAKEN – Estou vendo. SESSHOUMARU – A polícia nunca soube dessas coisas? JAKEN – Nunca! Se eu falasse algo poderia incriminá-lo, senhor. SESSHOUMARU – Entendo. SATSUKI – Ela era muito bonita. (vendo uma foto de Sara) SESSHOUMARU – Era sim! Ela era alinda por dentro também. Enquanto Satsuki observava fotos de Sara, os outros procuravam por algo que ligasse ao assassinato dela e de repente Sesshoumaru achou algo que lhe chamou a atenção. SESSHOUMARU – Multas de estacionamento! (vendo os canhotos) JAKEN – Sabe de onde são? SESSHOUMARU – Eu vou ter que descobrir! Talvez o local nem exista mais. JAKEN – Talvez. SATSUKI – Pai! Tem uma foto aqui que não é da Sara. SESSHOUMARU – Mesmo? SATSUKI – Olha o senhor mesmo! SESSHOUMARU – Deixa-me ver! Sesshoumaru pega a foto e vê que realmente não era Sara que estava nela e sim um homem abraçando uma jovem, mas o que mais chamou a atenção era o fato da jovem parecer menor de idade. SESSHOUMARU – Sabe quem é? (exibindo a foto) JAKEN – Não! Para ser sincero eu nem tinha reparado nessa foto. SATSUKI – Ela estava no meio das outras. SESSHOUMARU – Por que Sara teria uma foto dessas? E quem são essas pessoas? JAKEN – A menina está de costas! O homem parece ser mais velho, mas como estava de chapéu não da para ver direito o rosto. SESSHOUMARU – Sara guardou essa foto por algum motivo! Acho que conseguimos o que queríamos. JAKEN – E as multas de estacionamento? O senhor vai checar? SESSHOUMARU – Vou! Mas vou demorar a descobrir algo! Maldita hora que eu me demiti, pois se eu ainda estivesse no jornal, conseguiria rapidinho o endereço. SATSUKI – Jaken! Eu posso ficar com as fotos? JAKEN – Claro que sim! Tenho certeza que é isso que Sara iria querer. SESSHOUMARU – Bem, eu tenho que ir. SATSUKI – O senhor vai voltar para casa? SESSHOUMARU – Não! Eu vou passar em um outro lugar antes. SATSUKI – Eu posso ficar aqui? Assim eu coloco o papo em dia com o Jaken. SESSHOUMARU – Se o Jaken não se incomodar. JAKEN – Incomodo algum! (colocando o braço em volta do ombro de Satsuki) - Eu sempre gostei dessa menina. SESSHOUMARU – Então não se atrase para a escola. Sesshoumaru da um beijo na testa da filha e sai da casa de Jaken em seguida para ir até o seu carro, mas antes de entrar no veículo, ele usa seu celular para ligar para Rin, que naquele momento estava na sala de reunião do Grupo Naraku com toda a diretoria da empresa. RIN – Sesshoumaru! Descobriu algo? SESSHOUMARU – Eu ainda não tenho certeza! Por isso vou falar com Kagura. RIN – Mas ela não está sob custódia da Segurança Interna? SESSHOUMARU – Sim! Estou indo para lá agora. (entrando no carro dele) RIN – Acha que é uma boa idéia? SESSHOUMARU – Esse é um tiro no escuro, mas não temos nada! E as coisas por aí? RIN – A Kanna vai anunciar o nome do novo diretor financeiro no lugar de Onigumo! Acho que hoje volto mais cedo de novo. (ela nota Kanna chegando) – Tenho que desligar! A reunião vai começar. SESSHOUMARU – Ok! A gente se vê mais tarde. RIN – Se cuida, meu amor! Eu te amo. SESSHOUMARU – Também te amo. Rin desliga o seu celular e segundos depois Kanna entra na sala acompanhada de um homem de aproximadamente setenta anos de idade. KANNA – Muito bem! Eu quero que todos conheçam Taibokoumaru! Ele assumirá temporariamente o cargo de diretor financeiro da empresa! Quero que todos os departamentos se dirijam á ele. RIN – Mas por que isso? TAIBOKOUMARU – A senhora Kanna me colocou á parte da situação do antigo diretor e por isso quero a colaboração de todos a fim de fazermos uma auditória nas contas da empresa durante a passagem de Onigumo na empresa. KANNA – Não que ache que iremos encontrar algo, mas por uma questão de transparência temos que fazer essa auditória! Senhor Taibokoumaru! Eu quero um relatório na minha mesa ainda hoje. TAIBOKOUMARU – Sim senhora! KANNA – Bom trabalho. Kanna sai da sala deixando Rin e os outros diretores da empresa sob o comando de Taibokoumaru. TAIBOKOUMARU – Para começarmos, quero que primeiramente todos os chefes de departamento me mandem os relatórios de custos para que eu possa fazer uma comparação com as contas da empresa. RIN – Mas eu pensei que você só ia fazer uma auditória nas contas de Onigumo. TAIBOKOUMARU – Está enganada, mocinha! Estou aqui para descobrir não só se Onigumo fez mau uso do dinheiro da empresa, mas se há outros que o ajudaram nisso. RIN – Então está desconfiado de todos nós? Até de mim que sou a melhor amiga de Kanna. TAIBOKOUMARU – Para mim não existe isso de melhor amiga em uma empresa! Vou investigar todos. RIN – Mas... TAIBOKOUMARU – Ouçam todos! (chamando a atenção do resto da diretoria) – Eu tenho carta branca para investigar todos aqui! Quem não se sentir a vontade com isso, podem vir até á mim e eu assinarei a carta de demissão! (todos ficam em silêncio) – Ótimo! Eu quero o relatório de gastos de todos os departamentos! Quero saber no que gastaram, quanto gastaram! Se um funcionário comprou um apontador, eu quero saber, se outro funcionário comprou uma borracha, eu também quero saber! Quando terminarem, levem para minha sala. Taibokoumaru sai da sala de reunião deixando todos os diretores meio nervosos, mas Rin estava mais incomodada com o jeito bruto do novo diretor financeiro e por isso ela foi até a sala da presidência da empresa para falar com Kanna. RIN – Podemos conversar? KANNA – Claro! Sente-se. RIN – Obrigada! (ela se senta) – Onde encontrou esse sujeito? KANNA – Está falando do senhor Taibokoumaru? RIN – Sim! KANNA – Ele foi meu professor de economia quando cursava administração de empresas! Algum problema com ele? RIN – Sim! Ele pediu um relatório de gastos de todos os departamentos! Eu pensei que ele fosse investigar somente as contas de Onigumo. KANNA – A principio sim, mas ele me convenceu a alargar a investigação para toda a diretoria. RIN – Até eu?! Desconfia de mim? KANNA – Claro que não, Rin! (sorrindo e segurando a mão dela) – Mas eu, como presidente, tenho que mostrar ao outros diretores que não sou imparcial! Você mesma disse que tenho que pegar as rédeas dessa empresa. RIN – Eu não falo só por mim, mas pelos outros! Taibokoumaru não quer somente saber quanto gastou, mas também no que gastou! Isso pode causar constrangimento dentro da empresa. KANNA – Olha Rin! Essa empresa está com a imagem arranhada perante o governo japonês, que é o nosso maior cliente! Eu tenho que mostrar á eles que estou fazendo algo, algo que não deixe dúvidas em ninguém de que puniremos os responsáveis por esse vazamento de informação. RIN – Agora sim! Está falando como presidente de uma grande empresa. KANNA – Eu sei que é meio chato, mas é preciso, amiga! RIN – Eu compreendo! (ela se levanta) – Vou fazer meu relatório de gastos. (ela vai à direção da porta e para ao manifesto de Kanna) KANNA – Rin! RIN – Sim? (se virando para a amiga) KANNA – Como está Sesshoumaru? Eu soube que pediu demissão do jornal RIN – Sim! Ele não se sente mais á vontade em trabalhar lá. KANNA – Isso é uma pena! Espero que ele se recupere logo. RIN – Eu também espero! No momento ele está com outras coisas na cabeça. KANNA – Do que está falando? (Rin se certifica que a porta está trancada) RIN – Que isso fique entre nós, Kanna! O Sesshoumaru acha que a morte da primeira esposa não foi por ciúmes e ele está investigando isso. KANNA – Mas isso não é perigoso? RIN – Acha que meu marido escuta? Ainda mais agora que ele acha que descobriu algo. KANNA – O que? RIN – Eu não sei, mas ele foi falar com Kagura! Talvez arranque algo dela! Ah me deixa ir agora fazer o relatório se não o novo diretor vai achar que estou me aproveitando de ser sua amiga. Rin sai da sala da presidência para ir até a sua e enquanto isso, Miroku, ainda meio sonolento, estava deitado em sua cama e ele abre os olhos ao não sentir a presença de Sango lá, ao fazer isso ele a vê se vestindo. MIROKU – Ia sair sem se despedir? SANGO – Eu não queria acordá-lo! (acabando de se vestir) MIROKU – Toma o café da manhã comigo! Você foi afastada da polícia. SANGO – Nem me lembre disso! (ela fica meio triste) MIROKU – Sango! (ele vai até ela) – Me desculpe por tocar nesse assunto. SANGO – Tudo bem! (eles se beijam) – Por estar afastada, estou aqui com você. MIROKU – Então eu só sou um consolo? SANGO – De certo modo sim! Sango disse isso sorrindo de forma maliciosa, o que fez Miroku a puxá-la de volta para a cama e se deitar em cima dela. MIROKU – Então eu vou te consolar muito mais. SANGO – Eu gostei da proposta. (eles voltam a se beijar) MIROKU – Eu tenho outra! Sango, você quer se casar comigo? SANGO – Casar?! Você está brincando, não é? MIROKU – Não! Eu nunca falei tão sério em toda a minha vida! Sango foi pega de surpresa diante daquela proposta de Miroku, por isso ela se levantou da cama imediatamente, o advogado ficou um pouco decepcionado com a reação da detetive. MIROKU – Não gostou? SANGO – Não é isso! A verdade é que nós acabamos de voltar e você já me pede em casamento. MIROKU – Mas eu te amo! Você me ama! Mesmo separados! Sempre soubemos disso! Não tem sentido esperarmos mais. SANGO – Tem sim! Essa é uma decisão importante! Não podemos tomá-la assim no calor da paixão. MIROKU – E por que não? SANGO – Simplesmente pelo fato de me amar não é o único motivo para fazer tal pedido. MIROKU – Está falando de Soten, não é? SANGO – Sim! Eu sei que quer a guarda definitiva dessa menina e se estiver casado pode ajudá-lo muito nesse objetivo. MIROKU – Eu não vou negar! Eu quero a guarda definitiva de Soten por achar que posso ser um bom pai, mas esse não é o principal motivo! Eu quero mesmo me casar com você por te amar. SANGO – Eu prefiro esperar. MIROKU – Espero que sua resposta não tenha nada haver com o fato de Soten ter entregado a fita que seu irmão conversa com Kouga, ou tem haver? (colocando um roupão) SANGO – Claro que não! Sei muito bem que essa menina é inocente! Eu apenas quero que solucionem o assassinato do meu irmão, assim poderei tocar a minha vida em frente, mas antes disso não. MIROKU – Está bem, Sango! Esquece o meu pedido. SANGO – Não fica bravo comigo! Eu só estou sendo prudente. MIROKU – Não estou bravo com você! Estou bravo comigo por ser insensível! Ignorei seus sentimentos em relação á morte de Kohaku! Claro, você quer primeiro esclarecer o motivo da morte dele para depois seguir em frente com sua vida. SANGO – Obrigado por me entender, eu te amo muito! (ela o beija) MIROKU – Eu também te amo! Vamos tomar café. Os dois saem do quarto e em seguida descem a escada para irem até a cozinha onde Soten estava acabando de tomar seu café da manhã. SOTEN – Finalmente levantaram! Já era hora. MIROKU – A hora que levanto não é da sua conta, mocinha. SOTEN – Mas devia ser se quer ser o meu pai. MIROKU – Estou tão feliz hoje que não vou discutir com você. SANGO – Estou vendo que estão se dando muito bem. Sango sorria para Soten, mas a menina desvia o olhar, o que deixa a detetive sem entender o que estava havendo. SOTEN – Bem, vou subir para me trocar. MIROKU – Já vai para escola? (ele olha no relógio) – Ainda é cedo. SOTEN – Vou ficar no meu quarto. Soten sobe as escadas correndo e em seguida entra em seu quarto, atitude que chama a atenção de Miroku. MIROKU – Acho que ela ainda está bolada com sua presença. SANGO – Eu?! MIROKU – Acho que ela ainda se sente culpada pela morte de seu irmão! Por isso está agindo assim SANGO – Eu vou falar com ela. Sango sobe as escadas para ir até o quarto de Soten, ela bate na porta antes de abri-la, ao ver quem era, Soten se surpreende. SANGO – Podemos conversar? SOTEN – O que quer conversar? SANGO – Sobre o meu irmão. SOTEN – Você deve me odiar pelo que fiz. SANGO – Olha Soten! Eu vou ser sincera! No começo não foi fácil para eu saber o que você fez! Eu sou mais do que irmão dele! Como minha mãe morreu cedo, eu quase fui mãe dele! Quando ele morreu nos meus braços senti a maior dor da minha vida. SOTEN – Imagino. SANGO – Eu quero deixar claro que não tenho raiva de você! Longe disso! Você foi forçada a fazer o que fez! O seu pai era um tirano. SOTEN – Obrigado por me dizer isso! Eu não queria ser responsável por você não voltar com o senhor Miroku. SANGO – Por que está dizendo isso? SOTEN – O senhor Miroku conseguiu a minha guarda temporária até que descubram quem matou meu pai, até que ajudem a solucionar o assassinato do seu irmão! Depois disso vou para uma instituição de adoção. SANGO – Então você acha que o Miroku está com você, te protegendo, para descobrir quem matou meu irmão? SOTEN – E não é? SANGO – Eu vou contar uma coisa para você! Agora pouco o Miroku me pediu em casamento pensando que isso pode ajudá-lo na aquisição de sua guarda definitiva. SOTEN – Está querendo dizer que o senhor Miroku quer me adotar definitivamente? De verdade? SANGO – Sim! Você tem que saber que o homem que quer te adotar é um homem muito especial! Com o dinheiro que herdou, ele poderia viver como um playboy metido a besta e que gasta seu dinheiro com bobagens, mas o Miroku não é assim! Ele ajuda muitas pessoas de maneira que não pode imaginar. SOTEN – Eu não sabia disso! Confesso que me sinto bem com ele! O senhor Miroku me da uma liberdade que nunca tive com meu pai. SANGO – Você vive mostrando a língua para ele. (rindo) SOTEN – Isso não é por mal! Eu só não estou acostumada com esses cuidados! Eu sempre vivi com medo! Com medo de falar uma frase que meu pai não gostasse! Com medo de fazer algo que ele não aprovasse! Não quero mais me sentir assim. SANGO – E não precisa! (ela abre um sorriso) – Quer saber de uma coisa? Eu acho que vou aceitar o pedido dele, mas não faço isso só por que o amo, mas um pouco por você. SOTEN – Por mim? SANGO – Essa conversa que nós estamos tendo me fez lembra de uma conversa que tive com meu pai! Ele também era policial! Quando era pequena, devia ter uns oito anos de idade, eu tinha uma cadelinha chamada Kirara! Ela era a coisa mais fofa do mundo, corria com ela, brincava com ela, eu não saia de perto dela, às vezes ela dormia no meu quarto. SOTEN – Legal isso! SANGO – Mas aí um dia ela morreu atropelada! Foi um dos dias mais tristes da minha vida, eu fiquei sem comer o dia todo, disse para mim mesma que nunca mais seria feliz de novo. SOTEN – Isso não foi legal. SANGO – Não foi! Fiquei deprimida a semana toda até que meu pai me trouxe uma foto minha e de Kirara, ainda filhote! Ele me disse que o tempo em que passamos juntas, fiz Kirara feliz e que não devia me esconder do mundo pela ausência dela que não tinha sentido ficar triste, pois esse é o sentido da vida. SOTEN – O que? SANGO – A busca da felicidade! E meu pai tinha razão, todos nós nascemos e vivemos para sermos felizes! Kirara queria a minha felicidade, assim como Kohaku! Portanto nós merecemos ser felizes, não acha? SOTEN – Acho! Ser feliz é o que mais quero na vida. SANGO – Então estamos acertadas. SOTEN – Sango! Eu percebi uma coisa agora! Se o senhor Miroku me adotar e você se casar com ele então você seria minha mãe. SANGO – Verdade! E vou logo avisando que se me mostrar a língua como faz com Miroku, faço você engoli-la! Estamos entendidas? SOTEN – Ta! SANGO – Ótimo! Sango saiu do quarto de Soten, que embora tenha ficado meio assustada com aquele aviso da detetive, ficou contente pela conversa e já se sentia mais a vontade naquela casa e enquanto isso, na pequena cidade de Urawa, Kagome estava acabando de trocas as fraldas de Genku e colocá-lo no berço. KAGOME – Você da muito trabalha, rapazinho! Kagome sorria apesar da dificuldade de se criar uma criança daquela idade, pois isso era novo para ela já que Shippou tinha quase quatro anos quando ela ficou com sua guarda e enquanto observava o bebê, Kagome quase não percebeu a chegada de um rapaz por trás dela. KAGOME – Souta?! Eu quase não te ouvi. SOUTA – Oi mana! (abraçando-a) – Eu vim assim que soube de sua volta. KAGOME – Vou ficar aqui por algum tempo. SOUTA – Vai ser bom para mamãe! Ela fica muito sozinha desde que me alistei no exercito, mas me fale de você! O que houve com seu casamento, mana? KAGOME – Nem eu sei! Mas eu não quero falar nisso, Souta! SOUTA – Então vamos falar desse bebê. KAGOME – O nome dele é Genku. SOUTA – Ah Genku. (ele olha bem para o bebê) – Então esse é o filho de Kouga? KAGOME – Sim! (ela olhava para o bebê e depois olhou para o irmão) – Mas e você? Como tem passado? Como é a vida de soldado? SOUTA – Eu ainda não fui mandado para nenhuma missão perigosa, mas ir para o exercito era uma coisa que sempre quis! Seguir os passos do papai. KAGOME – Eu sei! (ela passa a mão no rosto dele) – Olha só para você! Já é um homem! Está até mais alto do que eu. SOUTA – Eu me lembro quando me chamava de pirralho irritante! Eu vivia querendo te azucrinar. (sorrindo) KAGOME – Bons tempos aqueles! Mas agora é diferente! Você cresceu, se tornou um homem muito bonito. SOUTA – A beleza é uma marca de família. (sorrindo) KAGOME – Como sua irmã, eu não vou negar. Kagome também sorriu diante daquela observação do irmão e naquele exato momento, o celular dela começa a tocar, Kagome atente imediatamente. KAGOME – Alô! EIRI – Senhora Kagome? KAGOME – Sou eu! Quem está falando? EIRI – Meu nome é Eiri! Sou enfermeira do hospital Memorial! Estou ligando para informá-la que o paciente Kouga recobrou a consciência. KAGOME – Sério?! E quando foi isso? EIRI – Há alguns minutos! KAGOME – Irei para aí imediatamente! Obrigada. EIRI – Estarei aguardando. Kagome desliga o celular e em seguida começa a arrumar suas coisas para sair, atitude que deixa Souta sem entender nada. SOUTA – O que está acontecendo, Kagome? KAGOME – Kouga! Ele despertou! Eu tenho que voltar para Tóquio! Você me da uma carona? SOUTA – Eu não vim de carro. KAGOME – A mamãe saiu com o carro! (ela fica pensativa) – Já sei! O Houjo tem carro! (ela se aproxima do irmão) - Souta! Liga para ele e conta o que está acontecendo e pede para ele me ajudar! Enquanto arrumo o Genku. SOUTA – Você vai levá-lo? KAGOME – Será bom para o Kouga ver o filho! Ainda mais quando descobrir que Ayame morreu. Souta vai para a sala usar o telefone enquanto Kagome pegava algumas roupas de Genku, já que pretendia leva-lo para ficar com o pai. Próximo capítulo = Decisões extremas – parte 3

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