Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 44
Decisões extremas - parte 1 (segunda metade)




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MAIS TARDE Já em Urawa e à caminho da casa da mãe, Kagome estava pegando carona no carro de Houjo. KAGOME – Obrigado por me pegar na estação. HOUJO – Não tem que agradecer, Kagome! Faço isso por gosto! Ofereci-me assim que sua mãe me contou que viria para cá. KAGOME – Minha mãe não mudou nada! Ela não tinha que espalhar isso. HOUJO – Ela não fez por mal. KAGOME – Eu sei! Olha! Já estamos chegando. O carro de Houjo estaciona em frente á casa da senhora Higurashi, que abre a porta ao ouvir o som do veículo e vê a filha, que carregava Genku no colo, sair do carro. HIGURASHI – Kagome! Seja bem vinda, filha. (abraçando a filha) KAGOME – Senti saudades. HIGURASHI – Mas e o Shippou? (acariciando Genku) HOUJO – Acredita que ela deixou o menino sob os cuidados do InuYasha? (carregando a mala) HIGURASHI – Você fez isso, Kagome? KAGOME – Fiz, mãe! Mas eu não quero discutir esse assunto. HOUJO – Madrinha! Ela me disse a mesma coisa quando a questionei, mas o filho é dela. KAGOME – Exatamente! E portanto a decisão é minha! HIGURASHI – Não vamos discutir! Houjo leva a mala de Kagome para o quarto de hospedes da casa enquanto ela se sentava no sofá para conversar com a mãe, Kagome nota que a casa estava bem mais mobiliada e também notou a elegância da mãe, que estava bem vestida. KAGOME – Vejo que as coisas estão bem por aqui, mãe! E como vai o ferro velho? HIGURASHI – Muito bem! Eu fiz um contrato com uma fabrica nessa cidade! O ferro velho será responsável pela reciclagem total dos metais que a empresa joga fora! Agora sou uma mulher de negócios! Estou vindo de uma reunião. KAGOME – Isso é maravilhoso! (ela olha ao redor) – E onde está o Souta? HIGURASHI – O Souta está no exercito! Alistou-se! Ele quase não dorme aqui. KAGOME – Então ele seguiu a carreira do papai? HIGURASHI – Sim! O fato do pai de vocês ter sido um general de alta patente ajudou muito o Souta. KAGOME – Eu nunca fui fã dessa vida, mas se ele está feliz é o que importa. (Houjo aparece na sala) HOUJO – Eu vou indo, madrinha! HIGURASHI – Mas já? Fique mais um pouco, jante com a gente. HOUJO – Outra oportunidade! Acho que as duas tem muito que conversar. KAGOME – Obrigado por tudo, Houjo. Houjo sorri e depois se afasta das duas para ir embora, as duas ficam observando-o se afastar. HIGURASHI – Eu gosto desse rapaz! (ela olha para a filha) – Devia olha-lo com outros olhos, querida. KAGOME – Não começa mãe! O Houjo é um amigo e além disso sou casada! Não se esqueça. HIGURASHI – O que me leva a fazer a pergunta, o que a trás aqui sem seu marido? KAGOME – Estou dando um tempo! Eu falei isso com a senhora por telefone. HIGURASHI – Falou, mas não disse o motivo! Foi traição? Ele saiu com outra? KAGOME – A senhora já ouviu falar no ditado ‘em briga de marido e mulher ninguém mete a colher’? Deixa que eu resolvo isso. HIGURASHI – Eu não sei como é esse negócio de dar ‘um tempo’, pois eu e seu pai nunca nos separamos! Tivemos nossas brigas e resolvemos ali mesmo, mas vocês jovens tem essa mania de dar ‘um tempo’! Não quer mesmo falar o que InuYasha fez? Kagome até queria se abrir com a mãe, mas aí teria que revelar que InuYasha era o Motoqueiro Noturno, fato qual tinha que ser abafado a todo custo. KAGOME – Vamos mudar de assunto? (balançando Genku) HIGURASHI – Não vou forçar nada! (ela volta a acariciar Genku) – Vai mesmo cuidar desse menino. KAGOME – Eu preciso! Pelo menos até Kouga se recuperar. HIGURASHI – Ah filha! Só você mesma para cuidar do filho do ex marido com outra. KAGOME – O que eu poderia fazer, mãe? Kouga não tem parentes vivos e Ayame a mesma coisa. HIGURASHI – Não é uma crítica, Kagome e sim um elogio! Eu tenho orgulho de você. KAGOME – Obrigada, mãe! HIGURASHI – Agora vamos até outro quarto para te mostrar o berço que comprei só para esse menino. A senhora Higurashi sorria para a filha enquanto a puxava pelo braço para que fosse até á um outro cômodo da casa e enquanto isso, InuYasha acabara de arrumar o restaurante para uma eventual reinauguração até que Shippou aparece diante dele. INUYASHA – O que foi, Shippou? Parece sério! SHIPPOU – Preciso ter uma conversa séria com você. INUYASHA – Já acabei mesmo. (ele puxa uma cadeira e se senta) – Pode falar. (cruzando os braços) SHIPPOU – Preciso fazer um pedido! (ele respira fundo antes de falar) – Eu quero que me ensine artes marciais. INUYASHA – O que? Artes marciais? (ele se levanta indo até o garoto) – Que idéia é essa, Shippou? SHIPPOU – Eu só quero aprender artes marciais! Não posso? INUYASHA – Claro que pode, mas por que quer aprender. SHIPPOU – Já me viu? (ele se exibe) – Eu sou baixinho e os outros garotos vivem implicando comigo. INUYASHA – Então você quer aprender a lutar para ser um valentão de plantão, é isso? SHIPPOU – Não é isso! Eu só quero aprender a me defender para que não aconteça o que aconteceu comigo antes. Shippou se lembrava da surra que tinha levado de Hiro e não queria mais passar por aquela humilhação. INUYASHA – Você é um rapaz inteligente e capaz de resolver essas questões sem o uso da força. SHIPPOU – Eu quero aprender assim mesmo! INUYASHA – E por que eu? Por que quer aprender comigo? SHIPPOU – Porque para mim você é o melhor! INUYASHA – Estou muito lisonjeado, mas a resposta é não! SHIPPOU – Mas por que não? Eu não entendo! Acha-me fraco demais para suportar algum treinamento? INUYASHA – Isso não tem nada haver com você e sim comigo! Por que depois do que fiz não tenho capacidade de treinar ninguém! Não me sentiria digno. SHIPPOU – Eu não aceito essa resposta! Você mesmo me disse uma vez que eu deveria aprender a me defender, pois é isso que quero fazer! Eu não quero me exibir para os outros! Essa não foi e nem é minha intenção! Eu só quero que quando algum pensar em me em me provocar que pense mais de uma vez em fazer isso. INUYASHA – Shippou! (ele coloca as mãos no ombro do garoto) – Eu não quero te ensinar artes marciais, pois a partir do momento que você mostrar alguma técnica, você vai virar um alvo e eu odiaria se algo te acontecesse! (ele acaricia o rosto do garoto) – Você e Kagome foram as melhores coisas que aconteceram na minha vida! Eu até falei com ela um dia que ela não precisava se preocupar com o fato de não poder me dar um filho, pois já tínhamos você. SHIPPOU – Se me considera como um filho é como um filho que te peço que me treine. INUYASHA – A minha resposta continua sendo não! (ele começa a se afastar) – Essa conversa acabou! (ele se afasta para voltar á casa) SHIPPOU – InuYasha! (ele vai atrás) – Você tem que me treinar! Você me deve isso! (aquilo faz InuYasha parar) INUYASHA – Eu te devo?! Mas que história é essa? SHIPPOU – Você não foi apenas desleal com Kagome, mas comigo também. Ao ouvir aquilo, InuYasha fica furioso a ponto de encostar Shippou contra a parede e encara-lo, deixando o menino meio assustado. INUYASHA – Escuta aqui moleque! Não me venha dizer o que devo ou deixe de dever. SHIPPOU – Mas é que... INUYASHA – Cale-se! Eu ainda estou falando! Aquele jeito ríspido de InuYasha fez com que Shippou desviasse o olhar e quase chorasse e foi aí que InuYasha percebeu que estava sendo duro demais. INUYASHA – Me desculpe! (ele se afasta e coloca a mão na cabeça) - Você viu que não sou capacitado para ensinar ninguém? Eu guardo um ódio dentro de mim desde que minha mãe foi morta! Quando ela morreu achei que tinha perdido tudo. SHIPPOU – Você já me falou isso! Foi por isso que se tornou o Motoqueiro Noturno. INUYASHA – Eu já disse isso á Kagome! Eu faço o que faço porque sinto que tenho um mostro dentro de mim! Eu sei que errei com vocês, mas é que eu não queria envolve-los mais! Por que você acha que aceitei fácil a separação? Fiz isso por que enquanto não acabar com esse monstro dentro de mim, sempre estarei tentado a voltar a ser o Motoqueiro Noturno! Kagome não quer isso, ela quer mais, ela merece mais e por enquanto não posso dar! Você está me entendendo? SHIPPOU – Melhor do que imagina! (ele começa a se afastar) – Esquece o que pedi! Foi besteira mesmo. Shippou entra na casa sendo observado por InuYasha, que se sentia mal por falar com o garoto daquele jeito. MAIS TARDE Já jantando em sua casa, Miroku, sentado á mesa, estava acompanhado de Soten, que estava curiosa em saber mais sobre a vida do homem que queria a guarda dela. SOTEN – Posso faze uma pergunta senhor? MIROKU – Já disse para não me chamar de senhor! Faça a pergunta. SOTEN – O senhor mora mesmo sozinho nessa casa enorme? Não tem uma empregada que cuide da casa? MIROKU – Você fez duas perguntas, mas vamos lá! Sim, eu moro sozinho e não, eu não tenho empregada! Está satisfeita? SOTEN – Sim! (demora uns segundos e ela volta a se manifestar) – Se não tem empregada como essa casa fica limpa? MIROKU – Eu contrato uma diarista para arruma-la e como quase não fico em casa, não vejo necessidade de contratar uma empregada permanente. SOTEN – Eu poderia fazer as tarefas domesticas e... MIROKU – Não mesmo! Se quiser ajudar a dar uma arrumada tudo bem, mas não é seu dever! Não se esqueça, eu não sou como seu pai. Soten sorri depois daquelas palavras de Miroku, a menina percebeu que ele não a forçaria a nada e que ele que ela se sentisse a vontade na casa e por isso Soten se atreveu a fazer outra pergunta. SOTEN – O senhor tem namorada? (ele engasga) MIROKU – Por que está perguntando isso? SOTEN – Por nada! Só curiosidade! Não pense besteira! MIROKU – Eu não pensei besteira, sua menina abusada! SOTEN – Pensou sim! E não sou abusada. (mostrando a língua para ele) MIROKU – A paternidade é mais difícil do que pensei. (com as mãos no rosto) SOTEN – E aí? Vai responder a pergunta? MIROKU – Se eu tenho namorada? Não! Eu não tenho namorada! Está bem? SOTEN – Está! (ela demora um pouco para depois voltar a se manifestar) – Por quê? MIROKU – Por que o que? SOTEN – Por que o senhor não tem namorada? MIROKU – Porque nós terminamos, não combinamos, não deu certo! SOTEN – está falando daquela policial bonitona, não é? MIROKU – Sim! Agora acabe o jantar antes que esfrie. SOTEN – Ta! (depois de um tempo ela volta a se manifestar) – Por quê? MIROKU – Por que o que agora? SOTEN – Por que terminaram? MIROKU – Porque descobrimos que temos objetivos diferentes na vida. SOTEN – Você ainda gosta dela, não é? Porque se não gostasse não estaria tão nervoso. MIROKU – Não gosto não! SOTEN – Gosta sim! MIROKU - Isso não é assunto para criança. SOTEN – Eu já tenho treze anos! Não sou criança. Soten novamente mostra a língua para Miroku, que estava percebendo que aquela menina tinha uma capacidade de tira-lo do sério, mas ele conseguiu se controlar e voltou a jantar, mas sabia que Soten voltaria a perguntar sobre Sango e ele não queria admitir que ela estava certa, ele ainda gostava de Sango. SOTEN – Senhor Miroku. MIROKU – Está bem Soten! Você venceu! Está certa, eu ainda gosto da Sango apesar dela ter acabado com minha carreira política, apesar dela ser uma cabeça dura, apesar de tudo eu queria ir até a casa dela e dizer o quanto eu a amo! Está satisfeita. SOTEN – Mas senhor Miroku, eu só queria mostrar que alguém entrou na casa. Soten estava com o braço estendido, apontando para alguém, Miroku se virou para ver quem era a pessoa que a menina estava apontando e para sua surpresa era Sango. MIROKU – Sango?! Está aí há muito tempo? SANGO – Ah sim! Há muito tempo. MIROKU – Então eu presumo que ouviu tudo. SANGO – Com certeza! (ela chega bem perto dele ficando face á face) - Fique sabendo que não sou cabeça dura. MIROKU – Sei. (meio sem graça e depois ele olha para Soten) – Suba para seu quarto. SOTEN – Mas o senhor disse para acabar o jantar e... MIROKU – Agora! Miroku disse aquilo de uma forma taxativa e Soten entendeu no recado e foi para o quarto, mas não sem antes mais uma vez mostrar a língua para Miroku o que fez Sango sorrir. SANGO – Parece que ela está bem á vontade. MIROKU – À vontade demais para meu gosto! (ele olha para Sango) – O que a trás aqui? (ela deixa de sorrir) SANGO – Eu fui afastada da polícia. (ela se afasta) MIROKU – Por quê? SANGO – O Onigumo falou com o prefeito e pediu meu afastamento alegando comprometimento na investigação. MIROKU – Entendo. SANGO – Você não parece surpreso. MIROKU – A única coisa que me surpreendeu é que Onigumo não tenha feito isso antes. SANGO – Então você concorda com a atitude dele? MIROKU – Sim! Tenho certeza que o capitão Jinenji fez isso pensando em você, pensando na sua carreira na polícia. SANGO – Estou chateada demais para discutir isso! O que está feito está feito. (ela volta a sorrir) – O que eu quero falar mesmo é do que ouvi você falando de mim! Que ainda me amava. MIROKU – Olha Sango! Eu não tenho como negar! A verdade é essa mesma! Eu ainda te amo! Isso não diminuiu. SANGO – E eu também, Miroku! (ela se aproxima mais dele) – Então vamos deixar de bobagens e vamos voltar. MIROKU – Eu te amo, Sango, mas não estou cego diante de suas arbitrariedades. SANGO – Se esse é o problema, problema resolvido! Eu fui afastada do caso! Não vou mais atrás de Onigumo e nem de ninguém. MIROKU – Sério?! SANGO – Sério! Acho que esse afastamento pode até ser bom para mim. Os rostos de Miroku e de Sango se aproximavam cada vez mais até que eles finalmente se beijam de forma apaixonada e sensual. MIROKU – Por que não dorme aqui? (beijando o pescoço dela) SANGO – Mas e Soten? (aceitando as carícias) MIROKU – O quarto dela é bem longe do meu! Ela não vai ouvir nada. SANGO – Então vamos. Miroku puxou Sango pelo braço para conduzi-la até o quarto dele, os dois passaram na frente do quarto de Soten, que assim que percebeu que as vozes sumiram, abriu a porta do seu quarto. SOTEN – Até parece que não sei o que vai acontecer naquele quarto! Os adultos acham que somos débeis mentais. Soten balançava negativamente a cabeça, mas ria ao mesmo tempo, pois estava contente com a felicidade do casal. Próximo capítulo = Decisões extremas – parte 2

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