Envolvida por um manto negro e com o frio beijando sua face estava aquele pequeno bebe, por um milagre a criança havia sido poupada, no chão em que se encontrava deitada haviam rabiscos de um criculo evocativo, mas não havia sinal do evocador ou da criatura que deveria ter saido das trevas durante o ritual.

A pequena criança teria uma vida desgraçada sem o amor de uma familia, mas isso não podia ser pior que a morte, Lidia como foi batizada, passou parte da infancia em um orfanato catolico, mas as regras de lá eram muito rigidas para uma garota como ela.

- Lidia largue já a Sofia! – Uma das freiras gritou.

- Foi ela quem começou. – Lidia rangeu os dentes e apertou os olhos. – Poque sempre acham que a culpa é minha?! – Ela gritou.

A furia contida da pequena menina gerou uma baforada de ar que tirou todos os papeis do lugar e com uma força de uma garota de cinco anos não deveria ter, ela lançou a pobre garota com quem brigava na parede e a menina caiu incosciente devido o impacto que até mesmo rachou a parede.

No mesmo ano Lidia foi transferida para o Vaticano.

- Então ela é mesmo uma filha dos anjos? – Um dos padres perguntou.

- Com certeza absoluta, mas sua personalidade não é das melhores, será dificil tornar uma garota tão explosiva em uma exorcista. – Respondeu o frade com um suspiro.

- Nada é impossivel meu caro, Já identificaram os projenitores?

- Tudo que sabemos é que houve um ritual na residencia onde ela foi encontrada, mas não havia sinal de seus parentes.

- Espero que o anjo se mostre logo, afinal ela é um tesouro tão grande para nos como deve ser para seus pais.

- Porque eles a abandonariam daquela forma?

- Talvez para mante-la segura, mas quem sabe? Oque importa agora é que você a treine bem.

- Eu? Mas senhor eu sou só um Frade.

- E é o nosso melhor exorcista.

Lidia resmungava bravamente quando o Frade se aproximou.

- Lidia, você entende oque está acontecendo? – Ele perguntou com calma.

- Eu sou uma aberração.

- Você é especial. – Ele continuou.

- Também chamam as pessoas com doenças mentais de “Especiais”. – Ela retrucou.

- Lidia, você é forte, inteligente e esperta e tudo isso mil vezes mais do que as pessoas comuns, você tem um dom e você é especial.

Lidia suspirou se dando por convencida.

- E porque me trouxeram para cá? Existem outros como eu?

- Você receberá uma educação especial para se tornar uma exorcista e poder salvar as pessoas, porem não terá permissão para socializar com outros nefilins.

- Isso parece chato, porque não posso conhecer gente da minha especie?

- Porque ainda é muito cedo para isso.

- Como eu disse, isso parece chato, não tenho interesse em salvar pessoas.

- Normalmente trabalhamos com banimentos, mas se você quiser... – Ele se aproximou para sussurrar. – Eu te ensino a usar uma espada.

- Uma de verdade? – A garota se animou e seus olhos brilhavam, ainda era uma criança por dentro.

- Sim, uma espada Samurai.

Por dez anos que passaram em um piscar de olhos Lidia foi educada dentro do vaticano, aprendeu diversas linguas, estudou sobre varias culturas, aprendeu a exorcisar e a lutar, seu temperamento continuou explosivo é claro e sua personalidade cada vez mais forte, mas era uma garota que todos os exorcistas adimiravam e enchergavam um futuro brilhante.

Porem ao fim daqueles dez anos ela aprendeu sobre o invitavel, não importava o quanto fosse forte, nem sempre poderia impedir coisas ruins de acontecerem e no fim ela aprendeu a dor se perder um amigo, o Frade foi morto durante um exorcismo do qual ela não pode participar, Lidia foi consumida pela culpa e pela raiva, perdera a unica pessoa que poderia considerar como familia e depois disso abandonou o Vaticano.