O dia amanheceu, e Paulina despertou com o som do despertador, levantou e foi tomar seu banho, não poderia se atrasar hoje. Após o banho, tomou seu café e seguiu rumo a faculdade. Chegando lá foi falar com Célia.

– Bom dia amiga. Disse Célia indo cumprimentar Paulina.

– Bom dia. Disse Paulina sorrindo.

– Vamos entrar? Disse Célia chamando-a.

Paulina acenou em sinal de concordância e as duas seguiram para sala. Sentaram cada uma em seu lugar e Paulina não pode deixar de notar que Carlos Daniel ainda não avia chegando, ela não sabia o porque, mais isso a deixava intrigada. Por que se preocupar tanto assim com ele?! Essa pergunta não saia de sua mente.

– Bom dia alunos. Disse o professor tirando seu material da bolsa.

– Bom dia. Disse a classe toda.

– Bom, hoje irei passar o primeiro trabalho de vocês. Será um trabalho em dupla. – Disse o professor.

– Paulina, vamos fazer eu e você? Disse Célia toda animada.

– Vamos sim Célia. Disse rindo da animação dela.

– Mas... Eu irei formar as duplas. Disse o professor olhando para nós.

No mesmo instante fiquei sem reação, não conversava com ninguém dali, apenas com Célia, e se minha dupla fosse com Leda? Não suportaria.

– Vou montar as duplas agora mesmo. Disse o professor pegando um papel. – Será menina e menino. Depois explico o trabalho e o porque das duplas serem meninos e meninas.

Passou alguns minutos e o professor pede silêncio. Todos pararam com as conversar e prestaram atenção nele.

– Célia e Paulo é uma dupla. Bia e João é outra. Carol e Pablo é outra. Leda e Tiago é outra.

Quando o professor disse "Leda e Tiago" não consegui controlar o riso. Leda ficou furiosa em fazer a dupla com o Tiago, nada contra... Mas... era o mais desajeitada da classe toda. E obviou que ela queria fazer com o priminho querido dela.

– Algum problema Paulina? Disse ele me encarando.

– Não professor, nenhum. Desculpe-me. Disse me segurando para não rir.

E quando o professor ia continuar a formar as duplas Carlos Daniel entra correndo na sala.

– Desculpe-me pelo atraso professor. Disse ele ofegante.

– Entre e sente-se Carlos Daniel. Disse o professor sério.

Olhei para Carlos Daniel, e não pude deixar de notar que ele também me olhava, desviei meu olhar no mesmo instante e voltei a prestar atenção no professor.

– E por fim... Paulina e Carlos Daniel. Disse ele fazendo a ultima anotação.

– O QUE?! Disse Paulina com a voz alterada.

– Algum problema? Disse o professor olhando para Paulina.

– Não, nenhum professor. Disse Carlos Daniel sorrindo.

Não acredito naquilo, ele agiu naturalmente, não caia a ficha ainda que iria ter que fazer trabalho com o Carlos Daniel, ao mesmo tempo que estava feliz, estava com raiva, uma mesclagem de sentimentos. Não sabia o que era aquilo... Como poderia estar feliz sem fazer trabalho com aquele garoto insuportável? Meu Deus!

Por fim o sinal para o intervalo bateu, não aguentava mais os olhares de Carlos Daniel sobre mim. Sem contar os da Leda, que parecia que iria me matar apenas com o olhar, porém, não pude deixar de sorrir ao me dirigir até a porta e passar por ela. O intervalo foi calmo, e rápido, não sei porquê. Voltamos para sala de aula e o professor já estava lá nos esperando.

– Bom, o trabalho será o seguinte. A dupla terá que escrever sobre o seu parceiro, contando todas suas qualidades e seus defeitos, durante os sete dias que terão para fazer, por isso sugiro que tenham a mais proximidade possível para que o trabalho não deixe nenhuma duvida. Mas nenhum dos dois poderão saber o que o outro está escrevendo sobre ele, será como um diário, as horas que irão passar juntos que decide é vocês, mas como eu já disse, sugiro que passem bastante tempo. E daqui uma semana vocês irão trocar os diários, e assim poderão ver o que cada um pensa sobre vocês. É um coisa intimida da duplas. por tanto ninguém alem dos dois poderão ver o que está escrito. É isso pessoal. O trabalho começa a partir de hoje. Disse ele sorrindo e saindo da sala.

Todos foram falar com sua dupla para resolver o trabalho. E quando menos espero, Carlos Daniel vem até mim.

– Então Paulina, aonde iremos fazer o trabalho? Disse ele me olhando.

– Na minha casa. Pode ser? Disse guardando o material.

– Pode. Que horas? Disse ele se sentando na carteira.

– 15h? Aqui está o endereço. Disse finalmente olhando nos olhos dele e entregando o papel.

– Ok. Até então. Disse ele me dando um beijo no rosto e saindo.

Senti minha pele formigar aonde ele beijou, um choque percorreu por todo o meu corpo. O que era aquilo? Cadê o garoto insuportável? Mal conhecia ele, não entendia o porque meu coração batia acelerado quando ele estava perto de mim. Algo inexplicável!

Terminei de arrumar meu material e fui para casa, precisava arrumar tudo lá antes das 15h.